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42
FACULDADE UNYLEYA
ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA
JOCELAINE FORMAIO GODINHO
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO ESPECIALIZADO NA QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE OSTOMIZADO
Curitiba
2019
JOCELAINE FORMAIO GODINHO
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO ESPECIALIZADO NA QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE OSTOMIZADO.
Trabalho apresentado à Faculdade UNYLEYA como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Enfermagem em Estomaterapia.
Orientadora: Profa. Dra. Chennyfer Dobbins Abi Rached
Curitiba
2019
DEDICATÓRIA
	
“Dedico este trabalho à memória de meu pai, Valter José Formaio, falecido em 28/12/18. Exemplo de vida, meu herói que com muita fé, dedicação, esforço, honestidade, simplicidade e respeito ao próximo, venceu uma série de dificuldades, dentre elas, o ser pai e mãe ao mesmo tempo de quatro filhos pequenos dando todo carinho e amor a todos igualmente, fazendo-os serem hoje pessoas honestas e com profissões admiráveis. Ao meu pai, onde o senhor estiver, dedico mais este trabalho e título a ti, e saiba que o senhor é responsável por ter esta filha tão lutadora e insistente na vida, sinto muito a sua falta”. 
RESUMO
	A ostomia é um procedimento cirúrgico, no qual é realizada uma abertura artificial entre o intestino e a parede abdominal. O estudo teve por objetivo, analisar por meio de literatura científica a importância do enfermeiro especializado na qualidade de vida do paciente com ostomia. Trata-se de uma revisão de literatura e foram selecionados artigos que respondessem ao objetivo do trabalho e que deram ênfase no tema proposto. Muitas vezes, o ostomizado tem receio e vergonha de falar sobre as suas dificuldades e medos com outras pessoas, mesmo sendo da família e a presença de um estoma ameaça o elevado valor que socialmente se atribui à beleza, à estética, ao limpar e ao controle das funções corporais. O enfermeiro estomaterapeuta tem um importantíssimo papel no cuidado à pessoa ostomizada, intervindo, idealmente, antes e imediatamente após a construção do estoma, bem como ao longo da vida da pessoa ostomizada e além dos cuidados ao estoma, promove o autocuidado, apoia emocionalmente a pessoa ostomizada de quem se torna muitas vezes amigo e confidente. O conhecimento do autocuidado permite ao indivíduo maior independência em relação às outras pessoas, uma vez que ele próprio realiza seus cuidados através da prática de técnicas adequadas e simplificadas, que promovem a segurança do mesmo na realização do cuidado. Entretanto desvelou-se a importância do enfermeiro especializado na qualidade de vida do paciente ostomizado favorecendo o processo de autocuidado e adaptação, no sentido de diminuir a ansiedade, esclarecer dúvidas sobre a ostomia
Palavras-chave: Estomaterapia, Autocuidado, Ostomias, Especialidade.
ABSTRACT
The ostomy is a surgical procedure, in which an artificial opening is made between the intestine and the abdominal wall. The objective of the study was to analyze, through scientific literature, the importance of the nurse specialized in the quality of life of patients with ostomy. It is a literature review and articles were selected that responded to the objective of the work and emphasized the proposed theme. Often, the ostomate is afraid and ashamed to talk about their difficulties and fears with other people, even being of the family and the presence of a stoma threatens the high value that is socially attributed to beauty, aesthetics, cleanliness and control of bodily functions. The stomatologist nurse has a very important role in caring for the ostomized person, intervening ideally before and immediately after the construction of the stoma, as well as throughout the life of the ostomized person and in addition to caring for the stoma, promotes self-care, supports the person emotionally ostomized from whom one often becomes friend and confidant. The knowledge of self-care allows the individual greater independence from other people, since he himself carries out his care through the practice of adequate and simplified techniques, which promote the safety of the same in the conduct of care. However, it was revealed the importance of the nurse specialized in the quality of life of the ostomy patient, favoring the process of self-care and adaptation, in order to reduce anxiety, clarify doubts about the ostomy
Key words: Stomatherapy, Self care, Ostomies, Specialty.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	1
CAPÍTULO I	3
1.1.	OSTOMIAS	3
1.2.	CAUSAS QUE LEVAM A ESSE PROCEDIMENTO	4
1.3.	CLASSIFICAÇÕES DE OSTOMIAS DE ELIMINAÇÃO	4
1.4.	ASPECTO DO ESTOMA	5
1.5.	LOCALIZAÇÃO DAS OSTOMIAS	6
1.6.	COMPLICAÇÕES	7
CAPÍTULO II	9
2.	A HISTÓRIA DA ESTOMATERAPIA	9
2.1.	LEGISLAÇÃO, ÓRGÃOS COMPETENTES E ATRIBUIÇÕES	10
2.1.	A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO ESPECIALIZADO NO CUIDADO AO OSTOMIZADO	31
CAPÍTULO III	34
3.	QUALIDADE DE VIDA E AUTOCUIDADO	34
4.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	38
5.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	39
	
INTRODUÇÃO
Estoma, estomia, ostomia ou ostoma são palavras de origem grega que significam boca ou abertura, utilizada para indicar a exterioração de qualquer víscera oca através do corpo por causas variadas, desviando o trânsito normal. A ostomia tem como objetivo realizar as funções do órgão danificado a partir de procedimento cirúrgico no qual é realizada uma abertura para contato com o meio exterior (COUTO e MEDEIROS, 2013).
Dependendo da etiologia da doença, o cirurgião indica a realização de uma ostomia temporária necessária se o trato intestinal não puder ser preparado adequadamente para a cirurgia por causa de um bloqueio, por doença ou tecido cicatricial; necessária para que a cicatrização de uma cirurgia ocorra sem a irritação pela passagem das fezes; para proteger uma anastomose, tendo em vista o seu fechamento num curto espaço de tempo e a outra condição é a ostomia definitiva é realizada quando o grupo de músculos que controla o reto e consequentemente a eliminação das fezes não funciona adequadamente, requerendo sua remoção, não existindo a possibilidade de restabelecer o trânsito intestinal. (BRAZ et al, 2017).
A confecção do estoma gera dificuldades na etapa inicial do retorno ao domicílio, pois estes enfrentam alguns problemas, tanto físicos quanto psicológicos, consequentes a necessidade de inserção de mudanças no cotidiano e representando assim pacientes que necessitam de extrema atenção dos profissionais da saúde que estão lhes prestando cuidados, compreendendo desde o pré-operatório até o momento da alta hospitalar, onde a enfermagem entra com um papel relevante de prestador de cuidados (SILVA et al, 2014).
Para a assistência à pessoa com ostomia e à sua família, é necessário o uso de tecnologias de enfermagem no manuseio adequado da bolsa coletora, requerendo saberes teóricos e práticos, e conhecimento sistematizado e especializado. Essas tecnologias são importantes no relacionamento com a pessoa com estomia intestinal e com a sua família, para o manuseio de dispositivos para domínio no cotidiano de trabalho, pois compreendem o conhecimento cientifico e empírico, sendo ações reflexivas e éticas (ARDIGO e AMANTE, 2013).
O enfermeiro estomaterapeuta é um profissional capacitado para cuidar com destreza e segurança de pessoas com estomias, feridas e incontinências, no âmbito hospitalar e ambulatorial, bem como na assistência domiciliar, possui também conhecimento sobre as diversas tecnologias disponíveis no mercado, podendo auxiliar paciente, familiares e cuidadores na atenção às pessoas que necessitam de cuidados especializados (NASCIMENTO et al, 2011).
	O estudo teve por objetivo, analisar por meio de literatura científica a importância do enfermeiro especializado na qualidade de vida do paciente com ostomia; pesquisar publicações existentes sobre a importância da enfermagem na qualidade de vida aos pacientes ostomizados e identificar as práticas de acolhimento e humanização ao paciente ostomizado.
