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Evolução conceito de saúde

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Saúde e Sociedade
Material de apoio: Saúde Coletiva – teoria de prática.
Aula: Saúde: Equilíbrio entre emocional, social e biológico.
A evoluções do conceito de saúde, perpassa por diversas culturas, sendo diferenciada por tempo, cultura, renda e informação.
GP3- Evoluções do conceito de saúde (linha do tempo e concepções contemporâneas)
Os conceitos de saúde e de doença são analisados em sua evolução histórica e em seu relacionamento com o contexto cultural, social, político e econômico, evidenciando a evolução das ideias nessa área da experiência humana.
A doença era sinal de desobediência ao mandamento divino. A enfermidade proclamava o pecado, quase sempre em forma visível, como no caso da lepra.
http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a03.pdf
Essa visão religiosa antecipa a entrada em cena de um importante personagem: o pai da Medicina, Hipócrates de Cós (460-377 a.C . Os vários escritos que lhe são atribuídos, e que formam o Corpus Hipocraticus uO importante é que tais escritos traduzem uma visão racional da medicina, bem diferente da concepção mágico-religiosa antes descrita. O texto intitulado “A doença sagrada” começa com a seguinte afirmação: “A doença chamada sagrada não é, em minha opinião, mais divina ou mais sagrada que qualquer outra doença; tem uma causa natural e sua origem supostamente divina reflete a ignorância humana”.
http://redehumanizasus.net/91036-linha-do-tempo-promocao-da-saude-no-brasil/
https://pt.slideshare.net/rilvalopes/histria-da-sade-pblica-parte-1-126393515
Artigo A Historicidade filosófica do Conceito Saúde
A Idade Média foi marcada pelo período do feudalismo e pela forte influência do cristianismo sobre a visão de saúde e doença. Considerada por muitos autores uma época de estagnação, acreditavam ainda na variabilidade dos humores corporais, mas atribuíam que o desequilíbrio das pessoas estava relacionado às situações de pecado (3) . No final deste período com as crescentes epidemias, retoma-se a ideia de contágio entre os homens, cujas causas 20 estavam relacionadas à conjugação dos astros, o envenenamento das águas pelos leprosos, ou ocasionados por bruxarias. No Renascimento, originam-se as ciências básicas com a necessidade de descobrir a origem das matérias (4) . 
Na Idade Moderna com a introdução da máquina a vapor intensifica-se o ritmo produtivo, as fábricas passam a demandar mais mão de obra, e as cidades crescem nas periferias, sendo que, as péssimas condições de trabalho começam a chamar a atenção dos administradores. O corpo, tomado como meio de produção pelo capitalismo emergente, torna-se objeto de políticas, práticas e normas, surgindo as primeiras regulações visando à saúde nas fábricas (2) . 
Nos séculos XVII e XVIII registraram-se muitos avanços na medicina, com o descobrimento do microscópio e o desenvolvimento da bacteriologia. Destaca-se a adoção da “polícia sanitária” como política de saúde, que obrigava os sadios, pela coerção e pelo poder de polícia, a adotarem comportamentos adequados à saúde e os indivíduos doentes a se isolarem (5) . O empirismo, baseado na observação e na explicação racional para os fenômenos naturais, favoreceu o desenvolvimento da saúde com a busca acerca da causalidade das doenças, fortalecendo a biologia científica, sem influência externa da filosofia.
 A medicina moderna direciona sua atuação para o corpo e para a doença, na busca de um estado biológico normal (3,4). O pensamento científico na Idade Moderna tende a redução, objetividade e fragmentação, com a multicausalidade destacando-se no século XX. No século XIX deram continuidade aos desenvolvimentos científicos tanto em medicina clínica e microbiologia, como em patologia e fisiologia. Marcado pela Revolução Industrial, ocorreu o aumento da incidência da mortalidade geral e infantil, emergindo os conceitos de medicina social e saúde coletiva. Destaca-se também, nesta época, a inserção do conceito de promoção da saúde proposto por Henry Sigerist no início do século XX (5) . 
Neste período contemporâneo, destaca-se a evolução do conceito saúde, caminhando juntamente com as contribuições que as discussões sobre promoção da saúde proporcionaram. O Relatório Lalonde, elaborado a partir de estudos do ministro canadense Lalonde em 1970, e a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada em Alma-Ata em setembro de 1978, se destacam na evolução do conceito, onde a saúde foi reconhecida pela primeira vez como um direito, tendo como estratégia básica, a Atenção Básica à Saúde com participação dos usuários no processo (6) . 
