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LEGISLAÇÃO COMERCIAL E 
SOCIETÁRIA 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Karla Regina Quintiliano Santos 
 
 
 
 
2 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Bem-vindo novamente à disciplina de Legislação Comercial e 
Societária. Nesta aula estudaremos o conceito de estabelecimento empresarial, 
que é tutelado pelo direito comercial e societário e analisaremos qual a 
importância da localização deste estabelecimento empresarial – conhecido 
também como ponto comercial. 
Outro tema a ser analisado será o nome da empresa, que também é 
tutelado pelo direito; neste sentido, um nome não pode ser utilizado por outra 
empresa, tampouco ser alienada pelo seu próprio proprietário. 
A importância de se proteger o nome empresarial está na ideia de que o 
consumidor não pode ser levado ao erro, pois quando uma empresa utiliza um 
nome semelhante ou igual ao de outra, pode levar as pessoas a comprarem um 
produto que não queiram. Além disso, reproduzir ou imitar um nome empresarial 
é tomar o principal patrimônio de uma empresa: o cliente. 
Bom estudo! 
 
Analise o “Recurso Especial Nº 1.204.488 - RS (2010/0142667-8)”, o qual trata 
sobre a proteção do nome de empresas. Disponível em: 
<http://www.olibat.com.br/documentos/RESP%201204488%20RS.pdf>. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Muitas vezes, fala-se em empresa e estabelecimento empresarial como 
se fossem sinônimos, todavia, é importante destacar que empresa é a atividade 
empresarial em si, e o estabelecimento empresarial é o complexo de bens que 
o empresário utiliza para desenvolver sua atividade. 
O estabelecimento é a reunião de bens corpóreos e incorpóreos que estão 
a dispor do empresário, e que são administrados conforme sua vontade. Podem 
ser foco de negociação jurídica, logo, podem ser alienados, arrendados, ou 
ainda, ser de seu usufruto. Nestes casos, só serão válidos quando os contratos, 
originários desta negociação forem averbados na Junta Comercial. 
Outro conceito importante é o ponto comercial. Note que este não é o 
imóvel no qual o estabelecimento se encontra, mas sim, sua localização. 
 
 
3 
O nome da empresa também é foco de proteção por parte da legislação 
brasileira, a qual entende que toda a empresa é dona de um nome empresarial 
que a caracteriza e a distingue das demais. O empresário pode vedar que outro 
empresário utilize o mesmo nome que sua empresa, pois a denominação é 
exclusividade da empresa que a registrou. Haja vista os vários casos jurídicos 
nos tribunais brasileiros acerca do assunto, dá ideia de como esse tema é 
importante. 
 
TEMA 1 – O ESTABELECIMENTO COMERCIAL: NOÇÕES GERAIS, CONCEITO 
E NATUREZA JURÍDICA 
Como já dissemos, muitas vezes o termo estabelecimento empresarial é 
entendido – de forma equivocada – como sendo o local da atividade empresarial. 
O estabelecimento empresarial, de acordo com o art. 1.142 do Código Civil é 
“todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, 
ou por sociedade empresária”. 
Logo, pode-se entender que o estabelecimento empresarial é um rol de 
bens corpóreos e incorpóreos (materiais e imateriais) que tem como objetivo o 
desenvolvimento da atividade econômica. Perceba que não é apenas uma 
reunião de bens: ela deve ter a função empresarial para poder caracterizar um 
estabelecimento empresarial. 
Para o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na decisão do 
REsp 633.179/MT, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, j. 02.12.2010, 
DJe 01.02.2011: 
O “estabelecimento comercial” é composto por patrimônio material e imaterial, 
constituindo exemplos do primeiro os bens corpóreos essenciais à exploração 
comercial, como mobiliários, utensílios e automóveis, e, do segundo, os bens e 
direitos industriais, como patente, nome empresarial, marca registrada, desenho 
industrial e o ponto. [...] 
 
Portanto, o estabelecimento não é o local da empresa, contudo, esses 
dois conceitos se inter-relacionam. 
Outro aspecto importante sobre essa união de bens refere-se ao fato de 
que uma vez juntos e utilizados para trabalho empresarial, adquirem um valor de 
mercado diferenciado, devido à intangibilidade desse complexo racional que 
acaba por agregar valor. 
 
 
4 
Ressalta-se ainda que os bens que integram o estabelecimento 
empresarial não são, nem podem ser confundidos como patrimônio do 
empresário. Isso em virtude de que o estabelecimento empresarial é o conjunto 
de direitos, bens, ações, posses e tudo mais que tenha ligação com a atividade-
fim do empresário. Além disso, somente os bens que são utilizados para o 
exercício da atividade empresarial podem ser considerados estabelecimento 
empresarial. 
Observe o caso do empresário individual (que é sempre pessoa física): 
todos os seus bens são considerados seu patrimônio, tanto os particulares, 
quanto os bens utilizados na atividade empresarial. Todavia, o estabelecimento 
empresarial equivale a todos os bens (materiais ou imateriais) que são utilizados 
no desenvolvimento da atividade com fins lucrativos. 
Note também que nos casos de sociedades empresárias, em tese, todos 
os bens serão utilizados para fins da atividade empresarial, logo, são 
estabelecimento empresarial. Contudo, em uma sociedade empresária de 
grande porte que possua um imóvel campestre para o lazer de seus funcionários, 
esse bem faz parte do patrimônio da sociedade, mas não é considerado 
estabelecimento empresarial, pois não é utilizado para as atividades-fim da 
empresa. Resumidamente: caso a sociedade empresarial, não possuísse esse 
imóvel campestre, sua atividade empresarial seria realizada normalmente, por 
isso não pode ser considerado parte do estabelecimento empresarial. 
Perceba o entendimento do STJ no julgamento REsp 1.079.781/RS, Rel. 
Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, j. 14.09.2010, DJe 24.09.2010 que decidiu 
que “as mercadorias do estoque constituem um dos elementos materiais do 
estabelecimento empresarial, visto [sic] tratar-se de bens corpóreos utilizados na 
exploração da sua atividade econômica”. 
O estabelecimento empresarial possui dois elementos relevantes: 
 O complexo de bens; 
 A organização. 
 
O complexo de bens é o instrumento que o empresário tem para exercer 
suas funções empresariais. Entretanto, esse conjunto de bens deve ser 
organizado, conectado entre si de forma a realizar a atividade empresarial. Essa 
forma organizada pelo empresário é que o diferencia das demais empresas. 
 
