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resenha critica - ciência política 2020

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Centro universitário UniFanor Wyden
Curso de Direito
Ciência política e teoria do estado
NATURALISMO V.S. CONTRATUALISMO: SOBRE A ORIGEM DO SOCIAL
O texto Naturalismo VS Contratualismo: Sobre a origem do social, nos traz uma explicação de como as duas correntes buscam solucionar a origem do social. Onde a naturalista defende a origem natural do social, enquanto alguns filósofos contratualistas, afirmam que a origem do social é um ato deliberado que teve início na vontade humana. O texto possui um total de 13 páginas. O autor, primeiramente, expõe a forma de pensar naturalista, com os filósofos Aristóteles e Santo Tomás de Aquino. Seguindo com o contratualismo, os filósofos Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau.
No Naturalismo – afirma a formação natural da sociedade humana, defendendo que o ser humano tem um impulso natural para a vida em sociedade, além disso, uma necessidade efetiva. Ele é motivado por um impulso natural, não um ato deliberado de escolha. Ele não acredita que o ser humano é um ser humano apenas por viver com seus semelhantes, mas sim que ele se torna humano pela convivência social, essa convivência o faz desenvolver suas habilidades que o diferencia de outros animais.
Aristóteles e Santo Tomás de Aquino – Para Aristóteles, por ser um animal político e racional, o ser humano deveria viver em uma sociedade, pois somente nela, se tornaria humano e, podendo alcançar plenamente suas potencialidades. Para Tomás de Aquino, com a capacidade de se comunicar a cidade se tornaria necessária para o humano, pois é o local em que ela seria utilizada.
Contratualismo – o autor explica que para os contratualistas, a vida em sociedade se deu por um ato livre de escolha humana, rejeitando a ideia de que existe um impulso associativo natural.
Thomas Hobbes – Via o estado de natureza como um momento de caos, que ameaçava constantemente a sociedade. Sendo vil, o ser humano faria de tudo para alcançar seus objetivos. Sendo desejante, nunca estaria satisfeito. Por ser racional, percebeu que a única forma de escapar do estado de natureza é por mútua associação, dando origem ao estado civil. 
Rousseau – acreditava que os seres humanos não possuiriam vínculos entre si, nem mesmo precisariam deles. Teriam natureza essencialmente boa, vivendo em paz, não em caos. Os indivíduos estariam livres, tendo direito a tudo querer e poder, mediante ao uso da razão. Chegado um momento em que as dificuldades de manutenção se tornaram crescentes, com o objetivo de recuperar a liberdade natural, o ser humano teria assinado um pacto social, estabelecendo um estado que seria mero representante da vontade geral.
Para concluir o autor explica que a sociedade é resultado tanto da natureza, quanto da vontade, liberdade e inteligência humana. Concordando que ambas as teorias possuem ideias relevantes para o esclarecimento do caráter social da vida humana.
São inúmeros os estudos que mostram que o isolamento social pode causar problemas graves de saúde como: depressão, estresse, ansiedade, problemas cardíacos, de circulação e, até mesmo, predisposição ao desenvolvimento de câncer. Portanto, o ser humano não poderia viver sozinho por muito tempo. Viver na natureza a todo momento preocupado com segurança e alimentação se tornaria estressante. O tempo de vida iria diminuir drasticamente por estes fatores.
Ao chegar em idade avançado o ser humano fica mais sensível a esses problemas. Segundo o médico geriatra e presidente da Sociedade Brasileira Geriatria e Gerontologia (SBGG), João Bastos Freire Neto, em uma publicação do jornal online A Tarde, afirma que a solidão é também um dos principais responsáveis pela depressão nesta faixa etária.
O assunto é de tamanha importância que a Inglaterra criou uma secretaria para ajudar as pessoas com a solidão. Um problema social que afeta nove milhões de pessoas no país, em sua maioria idosos. Portanto, podemos concluir que o ser humano tem uma necessidade de viver em sociedade, mesmo que em pequenos grupos. Achado em sociedade, fez-se necessário o estabelecimento de leis para defender a vontade geral, dando origem ao estado. Caso contrário, permaneceria a vontade do mais forte, pois tudo lhe era lícito, sobrepondo a liberdade de um sobre o outro.
É na sociedade onde alcançamos nosso potencial como um ser pensante. Desenvolvendo novas habilidades, nosso pensamento crítico e evoluindo nosso modo de viver. É ela que nos torna humanos, nos permitindo ter sentimentos como: amor, empatia, afeto, ciúme, compaixão e esperança.
Amanda Carla Moura Braga: acadêmica de Direito do 6° semestre pela Faculdade Luciano Feijão (FLF).
Clistenes Chaves de França: graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Filosofia pela Ruhr-Universität Bochum/Alemanha. Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor da Faculdade Luciano Feijão (FLF), nos cursos de Direito e Administração.
João Victor Cordeiro de Moura Oliveira: acadêmico de Direito do 1° semestre pelo Centro Universitário Unifanor Wyden (UNIFANOR). RA: 2010114683.
Referências:
MASCARENHAS, Fabiana. Solidão é uma das causas de adoecimento na terceira idade. A Tarde, 9 nov. 2014. Disponível em: https://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1637763-solidao-e-uma-das-causas-de-adoecimento-na-terceira-idade-premium. Acesso em: 25 abr. 2020.
GUIMÓN, Pablo. Reino Unido nomeia secretária para combater a solidão. BBC News Brasil, 17 jan. 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-42724200. Acesso em: 25 abr. 2020.
FARIA, Claudia. 8 consequências da solidão para a saúde. Tua Saúde, 3 jun. 2019. Disponível em: https://www.tuasaude.com/consequencias-da-solidao/. Acesso em: 25 abr. 2020.

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