No decorrer da revisão de literatura, foi abordado o conceito envolvido nesta pesquisa. Dentre, iniciou-se coma conceituação e classificações de ostomias, causas, localização e complicações. Foi analisado estudos sobre a importância do enfermeiro especialista no cuidado ao paciente ostomizado e as práticas de ações para a qualidade de vida e autocuidado com o paciente ostomizado.
Foi desenvolvida pesquisa exploratória, bibliográfica, buscando os materiais em livros e artigos encontrados em bases de dados científicas disponíveis na Internet. De acordo Minayo (2010), “Pesquisar não é apenas procurar a verdade; é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos”. Para tal, buscou-se realizar um estudo descritivo e de abordagem qualitativa, de modo a enriquecer a investigação. 
CAPÍTULO I
0. OSTOMIAS
A técnica cirúrgica consiste na abertura de um órgão por meio de um ato cirúrgico, formando uma abertura que passa a ter contato com o meio exterior para a eliminação de dejeções, secreções, fezes e urina (MAZALLI, 2009).
 O conceito de estoma é indicado para todas as situações em que é necessário realizar artificialmente uma ligação para o exterior com carácter provisório ou definitivo (REIS, 2015).
A construção de uma ostomia resulta de uma cirurgia em que derivam parte ou totalidade do órgão interno para o exterior, trata-se de uma cirurgia mutilante para a pessoa podendo gerar alterações da imagem corporal e perturbações emocionais, bem como do estilo de vida, das relações sociais, familiares e laborais (OLIVEIRA, 2016).
A realização de uma ostomia, seja ela eletiva ou de urgência, implica a escolha e a marcação do local provável do estoma, que deverá ser de fácil visualização para o doente, na região do músculo reto abdominal, longe de cicatrizes, pregas cutâneas e linha da cintura no adulto (BRASIL, 2006).
A seleção e marcação correta do local do estoma constituem aspetos fundamentais na autonomia e independência da pessoa no seu cuidado, promovendo deste modo o autocuidado e uma boa aderência do dispositivo de recolha. A localização do estoma embora pareça de pouca importância, tem uma grande repercussão na futura qualidade de vida da pessoa ostomizada, uma vez que a maioria das complicações dos estomas pode ser prevenida através da correta marcação pré-operatória (OLIVEIRA, 2016).
Existem três tipos de ostomias, de respiração, de alimentação e de eliminação, cada uma destas ostomias apresenta características próprias, quer em relação à complexidade do seu tratamento e reabilitação, quer no que respeita às alterações biopsicossociais por elas impostas (BRASIL, 2006).
Segundo a Associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO), estima-se que, no Brasil, há cerca de 50 mil ostomizados, 80% das pessoas ostomizadas são colostomizadas, 10% são ileostomizadas e 10% urostomizadas, sendo que muitos desses são jovens, submetidos à cirurgia, após terem sido vítimas de traumatismos por arma de fogo, arma branca ou acidentes, representando uma população de pacientes que merece um cuidado humanizado e sistemático de dimensão biopsicossocial, voltado a amenizar os impactos que um estoma pode provocar na vida do indivíduo que o possui (YAMADA et al, 2009).
Mundialmente, em cada ano ocorrem cerca de 945 mil novos casos de câncer que acometem o cólon e o reto. O prognóstico deste tipo de câncer pode ser considerado de moderado a bom, sendo o segundo tipo de câncer mais prevalente no mundo. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o ano de 2014, estima 32.600 novos casos, acometendo 15.070 homens e 17.530 mulheres. Resultam na grande maioria das vezes na realização de uma cirurgia mutilante e traumatizante, a qual acarreta alterações profundas nos modos de vida das pessoas afetadas. A relevância a estomia é considerada uma das importantes realizações cirúrgicas que possibilita a sobrevida da pessoa acometida por câncer colorretal (ARRUDA et al, 2017).
0. CAUSAS QUE LEVAM A ESSE PROCEDIMENTO
São várias as razões pelas quais uma pessoa pode necessitar sofrer uma cirurgia que objetive construir um novo caminho para que as fezes possam ser expelidas pelo organismo: patologias crônicas, doença de Chagas, doença de Chron, câncer, acidentes, podem ser decorrentes de um trauma ocasionado por arma branca ou arma de fogo na região abdominal entre outras (MAZALLI, 2009).
0. CLASSIFICAÇÕES DE OSTOMIAS DE ELIMINAÇÃO
Quando é realizada no intestino grosso, chamamos de COLOSTOMIA. Dependendo do lugar onde será feita, será diferente a frequência de evacuações e também a consistência das fezes. Quando é realizada no intestino delgado, chamamos de ILEOSTOMIA neste tipo de ostomia as fezes são inicialmente líquidas, passando, após um período de adaptação, a ser semilíquidas ou semi-pastosas. UROSTOMIA é uma abertura na pele que permite a saída de urina proveniente dos rins, ureteres ou bexiga. A mais comum é a urostomia a Bricker, na qual é utilizado um pedaço do intestino delgado que é exteriorizado na pele ao qual são ligados os ureteres (REIS, 2015).
Os estomas podem ser temporários ou permanentes. Estomas temporários são aqueles realizados por qualquer problema transitório no trato intestinal ou urinário. No caso dos estomas intestinais (colostomias, ileostomias) geralmente são realizados para evitar que as fezes passem pelo local operado antes da cicatrização completa. Na cirurgia para tratamento do câncer de reto, os estomas temporários são fechados depois da cicatrização da cirurgia, o que ocorre geralmente após 1 mês da cirurgia. Após o fechamento do estoma, o paciente volta a evacuar pelo ânus. Os estomas permanentes são realizados quando não é possível manter a função normal da evacuação de maneira definitiva (OLIVEIRA, 2016).
Independentemente de ser temporária ou definitiva, a realização da ostomia acarreta uma série de mudanças na vida do paciente, tais como: necessidade de realização do autocuidado com a ostomia, aquisição de material apropriado para a contenção de fezes ou urina, adequação alimentar, convivência com a perda do controle da continência intestinal ou vesical, eliminação de odores, alteração da imagem corporal, bem como alteração das atividades sociais, sexuais e cotidianas (REIS, 2015).
0.3. ASPECTO DO ESTOMA
Nos primeiros dias após a cirurgia o estoma pode ficar edemaciado (inchado), aos poucos o edema regride. O estoma é vermelho ou rosa vivo semelhante a mucosa da parte interna da boca. A pele ao redor do estoma (pele periestomal) deve estar lisa, sem lesões ou ferimentos. O estoma não tem terminações nervosas, por isso não dói ao ser tocado, no entanto pode apresentar um pequeno sangramento. Caso o sangramento seja contínuo e abundante o médico deve ser imediatamente procurado (OLIVEIRA, 2016).
Imediatamente após a cirurgia, o funcionamento do estoma intestinal é irregular podendo eliminar fezes várias vezes ao dia, em diferentes momentos. Na medida em que o tempo passa, o estoma funciona de forma mais regular, no entanto, não é possível controlar a saída das fezes (ARRUDA et al, 2017). 
As características de um estoma saudável são: 
Sempre rosado ou vermelho: o estoma é cheio de vasos sanguíneos próximos da superfície;
Sempre úmido: o estoma é uma membrana mucosa igual à parte interna da boca. Possui lubrificação natural;
Pode sangrar ocasionalmente: a superfície do estoma contém uma grande quantidade de vasos sanguíneos que podem romper-se e sangrar ligeiramente na hora de trocar o disco protetor da bolsa. Esse sangramento é semelhante ao que ocorre quando a pessoa morde a gengiva ao mastigar, não é motivo para preocupação;
Pode se mexer: o movimento que ocorre normalmente nos intestinos pode continuar até chegar ao estoma. É possível ver o estoma contrair e expandir-se quando a bolsa é retirada;
Sua forma é variável: nem todos os estomas são redondos. Muitos têm forma oval ou irregular. É importante tomar a medida certa do estoma ao posicionar o disco protetor da bolsa sobre o estoma, de modo que a pele ao redor dele esteja protegida sem que o disco protetor fique apertado demais em torno do estoma;
Pode ficar inchado: ocasionalmente, um vírus, bactéria ouobstrução pode causar inchaço do estoma. É importante medir novamente o estoma quando ocorrer algum inchaço a fim de assegurar-se de que a abertura do disco protetor é adequada.