 
5 
Todas as ações que o empresário realiza para constituir sua empresa também 
são consideradas estabelecimento empresarial dessa sociedade. 
A importância da legislação para o estabelecimento refere-se à 
preocupação em garantir o valor do estabelecimento empresarial para o 
empresário, caso seja necessário, se por quaisquer motivos que não sejam de 
sua responsabilidade. 
Exemplificando: a legislação deve prever parâmetros para o valor a ser 
considerado do estabelecimento empresarial caso os bens sejam separados, 
pois não se pode considerar somente o valor da soma destes bens, já que 
existem os valores intangíveis. Por essa razão, deve se considerar os valores 
agregados aos bens por eles estarem reunidos adequadamente para o 
desempenho de atividade empresarial. Quando os itens que compõem o 
estabelecimento empresarial estão desorganizados, impossibilitando a atividade 
empresarial, seu valor agregado será diminuído. 
Entretanto, para o exercício de suas atividades empresariais, o 
empresário poderá ter seus bens descentralizados, ou seja, com o intuito de 
manter a finalidade de sua atividade, a empresa poderá ser dividida em filiais, 
sucursais ou agências, e ter seusbens mantidos em depósitos ou unidades 
independentes. Perceba que cada unidade localizada em outro lugar pode ou 
não ter um valor autônomo do estabelecimento empresarial central. 
Ressalta-se ainda que o estabelecimento empresarial é o conjunto de 
bens corpóreos (instalações, equipamentos, entre outros), bem como de bens 
incorpóreos (marcas, patentes, entre outros). A legislação, tanto penal quanto 
civil, disciplina normas para proteção desses bens. Todavia, o direito comercial 
tem como finalidade tutelar bens incorpóreos da relação empresarial. 
O estabelecimento empresarial pode ser garantia dos seus credores, 
assim como patrimônio do empresário. Neste sentido, a alienação foi 
estabelecida com cautela pelos legisladores. Haja vista que o art. 1.144 do 
Código Civil traz que 
o contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do 
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à 
margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro 
Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. 
 
 
 
6 
Logo, para que os contratos de alienação tenham validade perante 
terceiros, devem ser feitos por escrito, bem como serem juntados no Registro 
Público de Empresas Mercantis e publicados pela imprensa oficial. 
O estabelecimento empresarial pode ser utilizado pelo empresário da 
mesma forma que os demais bens, todavia, só pode ser alienado caso ocorra a 
anuência expressa ou tácita dos credores. Segundo o art. 1.145 do Código Civil, 
será considerado avisado o credor que receber a notificação e após 30 dias 
ainda se mantiver em silêncio. Neste contexto, todo empresário ao começar o 
procedimento de alienação de seu estabelecimento empresarial deverá solicitar, 
por escrito, a concordância de seus credores, ou fazer a notificação, sob pena 
de ter sua falência decretada. Veja o esquema a seguir: 
 
 
TEMA 2 – SHOPPING CENTER E COMÉRCIO ELETRÔNICO 
Aquele empresário que tem como ocupação profissional empresarial a 
administração de shopping centers visando o lucro, realiza uma atividade 
econômica diferenciada, pois deverá conservar um local adequado para que 
vários outros empresários, com atividades diferentes, se estabeleçam. Todavia, 
sua atividade não é somente a locação de espaços, e ele não deve ser 
considerado como um empreendedor imobiliário, posto que o empresário do 
shopping center deve planejar a distribuição dos locais empresariais alheios, 
visando uma organização competitiva interna, com a finalidade de atender aos 
anseios dos consumidores que ali frequentam. 
Perceba que um empreendedor imobiliário apenas efetua contrato de 
aluguéis, sem se preocupar com outras coisas além do pagamento destes 
contratos, ou seja, esse locador de imóveis, tem como atividade a coleta de 
 
 
7 
valores dos seus locatários. Entretanto, o empreendedor de shopping center 
deverá ficar atento a todos as movimentações de mercado, tendências, 
novidades, e principalmente cuidar do marketing e do potencial econômico de 
cada empresário que está ocupando um espaço de seu complexo. 
Perceba que as peculiaridades deste tipo de empreendimento não 
permitem que alguns tipos de negócios se estabeleçam dentro do shopping; ou 
ainda, pode ocorrer de não haver interesse em que uma marca decadente 
permaneça em seu complexo. No entanto, quando o shopping não possui mais 
o interesse que uma empresa continue com sua atividade empresarial, o art. 52, 
parágrafo 2º, da Lei nº 8.245/1991, reconhece para a empresa locatária o direito 
de inerência, que é a renovação compulsória do contrato de locação. 
Porém, muitos doutrinadores questionam se a natureza deste contrato 
seria mesmo de locação. Para muitos refere-se a um contrato de 
estabelecimento, chamado de contrato de centro comercial. Neste caso, se o 
empresário do shopping center provar na ação judicial que o empreendimento 
ficaria desorganizado com a presença desta loja em questão, o contrato pode 
ser considerado cancelado. É importante destacar que o direito de propriedade 
constitucional deve prevalecer nas ações renovatórias quando o complexo 
estiver ameaçado como um todo. 
Aproveitamos para salientar que esse tipo deste contrato de aluguel é 
atípico, pois possui parcelas variadas e reajustes de acordo com o percentual do 
faturamento da empresa; o locador pode auditar as contas do locatário, bem 
como fiscalizar o movimento econômico e suas instalações. 
Além do aluguel, o locatário do espaço do shopping center deverá pagar 
a res sperata retributiva, ou seja, pagamentos referentes à clientela própria do 
complexo. Outro pagamento que deve ser efetuado pelo locatário é a 
mensalidade da filiação à associação dos lojistas. Essas associações são 
responsáveis pela publicidade e despesas de interesse comum. No mês de 
dezembro, quando o movimento dos shopping centers aumenta, os locatários 
devem pagar o dobro do valor de aluguel. 
Os contratos de aluguéis entre o shopping center e os empresários são 
pactuados livremente, todavia a Lei nº 8.245/1991, art. 54, inciso II, parágrafos 
1º e 2º traz a proibição de despesas de condomínio por modificação do projeto 
original do shopping. 
 