Atualmente, com as transformações econômicas decorrentes do processo de globalização e as consequências do capitalismo, enfatiza-se a valorização da competitividade e o 21 individualismo. Essas características influenciaram também na determinação da evolução do conceito de saúde, atualmente com acentuada crítica ao modelo hegemônico, mas que sofreu influências relevantes nas transformações que ocorreram com a evolução da humanidade.
http://www.here.abennacional.org.br/here/vol3num1artigo2.pdf
O conceito de Saúde se alterou ao longo do tempo. Primeiramente, saúde era entendida como sendo o estado de ausência de doença, tendo o médico, como agente, atuando em um hospital. Neste modelo, o centro das atenções era a patologia em si. O controle da sua evolução e o retorno ao estado de não doença eram os objetivos de todas as atividades. 
Com o desenvolvimento de novas habilidades e conhecimentos, a Medicina foi se fragmentando, dando origem e espaço para outros profissionais de saúde. A atividade ambulatorial se somou às desenvolvidas em ambiente hospitalar e desta integração surge a noção de sistema de saúde. Aos aspectos físicos, ou biológicos, foram sendo agregados os psicológicos e os sociais, igualmente reconhecidos como causas de doenças. Desta forma, a saúde de um simples estado ausência de doença, passou a ser entendida como sendo um estado de bem estar físico, mental e social.
 Não obstante, o grande avanço que esta nova definição trouxe para a compreensão do fenômeno saúde, a visão ainda era estática. A introdução da noção de que a saúde é um processo continuado e interdependente de preservação da vida, criou uma nova dimensão social. A saúde passou a ser, também, um critério de cidadania. Assim, todos os cidadãos tem direitos, mas são igualmente responsáveis pela sua manutenção. A saúde, dentro deste enfoque, ocorre e é consequência de ações realizadas em toda a sociedade. Isto não exíme o Estado, o médico e outros profissionais de saúde de suas responsabilidades, mas agrega uma variável fundamental de respeito ao indivíduo, doente ou sadio, através do compromisso social solidário na consecução do objetivo maior de garantir condições dignas de vida a cada ser humano. Este modo de entender a saúde abrange aspectos individuais e coletivos, envolvendo questões ambientais e sociais.
file:///E:/Medicina/Saude%20e%20Sociedade/saúde%20-%20evolucao_Goldim.pdf
O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. O mesmo, aliás, pode ser dito das doenças. Aquilo que é considerado doença varia muito. (...)
Os cuidados primários de saúde, adaptados às condições econômicas, socioculturais e políticas de uma região deveriam incluir pelo menos: educação em saúde, nutrição adequada, saneamento básico, cuidados materno-infantis, planejamento familiar, imunizações, prevenção e controle de doenças endêmicas e de outros freqüentes agravos à saúde, provisão de medicamentos essenciais. Deveria haver uma integração entre o setor de saúde e os demais, como agricultura e indústria.
file:///E:/Medicina/Saude%20e%20Sociedade/linha%20do%20tempo%20saúde.pdf
Evolução do conceito de saúde
Nas antigas civilizações a saúde estava diretamente relacionada com os seres divinos. A doença era considerada umproblema na alma e o feiticeiro/curandeiro através de magias e ervas fazia o seu melhor 
Os gregos e romanos das antigas civilizações achavam que a doença era o resultado do desequilíbrio de 4 fluidos (sangue, bílis amarela, bílis negra e fleuma. Os desequilíbrios vinham de factores externos, como as estações, o tipo de vida e o ambiente.
Quem veio revolucionar o conceito de saúde foi Hipócrates, um médico grego (séc. V-IV a.C.). As doenças não eram culpa dos divinos mas sim de causas naturais. A prática deixou de ser mágico-religiosas e passou a ser fruto da observação direta dos doentes.
A partir do séc 15-16, os conhecimentos aumentaram devido à prática de dissecação de cadáveres. O corpo humano passou a ser encarado como uma máquina e a doença uma avaria.
No séc.19 o conhecimento dos microorganismos provocadores de doenças foi fundamental para o combate de doenças como a tuberculose, a raiva e a cólera. A saúde era entendida como ausência de doença.
