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A importância de Taylor para a Administração Taylor de fato foi um indivíduo extremamente importante para a administração da produção, note-se que o mesmo iniciou sua carreira como Peão de fábrica a Mecânico, mais adiante de Encarregado a Mecânico de manutenção, chefe e finalmente Engenheiro. Passada a tempestade que a Revolução Industrial trouxe com o advento de diversas máquinas, foi necessária para a época uma melhor administração tocante à área de produção, pois na época não existia uma forma de avaliar, controlar e melhorar o que um funcionário produzia. A verdade é que não existia nenhum padrão relacionado a esta contenda. O empregado produzia da maneira que melhor lhe conviesse, neste período surge uma figura que vai ser crucial para o profundo desenvolvimento da administração, seus pensamentos se fizeram tão relevantes que até hoje os mesmos são encontrados no interior de diversas organizações. Estamos falando de Frederick Winslow Taylor, sobre ele Davis, Aquilano e Chase (2001, p.34) mencionam “[...] Taylor, um engenheiro cheio de idéias e ótimo observador de atividades organizacionais.” Por outra vertente ensinam Gaither e Frazier (2002, p. 8): Frederick Winslow Taylor é conhecido como o pai da administração científica. Ele estudou os problemas de sua época cientificamente e popularizou a noção de eficiência – obter o resultado desejado com o menor desperdício de tempo, esforço e materiais. Buffa (1972, p. 5), aponta: Frederick W. Taylor foi, sem duvida, a figura histórica preponderante no desenvolvimento do campo da administração da produção.[...] Taylor era, ao mesmo tempo, um pensador e um homem de ação. Chiavenato (2011, p. 54, grifo do autor) diz: [...] Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica, nasceu em Filadélfia, nos Estados Unidos. Veio de uma família quaker* de princípios rígidos e foi educado com forte mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. De Masi (2000, p. 50) nos incita a pesquisar e refletir: Geralmente tem-se uma imagem deformada de Taylor, um pouco caricata. Na verdade, ele nasceu rico, trabalhava por hobby e estudava a organização do trabalho porque era sua paixão. Foi o maior importador do racionalismo para o interior dos Estados Unidos e das fábricas. Morgan (2011, p.210, grifo nosso) esmiúça de maneira extraordinária: Frederick Taylor, o pai da “Administração Cientifica”, era um homem totalmente preocupado com a ideia de controle. Era possuidor de um caráter obsessivo e compulsivo, movido por insaciável necessidade de domar e dominar todos os aspectos da sua vida. As suas atividades em casa, no jardim, no campo de golfe, assim como no trabalho, eram regidas por programas e horários planejados em detalhe e seguidos à risca. Mesmo as suas caminhadas à tarde eram cuidadosamente planejadas com antecedência e não lhe era estranho observar os seus próprios movimentos, cronometrar o tempo despendido nas diferentes fases ou até mesmo contar o numero de passos dados. Em se tratando de suas pesquisas, Martins e Laugeni (1998, p. 2, grifo do autor) mencionam: E com os trabalhos de Taylor surge a sistematização do conceito de produtividade, isto é a procura incessante de se obter melhoria da produtividade com o menor custo possível. Essa procura ainda hoje é o tema central em todas as empresas, mudando-se apenas as técnicas utilizadas. De acordo com Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 34): A essência da filosofia de Taylor era que leis cientificas governam o quanto um trabalhador pode produzir por dia, e que é função da administração descobrir e usar estas leis na operação de sistemas produtivos (e a função do trabalhador é executar os desejos dos administradores sem questioná-los). Maximiano (2010, p. 23, grifo nosso) também aponta: Em uma experiência famosa, Taylor demonstrou que a produtividade mais elevada resulta da minimização do esforço muscular. Essa é uma das ideias fundamentais da administração cientifica: a produtividade resulta da eficiência do trabalho e não da maximização do esforço. A questão não é trabalhar duro, nem depressa, nem bastante, mas de forma inteligente. Chiavenato (2011, p. 54) explica: O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e a mensuração. Por fim, Morgan (2011, p. 32) menciona com simplicidade “[...] Taylor defendeu o uso de estudos de tempos e movimentos como meio de analisar e padronizar as atividades de trabalho.” Taylor de fato foi um indivíduo