Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tema: Dilemas da doação de órgãos no Brasil PARÁGRAFO 1 INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO + TESE TESE CONTEXTUALIZAÇÃO Definição: A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida.Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica. Apresentação de dados: Em 2017, o Brasil registrou recorde de doadores de órgãos, com 1.662 doadores no primeiro semestre - aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, segundo a ABTO, a recusa das famílias em autorizar os transplantes ainda é alta (43%). Atualmente, 26.507 pessoas aguardam por um rim; 11.413, por córnea; 1.904, por fígado; 389, por coração; 203, por pulmão; e 64, por pâncreas. O Ministério da Saúde estima gastar R$ 966 milhões neste ano com transplante de órgãos. De todos os procedimentos realizados no país, 93% foram feitos pelo SUS. Parte deles só foi possibilitado pelas parcerias com a FAB e empresas de transporte aéreo (667 órgãos). Citação: O decreto 9.175, de 2017 altera o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), retira a possibilidade de consentimento presumido para doação e reforça a decisão expressa da família do doador no processo. Além disso, acaba com a exigência do médico especialista em neurologia para diagnóstico de morte encefálica. O decreto regulamenta a Lei 9.434, de 1997, conhecida como Lei dos Transplante de Órgãos, e também inclui o companheiro como autorizador da doação. Até então, era necessário ser casado oficialmente com o doador para autorizar o transplante. A lei cria a Central Nacional de Transplantes (CNT). Ela vai administrar as informações sobre a redistribuição de órgãos doados a pacientes da lista de espera, caso o paciente anteriormente selecionado não faça o transplante. Além disso, a central vai apoiar o gerenciamento da retirada de órgãos e tecidos e apoiar seu transporte, incluindo a interlocução com a Força Aérea Brasileira (FAB). Problematização: A perpetuação dessa situação causa o sofrimento e a morte de milhares de brasileiros todos os anos. Responsabilização: Responsabilidade deve ser compartilhada entre governo e sociedade, considerando as barreiras logísticas e culturais ao ato. PARÁGRAFO 2 e 3 DESENVOLVIMENTO 01 DESENVOLVIMENTO 02 CAUSAS CONSEQUÊNCIAS Desinformação acerca das regras, do protocolo e das formas de doação. PARÁGRAFO 4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Ministério da Saúde: campanhas de divulgação de informações sobre o transplante de órgãos no Brasil. MEC / Universidades: Formação de profissionais especializados em transplantes, não apenas na área da saúde, mas da logísEca. Escolas: abordagem do tema em sala, com vistas a desconstruir os mitos e as aversões em relação ao tema, bem como incentivar a empatia e o altruísmo. Contraste: APESAR de o Brasil ser o segundo país no ranking mundial de doação órgãos e de tecidos, ainda não conseguiu superar a meta (16,5 doadores efetivos por milhão de habitantes, segundo a ABTO). Individualismo. Falta de comunicação entre possíveis doadores e suas famílias, por ser um tema tabu. Interferência religiosa. Mitos. Falta de estrutura de coleta, transporte e transplante dos órgãos (distribuição desigual dos centros). Não cumprimento da meta da ABTO. Mortes. Referência a produções culturais: Filmes como “Coração e alma”, “21 gramas” e “Uma prova de amor” Frases nominais: Citar órgãos mais transplantados ou principais desafios à doação. Citação: “Princípio da maior felicidade”, do filósofo utilitarista John Stuart Mill. Livre, mas com posicionamento que explicite a necessidade de se aumentar o número de doações e de transplantes de órgãos e de tecidos. Conselho Federal de Medicina, de Psicologia e de Enfermagem: cursos de atualização que visem formar profissionais mais bem preparados para a abordagem do tema com as famílias de doadores em potencial; organização de ciclo de palestras e de debates sobre o tema com a população leiga.
Compartilhar