Só há pouco tempo é que a saúde começa então a ser entendida como uma questão individual e uma questão comunitária. A verdade é que o estado de saúde de um indivíduo pode influenciar a saúde de outras.
Já no século 20, 1947, a Organização Mundial de Saúde (OMS), define Saúde como: “A situação de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas de ausências de enfermidades”
Principais factores que influenciam a saúde Factores individuais ( idade, sexo, genética e comportamentos) Comportamentos/estilos de vida Consumo de tabaco, alcóol e drogas, hábitos alimentares, higiene, exercício físico, horas de sono, stress…
Principais factores que influenciam a saúde Factores ambientais, socioculturais e económicos. Pobreza, trabalho infantil, poluição, tradições….
Estado de saúde de uma população Existem indicadores que avaliam o estado de saúde da população. Esperança média de vida, Taxa de mortalidade infantil Taxa de doenças infecto-contagiosas, Taxa de obesidade, Taxa de doenças cardiovasculares. São exemplos destes indicadores. Pág.20 à 25, exercícios.
Medidas de promoção da saúde -Hábitos individuais e saúde (alimentação equilibrada, higiene corporal, prática de exercício físico) -Melhorias das condições de higiene e salubridade (ambiente propício à saúde) (recolha e o tratamento dos resíduos sólidos, habitações que assegurem as condições de salubridade, eliminação dos focos de contágios, medidas anti-sépticas, tratamento e distribuição de água potável…) -Ordenamento do território -Campanhas de vacinação -Rastreios Pág. 39,40,41
http://www.saudepublica.web.pt/06-saudeambiental/062-AmbienteAr/Saneamento_conceitos.pdf
Medidas para a promoção da saúde Para a promoção da saúde há que ter em conta a prevenção! Há vários níveis de prevenção da saúde: primária, secundária e terciária. Prevenção primária: está directamente relacionada com as vacinas. A utilização das vacinas permite combater doenças, na sua maioria mortais. As vacinas são substâncias que permitem ao ser humano, criar imunidade na presença dos agentes patogénicos (vírus e bactérias), através da formação de anti-corpos (produzidos pelos linfócitos) que atacam e neutralizam estes agentes. (Mais tarde irás perceber melhor quando falarmos do sangue).
Prevenção secundária: está relacionada com os rastreios, detecção precoce de doenças. Exemplos de rastreios: higiene oral, visão, colesterol, glicose, hipertensão e muitos outros. Estes rastreios são importantes porque é mais fácil de actuar no início de uma doença, evitando complicações no avançar da doença. Prevenção terciária: diz respeito à reabilitação da doença. Exemplos: fisioterapia, programas de reabilitação para tóxico-dependentes e alcoólicos, intervenções cirúrgicas correctivas, etc.
https://www.slideserve.com/vittorio-poyntz/evolu-o-do-conceito-de-sa-de
É questionável a atual definição de saúde fornecida pela Organização Mundial de Saúde[1] que é “situação de perfeito bem-estar físico, mental e social” da pessoa sendo ultrapassada por postular uma perfeição inatingível e utópica, sendo contrário até as próprias características da personalidade humana[2].
Além de prover a renúncia de parte da liberdade pulsional do homem em troca de se obter maior segurança. Aliás, também é discutível a distinção havida entre soma, psiquê[3] e sociedade, quando se adota o conceito de homem integrado[4] e, registrando-se a integração desses três aspectos na construção de um ideal de saúde.
Igualmente deve ser revista a noção de qualidade de vida sob a inspiração antipositivista. Flagra-se, também, um resgate ao subjetivismo o que reverte a um questionamento sobre a vigente definição de saúde bastante embasada em avaliações externas, consideradas objetivas.
Cogita-se em ser irreal a definição de saúde editada pela OMS que ao aludir ao “perfeito bem-estar” o que, por si só, já enuncia uma utopia. Ao enfocar o subjetivismo, como bem-estar que traz em seu bojo além de conceitos externos de avaliação (correspondente ao modo peculiar com qual se trabalha a saúde coletiva), já quanto à perfeição, resta mesmo indefinível.
https://www.jornaljurid.com.br/colunas/gisele-leite/conceito-de-saude-na-contemporaneidade

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