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SISTEMA SENSORIAL

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SISTEMA SENSORIAL
Os sentidos fundamentais do corpo humano constituem as funções que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo pode perceber muita coisa do que nos rodeia; contribuindo para a nossa sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos.
As diferentes modalidades sensitivas são agrupadas em duas classes: sensibilidade geral e sentidos especiais.
1. A sensibilidade geral refere-se à sensibilidade somática e à sensibilidade visceral. A sensibilidade somática inclui as sensações táteis (tato, pressão, vibração, coceira e cócegas), as sensações térmicas (calor e frio); as sensações de dor e as sensações proprioceptivas que permitem a percepção tanto das posições estáticas (imóveis) dos membros e partes do corpo (sensação de posição de articulações e músculos) quanto dos movimentos dos membros e da cabeça. A sensibilidade visceral fornece informações com relação às condições dentro dos órgãos internos.
2. Os sentidos especiais incluem as modalidades de olfato, gustação/paladar, visão, audição e equilíbrio.
Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de captar estímulos diversos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais, são formados por células nervosas capazes de traduzir ou converter esses estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que serão processados e analisados em centros específicos do sistema nervoso central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária). A estrutura e o modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados é diversa.
Assim, o processo de sensibilidade começa em um receptor sensitivo, que é uma célula especializada ou dendritos de um neurônio sensitivo. Um dado receptor sensitivo responde intensamente a um tipo específico de estímulo, uma mudança no ambiente que ativa certos receptores sensitivos. Um receptor sensitivo responde apenas fracamente, ou não responde de forma alguma, a outros estímulos. Esta característica dos receptores sensitivos é conhecida como seletividade.
Tipos de receptores sensitivos
1) Exteroceptores: estão localizados na superfície externa do corpo ou próximo a ela e respondem a estímulos externos (originados fora do organismo), fornecendo informações externas sobre sensações de audição, visão, olfato, paladar, tato, pressão, vibração, temperatura e dor.
2) Interoceptores ou Visceroceptores: estão localizados nos vasos sanguíneos, nos órgãos viscerais, nos músculos e no sistema nervoso; respondem a estímulos viscerais, monitorando as condições do ambiente interno.
3) Proprioceptores: estão localizados nos músculos, tendões, articulações e orelha interna, fornecendo informações a respeito da posição do corpo, extensão e tensão do músculo e posição e movimento das articulações
Outra forma de agrupar os receptores sensitivos é de acordo com o tipo de estímulo que detectam. Podem ser:
Mecanorreceptores: são sensíveis aos estímulos mecânicos, como deformação, estiramento ou dobramento das células. Os mecanorreceptores fornecem sensações de tato, pressão, vibração, propriocepção, audição e equilíbrio. Além disso, monitoram, também, o estiramento dos vasos sanguíneos e órgãos internos.
Termorreceptores: detectam mudanças na temperatura.
Nociceptores: respondem a estímulos dolorosos resultantes de lesão física ou química ao tecido.
Quimiorreceptores: detectam substâncias químicas na boca (gustação), nariz (odor) e líquidos corporais.
Fotorreceptores: detectam a luz que atinge a retina.
Em geral, os receptores sensitivos podem ser simples, como uma ramificação nervosa; mais complexos formados por elementos nervosos interconectados ou órgãos complexos, providos de sofisticados sistemas funcionais.
VISÃO
O sistema visual é composto pelos olhos e pelos nervos, e as estruturas acessórias: pálpebras, supercílios, músculos e aparelho lacrimal. A visão funciona através do processamento de dados recebidos pelo encéfalo, por intermédio dos receptores sensoriais ativados pela luz. No cérebro, essas informações são também armazenadas.
	Dessa forma, o fenômeno óptico pode ser considerado um evento físico, uma vez que há relação entre o que é visto pelo observador e uma estrutura que este apresenta: o olho, que enxerga por intermédio das amplitudes de ondas eletromagnéticas; um evento anatômico e fisiológico, já que a receptividade depende do sistema visual de cada indivíduo, com seus mecanismos internos; e pelo sentido psicológico, há produção de sensações no indivíduo do que é visto por ele.