0.4. LOCALIZAÇÃO DAS OSTOMIAS
Sabe-se que a ostomia é uma abertura criada cirurgicamente entre o intestino e a parte externa do corpo e é também conhecida como estoma. Com a ostomia, a urina ou evacuação (fezes) é “redirecionada” para sair pelo estoma e entrar em uma bolsa carregada do lado externo do abdome. Embora suas dimensões e formas possam ser diferentes, os estomas têm muitas semelhanças entre si.
1 Tipos de ostomias
Fonte: cuidar.blogspot.com
A utilização adequada da bolsa coletora vai depender do tipo de estoma, pois esta tem características específicas para melhor adaptação, e por isto, deve ser indicada por um profissional especializado nesta área.
A adaptação do paciente ao uso da bolsa de colostomia ou ileostomia requer alguns cuidados, para que essa possa fornecer-lhe conforto e segurança. Este procedimento geralmente é um fator que pode desencadear sentimentos conflituosos e preocupantes, que abarcam aspectos não só fisiológicos, mas psicológicos e sociais (OLIVEIRA, 2016).
0.5. COMPLICAÇÕES
A pessoa ostomizada requer determinados cuidados específicos devido ao elevado risco de complicações. O risco está presente em todos os tipos de ostomia, embora algumas das complicações sejam mais frequentes em determinados tipos, dependendo da localização do estoma, características da pele, alimentação realizada pela pessoa, tipo de dispositivo usado e cuidados de higiene.
Muitos problemas com o estoma e pele periestomal podem influenciar a saúde psicológica e emocional das pessoas ostomizadas e, consequentemente, a sua qualidade de vida. Estes problemas designam-se de complicações pós-ostomia, e dividem-se em complicações precoces e complicações tardias (MIRANDA, 2013). 
AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PRECOCES, SÃO: 
Deiscência da sutura muco-cutânea - que consiste na separação total ou parcial do estoma da pele, surge grande parte das vezes por má fixação à parede abdominal; 
Isquemia - normalmente ocorre nas primeiras 24 horas após a cirurgia, resultando numa ostomia com má perfusão e comprometimento circulatório; 
Necrose - resultante de um fluxo sanguíneo insuficiente, verifica-se alteração da coloração da mucosa do estoma, apresentando-se escuro e flácido; 
Hemorragia – surge por hemostase inadequada durante a construção do estoma, se persistir poderá ser necessário suturar o vaso; 
Retração - devido a uma tensão excessiva ao nível da sutura muco cutânea, há uma separação do estoma do plano cutâneo, resultando num espaço côncavo onde se situa o estoma (invaginação do estoma); 
Abcesso - ocorre geralmente na primeira semana pós-operatória e manifesta-se pela presença de sinais inflamatórios; 
Oclusão - acontece algumas fezes pela presença de fecalomas ou existência de aderências intra-abdominais;
Edema - geralmente é fisiológico e desaparece ao fim de duas a três semanas. 
AS COMPLICAÇÕES TARDIAS PREDOMINANTES, SÃO: 
Prolapso - protusão excessiva da ansa intestinal para o exterior do estoma, devido muitas vezes a um esforço excessivo (por exemplo, ao tossir ou espirrar). Pode ser reduzido manualmente, embora esta técnica seja pouco eficaz, tornando-se uma emergência cirúrgica; 
Ulceração - por traumatismo do estoma, aquando dos cuidados de higiene; 
Estenose - estreitamento do estoma por ausência de toque, estimulação e massagem do mesmo. Muito doloroso aquando da passagem das fezes, impedindo muitas fezes a drenagem de efluentes. A estenose do estoma acontece devido ao processo de cicatrização periestomal, cuja correção podem necessitar de intervenção cirúrgica, caso não seja detectada e diagnosticada antecipadamente; 
Hérnia - protusão do estoma por vezes volumosa, devido a má localização do estoma, enfraquecimento da musculatura abdominal, aumento de peso, emagrecimento ou envelhecimento. Para prevenir esta complicação, o doente deve usar uma cinta de contenção adequada ou cintos de suporte próprios para doentes ostomizados; 
Invaginação - o estoma retrai-se total ou parcialmente para o interior da cavidade abdominal devido a construção e fixação incorreta do estoma;
Fístula - normalmente secundária a suturas ou aquando da fixação do cólon à parede abdominal; 
Granuloma - irritação cutânea da mucosa devido a corte incorreto do saco que provoca fricção e irritação da mesma; 
Dermatite - é das complicações tardias mais frequentes e pode surgir devido a mau estado geral do doente (desnutrição, desidratação), reação alérgica aos materiais utilizados, à sua má adaptação e má manipulação do estoma e pele circundante (demasiada fricção na limpeza, orifício do saco demasiado grande), inadequados cuidados de higiene (demasiado tempo de contato das fezes com a pele), e ao crescimento de pêlos na pele periestomal; 
Odores - as causas mais frequentes são as bactérias, medicamentos, deficitários cuidados de higiene e a alimentação.
CAPÍTULO II
A HISTÓRIA DA ESTOMATERAPIA
A estomaterapia nasceu em 1958, nos Estados Unidos, com Rupert Turnbull (médico coloproctologista) e Norma Gill (estomizada, paciente de Dr. Rupert). Em 1961, esses dois visionários fundaram o primeiro curso de estomaterapia. Norma Gill foi considerada a primeira estomaterapeuta (ET). Gradualmente, a estomaterapia foi ganhando expressividade internacional e muitos feitos foram realizados por essa senhora, entre eles a fundação de um órgão mundial que pudesse representar a especialidade, que é o WCET (World Council of Enterostomal Therapists). No Brasil, os primeiros ETs foram dois médicos do Rio de Janeiro. Antes de 1980, era permitido aos profissionais não enfermeiros cursarem estomaterapia (SOBEST, 2019).
As primeiras enfermeiras brasileiras a fazer estomaterapia foram Gelse Zerbetto, Sônia Dias, Vera Gouveia, Lauma Paegle e Eloísa Roncarate. Todas fora do Brasil. Gelse teve grande contribuição atuando nas companhias que desenvolvem tecnologias para a estomaterapia. Vera Gouveia implantou a especialização no Brasil, em 1990, na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP). Esta especialização foi única até 1998 e formava somente 13 especialistas para o Brasil. A partir desse ano, outros cursos foram implantados. Em 1999, na Universidade Estadual do Ceará, com a professora Maria Euridea Castro; em 2000, na UNITAU, pelas professoras Maria Ângela Bocara de Paula e Isabel Cesaretti. E daí por diante, outros cursos foram gradualmente implantados no país (SOBEST, 2019)
Desde 1980 é uma especialidade exclusiva do enfermeiro, cujo papel é assistencial, gerencial, de ensino e pesquisa. No Brasil, a prática foi instituída somente dez anos depois, em 1990, como pós-graduação lato sensu. De lá para cá, esta ciência avançou muito, mas capacitar enfermeiros para esta prática ainda é um desafio, embora seja um campo muito fértil para a área.
Certamente o Brasil está entre os países mais avançados nesta área, principalmente quando falamos de América Latina. Porém, os Estados Unidos estão largamente na frente, mundialmente. Na Europa, a Inglaterra tem destaque. Contudo, os países europeus não têm a mesma concepção de uma especialidade com três subáreas como é nos Estados Unidos e no Brasil (temos o modelo americano). A Austrália, o Canadá e o Japão, entre outros, também têm grande representatividade internacional. A China tem crescido muito nos últimos anos. Mas, ainda se têm muito a crescer ao redor do mundo (SOBEST, 2019).
