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ESTUDOS DISCIPLINARES XI EXAME I

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Curso ESTUDOS DISCIPLINARES XI 
Teste EXAME I 
Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto e a charge a seguir: 
 
Corrupção no Brasil: das colônias a todas as esferas da política e do mercado 
 
O Brasil sofre com a corrupção desde antes de ganhar este nome. Junto com as caravelas, chegou e se desen-
volveu também a prática que ajuda a manter o status da elite e as amarras do povo, sempre à mercê dos mais 
diversos esquemas, em uma herança corruptora passada de geração a geração. Talvez o país nunca tenha a 
real dimensão dos crimes praticados, que garantiriam manchetes muito mais arrepiantes do que as que costu-
mam escandalizar a sociedade brasileira. E as relações promíscuas não se limitam ao poder público, na esfera 
privada também é comum. O Jornal do Brasil levanta alguns casos para ilustrar a quincentenária pilhagem do 
bem público. 
Apesar de não ser de exclusividade do Brasil, a corrupção teve um desenrolar específico nestas terras. Como a 
Corte precisava convencer pessoas a trabalharem em um desconhecido Brasil, oferecia privilégios em funções 
desempenhadas sem vigilância e definição de papéis, para garantir a ocupação das terras e a criação de insti-
tuições. Práticas de corrupção passaram a permear diversos níveis do funcionalismo público, passando do go-
vernador, dos tabeliães e dos oficiais de justiça para chegar até os cargos mais baixos da Câmara - funcioná-
rios que tinham a prática de favorecer ou prejudicar comerciantes, sob pagamento de propina, por exemplo, 
indicam documentos históricos. Vide também o tráfico de escravos africanos, que era visto sem maiores proble-
mas apesar de denúncias de autoridades internacionais. 
A corrupção se tornava frequente até nos locais em que a Coroa prestava maior atenção, como no litoral do 
país, mas em locais menos notados, como Minas Gerais e Goiás, devido à distância e às dificuldades de trans-
porte, as coisas aconteciam de forma ainda pior. A Coroa, inclusive, estimulava que os fidalgos fizessem o que 
quisessem para mandar e garantir a posse de territórios. 
A corrupção eleitoral e a relacionada a obras públicas surgiram logo com a proclamação da Independência, em 
1822. Visconde de Mauá, por exemplo, que fundou a indústria naval brasileira em 1846, ao construir estaleiros 
da Companhia Ponta da Areia, em Niterói, recebeu licença para a exploração de cabo submarino e a transferiu 
a uma companhia inglesa da qual se tornou diretor. Projetos de grande porte para o país recém-liberto do impé-
rio se tornavam fonte de dinheiro fácil para grupos oligárquicos. 
Mais à frente, com a proclamação da República em 1889, veio a Política dos Governadores, a influência dos co-
ronéis e o voto de cabresto. Acabava o "voto censitário", que definia renda mínima para qualificar o eleitor, mas 
vinham outras formas de controlar quem poderia chegar ao poder. Entre 1894 e 1930, o país teve o governo de 
presidentes civis ligados ao setor agrário, que controlavam as eleições mantendo-se no poder de maneira alter-
nada. 
O professor e autor de livros didáticos de história Roberto Catelli Jr., no artigo A República do Voto, relata que, 
como o voto não era obrigatório nem secreto, o coronel oferecia dinheiro, roupas e chapéus para que os eleito-
res comparecessem às urnas, e os capangas verificavam o preenchimento da cédula. Ao apurar os votos, elei-
tores eram inventados e atas com resultados eram adulteradas. Havia a Comissão de Verificação de Poderes, 
para criar argumentos para não empossar candidatos da oposição (degola) e diplomar representantes da oli-
garquia. 
Muitos outros casos foram surgindo ao longo do século seguinte, como o caso de corrupção eleitoral que levou 
Getúlio Vargas ao seu primeiro ciclo de poder e os casos de corrupção e desvio de verbas na construção de 
Brasília no governo JK. Da ditadura, também não faltam histórias. 
Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/12/14/corrupcao-no-brasil-das-colonias-a-todas-as-esferas-da-
politica-e-do-mercado/. Acesso em 14 ago. 2015 (com adaptações). 
 
 
• 
Fonte: acervo pessoal 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I- Segundo a charge, a compra de votos só acontece com indivíduos mais pobres, que não têm bens materiais e cedem 
ao suborno de políticos. 
II- O fim do voto censitário no Brasil tornou as eleições um processo igualitário e democrático, sem brechas para irregu-
laridades. 
III- O texto defende a ideia de que a corrupção sempre esteve presente no setor público do Brasil, mas a participação do 
setor privado é recente. 
IV- De acordo com o texto, a histórica imbricação entre o público e o privado no Brasil é a origem dos esquemas de cor-
rupção. 
 