Essa grande quantidade de informações do ambiente é conduzida pela luz aos dois olhos, órgãos dos sentidos que possuem os receptores sensoriais chamados de fotorreceptores. Os olhos detectam uma reduzida parte do espectro eletromagnético, são sensíveis a radiações que tenham um comprimento de onda entre 700 a 400 nm. Esses limites equivalem respectivamente à cor vermelha (700 nm) e violeta (400 nm), transitando pelas cores amarela, verde e azul.
	O globo ocular está localizado em cada uma das duas cavidades orbitárias, que são largas e profundas, situadas entre a face e o crânio. Os estímulos que são captados pelos olhos, são assimilados pelo cérebro que engendra uma imagem tridimensional única.
No olho está presente o cristalino, cuja função consiste em sua adaptação para suprir as necessidades solicitadas pela visão, funcionando como uma lente. Há também a retina que contem as células fotossensíveis que são responsáveis por detectar as cores e os estímulos luminosos. No olho ainda estão presentes as estruturas da córnea (primeira e mais poderosa superfície que a luz atravessa) e os nervos ópticos (meio de transporte das informações entre a retina e o cérebro).
Química da visão
	O processo químico da visão estabelece a correlação entre o processamento físico da aquisição da luminosidade e a ação biológica da sensação. Ocorre quando a luz atinge a retina, que possui os fotorreceptores (cones e bastonetes) e proteínas denominadas de opsinas – moléculas chamadas de 11-cis-retinal constituem a sua estrutura –, o que provoca alterações químicas fundamentais. Entre elas está a isomerização da 11-cis-retinal em trans-retinal, transformação que provoca um impulso elétrico, que será encaminhado ao encéfalo. Assim, os estímulos são interpretados 	pelo cérebro, mais precisamente no córtex occipital, que cria diversas reações.
	Após a imagem ganhar forma, há conversão da trans-retinal em cis-retinal – processo realizado por meio de uma enzima (retinal-isomerase), a fim de que mais luz possa ser recebida pelos fotorreceptores e mais imagens possam ser formadas.
O percurso retinocortical visual acontece quando o impulso nervoso gerado pela retina, pela produção de reações sinápticas, é encaminhado ao cérebro através do nervo óptico.
Percepção visual
	Quando um ambiente está com uma baixa luminosidade, o olho humano apresenta baixa acuidade visual, situação que é conhecida como visão escotópica e que funciona através dos bastonetes. Por isso existe uma ausência de cores.
Em contrapartida, quando há muita luz, são os cones que possibilitam a percepção de cores, pois são eles que funcionam determinando a visão fotópica, caracterizada por uma alta acuidade visual.
Quando o ambiente apresenta condições intermediárias de iluminação, as duas células contribuem para produzir a visão mesópica (uma combinação dos dois tipo das visões citadas anteriormente).
Adaptações às condições de iluminação no ambiente
	Quando uma pessoa fica exposta, por um longo período de tempo em ambiente com alta incidência de luz e depois entra em um local escuro, não consegue enxergar logo de imediato o que está ao seu redor. Contudo, após um certo período de tempo, ela começa a recuperar a percepção do ambiente. Isso ocorre devido a adaptação ao escuro e depende de vários fatores:
Dilatação da pupila, ocorre o aumento do diâmetro para permitir que a luz entre em maior quantidade;
Regeneração da rodopsina, proteína responsável pela visão monocromática no escuro;
Ajuste da retina, para ativaros bastonetes.
O tempo da sensibilidade luminosa no escuro é influenciado pela intensidade e pelo tempo de duração da luz incidida na retina, do tamanho e da posição dos fotorreceptores e do tempo de regeneração da rodopsina quando ela está na fase de pré-adaptação.
A adaptação à claridade está envolvida com os cones e com a diminuição do diâmetro da pupila, que provoca uma entrada de menor quantidade de iluminação no olho. Além de evitar o ofuscamento, esse mecanismo protege que a retina não tenha as células fotossensíveis lesadas pelo excesso de luz.
Máquina fotográfica
	O olho humano é comumente comparado a uma máquina fotográfica contemporânea devido as semelhanças que existem entre as suas estruturas. De forma análoga entre as duas ferramentas, podemos tentar compreender o funcionamento da visão nas pessoas:
Diafragma – pupila. Na máquina fotográfica, a luz penetra por uma abertura que tem o seu regulamento feito pelo diafragma. Nos olhos temos a pupila que cumpre com a mesma função.
