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AS REFORMAS PROCESSUAIS PENAIS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM DIREITO PROCESSUAL PENAL
Resenha Crítica de Caso
 Princípio da Presunção de Inocência e a Prisão Após Condenação em Segunda Instância
Danielle Maria da Silva Melo
Trabalho da disciplina As Reformas Processuais Penais
 
 Tutor: Prof. Milay Adria Ferreira Francisco
Maceió, AL
2020
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E A PRISÃO APÓS CONDENAÇÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA
Referência:
Princípio da presunção de inocência e a prisão após condenação em segunda instância. Disponível em <http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/downlo
adArquivo.asp> Acesso em: 10 de março de 2020. 
O caso proposto para o presente trabalho trata da questão da possibilidade ou não da execução antecipada da pena após sentença penal condenatória em segunda instância, tendo em vista a não violação do princípio da presunção de inocência previsto no art. 5º, LVII, da CF/88.
Neste momento vale destacar os quatro entendimentos jurisprudenciais do Supremo Tribunal Federal, cruciais para solução da presente questão, uma vez que modificaram a matéria de maneira que o primeiro em 1988 em face da Constituição vigente, possibilitou a prisão no sentido de não violar o citado princípio, conforme Habeas Corpus nº68.726 de 1991.
Em contrapartida, no julgamento do Habeas Corpus nº 84.078-7 em 2009, considerou-se inconstitucional a prisão, ao passo que em 2016 voltou o STF ao entendimento tradicional, no julgado Habeas Corpus nº 126.292
, voltando novamente a considerar inconstitucional a prisão em 2018 diante do julgamento do Habeas Corpus nº 152.752, de forma que, faz-se necessária a análise primordial de alguns pontos sobre a matéria a fim de esclarecer o tema em questão.
Os princípios, como fonte de direito, conforme Amaral (2005, p.445), “[...] são pensamentos diretores de uma regulamentação jurídica, critérios para a ação e para a constituição de normas e de institutos jurídicos [...]”, servindo de diretrizes para todo o ordenamento jurídico pátrio, fundamentando as interpretações das demais normas na amplitude do pensamento do aplicador do direito.
No âmbito do Direito Processual Penal, os princípios processuais penais previstos na constituição servem de parâmetro limitador dos poderes do Estado, assegurando as garantias ao acusado diante da atuação estatal punitiva no processo acusatório. Tem a função garantidora dos direitos individuais assegurados na Constituição Federal, sendo um deles o princípio da presunção de inocência objeto em questão abordado neste trabalho.
Dispõe o princípio da presunção de inocência que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” (BRASIL, 1988, p.16), portanto, somente o trânsito em julgado de sentença, ou seja, a decisão da qual não cabe mais recurso, respalda que alguém seja considerado culpado. Assim enquanto houver recurso pendente, não cabe o início do cumprimento de sentença penal condenatória. 
Nesse sentido, o art. 283 do CPP proíbe a prisão automática após esgotamento da segunda instância, salvo em caso de flagrante delito, prisão cautelar ou prisão por sentença condenatória transitada em jugado, tendo em vista que o contrário seria considerado violação ao direito à liberdade do indivíduo.
Dessa forma, da analise do princípio da presunção de inocência e sua aplicabilidade no processo penal quanto a execução antecipada da pena, ante sentença condenatória em segunda instância, o STF, em julgamento mais recente, de 07/11/2019, em razão de Ação Declaratória de Constitucionalidade 43, 44 e 54, retornou o entendimento que só cabe o início do cumprimento de pena após esgotamento de todos os recursos cabíveis, excluindo a possibilidade de execução provisória de pena, antes que seja findado o processo judicial.
Assim resulta inconstitucional, conforme atual entendimento da Suprema Corte nacional brasileira, a prisão provisória do réu, antes que finde o processo penal, e não caiba mais recurso diante de sentença penal condenatória, entendimento este, que protege a não violação do princípio constitucional da presunção de inocência, garantindo assim, o direito individual subjetivo à liberdade.
A presente resenha traz enorme contribuição ao estudo das garantias individuais previstas e protegidas pela carta magna brasileira, e instiga um estudo mais aprimorado da matéria para que haja maior desenvoltura da problemática existente e atual na sociedade como um todo.
Referências:
AMARAL, Francisco. Direito Civil. Introdução. 5. Ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2005. BRASIL.
Constituição da República Federativa do Brasil De 1988. Brasília: Site do Planalto, publicado 5 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_
03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 10 de Março de 2020.
COELHO, Pablo Martins Bernardi. A Prisão após Segunda Instância e o Princípio da Presunção de Inocência e não Culpabilidade. In Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Franca. Junho de 2019. Disponível em: <https://www.revista.direitofranca.
br/index.php/refdf/article/view/825/pdf> Acesso em 10 de março de 2020.
DIAS, Fábio Coelho. Princípios constitucionais à luz do Direito Processual Penal brasileiro. In  mbito Jurídico. Outubro de 2010. Disponível em: <https://ambitojuridi
co.com.br/edicoes/revista-81/principios-constitucionais- a-luz-do-direito-processual-penal-brasileiro/> Acesso em: 10 de março de 2020.
FRANCISCO, Milay Adria Ferreira. As Reformas Processuais Penais. Outubro de 2019. Disponível em: <http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/
POS701/Biblioteca_46830/Biblioteca_46830.pdf> Acesso em: 10 de março de 2020.

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