 
8 
Nos momentos de recessão econômica, nascem outras formas de 
estabelecimento comercial semelhantes aos shopping centers no que se refere 
à ideia de concentração de empresários: os chamados outlet centers, que 
consistem em estabelecimentos nos quais os próprios fabricantes, ou grandes 
distribuidores alugam, compostos por pequenos stands, para comercializar seus 
produtos por preço mais baixos, com a finalidade de liquidar seus estoques. Os 
contratos de aluguéis entre os comerciantes com esses outlet centers de curto 
prazo têm valores menores. 
Um novo meio que os empresários podem utilizar como ponto de 
estabelecimento é a internet, que difere muito do ponto empresarial físico, 
principalmente em relação à maneira como as pessoas o acessam. 
Para que os clientes da empresa possam consumir ou adquirir os bens e 
serviços basta acessarem o site da empresa na internet. Perceba que a diferença 
não está nos bens que o empresário negocia: o objeto comprado ou consumido 
pode ser corpóreo, mas a forma de contato entre consumidor e empresário, não. 
O contrato é celebrado por meio da rede. 
Conforme Coelho (2016) existem três tipos de estabelecimentos virtuais: 
 B2B: os consumidores virtuais também são empresários, e sua finalidade 
de compra são os insumos; esse tipo de contrato é celebrado com a tutela 
do direito comercial. 
 B2C: são consumidores que compram com a finalidade de consumir; essa 
negociação está prevista na lei do consumidor. 
 C2C: intermediadores na compra e venda de bens (exemplo: leiloeiros 
virtuais). Está abarcado pelo direito civil. 
 
Os estabelecimentos virtuais estão estabelecidos em um endereço 
eletrônico, que é seu nome de domínio, como em <www.kakaribeiro.com.br>. 
Esse nome tem duas funções: 
1. Proporcionar a conexão entre o cliente e a empresa; 
2. Identificar o ponto do estabelecimento, como se fosse o endereço do 
ponto. 
 
Os nomes de domínio são registrados no Núcleo de Informação e 
coordenação do Ponto BR (NIc.br), uma associação civil de direito privado sem 
 
 
9 
fins econômicos, que tem a finalidade de coordenar e integrar as empresas que 
estão na internet. 
 
TEMA 3 – PROTECÃO DO NOME, ALIENAÇÃO, SUCESSÃO, AVIAMENTO E 
EXTINÇÃO 
O nome é a forma pela qual as pessoas físicas são identificadas. Neste 
sentido, as pessoas jurídicas também possuem uma palavra que as designa e 
que as identifica na função empresarial. Segundo o art. 1.º, caput,da IN/DREI 
15/2013: “nome empresarial é aquele sob o qual o empresário individual, 
empresa individual de responsabilidade Ltda. – EIRELI, as sociedades 
empresárias, as cooperativas exercem suas atividades e se obrigam nos atos a 
elas pertinentes”. 
O nome é considerado pelos doutrinadores como um direito 
personalíssimo, ou seja, é um direito inerente à pessoa, e não pode ser 
transferido. A relevância do nome empresarial como uma denominação que 
serve para identificar a empresa nas suas relações jurídicas, está presente nos 
julgados do STJ, que proferiu que se houver mudança de nome empresarial, 
deverão ser outorgadas novas procurações para os mandatários da sociedade 
empresária. 
A função do nome tem duas funções importantes: a subjetiva (que 
individualiza e identifica a pessoa jurídica como um sujeito de direito) e a objetiva 
(que garante a essa pessoa jurídica sua fama ou reputação). 
É importante destacar que o nome empresarial não é sinônimo de marca, 
do nome fantasia, do nome do domínio, ou ainda, dos chamados sinais de 
propaganda. Verificam-se as diferenças: 
 Segundo o art. 122 da Lei 9.279/1996, marca é “aquela usada para 
distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de 
origem diversa”. Logo, pode-se entender marca como uma representação 
simbólica que identifica o produto ou o serviço do empresário. Sua tutela 
é feita pelo direito de propriedade industrial. 
 O nome fantasia é um “apelido” que a empresa possui, ou seja, é uma 
expressa que a empresa é chamada, pode ser considerado com um nome 
popular, no qual a empresa é conhecida por seus consumidores. 
 O nome de domínio é uma identificação eletrônica da página que o 
produto se encontra, ou ainda um endereço eletrônico, que tem como 
 
 
10 
finalidade a memorização do endereço do site empresarial na internet 
pelos usuários. Segundo o Enunciado 7, da I Jornada de Direito Comercial 
do CJF: “O nome de domínio integra o estabelecimento empresarial como 
bem incorpóreo para todos os fins de direito”. 
 Os sinais de propaganda têm a finalidade de chamar a atenção dos 
consumidores. A Lei nº 9.279/1996 não manteve o dispositivo que tutelava 
esse objeto. Todavia, existe o Conselho de Autorregulamentação 
Publicitária – CONAR, o qual fiscaliza os sinais de propagandas e impõe 
normas aos seus associados. 
 
Sobre o nome empresarial da sociedade, é oportuno destacar o art. 1.155 
do Código Civil: “considera-se nome empresarial a firma ou a denominação 
adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa”. 
Perceba que neste dispositivo encontram-se duas espécies de nome 
empresarial: 
 A firma, que constitui uma espécie de nome empresarial, todavia, formado 
pelo nome civil. Nos casos de firma individual será o nome do empresário; 
na EIRELI firma individual constará o nome do titular, ou ainda, quando 
for firma social será o nome de um ou mais sócios. Na firma, poderá 
constar ainda o ramo da atividade da empresa. Logo, as empresas que 
optarem pelo uso do ramo de atividade no nome, não poderão esquecer 
de colocar o nome civil. Todavia, é importante destacar que é uma 
faculdade do art. 1.156 do Código Civil. 
 A denominação pode ser constituída por qualquer expressão linguística, 
e a indicação do ramo da atividade é obrigatória. Entretanto, a 
denominação não pode ser usada pela empresa individual, mas pode ser 
usada pelas sociedades e pela EIRELI. 
 
O nome empresarial a ser utilizado depende da constituição da sociedade. 
Neste sentido, destacam-se: 
 A sociedade limitada pode utilizar a firma como a denominação, porém 
deve utilizar a palavra “limitada” de forma extensa ou abreviada. Quando 
esse tipo de sociedade opta pelo uso da firma social, deverá colocar o 
nome de um ou mais sócios (desde que os sócios sejam pessoas físicas). 
Entretanto, se escolher usar a denominação social, obrigatoriamente 
 
