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Fecundação e Embriogênese

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Fecundação 
 
Conceito:  
Fecundação é o processo da fusão de dois gametas                 
haplóides, havendo formação de um zigoto           
diploide.  
 
Etapas da fecundação:  
- ​Passagem do espermatozóide pela corona           
radiata; 
- Contato do espermatozóide a zona pelúcida;  
- Penetração na zona pelúcida; 
- Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e               
do espermatozóide; 
- Formação do pró-núcleo feminino e liberação do               
pró-núcleo masculino; 
- Fusão dos pronúcleos.  
 
Quimiotaxia: ​é o nome dado ao processo no qual o                   
gameta feminino libera elementos químicos que           
atraem os espermatozoides. 
Membrana de fecundação: ​é o processo no qual ,                 
ao momento em que o espermatozóide penetra no               
ovócito, formam-se uma barreira físico química,           
em todo o citoplasma, impedindo a entrada de               
outros espermatozóides. O espermatozóide para         
que possa entrar no ovócito II, libera enzimas,               
para essas digerirem os envoltórios nucleares. 
 
Cariogamia ou Anfimixia: ​é o encontro dos             
cromossomos, formando o zigoto, e é a última               
etapa da fecundação.  
 
Embriogênese 
É o nome dado ao processo de desenvolvimento do 
embrião, que passa pelas seguintes etapas: 
segmentação, mórula, blastulação, gastrulação, e 
organogênese.  
 
 
Segmentação ou Clivagem: 
O zigoto se divide rapidamente e sucessivamente 
vezes por mitoses, formando muitas células, mas 
não aumentando o seu volume. Essas muitas 
células se chamam blastômeros, e são células não 
especializadas, que posteriormente compõem a 
mórula, blástula e gástrula. Entre a 16 semana e a 
32 semana, o embrião se torna um aglomerado 
maciço de blastômeros, parecido com uma amora, 
sendo assim chamado de mórula.  
 
 
Blástula:  
É o estágio no qual o embrião possui acúmulo de 
líquido entre as células que estão sendo 
produzidas, surgindo uma cavidade central, que 
contendo líquido se chama blastocele. Os 
blastoceles são formados por:  
 ​Trofoblastos: ​são as células mais externas, que 
formam o componente fetal da placenta. Além de 
participar de anexos, produzirem enzimas, e 
projeções chamadas de vilosidades coriônicas.  
Embrioblasto: ​são as células mais internas, que 
formará o embrião. 
 
Gastrulação:  
É quando ocorre a diferenciação dos folhetos 
germinativos, do arquêntero e do blastóporo. E 
surgem três camadas de células, que na 
organogênese dão origem aos tecidos e órgãos, 
que são os folhetos germinativos, são elas a 
ectoderma, mesoderma e endoderma. 
Arquêntero: ​é uma cavidade que se comunica com o 
exterior por uma pequena abertura, chamada 
blastóporo.  
Blastóporo: ​pode dar origem primeiro à boca ou 
primeiro ao ânus, no caso dos cordados, são 
deuterostômios.  
 As células que migram para o interior do embrião, 
formam os músculos e órgãos internos, as células 
que migram para a superfície do embrião, dão 
origem à pele e ao sistema nervoso. As que migram 
para o interior, ocupam a blastocele, e dão origem 
ao arquêntero, um esboço do tubo digestivo. 
Ectoderma: ​é o folheto mais externo, que reveste o 
embrião. Constitui a epiderme e os anexos, e o 
sistema nervoso, além do tecido epitelial e 
nervoso. 
Mesoderma: ​é a camada entre as outras duas, 
constitui a derme, o sistema muscular, sistema 
esquelético, sistema cardiovascular, sistema 
urinário e genital, e notocorda, além dos tecidos 
conjuntivos, epitelial e muscular. 
Endoderma: ​é o folheto mais interno, e delimita a 
cavidade do arquêntero. Reveste o sistema 
digestório e os anexos, constitui o sistema 
respiratório e o revestimento interno da bexiga, 
além do tecido epitelial.  
Embolia: ​ou invaginação, é quando ocorre o 
aprofundamento das células da blástula, para o 
interior da blastocele, formando o blastóporo e o 
arquêntero.  
 