0. LEGISLAÇÃO, ÓRGÃOS COMPETENTES E ATRIBUIÇÕES
A estomaterapia é uma especialidade da enfermagem na modalidade de pós-graduação latu sensu (especialização) voltada para a assistência às pessoas com estomias, lesões e incontinências, nos seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação em busca da melhoria da qualidade de vida.
No Brasil, essa especialidade foi precedida por movimentos informais de profissionais e de pessoas com estomas e consagrou-se, em 1990, com criação do primeiro Curso de EspecializaçãoEnfermagem em Estomaterapia na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. O Órgão oficial da Estomaterapia no nosso país é a Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST): estomias, feridas e incontinências (BORGES, 2016).
O enfermeiro pós-graduado em estomaterapia é denominado pela SOBEST como Enfermeiro Estomaterapeuta (ET) e são reconhecidos somente aqueles formados por cursos referendados pela SOBEST. Esse especialista, após aprovação em prova de título por essa sociedade, é certificado como Enfermeiro Estomaterapeuta TiSOBEST (SOBEST, 2019).
No Brasil, os cursos têm envidado esforços na formação de especialistas, principalmente em virtude do novo contexto saúde-doença, caracterizado pelo envelhecimento da população, que passa a demandar cuidados complexos, principalmente nas áreas de prevenção e tratamento de lesões de pele e incontinência urinária e fecal, e alguns tipos de câncer que exigem a confecção de estomias e estratégias de reabilitação do paciente (BORGES, 2016).
A Resolução COFEN n° 389/2011, que atualiza, no âmbito do Sistema COFEN /Conselhos Regionais de Enfermagem, os procedimentos para registro de título de pós-graduação lato e stricto sensu concedido a enfermeiros e lista as especialidades, traz a Dermatologia, Estomaterapia, Feridas e Ostomias, como áreas de especialidade da Enfermagem, sendo que ao Enfermeiro detentor de títulos de pós-graduação ou título concedido por sociedades científicas mediante prova de títulos, e assegurado o direito de registrá-lo no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição, conferindo legalidade para atuação na área específica do exercício profissional.
O Conselho Federal de Enfermagem – COFEN (2015), por meio da Resolução n167. 389 relaciona o estomaterapeuta como especialista na assistência as pessoas com ostomias / estomias, fistulas, tubos, cateteres e drenos nos seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação em busca da melhoria da qualidade de vida.
Segundo YAMADA et al, (2009) a estomaterapia é uma especialidade exclusiva da área de enfermagem, ao nível de pós-graduação, voltada para a assistência às pessoas com estomias, fístulas, tubos, cateteres e drenos, feridas agudas e crônicas e incontinências anal e urinária, nos seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação em busca da melhoria da qualidade de vida.
O Serviço de Atenção às Pessoas Ostomizadas, regulamentado pela Portaria Nº 400, de 16 de novembro de 2009, visa à prestação de assistência especializada, de natureza interdisciplinar, às pessoas com estoma, cuidadores e/ou familiares, objetivando sua reabilitação, com ênfase na orientação para o autocuidado, realização das atividades de vida diária e prevenção de complicações nas estomias. Além disso, garante o acesso aos equipamentos coletores e adjuvantes de proteção e segurança (BRASIL, 2014).
Em 1990 foi instituída a Estomaterapia, uma especialidade voltada para a assistência às pessoas com “estomias, fístulas, tubos, cateteres e drenos, feridas agudas e crônicas e incontinências anal e urinária, nos seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação em busca da melhoria da qualidade de vida” (Estatuto da Associação Brasileira de Estomaterapia – SOBEST). Os cuidados com ostomias passam a ser atribuições do enfermeiro Estomaterapeuta que é o profissional especializado em estomaterapia e reconhecido pela SOBEST (YAMADA, 2009).
A Estomaterapia é uma das especialidades de enfermagem em expansão e possui enorme potencial de crescimento no mercado nacional, devido as diversas possibilidades de atuação do especialista no pais. O enfermeiro estomaterapeuta poderá desenvolver, além das atividades assistenciais - relacionadas aos aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação - atividades de ensino, pesquisa, administração, vendas, auditoria, assessoria e consultoria entre outros. Na área assistencial poderá atuar em serviços públicos, privados, ambulatórios, clínicas, consultórios médicos, consultórios especializados em Estomaterapia, assistência domiciliária, além da possibilidade de ter seu próprio empreendimento. Na área pública um dos grandes papéis dos ET’s está relacionado à assistência aos ostomizados nos inúmeros pólos de assistência existentes as pessoas com estomias nos inúmeros pólos de assistência existentes em todo o Brasil, que possibilitam a todo cidadão brasileiro, receber assistência especializada, gratuita, qualificada e reabilitação adequada (SOBEST, 2019).
Outros campos de atuação estão ganhando destaque na especialidade, como a docência e a pesquisa, sendo crescente o número de enfermeiros estomaterapeutas que se dedicam a expandir e produzir novos conhecimentos na área. A área de consultoria técnica, em especial junto as empresas produtoras de materiais especializados na área cresce, sendo um campo de trabalho que se amplia na atualidade, além da auditoria especializada.
A SOBEST elaborou competências tendo como base o currículo mínimo exigido para a especialidade de enfermagem em estomaterapia: 
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS
ÁREA DE ESTOMIAS: Estomas Intestinal e Urinário
a) Pré-operatório
· Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
· Orientar quanto ao ato operatório, ao preparo prévio em geral, o estoma, aos equipamentos coletores, aos programas públicos de assistência e a Associação de Estomizados; a Declaração Internacional dos Direitos dos Ostomizados; a possibilidade de visita de uma pessoa estomizada que esteja reabilitada e outros.
· Fazer a demarcação do local onde será implantado o futuro estoma.
· Fazer teste de sensibilidade aos equipamentos, se pertinente.
· Encaminhar a outros profissionais, se necessário.
· Planejar e executar visita domiciliária, em alguns casos particulares, para avaliar as condições da habitação, a dinâmica das relações familiares e a influência desta na participação do indivíduo nas atividades do cotidiano. 
b) Intra-operatório
· Fazer intercâmbio com o enfermeiro do centro cirúrgico para troca de informações quanto ao equipamento adequado ao tipo de estoma, a "garantia" de confecção do estoma no local previamente demarcado.
c) Pós-operatório imediato e mediato
· Realizar a visita para avaliar as condições do estoma e da ferida operatória, do efluente, a presença de complicações e condições do equipamento a fim de prescrever os cuidados necessários e orientar a equipe da unidade de internação quanto aos mesmos.
· Realizar, progressivamente, as orientações de autocuidado ao paciente e cuidador, promovendo a reabilitação. 
d) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário) 
· Avaliar as condições de pele periestoma, do estoma e presença de complicações.
· Prescrever os equipamentos apropriados ao estoma sem anormalidade, bem como os tratamentos de estomaterapia quando houver presença de complicações (ex. dermatites, retração, prolapsos etc.).
· Reforçar as orientações prévias, quando necessário.
· Fazer treinamento de auto irrigação ou utilização de equipamento oclusor.
· Encaminhar a outros profissionais da equipe interdisciplinar, quando se fizer necessário.
· Estimular e/ou auxiliar o retorno dessa pessoa à participação social.
· Enfatizar a importância da participação na Associação de Ostomizados ou grupos de autoajuda.
· Acompanhar a evolução da doença de base associada e eventual tratamento adjuvante, orientando o cliente quanto aos exames de rotina e especializados.
· Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, por meio de protocolos, com vistas à melhoria da qualidade de vida dessa clientela.
Vesicostomia
a) Pré-operatório 
· Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementaçãoda sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
· Orientar quanto ao ato operatório, ao preparo prévio em geral, o estoma, aos equipamentos coletores, aos programas públicos de assistência e a Associação de Estomizados;
· Planejar e executar visita domiciliária, em alguns casos particulares, para avaliar as condições da habitação, a dinâmica das relações familiares e a influência desta na participação do indivíduo nas atividades do cotidiano.
 b) Intra-operatório 
· Fazer intercâmbio com o enfermeiro do centro cirúrgico para troca de informações quanto ao equipamento adequado.
 c) Pós-operatório imediato e mediato
· Realizar a visita para avaliar as condições do estoma, do efluente, a presença de complicações e condições do equipamento a fim de prescrever os cuidados necessários e orientar a equipe/cuidador quanto os cuidados.
d) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário) 
· Avaliar as condições de pele periestoma, do estoma e presença de complicações.