	Objetiva – cristalino. Formada por um sistema de lentes, a objetiva se ajusta para colocar o foco na imagem (real e invertida), assim como o cristalino regula a nitidez.
Filme – fotorreceptores. O filme, atingido pela luz, provoca transformações químicas e faz a gravação das imagens na máquina. O mesmo acontece no olho, as células fotossensíveis fixam na retina os estímulos da luz.
	Cartão de memória – cérebro. Nas digitais, não há filme e sim um sensor – chip sensível à luz – que transforma o fluxo de eletróns em dados digitais. São armazenados no cartão de memória ou visualizados na tela da máquina. O armazenamento é o equivalente ao cérebro no ser humano.
Doenças dos olhos
	Em um processo natural da vida humana, os olhos envelhecem em suas estruturas e funções, o que faz surgir problemas na visão como a diminuição da acuidade visual e até mesmo levar o indivíduo a perder totalmente a visão. O estudo da estrutura, da função, das patologias e distúrbios do olho e seus anexos é conhecido pela especialidade da medicina chamada de oftalmologia. É o oftalmologista que realiza o diagnóstico e prescreve o tratamento das alterações e das doenças nos olhos.
Algumas doenças comuns:
Miopia: é quando o olho encontra-se anatomicamente maior do que o normal, fazendo com que o raio luminoso não alcance a retina, resultando na formação da imagem antes desta.
Hipermetropia: é quando o olho encontra-se anatomicamente menor do que o normal, levando à formação da imagem após a retina, fazendo com que o indivíduo tenha dificuldade de enxergar de perto.
Astigmatismo: habitualmente é resultante de uma curvatura desigual da córnea, levando a uma visão distorcida, pois uma parte da imagem é formada na retina, enquanto outras partes formam-se antes ou depois dessa estrutura. Pode ocorrer isoladamente ou em associação com outros defeitos de refração.
Presbiopia: é a perda da acomodação visual devido à idade, resultando da perda da elasticidade progressiva do cristalino.
Catarata: A maioria dos casos de catarata desenvolve-se lentamente ao longo de anos.
O principal sintoma é a visão embaçada, como se a pessoa estivesse olhando por um vidro opaco. Quando a catarata interfere nas atividades normais do indivíduo, o cristalino embaçado pode ser substituído por lentes artificiais transparentes. Este geralmente é um procedimento ambulatorial seguro.
Glaucoma: causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira.
Daltonismo: Geralmente, o problema é hereditário. Outras causas incluem certas doenças oculares e medicamentos. Mais homens do que mulheres são afetados.
O daltonismo geralmente envolve a incapacidade de distinguir entre tons de vermelho e verde.
Não há tratamento para o daltonismo hereditário. Se o daltonismo for causado por outra condição, tratar a causa subjacente poderá ajudar.
Estrabismo: As causas de estrabismo podem incluir lesão do nervo ou disfunção dos músculos que controlam o olho. O principal sintoma são olhos que não olham exatamente no mesmo sentido, ao mesmo tempo. Geralmente, é possível corrigir o estrabismo com tratamento ainda no estágio inicial da detecção do distúrbio. Há várias opções de tratamento para alinhar os olhos, incluindo óculos especiais, uso de tapa-olho e, em poucos casos, cirurgia.
PALADAR
A gustação ou paladar é um sentido humano responsável por captar, perceber e interpretar a sensação do sabor dos alimentos ingeridos pelo indivíduo. O sentido do paladar, caracterizado como um sentido químico, ocorre através das papilas gustativas – onde estão presentes as células receptoras, estruturas localizadas na língua, no palato, na faringe, na epiglote e na faringe. Além de avaliar o tipo de sensação do gosto dos alimentos, o paladar se refere ao mecanismo de evitar a ingestão de substâncias tóxicas.
	A fisiologia do sistema gustativo tem início com a mastigação do alimento na cavidade oral, onde a saliva participa no mecanismo de percepção do sabor: solubiliza a partícula do alimento a fim de facilitar o contato de suas moléculas com os receptores presentes na língua, que irão produzir informações químicas. Esses impulsos químicos são enviados dos quimiorreceptores gustativos que estão nos calículos gustativos através dos nervos craniano facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X) até a medula oblonga (bulbo), e depois enviada para o tálamo. Eles seguem pela área gustativa primária no lobo parietal do córtex cerebral, onde será interpretado.
