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Universidade Estadual do Maranhão - UEMA 
Centro de Estudos Superiores de Caxias - CESC 
Departamento de Letras 
Disciplina: Prática de Análise de Textos Literários 
Professor: Drª Maria do Socorro Carvalho 
Acadêmicas: Francisca da Silva Duarte; 
 Graziella Xavier Soares; 
 Jessie Gabrielly Aquino de Sousa Gonçalves; 
 Larissa de Jesus Holanda Rocha; e 
 Marta Conceição dos Santos. 
 
Mitologia Grega: Uma Análise do Mito O Destino de Perseu de Luiz Galdino 
 
1. Mitos 
O que conhecemos por mitologia hoje, surgiram de maneira espontânea, da 
imaginação popular, começou como histórias mágicas e alegóricas que o povo antigo 
inventaram, na falta de ciências, para explicar o surgimento do homem por meio de 
personagens sobrenaturais, a descoberta do fogo, como surgiu o Universo, ou seja, tentando 
explicar a realidade por meio de suas histórias sagradas. 
Além da característica de explicar temas desconhecidos e tornado mundo conhecido 
ao homem, o mito tinha o objetivo de transmitir conhecimentos e explicar fatos que a ciência 
daquela época não havia explicado, através de rituais ou cerimônia, sacrifício, danças e 
orações. 
O que há presente em quase todos os mitos é o Oráculo, que pode ser uma instituição, 
como o Oráculo de Delfos dedicado ao deus Apolo que abriga sacerdotes e pitonisas, pode ser 
também uma classe social. Os oráculos eram bastante procurados pelos gregos para perguntar 
aos deuses sobre problemas cotidianos, questões de guerra, vida sentimental, previsões de 
tempo, etc. Os gregos acreditavam que os deuses ficavam neste oráculo, junto com ninfas e 
musas, orientando as pessoas, e que as Pítias era porta-voz dos deuses. 
O destino é muito importante nos mitos gregos, para os gregos o destino é dotado de 
acontecimentos inevitáveis que conduzem a vida cotidiana do indivíduo de acordo como uma 
ordem natural, da qual, não há nada que possa fazer para escapar. No caso da mitologia grega, 
as responsáveis pelo destino das coisas são as Moiras, três irmãs que controlam o destino de 
todos, inclusive o destino dos deuses, elas são a personificação do destino individual de cada 
ser vivo. 
Existem três tipos de mitos principal que são: cosmogônicos, escatológicos e 
teogónicos. 
Mitos cosmogônicos são os mitos que explicam a criação do mundo e da vida. Nesse 
tipo de mito encontramos a figura do criador ou criadores. Esse tipo de mito estrada presente 
no mito A Criação na mitologia nórdica e no mito Nascimento e Glória de Saturno na 
mitologia grega. 
Mitos escatológicos são mitos que apresentam o fim do mundo e da morte dos que 
vivem nele. Podemos perceber esse tipo nós contos nórdicos A morte de Baldur e Ragnarok: 
O destino final dos deuses e também no conto grego A morte de Hércules. 
Mitos teogónicos são mitos que relatam o nascimento dos deuses, as suas genealogias 
e seus parentescos. Esse tipo de mito aparece nos contos gregos Nascimento e Glória de Zeus, 
Nascimento de Afrodite e Nascimento de Atenas. 
Os mais importantes mitos da cultura Greco-Latina são: 
• Teseu e o Minotauro; 
• Os Doze Trabalho s de Hércules; 
• O Destino de Perseu; 
• A Maldição de Édipo; 
• Viagem ao Reino das Sombras; 
• O Rapto de Helena. 
 
2. Análise do mito O Destino de Perseu de Luiz Galdino 
 
O Destino de Perseu é uma narrativa mitológica escrita pelo autor Luiz Galdino e 
ilustrado por Maurício Negro, publicado a primeira vez em 1940 o livro conta a história do 
semideus Perseu, como este nasceu, se tornou herói e cumpriu seu destino de acordo com a 
vontade divina e a profecia do oráculo de Delfos. 
 