· Prescrever o equipamento apropriado, em como os tratamentos de estomaterapia quando houver presença de complicações (ex. dermatites) e cuidados gerais de preservação do trato urinário.
· Solicitar exames de urina na suspeita de infecção urinária.
· Reforçar as orientações prévias, quando necessário.
· Acompanhar a evolução da doença de base associada e eventual tratamento adjuvante, orientando o cliente quanto aos exames de rotina e especializados.
· Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, através de protocolos, com vistas à qualidade de vida dessa clientela.
Cistostomia
a) Pré-operatório 
· Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
· Orientar quanto ao ato operatório, ao preparo prévio em geral, o estoma, o equipamento coletor, aos programas públicos de assistência.
· Planejar e executar visita domiciliária, em alguns casos particulares, para avaliar as condições da habitação, a dinâmica das relações familiares e a influência desta na participação do indivíduo nas atividades do cotidiano.
b) Pós-operatório imediato e mediato 
· Realizar a visita para avaliar as condições do estoma, do efluente, a presença de complicações e condições do equipamento a fim de prescrever os cuidados necessários e orientar a equipe/cuidador.
c) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário) 
· Avaliar as condições de pele periestoma, do estoma e presença de complicações.
· Prescrever o equipamento apropriado, bem como os tratamentos de estomaterapia quando houver presença de complicações (ex. dermatites, granulomas) e cuidados gerais de preservação do trato urinário.
· Trocar o cateter vesical, quando necessário.
· Solicitar exames de urina na suspeita de infecção urinária.
· Proceder à remoção definitiva do cateter (com prescrição médica).
· Reforçar as orientações prévias, quando necessário.
· Acompanhar a evolução da doença de base associada e eventual tratamento adjuvante, orientando o cliente quanto aos exames de rotina e especializados.
· Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, através de protocolos, com vistas à qualidade de vida dessa clientela.
Gastrostomias
a) Pré-operatório 
· Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
· Orientar quanto ao ato operatório, ao preparo prévio em geral, o estoma, o tubo de alimentação e os cuidados relacionados ao mesmo e aos acessórios.    Encaminhar a outros profissionais, se necessário.
b) Pós-operatório imediato e mediato 
· Realizar a visita para avaliar as condições do estoma e da ferida operatória (quando houver), da pele ao redor e do tipo e condições do tubo de alimentação.
· Realizar, progressivamente, as orientações de autocuidado ao paciente e cuidador quanto aos cuidados com o estoma, a pele, administração da dieta e cuidados com os acessórios.
· Solicitar avaliação do nutricionista para prescrição e orientação da dieta.
c) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário)
· Avaliar as condições de pele periestoma, do estoma e presença de complicações, tipo de tubo.
· Averiguar de que forma os cuidados com o tubo/assessórios e estoma estão sendo realizados e reforçar as orientações, quando necessário.
· Mensurar o diâmetro do estoma e da espessura da parede abdominal, se não houver esse registro (depois de no mínimo quatro a oito semanas).
· Indicar o tubo apropriado, bem como os tratamentos de estomaterapia quando houver presença de complicações (ex. dermatites, granulomas etc.).
· Retirar e trocar o tubo de gastrostomia.
· Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, através de protocolos, com vistas à qualidade de vida dessa clientela.
Traqueostomias
a) Pré-operatório
· Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
· Orientar quanto ao ato operatório, ao preparo prévio em geral, o estoma, a cânula endotraqueal e os cuidados relacionados com a mesma.
· Encaminhar a outros profissionais da equipe, se necessário.
b) Pós-operatório imediato e mediato
· Realizar a visita para avaliar as condições do estoma e da ferida operatória (quando houver), da pele ao redor e do tipo e condições da cânula.
· Indicar tratamento tópico de feridas quando se fizer necessário.
· Realizar, progressivamente, as orientações de autocuidado ao paciente e cuidador quanto aos cuidados com o estoma, a pele, cuidados com a cânula e limpeza brônquica.
· Solicitar avaliação de outros profissionais da equipe multiprofissional, se indicado.
 c) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário)
· Avaliar as condições de pele periestoma, do estoma e presença de complicações.
· Averiguar de que forma os cuidados com a cânula, estoma e pele periestoma estão sendo realizados e reforçar as orientações, quando necessário.
· Indicar os tratamentos de estomaterapia quando houver presença de complicações (ex. dermatites, granulomas etc.).
· Trocar cânula de traqueostomia.
· Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente.
· Atuar com os demais profissionais da equipe no processo de reabilitação do mesmo.
· Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, através de protocolos, com vistas à qualidade de vida dessa clientela. 
Fístulas
· Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
· Avaliar as condições da pele e a presença de complicações.
· Prescrever os equipamentos apropriados ao tipo de fístula.
· Acompanhar a evolução da doença de base associada e eventual tratamento adjuvante, orientando o cliente quanto aos examesde rotina e especializados.
· Atuar com os demais profissionais da equipe no processo de reabilitação do mesmo.
· Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, por meio de protocolos, com vistas à melhoria da qualidade de vida dessa clientela.
ÁREA DE FERIDAS: Úlcera por Pressão
a) Prevenção
   Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Prescrever cuidados com a pele em geral, superfície de suporte, segundo grau de risco, e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes. Realizar reeducação vesico-intestinal, quando pertinente.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fonoaudiólogo, fisioterapeuta).Orientar a equipe/cuidadores quanto aos cuidados propostos.
b) Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário. Prescrever cuidados com a pele em geral, superfície de suporte, segundo grau de risco, e demais medidas de preservação da integridade cutânea e diminuição do risco de deterioração da úlcera, tais como mobilização e posicionamento entre outros.   Realizar desbridamento instrumental conservador.
    Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras). Realizar reeducação vesico-intestinal quando pertinente.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fonoaudiólogo, fisioterapeuta e outros). Orientar a equipe/cuidadores quanto aos cuidados propostos.
Úlceras vasculogênica de origem venosa
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades e remoção de espículas; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes. Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, repouso alternado, elevação de membros inferiores, drenagem linfática e medidas compressivas.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Realizar desbridamento instrumental conservador. Prescrever terapia tópica. Prescrever bota de Unna ou terapia compressiva.
    Prescrever terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas*; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades). OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, repouso alternado, elevação de membros inferiores, drenagem linfática e medidas de compressão.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros). Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.
Úlceras neurotróficas por Doença de Hansen
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
OBS: no serviço público existe Ficha de Notificação/Investigação Hanseníase (Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN) do Ministério da Saúde
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica. Prescrever cuidados e medidas para a prevenção de incapacidade.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas*; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, repouso alternado, elevação de membros inferiores, medidas compressivas. Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário. Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico. Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular. Realizar desbridamento instrumental conservador. Prescrever terapia tópica. Prescrever bota de Unna ou terapia compressiva.
    Prescrever terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas*; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna e pés, repouso alternado, elevação de membros inferiores.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quandopertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros). Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.
Úlceras vasculogênica de origem arterial (diabética ou não)
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas*; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea. Prescrever cuidados com a pele em geral. Realizar desbridamento instrumental conservador, quando indicado.
    Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas*; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
 OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros). Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.
 Úlceras Diabética
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica.
    Prescrever cuidados e medidas para a prevenção de incapacidade nos pés.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas*; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria.
Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, uso de calçados e palmilhas adequados.
  Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular.
    Realizar desbridamento instrumental conservador.
    Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas*; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
OBS.: *mediante curso complementar de capacitação em podiatria.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, uso de calçados e palmilhas adequados.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros).