	Considera-se que o paladar humano consegue distinguir cinco limiares de estímulos básicos:
Doce: a célula receptora é estimulada pela sacarose, sacarina e aspartame;
Salgado: os íons de sódio (Na+) e de cálcio (Ca2+) estimulam as células receptoras;
Azedo (ácido): a célula receptora é estimulada pelo íon de hidrogênio (H+);
Amargo: o estímulo é feito pela quinina e cafeína;
Umami: diversos aminoácidos (ácido glutâmico, por exemplo) são responsáveis por estimular as células receptoras. A percepção dos outros tipos de sabores acontece através das combinações desses sentidos primários.
	O sistema visual e o sistema olfativo estão associados com o paladar, uma vez que a análise do alimento pela visão e pelo odor proporcionam o ser humano selecionar e identificar a qualidade da comida, fato relevante para que não ocorra a ingestão de alimentos estragados.
Um exemplo da influência do olfato para a percepção dos sabores é o fato de pessoas acometidas por resfriado ou alergia, pode não conseguir sentir o gosto do alimento ingerido. Com o olfato comprometido por alguma dessa patologia, os receptores olfativos não conseguem captar as moléculas odoríferas das partículas do alimento que são transportadas pelo ar para a cavidade nasal. O cérebro usa as informações provenientes dos dois sistemas para interpretar a percepção da sensação do paladar sentida.
	A memória também possui um papel importante no paladar, pois é constatado, através de estudos científicos, de que bebês dão respostas faciais de maneiras diversas a tipos diferentes de alimentos, principalmente os de sabor doce e amargo. Alimentos ácidos (sabor azedo) tendem a ser menos preferidos por eles, funcionando como um mecanismo de defesa contra alimentos que seriam possivelmente podres, por exemplo.
	Geralmente, o paladar apresenta disfunções que estão relacionadas com algum tipo de comprometimento do sistema olfativo. Pode ser afetado por deformidades nasosseptais, polipose nasal e congestão nasal crônica proveniente de rinites alérgicas e não alérgicas. Lesões do nervo facial que está próxima da corda timpânica também pode comprometer o paladar e disfunções podem acontecer devido a paralisia facial de Bell. Diversas causas podem causar a diminuição da sensação do paladar (disgeusia), a distorção do paladar (com estímulo, parageusia e sem estímulo, fantogeusia), a perda parcial (hipogeusia) e a perda total (ageusia), entre as quais temos: infecções (virais, bacterianas,fúngicas ou parasitárias da mucosa hipofaríngea e oral), mucosite por radiação, tabagismo, higiene oral inadequada, envelhecimento, etc.
AUDIÇÃO
O ser humano utiliza o som, em conjunto com outros tipos de estímulos, proveniente do ambiente para perceber o mundo a sua volta, o que faz com que emoções e sentimos sejam despertos. A audição é, dentre todos os sentidos humanos, o primeiro a ter o desenvolvimento completo em termos de origem. O seu funcionamento tem início por volta das 16 semanas de gestação, quando já é possível o feto responder a estímulos provenientes do corpo materno e do ambiente externo. Esses estímulos são mecânicos, por meio de ondas sonoras as estruturas que compõem o sistema auditivo captam, transformam e transmitem ao córtex cerebral, onde serão interpretados e armazenados.
O sistema auditivo é dividido em três partes descritas abaixo. O processo da audição ocorre em duas etapas: o mecânico, que acontece na orelha externa e média, e o mecânico/elétrico, que decorre na orelha interna.
Orelha externa – constituída pelo pavilhão auricular e o canal auditivo.
Orelha média – membrana timpânica e cadeia de ossículos.
Orelha interna – cóclea, sistema vestibular e nervo auditivo.
Observação: atualmente não se usa mais a palavra "ouvido" para nomear a parte interna do sistema auditivo.