• Enredo 
 
Perseu é filho de Danae, princesa de Argos e a única filha do rei Acrísio. O rei com 
medo de deixar seu reino nas mãos de um aventureiro qualquer foi ao Oráculo de Delfos por 
meio da pitonisa descobriu que não teria um filho homem para sucedê-lo no trono e que seria 
morto pelo neto. Acrísio mandou construir uma prisão toda de bronze situada no fundo de um 
poço onde penetrem somente a luz e o ar necessário à vida para prender a filha, assim ela não 
teria nenhum contato com humanos além da ama que foi presa junto a ela. Danae estava 
sofrendo demais e o seu sofrimento comoveu Zeus que resolveu intervir na história 
derramando uma chuva de ouro sobre Danae e a mesma milagrosamente engravida da tal 
chuva percebendo que o pai de seu filho era Pai dos Deuses. Danae faz de tudo para esconder 
a criança, porém Acrísio descobriu e resolveu colocar sua filha e seu neto em uma arca e 
lançou os ao mar com o pensamento de que ele não os matou, eles morrerão de fome ou de 
sede ou se arrebentarão de encontro aos arrecifes. Danae pensa que vai morrer quando de 
repente uma grande onda os leva a terra firme e são resgatados por um pescador chamado 
Dictis que os acolheu e lhes contou que estavam na ilha de Serifo. O rei de Serifo, Polidectes 
é irmão de Dictis e quando retornava de uma caçada foi visitá-lo e conheceu Danae e Perseu, 
imediatamente se apaixonou por Danae, porém não gostou de Perseu. 
Polidectes levou Perseu e Danae para o palácio e armou um plano para se livrar de 
Perseu enviando-o em uma missão considerada impossível: ir até a terra das Górgonas e trazer 
a cabeça de Medusa, o que Polidectes não imaginava era que Perseu contava com a ajuda dos 
deuses Hermes e Atenas que lhe deram os instrumentos e os conselhos necessários para a 
missão. 
Depois de matar Medusa Perseu decidiu voltar para Serifo, no caminho de volta parou 
na Etiópia para descansar. Ao chegar no reino percebeu um alvoroço e imaginou ser um 
sacrifício, Perseu esperou até todos se retirarem e se aproximou da jovem que estava amarrada 
e que seria sacrificada para que o reino fosse poupado. O nome da jovem era Andrômeda filha 
do rei Cefeu e da rainha Cassiopéia. Perseu se apaixonou pela jovem e decidiu lutar contra o 
monstro para salvá-la, em troca se casaria com ela, o rei aceitou o acordo. O monstro apareceu 
e então a luta começou, Perseu não conseguia matá-lo foi quando lembrou da cabeça de 
Medusa que estava na sua bolsa e podia fazer um mortal virar pedra se olhasse para ela, ele 
retirou a cabeça da bolsa e quando o monstro olhou se transformou imediatamente em pedra. 
Perseu se casou com a princesa e depois de muitos anos voltou a ilha de Serifo, 
chegando lá sua mãe havia fugido depois que descobriu que Polidectes enviou seu filho para 
morrer em uma missão. Perseu se revoltou e com a cabeça de Medusa transformou o rei e 
seus convidados em pedra, o povo de Serifo se alegou e Dictis passou a ser o novo rei. 
Perseu encontrou sua mãe e decidiu voltar a Argos para tentar uma reconciliação com 
seu avô, Acrísio ficou sabendo e fugiu da cidade, Perseu o esperou por meses. Um dia ele 
decidiu participar de um torneio na cidade vizinha chamada Larissa. Durante a competição 
Perseu lançou um disco que misteriosamente desviou da direção correta e atingiu alguém na 
arquibancada e o matou. Quando Danae se aproximou do morto percebeu que era o seu pai, o 
rei Acrísio. Assim a profecia do oráculo se cumpriu, mesmo que todos tenham tentado fugir 
do destino. 
 
