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Carl Rogers e contribuição para psicologia

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eSCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
FERNANDA FAHEL
GIULIANA RAGNO
SABRINE SANTANA
 SALVADOR
2020
2
FERNANDA FAHEL
GIULIANA RAGNO
SABRINE SANTANA
RESENHA TEÓRICO-METODOLÓGICA
Trabalho final apresentado no curso de Psicologia da Universidade Salvador (UNIFACS) elaborado no período de curso da disciplina de Psicologia fenomenológica e existencial.
Prof. Renan Rocha
SALVADOR
2020
3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................04
2. 
3. 
2. HISTÓRICO..........................................................................................................04
3. PRINCIPAIS CONCEITOS...................................................................................05
3.1 TENDÊNCIA ATUALIZANTE.............................................................................05
3.2 CONSIDERAÇÃO POSITIVA INCONDICIONAL...............................................05
3.3 COMPREENSÃO EMPÁTICA ...........................................................................06
3.4 CONGRUÊNCIA ................................................................................................06
4.CONTRIBUIÇÃO PARA PSICOLOGIA ATUAL ..................................................06
REFERÊNCIAS .......................................................................................................07
 
8
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho refere-se a uma resenha teórico metodológica sobre o autor Carl Ramson Rogers, mediante aos conceitos indicados na graduação de Psicologia, ministrado pelo professor Renan Rocha. A finalidade da análise é difundir as teorias e métodos de Rogers e como contribui para psicologia contemporânea.
2. HISTÓRICO
Carl Ramson Rogers foi um grande psicólogo clínico e psicoterapeuta norte americano. Nasceu em Janeiro de 1902, nasceu na cidade de Oak Park, nos Estados Unidos. Rogers era filho do meio de uma família protestante, na qual os valores tradicionais e religiosos eram ainda muito presentes. (PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO, 1988).
Iniciou na Psicologia trabalhando com crianças e adolescentes carentes no ano de 1928, em Rochester. Em 1939 publicou seu primeiro livro chamado “O tratamento clínico da criança-problema”, o qual se referia ao trabalho realizado com as crianças e adolescentes carentes. (PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO, 1988).
No ano de 1944, Rogers ensinou psicologia em Chicago e fundou um centro de aconselhamento na Universidade de Chicago. Carl foi conhecido por suas obras fora dos Estados Unidos com a obra “ Terapia Centrada no Cliente” (PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO, 1988)
Segundo Fonseca (2009) nos anos 40, Carl Rogers introduziu e aplicou no campo a Abordagem Centrada na Pessoa- ACP, ou Terapia Centrada no Cliente. A abordagem criada fez dele um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento da Psicologia Humanista.
A Abordagem centrada na pessoa surge como uma reação ao modelo psicanalista e comportamental, propondo uma diferente forma de enxergar o ser humano. Uma maneira diferente de encarar a pessoa que pede ajuda, e a relação terapeuta/paciente (SANTOS, 2004).
Os anos iniciais da ACP tinham como foco um sistema de mudança na personalidade, com fundamento no mundo subjetivo do indivíduo. Nos anos seguintes, voltava-se para as interações sociais (MOREIRA, 2010).
Carl Rogers faleceu em 5 de fevereiro de 1987, em La Jolla, nos Estados Unidos. Deixando o legado de maior psicólogo e psicoterapeuta na era pós freudiana. Suas experiências e “técnicas”, formaram uma das maiores revoluções na psicologia desde a época de Freud (PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO, 1988).
3. PRINCIPAIS CONCEITOS
Os principais conceitos de Carl Rogers baseia-se em 4 conceitos principais: 1) tendência atualizante, 2) compreensão empática, 3) consideração positiva incondicional e 4) congruência (FROTA, 2012).
3.1 TENDÊNCIA ATUALIZANTE
Este é o princípio básico teoria de Rogers, pois justifica todos os demais conceitos e práticas da ACP. O conceito de Tendência Atualizante refere-se à tendência natural do ser humano para ser livre e bom. Para Rogers, todo indivíduo é capaz de desenvolver-se positivamente, sendo corrompido e adoecido apenas por situações externas desfavoráveis (FROTA, 2012).
Esta inclinação para a bondade, então, só pode ser exercida sob condições positivas. Sem entraves psicológicos, o sujeito tende a se desenvolver em direção à maturidade e autonomia crescentes, típicas da vida adulta (FROTA, 2012).
O pressuposto da Tendência Atualizante deu respaldo a um exercício de respeito e confiança dentro da clínica rogeriana. Assim, surgiram conceitos e práticas como a compreensão empática e a consideração positiva, cujo objetivo é anular (ao menos no contexto da relação terapêutica) os entraves psicológicos que impedem o sujeito de desenvolver-se em direção a sua essência positiva (FROTA, 2012).