Demais feridas/úlcera em geral
a) Prevenção
	
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
  Solicitar exames bioquímicos e hematológicos e outros quando pertinentes.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular. Realizar desbridamento instrumental conservador.
    Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros).
ÁREA DE INCONTINÊNCIAS: Incontinência urinária e/ou anal
a) Pré-operatório
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sociodemográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Orientar quanto ao ato operatório, ao preparo prévio em geral, o uso de cateteres e equipamentos coletores diversos, os programas públicos de assistência e outros.
    Fazer teste de sensibilidade para o uso de equipamentos, quando pertinente. Encaminhar a outros profissionais, se necessário.
    Planejar eexecutar visita domiciliária, em alguns casos particulares, para avaliar as condições da habitação, a dinâmica das relações familiares e a influência desta na participação do indivíduo nas atividades do cotidiano.
    Participar da realização de exames para a elucidação de diagnóstico, quando integrada à equipe de cuidado a pacientes incontinentes, desde que obtenha os pré-requisitos técnico-científicos para tanto, estabelecidos pela SOBEST.
b) Intra-operatório
    Fazer intercâmbio com a equipe cirúrgica para troca de informações quanto aos equipamentos adequados ao tipo de cirurgia, para a promoção de melhor qualidade de vida ao paciente.
c) Pós-operatório imediato e mediato
    Realizar a visita para avaliar as condições do cliente e da ferida operatória, a presença de complicações e condições dos equipamentos, a fim de prescrever os cuidados necessários e orientar a equipe da unidade de internação, quanto aos mesmos.
    Realizar, progressivamente, as orientações de autocuidado ao paciente e cuidador, promovendo a sua reabilitação.
d) Pós-operatório tardio (ambulatorial ou domiciliário) 
Avaliar as condições da pele e da ferida cirúrgica e a presença de complicações.
    Reforçar as orientações prévias, quando necessário.
    Preparar e orientar para a realização de diário vesical e/ou evacuatório, para o embasamento de futuras condutas.
    Orientar e implementar os treinos vesical e/ou intestinal, com vistas à reeducação do paciente no tocante aos hábitos miccional e evacuatório.
    Orientar e implementar o cateterismo vesical intermitente limpo, preparando o paciente para o autocuidado, ou treinando o seu cuidador, quando indicado.
    Implementar o cateterismo vesical de demora, bem como o uso de equipamentos adequados, quando indicado.
    Encaminhar a outros profissionais da equipe interdisciplinar, quando se fizer necessário.
    Estimular e/ou auxiliar o retorno dessa pessoa à participação social.
    Enfatizar a importância da participação em grupos de autoajuda.
    Acompanhar a evolução da doença de base associada e eventual tratamento adjuvante, orientando o cliente quanto aos exames de rotina e especializados.
    Avaliar, de modo contínuo, as atividades assistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, através de protocolos, com vistas à qualidade de vida dessa clientela.
Reeducação do incontinente
   Após avaliação minuciosa, para pacientes com incontinências urinária e/ou anal, ou para estabelecer programa preventivo de incontinências, quando pertinente, o enfermeiro estomaterapeuta poderá:
    Preparar e orientar para a realização de diários vesical e/ou evacuatório, para o embasamento de futuras condutas.
    Orientar e implementar o treino vesical e/ou intestinal, com vistas à reeducação do paciente no tocante aos hábitos miccional e evacuatório.
    Orientar e implementar o cateterismo vesical intermitente limpo, preparando o paciente para o autocuidado, ou treinando o seu cuidador, quando indicado.
    Implementar o cateterismo vesical de demora, bem como o uso de equipamentos adequados, quando indicado.
    Orientar e realizar programa de exercícios para o fortalecimento da musculatura do soalho pélvico, com vistas à obtenção da continência urinária e/ou anal.
    Realizar programa de bi feedback, para propiciar ao paciente o reconhecimento das estruturas anatômicas a serem fortalecidas, por ocasião da realização de exercícios perineais.
    Orientar e realizar programa de uso de cones vaginais, com vistas ao reconhecimento e fortalecimento da musculatura do soalho pélvico. Realizar terapia de eletroestimulação para fortalecimento de musculatura do soalho pélvico, com o uso de eletrodos de superfície, probes endovaginais ou endoanais, quando necessário.
Avaliar, implementar e orientar a utilização de preçários vaginais para a correção de prolapsos de órgão pélvico, quando indicado.
Avaliar, implementar e orientar a utilização de plug anal para a melhora da continência anal, quando indicado.
Avaliar, implementar e orientar a utilização de demais equipamentos disponíveis no mercado, com vistas a melhorar a continência urinária e/ou anal e seu impacto na qualidade de vida dos clientes por elas acometidos.
Realização de Exame Urodinâmico (desde que possua certificação em curso reconhecido pela International Continence Society - ICS), quando integrada à equipe de cuidado a pacientes incontinentes, desde que obtenha os pré-requisitos técnico-científicos para tanto, estabelecidos pela SOBEST.
Outras Atribuições
    Promover o desenvolvimento de programas de educação que propiciem o crescimento pessoal e profissional de todos os componentes das equipes, levando em conta o fator custo-benefício.
Participar na comissão de descrição técnica dos equipamentos/tecnologias e julgamento nos processos de licitação junto à Secretaria/Ministério de Saúde.
    Assessorar a organização de serviços de estomaterapia, desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologias para o cuidado em estomaterapia.
    Coordenação e/ou assessoria técnica de cursos de especialização em estomaterapia (exclusivo do Enfermeiro Estomaterapeuta Ti SOBEST).
0. A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO ESPECIALIZADO NO CUIDADO AO OSTOMIZADO
A enfermagem é considerada uma das mais antigas profissões, que vem evoluindo com o passar do tempo. O cuidado sempre fez parte dessa ilustre profissão, e a preocupação com o bem-estar dos outros também. Atualmente, a carreira profissional é cientificamente reconhecida e ocupa espaço importante no meio da saúde, espaço este, que foi conquistado com muito esforço e dedicação (BRAZ et al, 2017).
Para Horta, ícone da enfermagem no Brasil descreve a enfermagem como “a ciência e a arte de assistir o ser humano nas suas necessidades básicas”, e segue sua definição ao citar que através da educação é possível recuperar, manter e promover a saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais (HORTA, 1974).
O enfermeiro deve possuir habilidades e competências intelectual, técnico e científicas, para atender adequadamente o paciente durante todo o processo terapêutico. Deve ser capaz de conhecer e intervir sobre os problemas ou situações de saúde-doença da população adstrita, com responsabilidade e compromisso (UNYLEYA, 2016).
Diante do alto índice de pessoas com estomias e a pertinência de cuidados específicos nessa área, salienta-se a necessidade de fortalecer discussões em prol do desenvolvimento da problemática assistencial. A pessoa com estomia sofre diversas alterações biopsicossociais e necessita de uma assistência que envolva esses aspectos (SIMON et al, 2011).
Para a enfermagem, surge o campo da estomaterapia qualificando a atuação do enfermeiro com vistas a desenvolver uma assistência especializada não somente aos indivíduos com estomia, mas também às suas famílias.
Muitas vezes, o ostomizado tem receio e vergonha de falar sobre as suas dificuldades e medos com outras pessoas, mesmo sendo da família, pois acreditam que elas não irão compreendê-lo, por isso é importante que o paciente converse com uma pessoa que tenha conhecimentos sobre o assunto para esclarecer as suas dúvidas ou para simplesmente desabafar, por isso é muito importante que a pessoa ostomizada converse com um enfermeiro estomaterapeuta (COELHO et al, 2013).
Os pacientes que são submetidos a uma ostomia apresentam uma série de problemas associados ao procedimento sejam eles físicos, psicológicos, sociais ou espirituais, representando assim pacientes que necessitam de extrema atenção dos profissionais da saúde que estão lhes prestando cuidados, compreendendo desde o pré-operatório até o momento da alta hospitalar, onde a enfermagem entra com um papel relevante de prestador de cuidados. A enfermagem tem um papel de extrema importância na promoção da qualidade de vida a qual tanto se busca para o paciente ostomizado (MIRANDA, 2013).