 
11 
deverá indicar o objeto da sociedade, porém é facultado o uso do nome 
de um ou mais sócios, ou ainda o uso apenas uma expressão linguística 
qualquer. 
 Nas sociedades em que há sócios de responsabilidade ilimitada, eles 
trabalharão sob firma, utilizando o nome de um dos sócios que 
acompanhará a expressão “e companhia” podendo esta ser abreviada ou 
por extenso. 
 A sociedade anônima, funciona sob denominação do objeto social, e 
conforme o art. 1.160 do Código Civil, integra-se a essa denominação a 
expressão “sociedade anônima” ou “companhia”, por extenso ou 
abreviadamente, podendo ainda constar o nome do fundador. 
 Já a sociedade em comandita por ações podem utilizar tanto firma como 
denominação, porém, conforme o art. 1.161 do Código Civil, deve constar 
a expressão “comandita por ações”. 
 A sociedade em conta de participação, segundo o art. 1.162 do Código 
Civil, não podem trabalhar nem por firma, nem por denominação, visto 
que não têm personalidade jurídica própria. 
 Os empresários individuais, as EIRELI ou sociedades empresárias que se 
enquadrarem como microempresa ou empresa de pequeno porte deverão 
atuar com os seus nomes empresariais mais a terminação ME ou EPP, 
conforme o caso. 
 Sobre as sociedades simples, o art. 997 do Código Civil, em seu inciso II, 
traz que o contrato social deve mostrar sua denominação. Porém, o 
Enunciado 213, da Jornada de Direito Civil do CJF: “o art. 997, inc. II, não 
exclui a possibilidade de sociedade simples utilizar firma ou razão social”. 
 
Observe o esquema: 
 
 
12 
 
 
Por fim, os casos de concordância, nos casos de solicitação de registro 
de nomes empresariais iguais ou parecidos com outros já registrados, são 
primeiramente analisados pelas Juntas Comerciais quando do arquivamento dos 
atos constitutivos de determinados empresários individuais e sociedades 
empresárias. A Junta Comercial leva ao conhecimento do Departamento de 
Registro Empresarial e Integração. 
Entretanto, essas disputas judiciais também são pautas do Superior 
Tribunal de Justiça, que tem como entendimento que os nomes não podem gerar 
confusões entre os consumidores. O Enunciado 1, da I Jornada de Direito 
Comercial do CJF, afirma: “Decisão judicial que considera ser o nome 
empresarial violador do direito de marca não implica a anulação do respectivo 
registro no órgão próprio nem lhe retira os efeitos, preservado o direito de o 
empresário alterá-lo”. 
 
TEMA 4 – AVIAMENTO, CLIENTELA E TREPASSE 
Observa-se que o estabelecimento empresarial se refere ao conjunto de 
bens (incorpóreo e incorpóreo) dispostos pelo empresário para a realização de 
suas atividades, consoante ao art. 1.142 do Código Civil: “Considera-se 
estabelecimento todo complexo de bens organizado, para o exercício da 
empresa, por empresário, ou sociedade empresária”. Neste contexto, um dos 
itens que integram ao estabelecimento empresarial é o aviamento (do francês 
achalandage). 
O aviamento é a capacidade do estabelecimento empresarial em produzir 
recursos financeiros, como decorrência da boa organização dos bens que o 
 
 
13 
integram. Essa expectativa de obter bons resultados pode ser a convergência de 
vários fatores que dependem do caso concreto. Pode-se entender ainda como 
uma característica ou uma propriedade que o estabelecimento possui e que 
influencia diretamente na sua valoração econômica. 
O aviamento pode ser dividido em: 
 Real (objetivo) – quando desdobra de itens do estabelecimento 
empresarial objetivo, como é o caso do local do ponto. 
 Pessoal (subjetivo) – são elementos que pertencem ao estabelecimento 
que estão ligados aos atributos pessoais do empresário. 
 
É por meio do aviamento que o valor do estabelecimentoempresarial é 
avaliado, por isso que muitos estabelecimentos empresariais são arrematados 
por valores muito maiores que o valor patrimonial, ou seja, por valores maiores 
que a soma do conjunto de bens que o patrimônio empresarial possui. Segundo, 
o jornal O Globo, a Apple foi considerada no ano de 2016 como a empresa mais 
cara do mundo, atingindo o valor de US$ 247 bilhões, deixando o segundo posto 
para a Google, que foi avaliada em US$ 174 bilhões. 
O Supremo Tribunal de Justiça julgou na REsp 704.726/RS, Rel. Min. 
Eliana Calmon, 2.ª Turma, j. 15.12.2005, DJ 06.03.2006, p. 329, que mesmo em 
casos em que a empresa esteja temporariamente desativada, deve ser avaliada 
pelo seu valor de aviamento. O STJ também entende que as empresas que estão 
com problemas fiscais ou com intervenção estatal não estão desprovidas de seu 
patrimônio incorpóreo. 
Um exemplo de aviamento é a clientela, visto que essa é a união das 
pessoas que têm relação jurídica com a empresa de forma fiel. Logo, clientela 
pode ser conceituado como o rol de pessoas que utilizam dos produtos e 
serviços produzidos pelo empresário de forma constante. É importante destacar 
que nem a clientela, nem o aviamento, fazem parte do estabelecimento 
comercial; logo, não são um bem que incorpora o estabelecimento, mas sim uma 
qualidade dele. 
A clientela se diferencia de freguesia, visto que a clientela é o conjunto de 
pessoas que sempre utilizam o serviço ou os bens da empresa. A freguesia, por 
sua vez, são as pessoas que utilizam os serviços ou os bens da empresa não 
pela qualidade, mas pela sua localização, podendo vir a ser futuros clientes. 
 
 
14 
A legislação brasileira não faz essa distinção: clientela e freguesia são 
consideradas como o conjunto de pessoas que utilizam bens e serviços do 
estabelecimento de forma contínua. 
A legislação estabeleceu institutos jurídicos para a proteção da clientela, 
principalmente no que se refere à livre iniciativa e à livre concorrência. Um dos 
exemplos é o art. 52, parágrafo 3º da Lei nº 8.245/1991, que indeniza os 
empresários locatários pela não renovação do ponto do estabelecimento, e 
também o Código de Propriedade Industrial que tenta conter a concorrência 
desonesta. 
Em todos os contratos presume-se que os contratantes estejam de boa-
fé. Neste sentido, é válido esperar que o locatário do imóvel não abra 
concorrência com o novo adquirente, ou seja, caso o empresário que se desfaz 
de seu estabelecimento empresarial, não venha a constituir outro do mesmo 
ramo, próximo ao local da empresa anterior. 
Como são subjetivas as hipóteses temporais ou espaciais que guiam o 
não restabelecimento, o empresário que assume a empresa pode estipular no 
contrato cláusulas restritivas que não permitam a concorrência do alienante ao 
adquirente. Entre essas cláusulas, pode haver uma que obrigue que o alienante 
transmita o rol de clientes que frequentam o estabelecimento empresarial. Outra 
cláusula que pode ser colocada no contrato é a apresentação do adquirente 
como novo titular a seus clientes. 
No que se refere ao tempo, o Código Civil, bem como a jurisprudência 
dominante no país, estabeleceu o limite de cinco anos para que o alienante gere 
concorrência para o novo empresário. 
O art. 1.147 do Código Civil traz que essas restrições, por meio de 
cláusulas do contrato, só podem limitar o tempo e o território (região de influência 
da empresa). 
Quando um estabelecimento deixa de pertencer ao patrimônio do 
empresário e começa a integrar ao direito de outro, estamos na frente de um 
trepasse. Logo, trepasse é o ato de alienação do estabelecimento empresarial. 
Nestes casos, quando ocorre o trepasse, os débitos anteriores à 
negociação que o estabelecimento possuir, passam a ser de responsabilidade 
dos adquirentes, desde que contabilizados; porém, o alienante é solidariamente 
responsável pelo prazo de um ano, a contar da data do contrato. 
 