	A vibração da onda sonora se propaga no meio e produz sons que são audíveis à orelha do ser humano. A frequência de som percebida pelo ser humano está entre 20 Hz e 20.000 Hz. Contudo, esses valores podem variar com o avanço da idade, onde pode existir a presbiacusia (perda auditiva). Na orelha externa, o som (energia sonora) é captado pelo pavilhão auricular, que funciona como um funil a fim de concentrar melhor a coleta dos sons. Os estímulos sonoros são direcionados para o meato acústico externo, onde são amplificados. Essa estrutura funciona também como auxílio na localização da fonte sonora (através da pressão que o som exerce na orelha). O som passa pelo canal auditivo externo e segue pela membrana timpânica, sendo transformada em energia mecânica e transmitida aos ossículos. A orelha externa funciona também como proteção ao sistema auditivo: há presença de pelos, glândulas sebáceas e ceruminosas que protegem contra a entrada de agentes patogênicos e estranhos; e controle da temperatura e umidade. Os estímulos atingem a membrana do tímpano, que vibra e se desloca em um movimento de para dentro e para fora da orelha média (conforme um pistão). As estruturas dos ossículos transmitem as vibrações pela base do estribo e bigorna até o cabo do martelo, onde são propagados pelo fluido que está presente na cóclea, estrutura da orelha interna.
	Ocorre então a transformação do estímulo mecânico em energia hidrodinâmica. Os estímulos são conduzidos até o vestíbulo pela janela oval, onde existe a perilinfa, se desloca pela rampa vestibular e atinge a helicotrema, retornando pela rampa timpânica. Ao chegar na janela oval, os estímulos são direcionados à caixa timpânica. A diferença de pressão hidrostática é aplicada sobre a membrana basilar.
	Sobre a membrana basilar há o órgão de Corti, uma estrutura que transforma a energia mecânica em energia elétrica. Nela, existem cinco tipos de células que realizam essa transdução: células ciliadas internas, células ciliadas externas (amplificam o impulso nervoso), células de sustentação (Deiters, Hensen, Claudius), estereocílios das células ciliadas e o nervo auditivo (coclear). Os estímulos são transformados em impulsos nervosos e conduzidos ao córtex cerebral onde serão decodificados pelo cérebro, que processa, interpreta e analisa.
Dentre os cinco sentidos tradicionais e mais conhecidos do ser humano, o sistema auditivo e o sistema olfativo possuem uma percepção mais ampla do espaço tridimensional do ambiente, enquanto o sistema visual consegue captar os estímulos que somente estão na direção da estrutura (olho), ao passo que os sistemas do paladar e do tato são mais restritos, a percepção é mais específica ao local da superfície da estrutura. O sistema auditivo consegue perceber os estímulos sonoros, através da orelha externa, que estão em toda a sua volta, em qualquer direção da profundidade, altura e largura do ambiente. Portanto, além da captura de sons, a orelha consegue desenvolver a consciência do espaço, assim, a audição contribui para que o ser humano desenvolva o senso de localização e equilíbrio, uma vez que o indivíduo consegue localizar-se e orientar-se no espaço.
Mais que um sentido
	Parte da orelha interna, o aparelho vestibular é composto pelos canais semicirculares e pelo vestíbulo, forma um sistema multissensorial. Não há uma consciência direta da percepção dos estímulos por essas estruturas, mas os sinais vestibulares contribuem com uma gama de funções cerebrais, variando de reflexos para os mais altos níveis de percepção até a percepção espacial e a coordenação motora. Foi somente no século XIX que o sistema vestibular passou a ser reconhecido como um órgão sensorial separado do sentido da audição. Ficou conhecido como o sexto sentido do corpo humano.
	Três canais semicirculares, aproximadamente ortogonais, detectam movimentos rotacionais, e os dois órgãos otolíticos (o utrículo e o sáculo) percebem acelerações lineares. Os aferentes vestibulares são continuamente ativos mesmo em repouso e são notavelmente sensíveis para sinalizar acelerações de movimento à medida que nossa cabeça se traduz e gira no espaço. O movimento do fluido da endolinfa nos canais semicirculares durante o movimento da cabeça desloca os receptores da ampola, proporcionando um sinal proporcional à aceleração angular da cabeça que leva a movimentos compensatórios posturais e oculares.
	Quando não há simetria na resposta labiríntica, por causa da estimulação excessiva ou pela hipoestimulação, pode ocorrer a vertigem.
