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Direito administrativo

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1. Apresente o conceito de Direito Administrativo do doutrinador o qual você entenda pelo mais correto/adequado. (valor: 1,00 - apresentar referência bibliográfica)
Celso Antônio Bandeira de Mello diz que “o direito administrativo é o ramo do direito público que disciplina a função administrativa, bem como as pessoas e órgãos que a exercem.”
Maria Sylvia Di Pietro define o direito administrativo como “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natura pública.”
(BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 26 ed. São Paulo: Malheiros, 2009. p. 37.)
(DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 48.)
2. Contextualize/disserte sobre a criação do Direito Administrativo. (valor: 1,00 - apresentar referência bibliográfica)
O surgimento do direito administrativo se deu, em um primeiro momento, com a Lei de 28 de pluviose na França.
Originalmente, porém, remonta ao período após a Revolução Francesa e o fim do Segundo Império na França. O acontecido foi que lentamente o direito administrativo se esboçou com a afirmação de uma jurisdição administrativa especializada e que submetia a administração a regras distintas das do direito privado, ou seja, não simplesmente aplicava as regras do direito civil.
Com a consolidação das novas regras houve uma adoção destes princípios por demais Estados.
No Brasil, Maria Sylvia (2014, pag. 20) afirma que “já no período imperial, criou-se a cadeira de Direito Administrativo nos cursos jurídicos, instalada em 1856, na Faculdade de Direito de São Paulo e regida por José Antonio Joaquim Ribas”.
(DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. âmbito jurídico, jus Brasil. 2014. p. 20.)
3. Conforme explanado em sala de aula o Direito Administrativo possui relações com outros ramos da ciência jurídica. Saliente qual ligação do Direito Administrativo com outro ramo que você considera mais importante justificando a sua posição. (valor: 1,00)
Apesar de possuir relação com demais ramos do direito, penso que a mais significante é com o direito constitucional , pois ambos cuidam do estado. O direito constitucional cuida da estrutura do estado, já o direito administrativo cordena e regula os serviços da administração pública, sempre subordinado a constituição federal.
4. Quais são as fontes jurídicas utilizadas pelo Direito Administrativo? Conceitue cada uma dessas apresentando quais possuem podem vinculante sobre o Direito Administrativo (valor: 1,50 - apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
As fontes do Direito Administrativo, que constituem a origem da construção e produção desse ramo autônomo do Direito, são, basicamente, os atos legislativos, os atos infralegais, a jurisprudência, a doutrina e os costumes.
Entre os atos legislativos, temos a Constituição, as leis em geral (lei complementar, lei ordinária e lei delegada), as medidas provisórias, os decretos legislativos e as resoluções legislativas. 
Já entre os atos infralegais, destacam-se os regulamentos, as instruções normativas, as portarias, as circulares, os despachos e pareceres administrativos. São fontes secundárias, pois não inovam a ordem jurídica, limitando-se a executar e complementar os atos legislativos, aos quais estão sujeitos.
A jurisprudência, que consiste num conjunto de decisões judiciais no mesmo sentido, também é uma importante fonte do Direito Administrativo, pois se ocupa em interpretar e aplicar os atos legislativos na resolução dos litígios de natureza administrativa.
A doutrina, que representa a opinião dos autores, juristas e cientistas ou teóricos do Direito, também vem sendo considerada uma relevante fonte do Direito Administrativo.
Os costumes são entendidos como normas não-escritas que consubstanciam a existência de um comportamento, uniforme e constantemente reiterado e seguido por todos.
(CUNHA JUNIOR, Dirley da. Curso de direito administrativo. 14. ed. Salvador: Jus Podivum, 2015. p. 23-24)
5. Em nossos estudos constatou-se a inexistência de um Código do Direito Administrativo, diante de tal fato respondas as seguintes indagações. Qual a distinção entre codificação e consolidação? O Direito administrativo torna-se um ramo mais frágil/inferior que os demais da ciência jurídica? Qual o posicionamento sobre a necessidade ou não de uma codificação deste ramo? (valor: 1,00)
A codificação é a reunião coordenada de leis, num único corpo, em forma de código, desde que alusivas a determinado ramo do Direito ou a relações segundo critério objetivo. Já a consolidação é a reunião de leis esparsas num só corpo legislativo, dispostas numa ordem uniforme. 
O Direito Administrativo está no mesmo patamar que os outros ramos da ciência jurídica. A não codificação faz com que o seu estudo exija mais empenho por não ter a facilidade de encontra-lo em apenas um livro. 
A corrente doutrinária majoritária apoiou a codificação total. Mas temos outras duas correntes, uma defende a codificação parcial e outra nega a sua codificação.
6. Para interpretar a norma de Direito Administrativo, deve-se utilizar-se certos pressupostos, apresente os mesmos definindo o objeto de cada um deles. (valor: 1,00 - apresentar referência bibliográfica)
Enquanto no Direito Privado prevalece a igualdade entre as partes, o Direito Administrativo repousa na supremacia do poder público sobre os cidadãos, em vista a prevalência do poder público sobre o particular.
Este fato não pode ser esquecido quando da interpretação da lei, pois, sempre que ocorrer um conflito há de permanecer o benefício referente ao bem comum.
Deve-se atender os seguintes princípios:
· Desigualdade jurídica entre a Administração e os administradores;
· Presunção de legitimidade dos atos da Administração;
· Necessidade de poderes discricionários para a Administração atender ao interesse público.