Organogênese: ​é quando ocorre a diferenciação de 
órgãos, a partir dos folhetos germinativos. Se 
divide em neurulação e destino dos folhetos 
germinativos.  
Neurulação: ​fase inicial da organogênese, As 
primeiras células a se diferenciarem, formam a 
placa neural, que é achatada. Essa placa se dobra e 
formam um sulco/canal aberto, compreendido 
como sulco neural, isso ocorre até as bordas se 
encontrem e fundirem, formando o tubo nervoso 
ou neural a partir da ectoderme), que originará o 
sistema nervoso,. Além da notocorda 
(mesoderme), um bastonete flexível, que vai dar 
origem a coluna vertebral, e tem função de dar 
suporte a estrutura, além de induzir a 
diferenciação das células. A mesoderma diferencia 
as células da derme, formando a coluna vertebral, 
costelas e a musculatura, outras dão origem aos 
rins e gônadas. E a endoderma diferencia as 
células formando os órgãos do sistema digestivo e 
respiratório. 
Mesoderma:​ uma região abaixo do tubo neural, que 
se divide em lâminas de células, uma mais externa 
em contato com a ectoderma (somatopleura) e 
uma mais interna em contato com o endoderma 
(esplancnopleura); o espaço entre essas duas 
lâminas é chamado de celoma, e são essas camadas 
que dão origem ao sistema cardiovascular, 
músculos lisos, ossos e membros. 
 
 
 
 
Desenvolvimento embrionário humano: 
 
 
Fecundação e nidação: 
Fecundação: ​ocorre na tuba uterina, 24h após a 
ovulação. Ao se deslocar pelo oviduto, até o útero, 
o zigoto passa pela clivagem, mórula, e chega ao 
útero com cerca de 3 a 4 dias após fecundação. No 
7° dia se encontra em estágio de blástula, e nos 
mamíferos se chama blastocisto.  
Nidação: ​é a implantação na mucosa uterina, dos 
blastocistos. Iniciando então a gestação, que dura 
até o parto.  
 
 
Gonadotrofina: ​As vilosidades coriônicas, secretam 
o hormônio chamado de gonadotrofina coriônica, 
quando implantada na parede uterina. Esse 
hormônio sinaliza a presença de um embrião, e 
estimula a produção do corpo-lúteo, mantendo a 
progesterona e estrógenos elevados. No período 
inicial da gestação, a contração desse hormônio é 
tão elevado, que seu excesso é liberado pela urina, 
sendo este usado nos testes de gravidez de 
farmácias. A partir do quarto mês de gestação a 
mucosa uterina passa a ser mantida pela placenta.  
 
Fase fetal: ​‘ Se inicia no fim do segundo mês de 
gestação, quando passamos a chamar o embrião 
de feto. temos então um mini ser humano, que 
necessita se desenvolver e crescer. 
- Após 5 semanas de fecundação, braços e pernas 
tornam-se bem definidos e começam a apresentar 
contrações musculares.  
- Na 9° semana de vida, o embrião tem cerca de 2,5 
cm de comprimento, e aparência humana, 
formado por ossos.  
- Aos 5 meses, o feto tem 20cm de comprimento, e 
pesa meio quilograma.  
- Aos 7 meses, já apresenta boas chances de 
sobrevivência em casos de nascimento prematuro; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexos embrionários 
As células embrionárias possuem as mesmas           
necessidades fisiológicas que as células adultas.           
Esses anexos embrionários, são estruturas que           
surgem a partir dos folhetos embrionários, mas             
que não fazem parte do corpo do embrião.               
Exemplo, saco vitelínico, âmnio, cório, alantóide.  
Esses anexos, auxiliam na nutrição, excreção e             
respiração embrionária.  
 
Anexos dos mamíferos:  
- saco vitelínico; 
- alantoide; 
- âmnio; 
- cório; 
- placenta - por onde estes realizam trocas gasosas,                 
excretam e se nutrem.  
 
Saco Vitelínico:  
É uma bolsa membranosa que envolve           
completamente o vitelo do ovo, armazenando-o e             
ligando diretamente com o intestino do embrião             
em formação, tendo assim o seu 1° anexo formado.                 
É rico em vasos sanguíneos, só é bem desenvolvida                 
em peixes, répteis e aves. Nos mamíferos a               
vesícula vitelínica é preenchida por líquido e não               
tem significado no processo de nutrição.  
 