É correto o que se afirma apenas em: 
Resposta Selecionada: d. 
IV. 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
 (Enade 2014 – com adaptações) Leia o texto a seguir: 
Uma ideia e um aparelho simples devem, em breve, ajudar a salvar vidas de recém-nascidos. Idealizado pelo mecâ-
nico argentino Jorge Odón, o dispositivo que leva seu sobrenome desentala um bebê preso no canal vaginal, e, por 
mais inusitado que pareça, foi criado com base em técnica usada para remover rolhas de dentro de garrafas. O apa-
relho consiste em uma bolsa plástica inserida em uma proteção feita do mesmo material e que envolve a cabeça da 
criança. Estando o dispositivo devidamente posicionado, a bolsa é inflada para aderir à cabeça do bebê e ser puxada 
aos poucos, de forma a não o machucar. O método Odón deve substituir outros já arcaicos, como o de fórceps e o de 
tubos de sucção, os quais, se usados por mãos mal treinadas, podem comprometer a vida do bebê, o que, segundo 
especialistas, não deve acontecer com o novo equipamento. 
Segundo o The New York Times, a ideia recebeu apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e já foi até licenciada 
por uma empresa norte-americana de tecnologia médica. Não se sabe quando o equipamento começará a ser produ-
zido nem o preço a ser cobrado, mas presume-se que ele não passará de 50 dólares, com redução do preço em países 
mais pobres. 
Fonte: GUSMÃO, G. Aparelho deve facilitar partos em situações de emergência. Disponível em: 
http://exame.abril.com.br. Acesso em 18 nov. 2013 (com adaptações). 
 
Com relação ao texto, avalie as afirmativas a seguir: 
I- A utilização do método Odón poderá reduzir a taxa de mortalidade de crianças ao nascer, mesmo em países po-
bres. 
II- Por ser uma variante dos tubos de sucção, o aparelho desenvolvido por Odón é resultado do aperfeiçoamento de 
equipamentos de parto. 
III- Por seu uso simples, o dispositivo de Odón tem grande potencial de ser usado em diversos países. 
IV- A possibilidade de, em países mais pobres, reduzir-se o preço do aparelho idealizado por Odón evidencia preocu-
pação com a responsabilidade social. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: d. 
I, III e IV. 
 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
(Enade 2011) 
Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da 
sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos 
maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade 
contemporânea. Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição 
global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs) proveem uma fundação para a construção e a aplicação do conhecimento nos setores públicos e 
privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos bene-
fícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais. 
 
 
Considerando as ideias do texto, avalie as afirmativas a seguir: 
I- Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas públicas escolherem o público-alvo 
de possíveisações de inclusão digital. 
II- O uso das TICs pode cumprir um papel social ao prover informações àqueles que tiveram esse direito negado ou 
negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econômica. 
III- O direito à informação se diferencia dos direitos sociais, uma vez que esses estão focados nas relações entre os 
indivíduos e, aquele, na relação entre o indivíduo e o conhecimento. 
IV- O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente em território nacional, muito 
aquém da disponível na maior parte dos países do primeiro mundo. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: a. 
I e II. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
(Enade 2011) 
A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura atender às necessidades atu-
ais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento crescente de para-
digmas estabelecidos na economia e também na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na 
mudança climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. 
O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abriga elementos 
fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta; 
grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais. 
O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em três componentes: sustentabilidade 
ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica. 
 
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe: 
 
Resposta Sele-
cionada: 
b. 
A redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício que reflitam os efeitos 
socioeconômicos e os valores reais do consumo e da preservação. 
 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir, trecho de O direito à literatura, do professor Antonio Candido. 
 
“E aí entra o problema dos que lutam para que isso aconteça, ou seja: entra o problema dos direitos humanos. Por 
quê? Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispen-
sável para nós é também indispensável para o próximo. Esta me parece a essência do problema, inclusive no plano 
estritamente individual, pois é necessário um grande esforço de educação e autoeducação a fim de reconhecermos 
sinceramente este postulado. Na verdade, a tendência mais funda é achar que os nossos direitos são mais urgentes 
do que os do próximo. Nesse ponto, as pessoas são frequentemente vítimas de uma curiosa obnubilação. Elas afir-
mam que o próximo tem direito, sem dúvida, a certos bens fundamentais, como casa, comida, instrução, saúde, coi-
sas que ninguém bem formado admite hoje em dia que sejam privilégio de minorias, como são no Brasil. Mas será 
que pensam que seu semelhante pobre teria direito a ler Dostoievski ou ouvir os quartetos de Beethoven? Apesar 
das boas intenções no outro setor, talvez isto não lhes passe pela cabeça. E não por mal, mas somente porque 
quando arrolam os seus direitos não estendem todos eles ao semelhante. Ora, o esforço para incluir o semelhante no 
mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos. 
Fonte: http://www.escolamobile.com.br/emedio/vereda/arquivos/portugues/3cport_etc_01.pdf. Acesso em: 19 
jun. 2015. 
 