 
15 
Os débitos trabalhistas não serão afetados pelo novo contrato, segundo o 
art. 448, que diz: “A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa 
não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados”. 
Quanto às despesas tributárias, o art. 133 do CTN dita: 
A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer 
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e 
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma 
ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento 
adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a 
exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o 
alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar 
da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, 
indústria ou profissão. 
 
Em suma, o artigo esclarece que o adquirente será responsável 
totalmente quando após a compra não mais explorar a mesma atividade 
empresarial. Entretanto, se o adquirente permanecer na exploração da atividade 
empresarial, o alienante também será responsável. O art. 1.149 do Código Civil, 
ressalta, porém, que se o alienante pagar para o novo empresário, será 
considerado isento de qualquer responsabilidade. 
É importante destacar que o trespasse pode ser considerado um sinal de 
insolvência, pois em algumas situações pode caracterizar o desaparecimento da 
garantia dos credores. Neste sentido, se os bens não forem suficientes para 
pagar os credores, e para que a alienação seja considerada válida, é necessário 
o consentimento dos credores, segundo o art. 1.145 do Código Civil. 
Para o alienante que enfrenta problemas financeiros, com seu patrimônio 
em condições deficitárias, este deverá manter o estabelecimento como garantia 
de quitação dos débitos, ou ainda notificar seus credores do trespasse. 
Por fim, o contrato de alienação só tem validade após a averbação no 
registro empresarial e a respectiva publicação oficial. Entretanto, a 
responsabilidade fiscal só ocorre com a transmissão por parte do contribuinte do 
ICMS para que haja a transferência que obriga o novo titular do estabelecimento 
a entregar ao fisco os seguintes documentos, conforme Negrão (2015): 
 Declaração cadastral (Deca) e declaração anterior; 
 Prova de inscrição no CNPJ ou CPF, conforme o caso; 
 Provas de identidade e residência do signatário do Deca; 
 Ficha de inscrição cadastral; 
 
 
16 
 Comprovante de pagamento da taxa de fiscalização; 
 Comprovantes de entrega das guias de informação e apuração do ICMS (GIA) 
pertinentes aos 12 últimos períodos (para os contribuintes por estimativa, a do 
último período); 
 Registro de firma individual, contrato social ou estatuto arquivados na Junta 
Comercial; 
 No caso de fusão ou incorporação, cópia de publicação no Diário Oficial, da ata 
de aprovação daquela operação; 
 Os livros fiscais em uso nos últimos cinco anos; 
 Último talão de notas fiscais total ou parcialmente utilizado; 
 Talões de notas fiscais não usados, devidamente inutilizados por impressos, 
acompanhados de relação discriminativa assinada pelo transmitente e pelo 
sucessor ou seus representantes legais; 
 Relação, em duas vias, do ativo fixo assinada pelo transmitente e pelo sucessor; 
 Relação, em duas vias, assinada pelo transmitente e pelo sucessor, do estoque 
de mercadorias existentes no estabelecimento ou em estabelecimentos de 
terceiros, substituível por menção no Deca, do número e da folha do livro 
Registro de Inventário em que estão escriturados; 
 Tratando-se de ambulantes ou feirantes, a matrículae a licença municipais, bem 
como a ficha de sanidade médica; 
 Tratando-se de sucessão causa mortis, os herdeiros deverão ostentar o 
respectivo alvará judicial. 
 
TEMA 5 – PONTO COMERCIAL E PROTEÇÃO LEGAL 
O ponto comercial consiste no local onde ocorre a atividade empresarial, 
bem como, onde se encontram os clientes da empresa. É oportuno destacar que 
o ponto de negócio, não é apenas o local físico, podendo ser também virtual, ou 
seja, o site da empresa na internet seria onde os clientes encontram a atividade 
empresarial. 
O ponto de negócio é um dos elementos mais importantes do 
estabelecimento empresarial, por esse entendimento a legislação brasileira lhe 
tutela, principalmente, quando o ponto for alugado. A proteção do ponto alugado 
consiste, fundamentalmente, na possibilidade do empresário locatário 
permanecer no imóvel mesmo sem vontade do locador. A legislação traz a 
possibilidade de que o empresário tenha sua renovação obrigatória do contrato 
de aluguel caso preencha alguns requisitos. 
Para o legislador, o empresário faz investimentos no ponto alugado e 
permanece naquele espaço por um período, e por consequência monta uma 
cartela de clientes fiéis. Neste sentido, a lei entende que o empresário tem o 
 
 
17 
direito de inerência ao ponto, ou seja, pode permanecer no local mesmo quando 
o locatário não quer a renovação do contrato locatício. O direito de inerência está 
prevista na Lei nº 8.245/1991, que dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos 
e os procedimentos a elas pertinentes. 
Consoante o art. 51 da lei em questão, 
Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito à 
renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I – o contrato 
a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II – o prazo 
mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos 
escritos seja de cinco anos; III – o locatário esteja explorando seu comércio, no 
mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. 
 
Neste sentido, o ordenamento jurídico possibilita ao empresário 
(locatário), o direito de requerer via ação renovatória, a renovação do contrato 
de locação. Todavia, perceba que esse dispositivo, deve ser usado pelos 
empresários que agregaram valor ao ponto de comércio, ou seja, que têm uma 
clientela formada. Entretanto, existem alguns critérios a serem executados pelo 
locatário. Entre eles: 
 Contrato por escrito e com prazo determinado; 
 Mínimo de cinco anos de vinculação contratual sem interrupção; 
 Mínimo de três anos desenvolvendo atividade empresarial no mesmo 
ramo. 
 