	Mesmo quando o indivíduo permanece imóvel, os órgãos otolíticos sentem a força da gravidade (uma forma de aceleração linear). Os sinais dos canais semicirculares e dos órgãos otolíticos são complementares; sua ativação combinada é necessária para explorar e compreender a enorme gama de movimentos físicos experimentados na vida cotidiana.
	A interação visual/vestibular e propriocepção/vestibular ocorrem ao longo das vias vestibulares centrais e são vitais para o olhar e controle postural. Sinais dos músculos, articulações, pele e olhos são continuamente integrados ao fluxo vestibular. Devido à forte e extensa convergência multimodal com outros sinais sensoriais e motores, a estimulação vestibular não dá origem a uma sensação consciente separada e distinta.
	Alguns distúrbios ou doenças do sistema auditivo afetam e podem comprometer a acuidade auditiva, diminuindo o poder da percepção dos sons até a total incapacidade do indivíduo de ouvir.
OLFATO
O sentido olfativo é responsável por decodificar os estímulos físicos e os estímulos químicos odorantes no ambiente. As moléculas das substâncias evaporam e, portanto, ficam suspensas no ar, chegando ao aparelho sensorial do olfato, onde são captados pelos receptores.
	Os receptores, denominados de neurônios receptores olfativos, são neurônios com um dendrito arrendondado e estão localizados no epitélio da porção superior das cavidades nasais, apresentam os cílios olfativos. Existem cerca de 10 milhões de células olfativas que são capazes de detectar milhares de tipos de odores. As moléculas de odores reagem com os cílios olfativos, promovendo assim a estimulação dos receptores. Cada receptor possui em sua extremidade um axônio, capaz de realizar a sinapse com uma célula no bulbo olfativo que fica na base do cérebro. 
	O processo da memória dos odores é importante para a própria sobrevivência do organismo humano, identificamos, reconhecemos e selecionamos os alimentos ingeridos pela sua qualidade e necessidade. O comportamento afetivo do olfato, como a sensação agradável e desagradável, exerce influência no paladar.
TATO
O tato é um dos cinco sentidos. O órgão responsável por essesentido é o maior órgão do corpo humano: a pele. Os mecanismos responsáveis pelo tato estão na segunda camada da pele, a derme. O tato é o primeiro sentido a se desenvolver no embrião humano.
	Na pele existem diversos tipos de receptores de estímulos táteis. São esses receptores que recebem e transmitem ao cérebro a sensação de toque. Alguns desses receptores são terminações nervosas livres, que reagem a estímulos mecânicos, químicos e térmicos, sobretudo os dolorosos.
	Outros receptores são organizados em forma de corpúsculos, ou seja, são células especializadas que estão em contato com terminações nervosas. Os corpúsculos sensoriais podem ser mecanorreceptores ou termoreceptores.
	Mecanorreceptores são responsáveis pela percepção do toque:
Corpúsculos de Meissner - percepção de pressões de frequência diferente.
Discos de Merkel – percepção de movimentações e pressões leves.
Corpúsculos de Vater - Pacini – percepção de pressões. Presentes em grande número na ponta dos dedos.
Corpúsculos de Ruffini - percepção de distensões na pele e calor.
Termorreceptores - são responsáveis pela percepção do calor e do frio, e reagem de acordo ao estimulo externo, seja ele frio ou quente.
	Para impedir a sensação de dor durante uma intervenção cirúrgica, um tratamento dentário ou exames invasivos, é usada a anestesia, que pode ser geral (estado de inconsciência); regional, ou peridural (aplicada próximo a medula, sendo que o paciente pode ficar acordado ou não); ou local (apenas na região onde ocorrerá a intervenção). Em qualquer dos casos, a anestesia impede que os impulsos nervosos gerados pelos receptores da dor sejam transmitidos pelos nervos, não chegando, dessa forma, ao cérebro.
	O alfabeto Braile, que permite que deficientes visuais leiam por meio do tato, foi criado considerando a capacidade existente na polpa dos dedos de perceber, de uma só vez, cerca de seis impressões táteis.
	As partes do corpo mais sensíveis ao toque são as mãos, os dedos dos pés, o rosto, lábios, língua e região genital, tanto masculina quanto feminina.
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