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PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS MISTAS Athos Otoni Eduardo Spinola Matheus Torrezia Gabriel Motte Wallyson Couto O que são estruturas mistas? As estruturas mistas são, por exemplo, elementos mistos de aço e concreto, no qual um perfil de aço trabalha em conjunto com o concreto (geralmente armado), comportando como um só material. As estruturas mistas, como a maioria das coisas, possui durabilidade limitada e é natural que sofra depreciação ao longo do tempo. FIGURA 1 - ESTRUTURA METÁLICA (STABILE ENGENHARIA, 2012) PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS MISTAS As estruturas mistas, como a maioria das coisas, possui durabilidade limitada e é natural que sofra depreciação ao longo do tempo. São várias as manifestações patológicas nas estruturas mistas, já que nessas são utilizadas estruturas metálicas, muitas vezes com sua superfície exposta e suscetível à corrosão se não bem executadas. CAUSAS DAS PATOLOGIAS Patologia de manutenção: A falta de planejamento juntamente com a falta de manutenção é um dos problemas comuns que podem acontecer a não adaptação do aço. A corrosão é a mais visível e comum dos problemas. Patologias de execução: Falta de controle tecnológico ou desconhecimento técnico. Patologias de projeto: A patologia que tem o maior custo para recuperação e de difícil recuperação, muita das vezes por cobiça em tentar diminuir o custo da obra, erros de cálculos, escolha errada do tipo de material. CORROSÃO Facilmente encontrada em obras metálicas Ocorre quando o aço oxida em contato com gases nocivos e umidade, precisando de cuidados com a manutenção para aumentar a durabilidade. Falta de manutenção acelera a degradação da estrutura. FIGURA 2 – CORROSÃO (UNIP, 2012) Tipos de Corrosão Corrosão localizada, causada por deficiência de drenagem das águas pluviais e deficiências de detalhes construtivos, permitindo o acúmulo de umidade e de agentes agressivos. FIGURA 3 – CORROSÃO LOCALIZADA (CESEC, 2010) Tipos de Corrosão Corrosão generalizada, causada pela ausência de proteção contra o processo de corrosão. FIGURA 4 – CORROSÃO GENERALIZADA (Brinck, 2005) Causas de Corrosão em Ligação entre Pilar Metálico e Fundações Concreto Armado A principal causa é a falta de proteção da estrutura metálica. O pilar ficar em contato direto com o solo, o que favorece o aparecimento de manifestações patológicas devido ao baixo ph, aos micro-organismos e umidade constante, que aceleram o processo de degradação. FIGURA 5 – CORROSÃO PRÓXIMO AO SOLO (Brinck, 2005) OUTRAS PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS MISTAS Deformações excessivas, causadas por sobrecargas ou efeitos térmicos não previstos no projeto original, ou ainda, deficiências na disposição de travejamentos. OUTRAS PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS MISTAS Flambagem local ou global, causadas pelo uso de modelos estruturais incorretos para verificação da estabilidade, ou deficiências no enrijecimento local de chapas, ou efeitos de imperfeições geométricas não consideradas no projeto e cálculo. FIGURA 6 - FLAMBAGEM LATERAL DE VIGA (DIAS, 1997) ESTUDO DE CASO Galpão com estrutura mista, concreto e aço, com predominância da estrutura em aço-carbono que envolve o fechamento lateral e maior parte da cobertura. Foram observadas patologias nas estruturas metálicas, principalmente a corrosão severa. FIGURA 7 – ESTRUTURA DO GALPÃO (Vidrih, 2017) Patologias Verificadas Material: Estrutura de sustentação em aço carbono revestido com tinta epóxi. Tipo da corrosão: oxidação vermelha com descascamento de pintura. Causas Prováveis: Estrutura em contato constante com área úmida. FIGURA 8 – CORROSÃO NAS ESTRUTURA METÁLICA DO GALPÃO (Vidrih, 2017) Motivos Sistema de manutenção preventiva insuficiente. Falhas de projeto e/ou execução com pintura em áreas de solda não preparadas devidamente. Áreas de difícil acesso para manutenção. Umidade constante. FIGURA 9 – CORROSÃO NAS ESTRUTURA METÁLICA DO GALPÃO (Vidrih, 2017) SOLUÇÕES As estruturas metálicas não podem ter contato direto com solo e umidade constante, principalmente os pilares. Pilar afastado do solo pelo menos 5 cm. Apoiado em uma base de concreto que tenha altura de 5 cm do solo. Ou, toda região do pilar metálico abaixo do solo deve ser envolta em uma camada de concreto, preferencialmente armado, de espessura de aproximadamente 10 cm. Tintas para Proteção da Estrutura A tinta é o meio mais adequado de proteção. As tintas são classificadas em tintas de fundo e de acabamento. O zarcão é a tinta de fundo mais conhecida. As tintas de fundo devem ser sempre aplicadas em superfícies limpas. FIGURA 10 - TINTA ANTI-CORROSIVA (FREIRE, 2007) Tintas de Acabamento Tintas epóxi, usadas em ambientes internos. Resistem bem a umidade. Podem desbotar quando usadas em superfícies externas. Tintas alquídicas (esmaltes), servem para externo e interno. Não resistem a molhamento constante. Tintas acrílicas, usadas em externos. Muito resistentes a ambientes industriais e marinhos. Tintas para proteção da estrutura Para a utilização da tinta, a superfície atacada deve ser limpa, com jato de areia ou lixamento, para aplicar uma tinta de fundo e depois a de acabamento. Evitando a umidade e poeira junto às peças estruturais. (Yopanan, 2009) FIGURA 11 – APLICAÇÃO DA TINTA (PrevenFire, 2017) CONCLUSÃO Toda estrutura possui uma vida útil, porém a falta de supervisão e manutenção acelera a degradação. Então, desde a etapa de projeto até depois da execução, são necessárias manutenções preventivas, que são fatores importantes para determinar o estado de conservação da estrutura e tornar o processo de deterioração muito mais lento. REFERÊNCIAS MANUTENÇÃO PREVENTIVA EM ESTRUTURAS METÁLICAS. Portal Metálica. Disponível em: <www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=1095>. Acesso em: 14 nov. 2017. MANIFESTAÇÃO PATOLOGICA EM ESTRUTURAS METÁLICAS E MISTAS. ENTAC. Disponível em: <www.infohab.org.br/entac2014/artigos/paper_492.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2017. <http://manifestacoespatologicas.blogspot.com.br/2013/05/carbonatacao- do-concreto.html> <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe8h8AI/patologia-estrutura-mista- concreto-aco?part=4> Araújo, Ernani Carlos, Patologias de edfícios – 2002, UFOP Pedro Neto; Claudio Vidrih, VII Seminário Fluminense de Engenharia Niterói, RJ, Brasil, 17-21 de outubro de 2011 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 80 – Projeto e execução de estruturas de aço em edifícios (Métodos dos estados limites), (1986).
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