MIRANDA ainda diz que “um profissional qualificado, responde positivamente as adversidades da rotina diária e consegue estabelecercondições, para que os objetivos sejam alcançados. Assim, quando versa sobre tratamento de feridas, o profissional mais capacitado para avaliação é o enfermeiro estomaterapeuta”.
A formação específica de profissionais é fundamental para a assistência ao ostomizado neste caso o estomaterapeuta é o enfermeiro com conhecimento, treinamento e habilidade para prestar cuidados aos ostomizados (colon, íleo e urostomizado), portadores de fístulas, feridas crônicas e agudas e incontinência urinária e fecal (NIEVES et al, 2017).
MIRANDA 2013, fala que “a escolha de uma especialidade profissional se caracteriza como um importante momento de transformação pessoal e social, impregnada de simbolismos e significações individuais e coletivas”. Este mesmo autor ainda defende sobre a importância de um profissional especializado no cuidado ao paciente ostomizado e diz que “o enfermeiro estomaterapeuta tem um importantíssimo papel no cuidado à pessoa ostomizada, intervindo, idealmente, antes e imediatamente após a construção do estoma, bem como ao longo da vida da pessoa ostomizada e além dos cuidados ao estoma, promove o autocuidado, apoia emocionalmente a pessoa ostomizada de quem se torna muitas vezes amigo e confidente”.
	De acordo com MIRANDA (2013), o enfermeiro especialista é aquele que é preparado ao nível da enfermagem generalista, e autorizado a praticar como especialista, com avançado domínio numa determinada área da enfermagem. Esta categoria inclui o papel de clínico, de ensino, administrativo, de pesquisa e consultoria. 
	Para PINTO (2015) o enfermeiro especialista deve possuir conhecimentos técnicos, ser capaz de tomar decisões, comunicar eficazmente, ser flexível, responsável e criativo, ter espírito crítico e de iniciativa e ter uma conduta ética e deontológica. Este percurso é construído ao longo da sua vida profissional.
O especialista em ostomias é um profissional fulcral e indispensável à vida de qualquer ostomizado. Para além de cuidador e pessoa competente no cuidado físico e na resolução de complicações, é alguém em quem o ostomizado e o familiar confiam, alguém que lhes transmite segurança, confiança e esperança num futuro melhor, no processo de adaptação o profissional ajuda o ostomizado a escolher a placa que melhor se adapta de acordo com o seu ostoma, por exemplo, a placa plana ou convexa, de uma peça ou de duas peças, com ou sem micropore etc., além de verificar a necessidade do uso de outros produtos, caso a pessoa ostomizada esteja com ferimentos na pele ou alergia ao material (ARRUDA et al, 2017).
A importância do enfermeiro especializado em estomaterapia na qualidade de vida dos pacientes ostomizados é vista de forma positiva, pelo fato de favorecer as ações que por sua vez são fundamentais para que o paciente possa assumir o cuidado integral da ostomia tornando o indivíduo independente e autônomo (NIEVES et al, 2017).
Para PAULA (1996) “a assistência ao ostomizado é uma necessidade que vem assumindo cada vez mais relevância no setor saúde a nível nacional, exigindo a participação e envolvimento de equipe interdisciplinar de saúde, visto que estes pacientes geralmente apresentam alterações biopsicossociais. O estomaterapeuta é elemento integrante desta equipe, tendo papel fundamental na reabilitação do ostomizado. Entende-se por reabilitação o seu retorno à sociedade, em um grau de efetividade, se não igual o mais próximo possível do que possuía antes de sua enfermidade. 
CAPÍTULO III
QUALIDADE DE VIDA E AUTOCUIDADO
O autocuidado pode ser definido como a prática de atividades que as pessoas realizam em seu próprio benefício na manutenção da vida, saúde e bem-estar e o desenvolvimento dessa prática está diretamente relacionado às habilidades, limitações, valores, regras culturais e científicas da própria pessoa (GOMIDES, 2013).
Quando o autocuidado é realizado de forma correta, existe a garantia de um desenvolvimento humano, caso não possa ser devidamente realizado a enfermagem atua de forma eficaz evitando o déficit do autocuidado (ARRUDA et al. 2017).
Para GOMIDES (2013), o autocuidado não se dá de maneira isolada, mas em conjunto com fatores ambientais, sociais, econômicos, hereditários e relacionados aos serviços da saúde. A OMS recomenda a educação para o autocuidado como forma de prevenir e tratar doenças crônicas, pois ele propicia o envolvimento da pessoa em seu tratamento e produz maior adesão ao esquema terapêutico, minimizando complicações e incapacidades associadas aos problemas crônicos.
O efetivo autocuidado é muito mais que dizer às pessoas usuárias o que devem fazer, significa reconhecer o papel central das pessoas na atenção à saúde e desenvolver um sentido de auto responsabilidade sanitária, inclui o uso regular de programas de apoio, construídos com base em evidências científicas, que possam prover informações, suporte emocional e estratégias de convivência com as condições crônicas. O autocuidado não começa e termina com uma aula, assenta-se na utilização de um enfoque de cooperação entre a equipe de saúde e o usuário, conjuntamente, definir os problemas, estabelecer as prioridades, propor as metas, elaborar os planos de cuidado e monitorar os resultados. É a gestão colaborativa do cuidado, em que os profissionais de saúde deixam de ser prescritores para se transformarem em parceiros das pessoas usuárias dos sistemas de atenção à saúde (MENDES, 2012).
A presença de um estoma ameaça o elevado valor que socialmente se atribui à beleza, à estética, ao limpar e ao controle das funções corporais. Vários estudos demonstram o impacto negativo de uma ostomia na autoestima, autoimagem e sexualidade, e que a intervenção organizada e contínua de profissionais de enfermagem especializados em estomaterapia pode melhorar a adaptação ao estoma e a qualidade de vida dessas pessoas (NIEVES, et al, 2017).
É necessário um planejamento da assistência ao longo do período em que o paciente vai permanecer com a ostomia e requer ainda a retomada do ensino pré-operatório para o autocuidado, envolvendo paciente/família, visando à reabilitação e ao encaminhamento a programas de ostomizados, que é mantido pelo serviço público, para aquisição dos dispositivos e seguimento ambulatorial. Essa complexidade da assistência de enfermagem a ser prestada ao ostomizado nos remete à necessidade de compreender as modificações que ocorrem em sua vida e como ele vivencia todo esse processo, para maior aprofundamento e intervenções mais coerentes na nossa prática clínica (ARRUDA et al, 2017).
Vem sendo de suma importância a presença de um enfermeiro especialista no acompanhamento ao paciente no pré e pós-operatório da ostomia favorecendo o processo de autocuidado e adaptação, no sentido de diminuir a ansiedade, esclarecer dúvidas sobre a ostomia, bem como prepará-lo para conviver com a mudança fisiológica na forma da eliminação das fezes e com todas as implicações decorrentes dessa alteração (SOUZA et al, 2016).
As ostomias determinam, para além de problemas físicos, repercussões psíquicas na pessoa e na família, bem como na comunidade. Há alterações profundas do modo de vida do doente e um esforço permanente de adaptação à sua nova realidade. Torna-se, portanto, necessário um acompanhamento muito próximo à pessoa ostomizada na prestação de cuidados físicos, no apoio psicossocial, bem como na formação e promoção do autocuidado. É importante minimizar a interferência da situação de ostomizado no bem-estar físico, na autoestima, nos relacionamentos sociais e, consequentemente, na qualidade de vida da própria pessoa (MIRANDA, 2013).