Com base na leitura, analise as asserções e assinale a alternativa correta: 
I- As pessoas que reconhecem os direitos humanos à saúde, à moradia e à alimentação também estendem aos mais 
pobres o direito à arte. 
PORQUE 
II- O reconhecimento de que os bens indispensáveis para nós são também necessários aos outros é fundamental 
para a discussão dos direitos humanos. 
 
Resposta Selecionada: c. 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
(Enade 2012) Leia o texto a seguir: 
 
A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de intercâmbio entre países, que marcou o 
desenvolvimento do capitalismo desde o período mercantil dos séculos 17 e 18, expande-se com a industrialização, 
ganha novas bases com a grande indústria nos fins do século 19 e, agora, adquire mais intensidade, mais amplitude e 
novas feições. O mundo inteiro torna-se envolvido em todo tipo de troca: técnica, comercial, financeira e cultural. A 
produção e a informação globalizadas permitem a emergência de lucro em escala mundial, buscado pelas firmas glo-
bais, que constituem o verdadeiro motor da atividade econômica. 
Fonte: SANTOS, M. O país distorcido. São Paulo: Publifolha, 2002 (com adaptações). 
 
No estágio atual do processo de globalização, pautado na integração dos mercados e na competitividade em escala 
mundial, as crises econômicas deixaram de ser problemas locais e passaram a afligir praticamente todo o mundo. 
A crise, iniciada em 2008, é um dos exemplos mais significativos da conexão e da interligação entre os países, suas 
economias, políticas e cidadãos. 
 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. 
I- O processo de desregulação dos mercados financeiros norte-americano e europeu levou à formação de uma bolha 
de empréstimos especulativos e imobiliários, a qual, ao estourar em 2008, acarretou um efeito dominó de quebras 
nos mercados. 
PORQUE 
II- As políticas neoliberais marcam o enfraquecimento e a dissolução do poder dos Estados nacionais, bem como as-
seguram poder aos aglomerados financeiros que não atuam nos limites geográficos dos países de origem. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
Resposta Selecionada: c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. 
 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
Leia a charge e o texto sobre o processo de migração de africanos para o continente europeu. 
 
 
• 
Fonte: www.operamundi.uol.com.br. Acesso em 10 set. 2015. 
 
“A relação dos europeus com os náufragos nas suas costas expressa, da forma mais radical, a concepção predominante no 
Velho Continente, conforme o antigo adágio: civilização ou barbárie. A preocupação dos governos europeus é apenas a prote-
ção do seu território, para que episódios dramáticos, como os que vêm acontecendo há tempos e se agudizando nas últimas 
semanas, deixem de ocorrer ou diminuam. Não há nenhuma posição em relação às causas da imigração. 
É de tal forma escandalosa a postura europeia, que nenhum governo ou instância africana participa das reuniões que buscam 
soluções para os problemas. As únicas referências a governos africanos são ao Marrocos e à Tunísia, buscando apoiar ações 
que permitam dificultar a saída de embarcações – já que a Líbia, que antes funcionava como contenção para essa saída, agora 
nem sequer um Estado tem. 
O que significa que os governos europeus nem cogitam atacar a raiz dos problemas, os que geram a imigração maciça para a 
Europa desde a África. As condições econômicas e sociais dos países africanos estão inquestionavelmente na origem do pro-
blema. E essas condições, por sua vez, têm raízes históricas diretamente vinculadas à Europa. 
A África foi não somente explorada profunda e extensamente nos seus recursos naturais pelas potências colonizadoras euro-
peias, como foi vítima do mais brutal dos crimes – a escravidão. Milhões e milhões de africanos foram arrancados do seu 
mundo para serem transferidos para um continente alheio, para trabalhar como raça inferior, produzindo riquezas para a 
elite branca europeia. 
A África foi colonizada até poucas décadas atrás e, mesmo com a independência, não mudou sua situação econômica e social, 
porque seguiu sendo explorada nos seus recursos naturais. 
A imigração de africanos para um dos continentes mais ricos do mundo – em grande medida por ter sido colonizador e escra-
vizador – é um fenômeno que ocorre já há algumasdécadas. Porém, pelo menos uma parte desses trabalhadores imigrantes 
eram absorvidos, porque eram funcionais a um mercado de trabalho que necessita de mão de obra de pouca qualificação, 
para funções secundárias. 
Quando veio a crise econômica, que atinge frontalmente a Europa, em 2008 e ainda sem prazo para acabar, a África foi preju-
dicada de várias maneiras. 
Por um lado, a retração europeia foi exportada para os países africanos pela diminuição da demanda dos seus produtos e pela 
retração nos investimentos. E, por outro, especialmente em alguns deles, pela diminuição brusca do turismo, que em alguns 
países é um fator essencial para o emprego e a economia no seu conjunto. 
Nesses anos, as tentativas desesperadas dos africanos de chegar à Europa se intensificaram, enquanto o desemprego e a ex-
pulsão de trabalhadores imigrantes nos países europeus aumentaram a crise. 
Como resultado dessa combinação de fatores, a quantidade de tentativas de chegada à Europa e o número de pessoas envolvi-
das nelas aumentaram exponencialmente.” 
Fonte: www.redebrasilatual.com.br. Acesso em: 10 set. 2015. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas: 
I- A charge e o texto propõem ações que solucionam as causas da imigração de africanos para o continente europeu. 
II- A crise econômica na Europa tem impulsionado movimentos xenófobos, que se opõem à entrada de imigrantes em países 
desse continente. 
III- O esgotamento dos recursos naturais dos países africanos é a principal causa do movimento migratório dos africanos em 
direção aos continentes americano e europeu. 
 