3.2 CONSIDERAÇÃO POSITIVA INCONDICIONAL
Baseado no pressuposto da Capacidade Atualizante, surgiu o conceito de Consideração Positiva Incondicional, que refere-se a uma atitude de consideração irrestrita, sem julgamentos, sem aprovações ou desaprovações sobre aquilo que o sujeito expressa, seja verbal ou não verbal, direta ou indiretamente (FROTA, 2012). “Quando o terapeuta estima o cliente, de uma maneira total, em vez de uma maneira condicional, então o movimento para a frente pode ocorrer” (Rogers, 1987, p. 68 apud FROTA, 2012).
Aceitar o paciente como ele é não significa ter que concordar com tudo que ele diz. A Consideração Positiva Incondicional, na verdade, tem como pré-requisito a capacidade de observar determinada situação sob a visão do paciente. Assim, surge o conceito de Compreensão Empática (FROTA, 2012).
3.1 COMPREENSÃO EMPÁTICA
Compreensão Empática é a capacidade de o psicoterapeuta colocar-se no lugar do outro, sem deixar de ser quem é, ou seja, mantendo-se congruente com a sua própria visão do mundo (FROTA, 2012).
3.2 CONGRUÊNCIA
O conceito de congruência refere-se à capacidade do psicoterapeuta de manter-se autêntico em relação a suas ideias e sentimentos na hora de interagir com o paciente. Ou seja, a congruência significa respeitar a individualidade do outro sem esconder a própria essência. “Quando somos congruentes conosco mesmos, nossas necessidades, nossos desejos e nosso curso de ação são uma coisa só” (Bowen, 1987, p. 65 apud FROTA, 2012).
4 CONTRIBUIÇÃO PARA PSICOLOGIA ATUAL
 Os principais conceitos formulados por Carl Rogers conduziram a formulação de uma nova abordagem dentro da Psicologia, denominada Abordagem Centrada na Pessoa. Essa teoria abrange a relação com o outro através da tendência atualizante, compreensão empática, congruência e consideração positiva incondicional e é muito utilizada dentro da psicologia atual, sendo no âmbito clínico, escolar, comunitário, com grupos etc. (PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO,1988)
 Na relação, o cliente, como denominava Rogers, deve ser recebido de forma autêntica por parte do terapeuta, podendo expressar suas idealizações e sentimentos, estabelecendo assim um vínculo mais afetivo. Nos dias atuais, essa concepção produz um melhor acolhimento, possibilitando que o cliente se sinta confortável e confie na pessoa disponível para escutá-lo. (PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO,1988)
 A principal contribuição de Rogers para Psicologia atual refere-se à humanização nas relações dos indivíduos, relacionando-se a forma de receber e escutar as demandas do outro, livre de julgamentos, provocando mudança mútua, mas conservando a singularidade de cada um. (ROGERS,1980)
 Desse modo, as ideias propostas por Rogers perpetuam todos os âmbitos no qual a individualidade é estimada, compreendendo as interpretações do outro como possibilidades do indivíduo de tornar-se. Sendo assim, as concepções não são apenas utilizadas na Abordagem Centrada na pessoa, mas na psicologia em geral, como umaprofissão voltada para o indivíduo e suas especificidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO. A Importancia da Obra de C. Rogers. Psicologia, Ciência e Profissão, Brasília, v. 8, ed. 1, p. 34-36, 1988.
FONSECA, Maria de Jesus Martins da. Carl Rogers: Uma concepção holística do homem: Da terapia centrada no cliente à pedagogia centrada no aluno. Revistas RPAAC, [s. l.], 2009.
MOREIRA, Virgínia. Revistando as fases da abordagem centrada na pessoa. Scielo, [s. l.], 2010.
ABORDAGEM Centrada na Pessoa- Relação Terapêutica e Processo de Mudança. Revistas do Serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca, [s. l.], 2004.
FROTA, Ana M. Origens e destinos da abordagem centrada na Pessoa no cenário brasileiro contemporâneo: reflexões preliminares. Revista da Abordagem Gestáltica – XVIII(2): 168-178, jul-dez, 2012.
 BOWEN, M. (1987) apud FROTA, Ana M. Origens e destinos da abordagem centrada na Pessoa no cenário brasileiro contemporâneo: reflexões preliminares. Revista da Abordagem Gestáltica – XVIII(2): 168-178, jul-dez, 2012. 
ROGERS, Carl (1987). FROTA, Ana M. Origens e destinos da abordagem centrada na Pessoa no cenário brasileiro contemporâneo: reflexões preliminares. Revista da Abordagem Gestáltica – XVIII(2): 168-178, jul-dez, 2012.
ROGERS, Carl R. Tornar-se pessoa. 5. Ed São Paulo: Martins Fontes,2001.
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