extremamente importante para a administração da produção, note-se que o mesmo iniciou sua carreira como Peão de fábrica a Mecânico, mais adiante de Encarregado a Mecânico de manutenção, chefe e finalmente Engenheiro. Vale ressaltar que desde seu início em funções operacionais Taylor já mensurava tudo o que estava relacionado à produção, desses estudos surge a famosa “teoria dos tempos e movimentos”, onde tudo era medido e repetido até que se achasse a perfeição, desta forma fica reluzente que o que Taylor queria era encontrar a melhor forma de se criar/produzir algo, sem perca de tempo, desperdício de material e mão de obra. O Brasil pré-Taylor Engana-se quem pensa que o problema número um de Organizações públicas e privadas no Brasil seja a falta de dinheiro, verba. Falta-nos Administração! A literatura mundial sobre Administração de Empresas está pontuada de críticas (nem sempre fundamentadas) às ideias de F.W.Taylor (1856-1915), aliás, há escolas de pensamentos criadas em oposição e a partir dos trabalhos dele. Contudo, no Brasil, seguimos atrasados, exceções poucas, de acordo com minha modesta experiência de campo, porque não é difícil encontrarmos empresas dos mais variados portes e segmentos econômicos que vivenciam suas experiências administrativas como se estivessem em um mundo pré-Taylor, isto é, sem o conhecimento mínimo sobre Administração Científica ou de ideias derivadas das de Taylor, quase cem anos após sua morte. Tanto pior, sem o conhecimento das consequências advindas do caos que costuma reinar em suas Organizações, em decorrência desse desconhecimento. Engana-se quem pensa que o problema número um de Organizações públicas e privadas no Brasil seja a falta de dinheiro, verba. Falta-nos Administração! Principalmente Administração elementar, nada sofisticada, porém eficiente e barata, que pode causar verdadeira revolução no atendimento das necessidades dos cidadãos e clientes, exemplo: quem nunca presenciou o atendimento em hospitais públicos Antes do advento de uma modesta adoção de senhas para racionalizar o atendimento das pessoas que vão chegando aos hospitais em grandes quantidades e literalmente disputam o espaço e atendimento prioritários ? Resultado: brigas, agressões físicas, mobilização de funcionários da segurança e de outros setores para conterem as divergências sobre o que pensa o Estado em relação ao ato de administrar e o que quer e necessita o cidadão, nessa matéria. Que surpresa agradável é voltarmos a esse mesmo hospital e constatarmos que com um investimento irrisório (mas fundamental) em algumas cartolinas, pincel atômico e uma caixa de madeira para acondicionar as senhas, foi possível impor ordem no caos utilizando um rudimento de administração que faria honrar ao senhor Taylor, desconhecido ainda hoje, no Brasil, mesmo em hospitais administrados(?) por pessoas com o pomposo título de Professor Doutor. Pensem nos ganhos econômicos e sociais que o Brasil pode auferir se os cidadãos, ao invés de ficarem cinco, seis, sete horas, em um hospital público, ficassem apenas cinquenta minutos ou noventa minutos, tudo porque faltou uma simples racionalização no atendimento ao público. Com pouco se fez muito, utilizando-se elementos de administração, nada se utilizou dos estudos sofisticadosde pesquisas operacionais para construção de naves espaciais. Também engana-se, quem pensa que essa é uma crítica ao setor público exclusivamente, o privado igualmente desconhece o senhor Taylor em grande medida, infelizmente. Pois, não há laboratórios de exames médicos privados que possuem departamentos de coordenação que coordenam o nada ? A diferença está que o cidadão ao ser atendido em organização pública, já foi tributado direta e indiretamente; no privado, o pagamento pelo péssimo serviço ou produto é a posteriori e com direito a propaganda enganosa a priori. Outro exemplo: em São Paulo, quanto economizaríamos nos combustíveis se os motoristas de ônibus e micrônibus, quando com seus veículos estacionados nos terminais de ônibus, incluindo os terminais ligados ao metrô, desligassem seus motores ? Mesmo sabendo que só sairão em dez, quinze ou vinte minutos ? E a questão ambiental ? Quanto melhoraríamos, se com os motores desligados, não continuassem a poluir o ar (fumaça) em conjunto com a poluição sonora ? Será que os senhores motoristas pensam que seus veículos foram fabricados em 1920 e que precisam "esquentar o motor" antes da partida ? Quando estiverem passando por terminais de ônibus, observem