Assinale a alternativa certa: 
Resposta Selecionada: d. 
II está correta. 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
(Enade 2011) Leia o gráfico a seguir: 
 
A educação é o Xis da questão 
 
 
• 
Fonte: http://ead.uepb.edu.br/noticias,82. Acesso em 24 ago. 2011. 
 
A expressão “o Xis da questão”, usada no título do infográfico, diz respeito: 
Resposta Selecio-
nada: 
b. 
Às oportunidades de melhoria salarial que surgem à medida que aumenta o nível de escolaridade dos 
indivíduos. 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
A complicada arte de ver – Rubem Alves 
 
“Ela entrou, deitou-se no divã e disse: ‘Acho que estou ficando louca’. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me 
revelasse os sinais da sua loucura. ‘Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os toma-
tes, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera cente-
nas de vezes: cortar cebolas. 
Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma 
cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de 
um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser 
vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa 
espanto.’ 
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. 
Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as ‘Odes Elementales’, de Pablo Neruda. Procurei a ‘Ode à Cebola’ 
e lhe disse: ‘Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma ce-
bola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você 
ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver’. 
Ver é complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão 
científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido 
do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física. 
William Blake sabia disso e afirmou: ‘A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê’. Sei disso por expe-
riência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do 
sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua 
casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. 
 
Adélia Prado disse: ‘Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra’. 
Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. 
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não 
basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de 
ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é 
ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada ‘satori’, a 
abertura do ‘terceiro olho’. Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: ‘Agora os 
ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram’. 
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. 
Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, ‘seus olhos se abriram’. Vinicius de 
Moraes adota o mesmo mote em ‘Operário em Construção’: ‘De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operá-
rio foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era 
ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção’. 
A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são 
apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e 
ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, 
quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que veem, 
olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo. 
Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, 
das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver 
aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A 
mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me 
como as pedras são engraçadas quando a gente as tem na mão e olha devagar para elas". 
Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse 
um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que 
crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar 
‘olhos vagabundos’.” 
Fonte: http://www.releituras.com/i_airon_rubemalves.asp. Acesso em: 28 jul. 2015. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I- O tipo de professor sugerido pelo autor teria a função de reduzir o problema exposto por Alberto Caeiro quando 
afirma que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores”. 
II- De acordo com o texto, a poesia causa perturbações e faz com que as pessoas não vejam a realidade tal qual ela é, 
como no caso de Drummond, que não viu a pedra. 
III- De acordo com o texto, as crianças gostam de brincar com o que veem e o papel do educador é fazer com que elas 
não percam o foco e aprendam a usar os olhos como ferramentas de conhecimento. 
IV- O autor propõe um novo modelo de educação, em que o professor consiga corrigir os desvios individuais da visão 
e revelar aos alunos a noção correta da realidade. 
 
É correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: a.I. 
 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
Leia a charge a seguir: 
 
 
Fonte: http://www.tiagoluchini.eu/2007/12/19/desigualdade-ii/. Acesso em 22 jun. 2015. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I- A charge aponta os alunos que não estudam e depredam a escola como os responsáveis pela má qualidade do en-
sino brasileiro. 
II- O pronome “eles” se refere aos políticos e o pronome “tu” se refere aos alunos displicentes. 
III- A charge estabelece uma relação entre a má qualidade da educação brasileira e a escolha de políticos. 
IV- Os elementos visuais da charge remetem ao universo da escola e a estrutura do texto simula uma aula de estudo 
dos verbos. 
 
É correto o que se afirma apenas em: 
Resposta Selecionada: e. 
III e IV.

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