 Os atos da Administração Pública, por outro lado, devem ser interpretados como legítimos, até demonstração em contrário. Vale dizer, milita em favor dos atos da Administração a presunção de que foram editados com a observância da ordem jurídica. Essa presunção, contudo, não é absoluta (cuida-se de presunção juris tantum ou relativa), podendo ser afastada quando se demonstrar a ilegitimidade do ato, cabendo ao administrado ou a terceiro essa prova.
(CUNHA JUNIOR, Dirley da. Curso de direito administrativo. 14. ed. Salvador: Jus Podivum, 2015. p. 24-25)
7. O melhor da doutrina define dois sistemas de controle dos atos administrativos. Apresente a base legal justificando a impossibilidade da aplicação do sistema contencioso administrativo no atual ordenamento jurídico brasileiro. (valor: 1,00 - apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
“O Brasil adotou o sistema de Jurisdição una, consagrado no denominado princípio da inafastabilidade de Jurisdição, que se encontra expresso como garantia individual, ostentando status de cláusula pétrea constitucional, no inciso XXXV do art. 5.° da Carta Política de 1988. 
Por força desse dispositivo, "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". O sistema inglês, ou de unicidade de jurisdição, é aquele em que lodos os litígios - administrativos ou que envolvam interesses exclusivamente privados - podem ser levados ao Poder Judiciário, único que dispõe de competência para dizer o direito aplicável aos casos litigiosos, de forma definitiva, com força da chamada coisa julgada. Diz-se que somente o Poder Judiciário tem Jurisdição, em sentido próprio”. 
(PAULO, Marcelo Alexandrino Vicente. Resumo de direito administrativo descomplicado I. 4 ed. Rio de Janeiro Forense. São Paulo Método, 2011. p. 06)
8. Conceitue e identifique as características de cada um dos princípios aplicáveis a Administração Pública constantes na CRFB/88 (artigo 37, caput). (valor: 1,50 - apresentar referência bibliográfica)
Alexandre Mazza assimidentifica:
Legalidade: representa a subordinação da Administração Pública à vontade popular. O exercício da função administrativa não pode ser pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar a vontade da lei. Alexandre Mazza considera este o princípio mais importante do Direito Administrativo, pois é dele que se derivam outros princípios. Impõe que: a Administração Pública só pode praticar as condutas previstas e autorizadas por lei.
Impessoalidade: dever de imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a particulares no exercício da função administrativa. A impessoalidade possui outro aspecto importante: a atuação dos agentes públicos é imputada ao estado, significando um agir impessoal da administração. Assim, as realizações não devem ser atribuídas à pessoa física do agente público, mas à pessoa jurídica estatal a que estiver ligado. Por isso que, em regra, a responsabilidade pela reparação de danos causados no exercício da função administrativa é do Estado, e não do agente que realizou a conduta.
Moralidade: constitui requisito de validade do ato administrativo. A moralidade administrativa difere da moral comum. Impõe o dever de atendimento à moral comum vigente na sociedade, mas exige respeito a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e probidade incorporados pela prática diária ao conceito de boa administração.
Publicidade: é o dever de divulgar oficialmente os atos administrativos. Tal princípio encarta-se num contexto geral de livre acesso dos indivíduos a informações de seu interesse e de transparência na atuação administrativa, como se pode deduzir do conteúdo de diversas normas constitucionais. Porém, o próprio texto constitucional definiu três exceções ao princípio da publicidade, autorizando o sigilo nos casos de risco para a segurança do Estado; segurança; da sociedade e a intimidade dos envolvidos.
Eficiência: economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento funcional são os valores encarecidos pelo princípio da eficiência. Ressaltando que ela não pode ser usada como um pretexto para a administração pública descumprir a lei. Assim, consiste em obrigar a administração a buscar os melhores resultados por meio da aplicação da lei.
(MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 98-123.)
9. O princípio da eficiência na Administração Pública pode ser aplicado de forma separada aos demais princípios? (valor: 0,50)
Não pode ser aplicado separadamente dos outros principios, pois, é um princípio que se agrega aos demais princípios impostos à Administração, não podendo se sobrepor a nenhum deles, especialmente ao da legalidade, sob pena de sérios riscos à segurança jurídica e ao próprio Estado de Direito. 
(DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27 ed. 2014 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014).
10. Defina o princípio da autotutela, apresentando a base legal que limita a sua aplicação em decorrência de lapso temporal (prescrição). (valor: 0,50 - apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
De acordo com Alexandre Mazza, “o princípio da autotutela consagra o controle interno que a administração Pública exerce sobre seus próprios atos. Como consequência da sua independência funcional (art. 2º da CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para anular seus atos ilegais e revogar os atos inconvenientes que pratica. Consiste no poder-dever de retirada de atos administrativos por meio da anulação e da revogação”. Desta forma, verifica-se que a administração pública pode, sem a intervenção do Poder Judiciário e diretamente, alterar seus próprios atos, sendo por uma correção ou por alguma ilegalidade. Contudo, o poder de autotutela que se tem, limita-se a garantir limites necessários ao cidadão de boa-fé em face da segurança jurídica e proteção da confiança.
Com efeito, em consonância com o art. 54 da Lei na 9.784/99, O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
(CUNHA JUNIOR, Dirley da. Curso de direito administrativo. 14. ed. Salvador: Jus Podivum, 2015. p. 47-48)
(MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 620-621.)

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