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A psiquiatra Nise da Silveira trabalhava no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, em Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. Assumiu a Seção de Terapêutica Ocupacional, logo que chegou se deparou com total descaso com os pacientes, depois foi modelando tudo novamente fazendo com que eles se sentissem a vontade no ambiente, com o tempo foi adquirindo a arteterapia fazendo com que os pacientes realizassem atividades expressivas sendo elas: pintura e modelagem, dando-lhe uma nova orientação, pois, para ela a terapia com arte não deveria ter a finalidade de distrair, mas de uma forma ser algo que contribuísse na melhora do paciente ou digamos cura. Nise da Silveira destaca que a eficiência do tratamento através de atividades expressivas se revelou na diminuição da porcentagem de recaídas na condição psicótica e de internações de pacientes beneficiados por esse trabalho em Engenho de Dentro, especialmente quando os egressos continuaram com algum acompanhamento. Ela considerava que a palavra arte trazia uma conotação de valor, de qualidade estética, que não tinha em vista ao utilizar a atividade expressiva com seus pacientes. Outros aspectos a embasar a crítica de Nise da Silveira à arteterapia é que está se caracteriza pela intervenção do terapeuta, enquanto, na prática adotada em Engenho de Dentro, as atividades realizadas pelos pacientes eram absolutamente livres, suas criações davam-se espontaneamente a partir do material disponibilizado nos ateliers, sendo apenas acompanhadas por uma monitora, mas não dirigidas por ela. Destaca uma mulher corajosa em meio aos colegas que a minimizam pelos médicos do Centro Psiquiátrico, pois eles defendiam algo que ela era totalmente contra técnicas através de eletrochoques e técnicas agressivas, por ela recusar as tais técnicas, acaba ficando responsável pela terapia ocupacional, que deu uma nova vida ao ambiente, foi capaz de transformar a vida dos pacientes que começaram a ser chamados de “clientes”, acabaram ser tornando grandes artistas sendo reconhecidos nacionalmente, revolucionado os tratamentos ocupacionais.
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