Quando o empresário preenche as condições acima colocadas, passa a 
ter o direito inerência ao ponto, que pode ser solicitado em juízo por meio de 
ação renovatória do contrato de aluguel. É oportuno ressaltar que o período de 
contrato de cinco anos deve ser ininterrupto no que se refere à relação 
contratual, e não necessariamente deve ser um único contrato, podendo ser pela 
soma de vários contratos, já que o art. 51, parágrafo 1º, da Lei nº 8.245/1991 
protege o ponto também nos casos de cessionário ou sucessor da locação. 
O STF, no Enunciado 482 da súmula de jurisprudência esclarece que: “o 
locatário, que não for sucessor ou cessionário do que o precedeu na locação, 
não pode somar os prazos concedidos a este, para pedir a renovação do 
contrato, nos termos do Dec. 24.150”. 
Logo, o enunciado, protege os empresários que sucessores no ponto, ou 
ainda, recebem o ponto de outrem por meio de um contrato, como é o caso das 
 
 
18 
vendas do ponto comercial, cujo escopo de atividade empresarial permanece 
intacto. 
O art. 51, parágrafo 5º da Lei 8.245/1991 estabelece ainda que a ação 
renovatória do contrato de aluguel deve ser ajuizada de um ano até seis meses 
antes da data da finalização do prazo do contrato em vigor. Logo, pode-se 
entender que o empresário deverá entrar com o processo de ação renovatória 
nos seis primeiros meses do último ano do contrato locação. Neste sentido, se o 
empresário estiver com a intenção de permanecer no ponto alugado, deverá 
entrar em contado com o dono locador um ano antes do final do contrato e 
mostrar o interesse em permanecer no ponto comercial. Caso o locatário 
demonstre o desejo de que o contrato seja renovado e não venha a renová-lo, 
caberá ao locatário ajuizar a ação renovatória, sob pena de ver decair o seu o 
direito à renovação compulsória. 
Em harmonia com o art. 71 da Lei nº 8.245/1991, deve-se instruir sua 
petição conforme o art. 319 do novo CPC, e cumprir os seguintes requisitos: 
 Prova do exato cumprimento do contrato em curso; 
 Prova da quitação dos impostos e taxas que incidiram sobre o imóvel e cujo 
pagamento lhe incumbia; 
 Indicação clara e precisa das condições oferecidas para a renovação da locação; 
 Indicação do fiador quando houver no contrato a renovar e, quando não for o 
mesmo, com indicação do nome ou denominação completa, número de sua 
inscrição no Ministério da Fazenda, endereço e, tratando-se de pessoa natural, 
a nacionalidade, o estado civil, a profissão e o número da carteira de identidade, 
comprovando, desde logo, mesmo que não haja alteração do fiador, a atual 
idoneidade financeira [redação alterada pela Lei 12.112/2009; 
 Prova de que o fiador do contrato ou o que o substituir na renovação aceita os 
encargos da fiança, autorizado por seu cônjuge, se casado for; 
 Prova, quando for o caso, de ser cessionário ou sucessor, em virtude de título 
oponível ao proprietário. 
 
Com os documentos acima relacionados, o locatário deverá solicitar a 
renovação compulsória, neste sentido, Superior Tribunal de Justiça no processo 
REsp 195.971-MG, DJ 12/4/1999 (REsp 182.713-RJ, Rel. Min. Hamilton 
Carvalhido, j. 17.08.1999,Informativo 28/1999) decidiu que o prazo máximo da 
renovação é o mesmo do último contrato estabelecido, sem passar do prazo 
estipulado do art. 51, Lei nº 8.245/1991 que é de cinco anos. 
 
 
19 
Observamos ainda que a somatória de dois ou mais contratos 
ininterruptos, só configuram um requisito para a entrada com a ação renovatória, 
e não para ser solicitar o prazo de renovação do novo contrato. Logo, o prazo 
será o do último contrato em vigor. 
É importante destacar que o dispositivo que tutela o direito de renovar o 
aluguel compulsoriamente – Lei nº 8.245/1991, afronta o direito de propriedade 
do locador estabelecido pela Carta Magna, em seu art. 5.º, inciso XXII. Neste 
sentido, essa lei poderia ser considerada inconstitucional, porém a própria Lei nº 
8.245/1991 determina algumas hipóteses em que o contrato do aluguel pode não 
ser renovado, e por consequência, o imóvel retornará ao locador. Essas 
condições estão previstas nos art. 52 e 72 da Lei nº 8.245/1991. Entre eles 
verifica-se o artigo 72, inciso II, que traz o art. 72. A contestação do locador, além 
da defesa de direito que possa caber, ficará adstrita quanto à matéria de fato ao 
seguinte: “II - não atender, a proposta do locatário, o valor locativo real do imóvel 
na época da renovação, excluída a valorização trazida por aquele ao ponto ou 
lugar”, ou seja, quando o locatário, mesmo tendo todos os requisitos preenchidos 
do art. 52 da referida lei, solicitar a diminuição do valor locativo, o dono do imóvel 
não será obrigado a renovar o contrato. 
Outra hipótese em que o locador não será obrigado a manter o contrato 
está estipulado no art. 72, inciso III, da lei em questão, a qual traz: “A contestação 
do locador, além da defesa de direito que possa caber, ficará adstrita, quanto à 
matéria de fato, ao seguinte: III - ter proposta de terceiro para a locação,em 
condições melhores;[...]”. Neste caso, o locador possui uma proposta de aluguel 
de outra pessoa com valores maiores que o contrato vigente. Todavia, o locador 
deverá indenizar o empresário locatário pela perda do ponto comercial, em 
concordância ao art. 52, parágrafo 3º da mesma lei. 
Nos casos em que o locador solicite o imóvel para estabelecer uma 
empresa do mesmo ramo de atividade que o locatário desenvolvia, este último 
deverá ser indenizado perda do ponto. 
 
TROCANDO IDEIAS 
Leia o artigo “O contexto da nova empresa virtual no ordenamento jurídico 
nacional”, de autoria de Carolina Caldeira Valente, Mário Monteiro de Castro 
Neto e Fabrício Darós Dias, disponível em: 
<http://coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2013/6-15.pdf>. 
 
 
20 
 
NA PRÁTICA 
Agora, resolva as questões propostas (as respostas estão no final da 
seção). 
 
Questão 1 – Analise as afirmações a seguir sobre estabelecimento empresarial 
e assinale a alternativa correta. 
I. Estabelecimento empresarial é o mesmo que local da atividade empresarial. 
II. Estabelecimento empresarial refere-se somente ao conjunto de bens 
materiais. 
III. Estabelecimento empresarial é todo complexo de bens organizado por 
empresário ou por sociedade empresária para exercício da empresa. 
 
a. Somente a alternativa I está correta. 
b. Somente a alternativa II está correta. 
c. Somente a alternativa III está correta. 
d. Somente as alternativas I e II estão corretas. 
e. Somente as alternativas II e III estão corretas. 
 