• Personagens 
 
Acrísio: Rei de Argos, pai de Danae e avô de Perseu, e o primeiro antagonista do mito, tinha 
um desejo de ter um filho para ficar no seu trono quando morresse, mas a pitonisa falou que 
seu destino era morrer nas mãos do próprio neto. Ele fez de tudo para fugir de seu destino, 
mas foi morto acidentalmente pelo próprio neto Perseu. 
Danae: Princesa de Argos filha de Acrísio, apesar de ser a mais bela da ilha de Argos era 
triste, sem saber de nada seu pai aprisiona em uma prisão depois que o próprio visita a 
pitonisa que previu que o filho de Danae tiraria, um dia, a vida de Acrísio. 
Perseu: Protagonista do mito, bonito, forte, filho de Zeus, nascido de uma chuva de ouro que 
Zeus fez cair sobre Danae, matou a Medusa, casou-secom Andrômeda, matou acidentalmente 
seu avô cumprindo seu destino. Mas não quis o trono de Argos. 
Zeus: Pai de todos os deuses, deus do Olímpo, pai de Perseu, se apaixonou por Danae, se 
personificou em chuva de ouro e a engravidou. 
Pitonisa: Sacerdotisa do oráculo de Apolo, em Delfos. Detentora da sabedoria revelou o 
destino de Acrísio. 
Dictis: Pescador bondoso e hospitaleiro acolheu Perseu e sua mãe, irmão e futuro rei de 
Sefiro. 
Polidectes: Rei de Serifo, tirano e cruel, segundo antagonista do mito, se apaixonou por 
Danae e queria desposa-la, mas não gostava de seu filho Perseu então o mandou em uma 
missão perigosa de matar a Medusa e trazer-lhe sua cabeça como prova. Foi transformado em 
pedra depois por Perseu que descobriu toda a verdade quando voltou a ilha. 
Hermes: Filho de Zeus, meio irmão de Perseu, ajudou Perseu em sua jornada junto com 
Atenas e permaneceram juntos até a morte da Medusa. 
Atenas: Filha de Zeus ajudou Perseu e sua jornada, e lhe deu o escudo a Perseu que foi de 
grande utilidade em sua missão de matar a Medusa, ela ainda pediu vingança ao ato profano 
que Medusa cometeu em seu templo, e encoraja Perseu a matar a Medusa. 
Andrômeda: Princesa de Etiópia, servia de sacrificio pelo erro que ela não cometeu a 
serpente marinha, Perseu se apaixonou matou a serpente e se casou com ela. 
Cefeu e Cassiopéia: Rei e Rainha de Etiópia, sogros de Perseu. 
 
• Espaço 
 
O primeiro espaço mítico apresentado pela obra é quando Perseu vai atrás das gréias à 
procura de um caminho seguro até as ninfas do norte. 
[...] Quando perceberam, estavam entrando numa região sombria. As pesadas névoas 
encobriam tudo e a paisagem a custo vislumbrada provocava calafrios. 
— É aqui? — interrogou Perseu. 
— Estamos bem próximo da terra onde os raios de sol jamais penetram. 
— Esta terra gela os ossos! [...] (Pág. 56) 
O segundo espaço mítico é o país das ninfas: 
[...] — Não fique tão sério! No país dos hiperbóreos, em vez de monstros e perigos, 
convivemos com as criaturas mais belas e adoráveis da terra! 
O país hiperbóreos ficava na costa do vento norte mas era de uma beleza inigualável. 
Em nada lembrava a paisagem de pântanos e névoas, onde habitavam as gréias. Apesar do 
frio, o sol mostrava-se no horizonte o tempo todo e as noites se faziam muito curtas. [...] (Pág. 
63) 
E o terceiro e último espaço mítico aparece quando Perseu vai em busca da cabeça de 
Medusa: 
— É gás fétido do pântano que causa tontura. Se mostrar determinação firme, não será 
afetado. 
As árvores nodosas e retorcidas param de girar[...] 
[...]Nós galho fantasmagóricos, uma fauna de aleijões horríveis observava seus 
movimentos. De repente, Hermes apontou: 
— Lá estão as ruínas do antigo palácio das górgonas. Entre as suas colunas 
carcomidas, elas esperam. (pág. 69) 
Perseu estacou, observando os restos de um palácio que a vegetação invadira. 
[...] O silencio absoluto atacava os nervos. 
[...] A clareira estava literalmente recoberta por estátuas de pedra. 
Calado Perseu examinou uma a uma as estátuas. Havia corpos na posição de ataque e 
defesa. Algumas ostentavam feições indecifráveis. A maioria tinha estampado no rosto o 
mesmo espanto que precedera a morte terrível. (Pág. 72) 
 