A reabilitação de um paciente ostomizado visa restituir-lhe as atividades do convívio social e melhorar a qualidade de vida diante do impacto da aquisição do estoma. A primeira etapa desse processo deve ser a aceitação do estoma pelo paciente, entendendo que este, foi confeccionado com o intuito de preservar sua saúde. A partir daí os cuidados com higiene e alimentação podem assegurar melhoria em sua vida diária, assim como algum tipo de controle sobre as consequências da ostomia.Os cuidados com a higienização e a troca de bolsa das estomias são muito importantes para garantir a integridade da pele e prevenir infecção, e para que essas medidas sejam realizadas da maneira adequada, é preciso que os pacientes ostomizados sejam orientados pelos profissionais de enfermagem, para que eles possam desenvolver o autocuidado (BARBUTTI et al, 2008).
É necessário também que se entenda que o processo de adaptação do paciente ocorre com o ajuste de toda uma vida, em um novo contexto, em que fatores importantes têm, muitas vezes, que serem abandonados, substituídos ou reduzidos. É um processo individual que se desenvolve ao longo do tempo e envolve uma série de aspectos que vão desde a assistência oferecida, ao modo como o ostomizado se envolve no próprio cuidado caracterizando-se como uma adaptação biopsicossocial pessoal e do contexto familiar. (SAMPAIO, 2008)
Para o paciente ostomizado, a qualidade de vida será o alcance máximo de bem-estar e autonomia, além da sua volta às atividades diárias. O próprio paciente deve avaliar essa qualidade a qual, em alguns casos torna-se até melhor do que antes. Sendo a reabilitação a meta principal da equipe que assiste o ostomizado, seu alcance significa inseri-lo novamente na sociedade, identificando e ultrapassando os obstáculos que possam impedir sua adaptação (BRASIL, 2006).
O conhecimento do autocuidado permite ao indivíduo maior independência em relação às outras pessoas, uma vez que ele próprio realiza seus cuidados através da prática de técnicas adequadas e simplificadas, que promovem a segurança do mesmo na realização do cuidado (AZEVEDO, 2014).
A reintegração social, familiar e laborativa deve ser a meta do acompanhamento deste paciente, assim como o lidar com atividades de divertimento. É conhecida a dificuldade deste paciente em retornar a seus hábitos de atividades esportivas anteriores, assim como viagens, dado sua nova condição e o receio em se verem em situações desagradáveis nestas circunstâncias. Entretanto, lidar com possíveis acidentes com a bolsa coletora dever ser uma estratégia de trabalho dos profissionais que o acompanham, em especial o psicólogo, para que sua vida atual possa ter os componentes necessários para uma vida plena, dentro de suas condições fisiológicas (BRASIL, 2006).
Uma forma eficaz de promover uma melhora na qualidade de vida desses pacientes é a educação em saúde, que se desenvolve través da aplicação da Teoria do Autocuidado proposta por Orem, o seu pressuposto é que todos os seres humanos tem potencial para desenvolver suas habilidades intelectuais e práticas, além da motivação essencial para o autocuidado respeitando seus aspectos essenciais, pois, desse modo, a assistência tornar-se direcionada para as necessidades do paciente, além de abordar os aspectos holísticos do cuidar (ARRUDA et al. 2017).
No processo de educação em saúde é preciso pactuar e monitoras as metas, as quais devem ser compostas por atividades e prazos factíveis, definidas em conjunto. Cabe ao profissional ser o apoiador na adoção de hábitos alimentares saudáveis para o controle glicêmico e pressórico, no alcance do peso corporal adequado, bem como na identificação e reflexão inerente as fragilidades e potencialidades diante das modificações no estilo de vida (BRASIL, 2014). 
Conforme Nascimento et al. (2011) a enfermagem, a educação em saúde é indispensável e fundamental para o processo de cuidado, resultando em uma assistência de qualidade, pois o enfermeiro, além de cuidador é um educador, não apenas em relação aos demais membros da equipe de enfermagem, mas para o paciente, seus familiares e cuidador informal.
Portanto, os cuidados de enfermagem ao ostomizado devem iniciar-se no momento do diagnóstico e da indicação da realização de uma ostomia, para minimizar sofrimentos e obter uma melhor reabilitação. A ênfase no autocuidado tem sido descrita como uma alternativa para possibilitar que o paciente participe ativamente do seu tratamento, estimulando a responsabilidade na continuidade dos cuidados após a alta hospitalar, o que irá contribuir na sua reabilitação. Durante o processo educativo, é importante conhecer o nível de ansiedade do paciente, bem como os mecanismos que ele utiliza para lidar com o estresse. (BATISTA, 2011)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo desvelou a importância do enfermeiro especializado na qualidade de vida do paciente ostomizado favorecendo o processo de autocuidado e adaptação, no sentido de diminuir a ansiedade, esclarecer dúvidas sobre a ostomia, bem como prepará-lo para conviver com a mudança fisiológica na forma da eliminação das fezes e com todas as implicações decorrentes dessa alteração. Demostrou – se que o planejamento da assistência ao ostomizado não requer somente cuidados físicos ou ensinar-se ao paciente os cuidados de higiene e troca de bolsas de colostomia.
Por mais que o campo de trabalho em estomaterapia seja novo e com poucos profissionais habilitados, já é possível identificar que o estomaterapeuta tem papel fundamental, pois proporciona melhor qualidade e resolutividade na assistência. Dessa forma, a atuação desses profissionais, torna-se diferenciada por possuírem uma especialização, e vivenciarem a realidade da confecção da estomia, auxiliando no enfrentamento desta nova fase. Além disso, as ações do estomaterapeuta ajudam na adaptação, reabilitação e aceitação da estomia, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida do indivíduo com estomia.
Sabe-se que a especialização em estomaterapia é nova no campo de trabalho e com poucos profissionais habilitados, mas já é possível identificar que este especialista tem uma grande importância, pois proporciona melhor qualidade e resolutividade na assistência. Dessa forma, a atuação desses profissionais, torna-se diferenciada por possuírem uma especialização específica, e vivenciarem a realidade da confecção da estomia, auxiliando no enfrentamento desta nova fase. Além disso, as ações do estomaterapeuta ajudam na adaptação, reabilitação e aceitação da estomia, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida e do autocuidado do indivíduo com estomia.
Destacou-se ainda que o enfermeiro estomaterapeuta é quem melhor pode fornecer toda a informação e suporte necessários, que permitam ultrapassar os problemas e as limitações sentidos pelo ostomizado e pelas pessoas significativas na sua vida.
Espera-se que esse estudo possa contribuir para o conhecimento e compreensão dos estudantes e profissionais de enfermagem para um melhor planejamento do cuidado ao paciente com ostomia e que desperte nestes profissionais o desejo e o compromisso de estar ativo, participativo, estudando e produzindo novos saberes e compartilhando-os para que cada vez mais tenhamos especialistas em nosso país, realizando cuidados com excelência a todos aqueles que venham necessitar de cuidados especializados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARDIGO, Fabíola Santos; AMANTE, Lúcia Nazareth. CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL ACERCA DO CUIDADO DE ENFERMAGEM À PESSOA COM ESTOMIA INTESTINAL E FAMÍLIA. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2013 Out-Dez; 22(4): 1064-71. Disponível em:
 www.scielo.br/pdf/tce/v22n4/24.pdf . Acessado em 25/03/2019.
ARRUDA, Sabrina Santos; REGO, Maria Jomara Almeida; LUNA, Cicília Raquel da Silva; MARCOLINO, Emanuella de Castro. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES OSTOMIZADOS: CONHECIMENTO, AUTOCUIDADO E ADAPTAÇÃO DESSES PACIENTES. Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande 2017 disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/conbracis/trabalhos/TRABALHO_EV071_MD1_SA4_ID995_14052017204420.pdf Acesso em: 10/02/2019. 
AZEVEDO, Cissa; FALEIRO, Jéssica Costa; FERREIRA, Meury Aparecida; OLIVEIRA, Sanya Pedroso de; MATA, Luciana Regina Ferreira da; CARVALHO, Emília Campos de. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA ALTA DE PACIENTE COM ESTOMIA INTESTINAL: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista Cubana de Enfermagem [Online], 30.2 (2014): sp. Disponível em: < http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/404/89>. Acesso em: 27/04/2019.

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