Questão 2 – Analise as afirmações a seguir sobre shopping center, e assinale a 
alternativa correta. 
I. O empresário do shopping center deve planejar a distribuição dos locais 
empresariais, visando uma organização competitiva interna a fim de atender os 
anseios dos consumidores que ali frequentam. 
II. O empreendedor de shopping center deverá ficar atento a todos as 
movimentações do mercado: tendências, novidades e, principalmente, cuidar do 
marketing e do potencial econômico de cada empresário que está ocupando um 
espaço de seu complexo. 
III. Os chamados outlet centers são estabelecimentos em que fabricantes ou 
grandes distribuidores alugam pequenos stands para comercializar seus 
produtos por preço mais baixos, com a finalidade de liquidar seu estoque. 
a. Somente a alternativa I está correta. 
b. Somente as alternativas I e II estão corretas. 
c. Somente as alternativas II e III estão corretas. 
d. Somente as alternativas I e III estão corretas. 
 
 
21 
e. Somente as alternativas I, II e III estão corretas. 
 
Questão 3 – Analise as afirmações a seguir sobre nome empresarial, e assinale 
a alternativa correta. 
I. O nome empresarial é a palavra que designa a empresa. 
II. O nome fantasia é a expressão pela qual a empresa é chamada; pode ser 
considerado com um nome popular pelo qual seus consumidores a conhecem. 
III. O nome de domínio é uma identificação eletrônica da página na internet onde 
o produto se encontra, ou ainda, um endereço eletrônico. 
a. Somente a alternativa I está correta. 
b. Somente as alternativas I e II estão corretas. 
c. Somente as alternativas II e III estão corretas. 
d. Somente as alternativas I e III estão corretas. 
e. Somente as alternativas I, II e III estão corretas. 
 
Questão 4 – Analise as afirmações a seguir sobre aviamento, trespasse e 
clientela e assinale a alternativa correta. 
I. O aviamento é a capacidade do estabelecimento empresarial em produzir 
recursos financeiros como decorrência da boa organização dos bens que o 
integram. 
II. A clientela se diferencia de freguesia, no sentido de que clientela é o conjunto 
de pessoas que sempre utilizam o serviço ou os bens da empresa, ao passo em 
que a freguesia é formada pelas pessoas que utilizam os serviços ou os bens da 
empresa não por sua qualidade, mas sim por sua localização, podendo vir a 
serem futuros clientes. A legislação, por sua vez, não faz essa distinção. 
III. Quando um estabelecimento deixa de pertencer ao patrimônio do empresário 
e começa a integrar o direito de outro, estamos diante de um trepasse. Logo, 
trepasse é o ato de alienação do estabelecimento empresarial. 
a. Somente a alternativa I está correta. 
b. Somente as alternativas I e II estão corretas. 
c. Somente as alternativas II e III estão corretas. 
d. Somente as alternativas I e III estão corretas. 
e. Somente as alternativas I, II e III estão corretas. 
 
 
 
22 
Questão 5 – Analise as afirmações a seguir sobre ponto comercial e assinale a 
alternativa correta. 
I. O ponto comercial consiste no local onde ocorre a atividade empresarial, ou 
seja, é a localidade onde o empresário realiza suas atividades, e onde os clientes 
da empresa podem encontrar os serviços ou produtos. 
II. O ponto de negócio, não é apenas o local físico, pode ser também virtual. 
III. No caso do ponto comercial virtual, o site é onde os clientes encontram a 
atividade empresarial, logo, esse é o endereço eletrônico. 
a. Somente a alternativa I está correta. 
b. Somente as alternativas I e II estão corretas. 
c. Somente as alternativas II e III estão corretas. 
d. Somente as alternativas I e III estão corretas. 
e. Somente as alternativas I, II e III estão corretas. 
 
Gabarito 
1. C 
Comentário: Muitas vezes o termo “estabelecimento empresarial” é entendido de forma 
equivocada como sendo o local da atividade empresarial. Entretanto essa maneira de pensar 
está enganada, haja vista que o estabelecimento empresarial é um rol de bens (corpóreos e 
incorpóreos) que tem como objetivo o desenvolvimento da atividade econômica. 
 
2. E 
Comentário: Aquele empresário que tem uma ocupação profissional empresarial no ramo de 
shopping centers visando ao lucro, realiza uma atividade econômica diferenciada, pois esse 
empresário deverá conservar um local adequado para que vários empresários com atividades 
diferentes se estabeleçam. Sua atividade, porém, não é somente a locação de espaços, nem 
deve ser considerado como um empreendedor imobiliário, posto que este empresário deve 
planejar a distribuição dos locais empresariais propiciando uma organização competitiva 
interna, com a finalidade de atender os anseios dos consumidores que ali frequentam. 
Outra forma de estabelecimento comercial semelhante ao shopping center, no que se refere 
à ideia de concentração de empresários são os outlet centers, estabelecimentos em que os 
próprios fabricantes ou grandes distribuidores alugam pequenos stands, para comercializar 
seus produtos por preço mais baixos, com a finalidade de liquidar seu estoque. 
 
3. E 
Comentário: O nome é a forma que as pessoas físicas são identificadas; neste mesmo 
sentido, as pessoas jurídicas também possuem uma palavra que as designa. O nome tem 
duas funções importantes: a subjetiva (que individualiza e identifica a pessoa jurídica como 
um sujeito de direito) e a objetiva (que garante a essa pessoa jurídica sua fama ou reputação). 
 
 
23 
O nome fantasia é um “apelido” que a empresa possui, ou seja, é uma expressa pela qual a 
empresa é chamada; pode ainda ser considerado como um nome popular pelo qual a empresa 
é conhecida por seus consumidores. 
O nome de domínio é uma identificação eletrônica ou o endereço da página na internet em 
que os produtos da empresa se encontram. Segundo o Enunciado 7, da I Jornada de Direito 
Comercial do CJF: “O nome de domínio integra o estabelecimento empresarial como bem 
incorpóreo para todos os fins de direito”. 
 
4. E 
Comentário: O aviamento é a capacidade do estabelecimento empresarial em produzir 
recursos financeiros, como decorrência da boa organização dos bens que ointegram. Essa 
expectativa de obter bons resultados pode ser resultado de vários fatores que dependem do 
caso concreto. Pode ser entendido ainda como uma característica ou uma propriedade que o 
estabelecimento possui e que influencia diretamente na sua valoração econômica. 
A clientela se diferencia de freguesia: a clientela é o conjunto de pessoas que sempre utilizam 
os serviços ou bens da empresa. A freguesia é composta pelas pessoas que utilizam os 
serviços ou os bens da empresa, não pela sua qualidade, mas pela sua localização, podendo 
vir a serem futuros clientes. A legislação brasileira não faz essa distinção. Para ela, os dois 
conceitos são considerados como o conjunto de pessoas que utilizam bens e serviços do 
estabelecimento de forma contínua. 
 