 
Âmnio: 
É uma membrana que envolve o embrião como um                 
saco, delimitandoa cavidade amniótica, que é             
preenchida pelo líquido amniótico. Tem função           
protetora do embrião, e evita que esse perca água.  
 
Cório:  
É uma membrana que envolve todos os demais               
anexos e o embrião. Tem função de reforçar a                 
proteção do embrião, e ao se associar ao alantóide                 
formam uma estrutura altamente vascularizada, a           
qual participa das trocas gasosas. 
 
Alantóide:  
É uma projeção da parede do arquêntero,             
formando uma espécie de saco, e a mesma               
constituição do saco vitelínico. Tem função           
armazenadora das excretas nitrogenadas,       
participam da respiração do embrião, sendo bem             
desenvolvidos em répteis e aves. Os mamíferos             
excretam a uréia diretamente na circulação           
sanguínea materna.  
 
Placenta:  
Em mamíferos vivíparos, a junção do alantóide e               
do cório, a mucosa uterina, formam a placenta.               
Através dela que o organismo materno fornece             
nutriente e oxigênio a mãe, e o embrião excreta                 
elas e o gás carbônico, existe uma difusão de                 
substâncias, entre mãe e filho. Além disso produz               
glicogênio, colesterol, ácidos graxos e secreta           
hormônios, como HCG. O embrião se liga a               
placenta por meio de um cordão umbilical.  
 
Parto 
Parto natural: 
​Expulsão do feto por contração rítmica da               
musculatura uterina, ocorre com nove meses de             
gestação, e após 266 dias da fecundação. A bolsa                 
amniótica se rompe e o líquido ali contido, sai pela                   
vagina.  
Um feto nasce medindo em média cerca de 50cm,                 
e tem peso entre 3 e 3,5kg.  
Parto cesariana:  
Consiste em abrir a parede do abdome e a do útero                       
materno para retirar o bebê, depois que nasce, o                 
cordão umbilical é cortado, placenta removida e o               
útero materno e o abdome materno são suturados.  
Dilatação do colo do útero: 
No momento do parto, o colo se dilata e a                     
musculatura uterina se contrai ritmicamente         
induzida pelo hormônio ocitocina, liberado pela           
hipófise. 
Expulsão da placenta:  
A placenta se desprende da parede uterina, e é                 
expulsa pela vagina, juntamente com sangue           
proveniente dos vasos sanguíneos maternos         
rompidos. Nesse momento o cordão umbilical que             
liga o feto a placenta é cortado. O CO2 começa a se                       
acumular no sangue do recém-nascido,         
estimulando os centros cerebrais respiratórios e           
desencadeando o funcionamento dos pulmões.  
Gêmeos: 
Monozigóticos: ​são gêmeos idênticos ou         
univitelinos, se originam de um único zigoto, são               
geneticamente idênticos, e do mesmo sexo, cerca             
de 25% dos gêmeos são assim. Se formam de duas                   
formas, são elas:  
- ​Blastocistos desenvolvem dois embrioblastos de             
uma só vez. ​A placenta é comum aos embriões,                 
havendo fusão do cório, mas o embrião terá cada                 
um seu cordão umbilical e sua bolsa amniótica.  
- ​Ocorre na segregação inicial dos blastômeros               
e com isso formam-se dois blastocistos           
independentes. ​Cada um terá sua placenta e seus               
anexos. 
Dizigóticos: ​gêmeos fraternos ou bivitelinos, são           
semelhantes a dois irmãos de partos diferentes, se               
originam de dois zigotos ou mais distintos, cada               
um um resulta da fecundação de um óvulo por                 
espermatozóide, portanto podem ser de mesmo           
sexo ou sexo oposto.  
Geralmente suas placentas são separadas, um pra             
cada embrião, mas é possível que os blastocistos se                 
implantem muito próximo um do outro na parede               
uterina, promovendo a fusão das placentas e dos               
córios. No entanto, cada embrião tem seu próprio               
cordão umbilical, e sua bolsa amniótica.

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