• O Sobrenatural Presente na Obra 
 
Como todo mito grego, apresenta do sobrenatural é inevitável. No mito O Destino De 
Perseu, nós podemos observar primeiramente a participação dos deuses na história, Zeus em 
personificação de chuva de ouro engravida Danae e assim nasce Perseu. A ajuda dos deuses 
meio-irmão de Perseu, Atenas e Hermes, durante a sua jornada para matar a Medusa. 
Os monstros gregos que aparecem no mito: 
As gréias que eram três monstros pavorosos. Tinha forma de cisnes com cabeça e 
rosto com contornos e afeições humanas e debaixo das asas tinham braços terminados em 
mão cascorentas e as três tinha um único olho que as mesmas compartilhavam. 
As ninfas que eram alegres, bonitas e adoráveis deram presentes ao Perseu, um elmo 
que o tornava invisível, as sandálias aladas permitiam que ele voasse sempre que desejasse e 
uma bolsa de prata que assumia a forma do objeto que ele colocasse dentro dela. 
As górgonas que no passado, foram moças bonitas, cercadas de admiração e 
pretendentes, elas se achavam tão bonitas que chegaram a dizer que eram mais bonitas que as 
deusas do Olimpo, os deuses não gostaram nada e lançaram sua fúria a três irmãs. Trocaram 
seus cabelos cacheados por cachos de serpentes, substituíram seus dentes por presas de javali, 
transformaram seu braços e pernas em pesadas e disformes garras de bronze. Medusa por ser 
a irmã mais ousada, além dos castigos impostos as irmãs, tornou-se mortal, após Medusa ter 
sua cabeça decapitada nasceu Pegasus. 
E a serpente marinha que Poseidon liberta para castigar o povo de Etiópia e ela 
provocou tempestades, maremotos e destruição por toda costa da ilha. 
 
• Considerações Finais 
 
Todo conto mitológico tenta explicar algo por meio de coisas sobrenaturais, com O 
Destino de Perseu de Luiz Galdino, não é diferente, um que podemos notar é o seu próprio 
destino, apesar de seu avô tentar matar sua mãe e ele, Perseu não guardou nenhum rancor de 
seu avô, mas mesmo assim a profecia cumpriu-se e ele acabou acidentalmente tirando a vida 
de seu avô. O outro ensinamento que podemos perceber é o medo, podemos relacionar o 
medo com a Medusa, quantas pessoas foram atrás da Medusa e foram petrificadas e o medo 
nos causa isso em uma determinada situação e nunca conseguimos o que queremos, no caso 
da história a formosa cabeça da Medusa e Perseu foi o único que foi atrás da Medusa e a 
venceu, ficou tão destemido que nem a serpente gigante marinha o amedrontou e assim como 
Perseu nós devemos seguir seu exemplo e vencer o medo também. 
 
Referência Bibliográfica: 
 
FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO, Carmen. As 100 Melhores Histórias da Mitologia. 
9º ed. Porto Alegre:L&PM, 2003. 
GALDINO, Luiz. O Destino de Perseu. 4º ed. São Paulo: FDT, 1940.

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