5. E 
Comentário: O ponto comercial consiste no local onde ocorre a atividade empresarial, ou seja, 
é onde o empresário realiza sua atividade e se encontra com os clientes da empresa. É 
oportuno destacar que o ponto de negócio, não é apenas o local físico: este pode ser também 
virtual. No caso do ponto comercial virtual, o site ou endereço eletrônico é onde os clientes 
encontram a atividade empresarial. 
 
SÍNTESE 
Estabelecimento empresarial não é sinônimo de local da atividade 
empresarial, e o termo estabelecimento está conceituado no art. 1142 do Código 
Civil como sendo um rol de bens (corpóreos e incorpóreos) que tem como 
objetivo o desenvolvimento de atividade econômica. 
Outro ponto importante sobre essa união de bens refere-se ao fato de que 
que uma vez juntos, e sendo utilizados para trabalho empresarial, tais bens 
adquirem um valor de mercado diferenciado, pois, devido à intangibilidade desse 
complexo racional desenvolvido pelo empresário ao dispor destes bens para que 
se integrem, visando à atividade empresarial, há valor agregado valor, que a 
legislação pode tutelar. 
O estabelecimento empresarial possui dois elementos relevantes: 
 
 
24 
 O conjunto de bens; 
 A organização. 
 
O complexo de bens é o instrumento que o empresário tem para exercer 
suas funções empresariais. Entretanto, tal conjunto deve ser organizado, com 
seus elementos conectados entre si de forma a permitir que se realize a atividade 
empresarial. Essa forma organizada pelo empresário é o que o diferencia das 
demais empresas. Todas as ações que o empresário realizou para constituir sua 
empresa também é considerado como estabelecimento empresarial dessa 
sociedade. 
 
FINALIZANDO 
A empresa deve ser denominada pelo seu nome, ou seja, uma palavra 
que a designa. Logo, é uma expressão que a identifica em sua função 
empresarial. O nome é considerado pelos doutrinadores como um direito 
personalíssimo, ou seja, é um direito inerente à pessoa e não pode ser 
transferido. 
A marca é uma representação simbólica que identifica o produto ou o 
serviço do empresário. Sua tutela é feita pelo direito de propriedade industrial. 
O nome fantasia é a expressão pela qual a empresa é chamada; pode ser 
considerado como um nome popular, pelo qual a empresa é conhecida por seus 
consumidores. 
O nome de domínio é uma identificação eletrônica da página na internet 
onde o produto se encontra, ou ainda um endereço eletrônico. 
Os sinais de propaganda têm a finalidade de chamar a atenção dos 
consumidores. 
Lembrando que o estabelecimento empresarial se refere ao conjunto de 
bens (corpóreos e incorpóreos) dispostos pelo empresário para a realização de 
suas atividades, consoante ao art. 1142 do Código Civil: “Considera-se 
estabelecimento todo complexo de bens organizado para o exercício da empresa 
por empresário ou sociedade empresária”. Neste contexto, um dos itens que 
integram ao estabelecimento empresarial é o aviamento (achalandage). 
O aviamento é a capacidade do estabelecimento empresarial em produzir 
recursos financeiros como decorrência da boa organização dos bens que o 
integram. Essa expectativa de obter bons resultados pode ser resultado de vários 
 
 
25 
fatores que dependem do caso concreto. Pode-se entender, ainda, como uma 
característica ou uma propriedade que o estabelecimento possui e que influencia 
diretamente em sua valoração econômica. 
A clientela é o conjunto de pessoas que sempre utilizam o serviço ou os 
bens da empresa. Entretanto, a freguesia é formada pelas pessoas que utilizam 
os serviços ou os bens da empresa não pela qualidade, mas sim pela 
localização, podendo vir a serem futuros clientes. 
Quando um estabelecimento deixa de pertencer ao patrimônio do 
empresário e começa a integrar o direito de outro, estamos diante de um 
trespasse. Logo, trespasse é o ato de alienação do estabelecimento empresarial. 
O ponto comercial consiste no local onde ocorre a atividade empresarial, 
ou seja, é a localidade onde o empresário realiza suas atividades, bem como 
onde se encontram os clientes da empresa. É oportuno destacar que o ponto de 
negócio, não é apenas o local físico, podendo também ser virtual. No caso do 
ponto comercial virtual, o site de internet – ou endereço eletrônico – é onde os 
clientes encontram a atividade empresarial. 
 
TROCANDO IDEIAS 
No intuito de aprofundar mais no tema do trespasse, leia com atenção o 
artigo “Regime jurídico tributário do contrato de trespasse”, de Valter Lobato e 
Frederico Breyner, disponível em: <http://sachacalmon.com.br/wp-
content/uploads/2012/09/Artigo-Trespasse1.pdf>. 
 
REFERÊNCIAS 
BASSO, M. Curso de direito internacional privado. 5 ed. São Paulo: Atlas, 
2016 
BERTOLDI, M. M.; RIBEIRO, M. C. P. Curso avançado de direito comercial. 
10 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016. 
BRASIL.; CURIA, L. R.; CÉSPEDES, L.; NICOLETTI, J. Código comercial 
(1850). 60. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 
COELHO, F. U. Curso de direito comercial: direito de empresa. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2016. 
 
 
26 
_____. Manual de direito comercial: direito de empresa. 28 ed. rev. atual. e 
ampl. São Paulo: revistas dos tribunais, 2015. 
_____. Comentários à lei de falências e de recuperação de empresas. 10 ed. 
São Paulo: Saraiva, 2014. 
FAZZIO JR., W. Manual de direito comercial. 17 ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2016 
MAMEDE, G. Direito empresarial brasileiro, v. 1. Empresa e atuação 
empresarial. Rio de Janeiro: Atlas, 2016 
NADER, P. Curso direito civil: v.3 – contratos. Rio de Janeiro: Forense, 2015. 
NEGRÃO, R. Manual de direito comercial e de empresa. São Paulo: Saraiva, 
2015. 
REQUIÃO, R. E. Curso de direito comercial. São Paulo: Saraiva, 2015. 
TEIXEIRA, T. Direito empresarial sistematizado doutrina, jurisprudência e 
prática. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

Outros materiais