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PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) - CCJ0148 Caso Concreto 3 Descrição XX EXAME OAB 2016 (adaptado) Suzana trabalhou na residência da família Moraes de 15/06/2016 a 15/09/2016, data na qual teve baixa em sua CTPS. A família do ex-empregador vive em Natal/RN. Suzana foi contratada a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e Suzana continuou trabalhando normalmente. Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando o trabalho às 7h e saindo às 16 h, de segunda à sexta-feira, com trinta minutos de intervalo. Suzana tinha descontado do seu salário 10% referente ao vale-transporte, além de sua cota-parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no emprego. Suzana fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residência mas não recebia qualquer adicional. Em determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para Gramado/RS. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora de almoço. Na data da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. Você foi procurado por Suzana para, na condição de advogado(a), redigir a peça prático-profissional pertinente em defesa dos interesses da trabalhadora, sem criar dados ou fatos não informados. EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO PERTENCENTE À VARA DO TRABALHO Nº__ DA CIDADE DO RIO DE Natal/RN. Suzana, nacionalidade, domestica, residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., da cidade de São Gonçalo-RJ, cep:..., inscrito no registro geral sob o correspondente n úmero:... e no CPF no Nº.... Vem, respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada, registrado na ordem dos advogados do Brasil sob o nº ...., com escritório situado na rua ...., nº ..., cep: ...., PROPOR, RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, PELO RITO SUMARÍSSIMO. EM FACE DE Morais, inscrito no CPF sob o nº:..., com endereço em..., nº..., Bairro..., e-mail: ..., na cidade de Natal/RN, CEP..., PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR: 1. Da gratuidade da justiça O autor encontra-se desempregado motivo pelo qual não dispõe de recursos para arcar com as despesas processuais e dos eventuais honorários de sucumbência. (Art. 98cpc). 2. Dos Fatos Suzana foi contratada a título de experiência por 45 dias no dia 15 do seis de 2016 findos os quais nada foi tratado e Suzana continuou trabalhando normalmente. Suzana realizava todas as atividades do lar com sua jornada das 7 horas às 16 horas de segunda a sexta dispondo somente d de 30 minutos de intervalo, tinha descontado no seu salário 10% referente ao vale transporte além de sua quota parte do INSS de 25% do valor da alimentação consumida no emprego. Suzana fez uma viagem a trabalho com a família por 4 dias úteis para Gramado Rio grande do sul no qual trabalhou como babá das 8 horas às 17 horas desfrutando de uma hora de almoço no dia 15 do nove de 2016. Suzana foi imotivadamente dispensada sem nenhum aviso prévio recebendo apenas a seguintes verbas férias proporcionais de três doze avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de três doze avos. 3. Fundamentos I. INEXISTÊNCIA DE PRORROGAÇÃO – CONVERSÃO DO CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO No ato da contratação da Reclamante foi estabelecido o prazo de experiência de 45 dias, contudo ao término do prazo a Reclamada não realizou a prorrogação do prazo do contrato, o que fez com que o mesmo se convertesse automaticamente em contrato por prazo indeterminado, tudo nos termos do art. 5º, §2º, da Lei Complementar – LC nº 150/2015. A Reclamada desconsiderou a indeterminação do contrato de trabalho e realizou o pagamento das verbas rescisórias como se o contrato efetivamente estivesse regimentado por termo. Portanto, considerando que a Reclamada não realizou a prorrogação do contrato de trabalho da Reclamante, requer que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, bem como que a Reclamada seja condenada ao pagamento das verbas inerentes a essa espécie de contrato, isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos do art. 23, §1º, da LC 150/2015 e seus reflexos nas férias acrescidas do terço constitucional (1/12 avos) e 13º salário (1/12 avos). II. HORAS EXTRAORDINÁRIAS A jornada de trabalho da reclamante era das 7h às 16h com trinta minutos de intervalo para alimentação e descanso de segunda a sexta-feira. Pois bem, considerando a jornada efetivamente laborava diariamente, conclui-se que a Reclamante tem direito há 30 minutos extra, afinal laborava 8h30min por dia (art. 2º, caput, da LC nº 150/2015). Desse modo, pugna pela condenação da Reclamada ao pagamento de 30 minutos extras por dia e que haja o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional e 13º salário proporcional. III. DAS VERBAS RESCISÓRIAS Na rescisão contratual a Reclamada não efetuou o pagamento do saldo de salário de 15 dias, razão pela qual requer a sua condenação. IV. DOS DESCONTOS INDEVIDOS A Reclamada realizava dois descontos indevidos no salário da Reclamante. O primeiro desconto contraria expressamente o previsto no art. 18, da LC 150/2015, isto é, mesmo com a vedação legal de descontos no salário da empregada doméstica a título de alimentação, a Reclamada procedia aos descontos de 25% no salário mensal. O outro desconto referia-se ao vale-transporte que em vez de se limitar a 6% legalmente previsto, a Reclamada descontava 10%, ou seja, a Reclamada violou o art. 4º, Lei 7.418/85 e descontou indevidamente 4%. Desta feita, requer a condenação da Reclamada à devolução da alimentação equivalente a 25% do salário mensal da Reclamante, bem como a devolução de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado ilegalmente. V. ADICIONAL DE 25% DURANTE O PERÍODO DE VIAGEM A Reclamante realizou viagem de 4 (quatro) dias com a Reclamada, contudo durante o período não recebeu o adicional de 25% previstos no art. 11, §2º, da LC nº 150/2015. Requer, pois, a condenação da Reclamada ao pagamento do respectivo acional que deverá incidir sobre as 32 horas de efetivo labor no período da viagem. 4. Pedido I. A concessão da gratuidade de justiça; II. A procedência do pedido de condenação da Reclamada ao pagamento das seguintes verbas: III. Que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, bem como que a Reclamada seja condenada ao pagamento das verbas inerentes a essa espécie de contrato, isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos do art. 23, §1º, da LC 150/2015 e seu reflexo nas férias acrescidas do terço constitucional (1/12 avos) e 13º salário (1/12 avos); IV. Que seja a Reclamada condenada ao pagamento do saldo de salário de 15 dias; V. A condenação da Reclamada ao pagamento de 30 minutos extras por dia acrescido de 50% e que haja o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional e 13º salário proporcional, como disposto no art. 2º, § 1º, da LC 150/15; 2.4) Uma hora extra pela supressão do intervalo intrajornada acrescido de 50%; VI. A condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de 25% previsto na art. 11, §2º, LC nº 150/2015 que deverá incidir sobre as 32 horas de efetivo labor no período da viagem; VII. A condenação da Reclamada à devolução do valor descontado a título de alimentação equivalente a 25% do salário mensal da Reclamante, bem como a devolução de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado ilegalmente; VIII. A procedência do pedido de condenação ao pag amento de honorários advocatícios; IX. A notificação da Reclamada. 5. Valor da causa Dar-se-á o valor da causa de Local data Advogado/OAB MG
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