que cerca de 80% (estou sendo otimista na estatística) dos ônibus estarão, muito provavelmente, com os motores ligados inutilmente, poluindo o ambiente e gastando o dinheiro das empresas, que vira literalmente, fumaça. O Brasil precisa urgentemente de reformas administrativas que ultrapassem as barreiras das simples alterações dos organogramas e cronogramas ou das demissões de trabalhadores, como respostas automáticas e pouco inteligentes ao que acontece nos ambientes políticos, empresariais e econômicos. Isso, ou o mundo corporativo, e as administrações públicas, continuarão a desprezar, porque ignoram, o trabalho de verdadeiros administradores e pensadores; talvez seja por isso que esteja sucumbindo às negociatas, ineficiência, submissão aos fora-da-lei, aos gurus, espertalhões e mercadores de sonhos de toda ordem. Isso tudo é consequência do fechamento da economia (e das mentes) brasileira por tempo demasiado, não houve intercâmbio na escala em que precisaríamos para tirar o Brasil do atraso nas idéias com os principais centros do mundo. Estamos muito atrasados e, não me refiro à economia brasileira ou nossas empresas, apenas. O problema é de mentalidade do povo, principalmente aos que têm acesso ao sistema de educação universitária e deveriam representar a vanguarda de um novo Brasil. Em suma, podemos arregimentar os melhores cérebros, destacar os melhores recursos, as melhores tecnologias e, mesmo assim não haverá certeza do sucesso, se continuarmos a desprezar os elementos de administração (administração basilar), não apenas no âmbito dos negócios empresariais, mas no sistema econômico. Sei que a administração profissional no Brasil ainda é um luxo, mesmo no setor privado, quem sabe um dia teremos profissionalismo e seriedade na direção das empresas e do Estado, o País merece mais do que o amadorismo reinante. Fonte: https://administradores.com.br/ Após a leitura dos dois textos, faça uma reflexão e responda: 1) Quais as principais contribuições de Taylor e Fayol na administração atual das organizações. - Realização do trabalho em menor tempo possível, sem retrabalho, e diminuição dos custos, obtenção de salario pelo trabalho, uma boa administração, sem rotatividade de funcionários por que isso passa insegurança aos trabalhadores. 2) Avaliando agora a Abordagem Clássica da Administração (Taylor e Fayol), e as contribuições dessas escolas, você considera que a maioria das organizações utiliza estes conceitos em sua Administração? Justifique sua resposta. - Sim. De acordo com o contesto da Organização, as abordagens de Taylor e Fayol, são a base para a maneira com que a administração da empresa e feita, claro que com algumas alterações e atualizações, mais a ideia central, idealizada por eles ainda continua viva nos dias atuais, seja na padronização da produção, como no melhor aproveitamento possível da mão de obra, como também na gestão do negócio, com uma boa administração sendo necessária cada vez mais. 3) Estabeleça um paralelo entre as escolas clássicas e os princípios utilizados na Administração Contemporânea. https://administradores.com.br/ Na passagem para o século XXI, mudanças de grande intensidade nos ambientes competitivo, tecnológico, econômico e social, provocaram o surgimento de novos conceitos e técnicas para administrar as organizações. Muitas dessas novidades eram ideias antigas, que vinham evoluindo há muito tempo. Outras eram autenticas inovações, trazidas especialmente pela tecnologia. Devido às tais modificações sociais recentes, as organizações passaram a ser mais cobradas para as mudanças profundas nas relações sociais e políticas das empresas. A chegada do século XXI trouxe novos conceitos e técnicas de administração. Identificar e observar historicamente a evolução da administração é inovar sem desvalorizar as antigas contribuições de teóricos renomados que visavam à produtividade com enfoque na especialização do trabalho e nas diversas maneiras de se administrar diferente pessoas, criando a departamentalização com o foco nos resultados sempre visando o sucesso, a eficiência e eficácia, além de também ceder lugar para outras abordagens e outros teóricos que tentaram desenvolver de forma grandiosa uma administração inovadora, mutável e diferenciada, na qual as empresas precisam adaptar-se para sobreviver e, talvez, crescer. MAXIMIANO, Antônio Cesar. Teoria Geral da Administração – 3ª Edição – São Paulo – Editora Atlas S.A – 2002.
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