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DA RECLAMAÇÃO

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DA RECLAMAÇÃO
■ 10.1. Introdução
· Tem previsão constitucional (arts. 102, I, l, e 105, I, f). Nesses dispositivos, a CF atribui competência ao STF e ao STJ, respectivamente, para julgar as reclamações, destinadas a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. 
· CPC - o art. 988, cabe reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para (Nessas quatro hipóteses, a reclamação será cabível, não importando em que instância a decisão tenha sido proferida; a reclamação cabe ainda que a decisão admita recurso nas instâncias ordinárias):
I — preservar a competência do tribunal; 
II — garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III — garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; e
IV — garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência. 
· Mas, de acordo com o § 5º, II, do art. 988, há mais uma hipótese de cabimento de reclamação: a proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recurso extraordinário ou especial repetitivos, desde que esgotadas as instâncias ordinárias. Isto é, não caberá a reclamação, se contra a decisão ainda houver recurso ordinário que possa ser interposto. 
■ 10.2. Processamento
· A reclamação, que não tem natureza recursal, mas constitui meio autônomo de impugnação das decisões judiciais, deve ser proposta perante o tribunal, qualquer que seja ele, cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir. 
· Tem natureza jurídica de ação e cria um novo processo. 
· Sua finalidade é cassar a decisão reclamada, e não anulá-la ou reformá-la. 
· Pode ser interposta por qualquer das partes do processo em que proferida a decisão reclamada, e pelo Ministério Público (incluindo o Ministério Público estadual, como decidiu o STF). 
· O sujeito passivo será a parte beneficiária da decisão reclamada.
· A inadmissibilidade ou o julgamento de eventual recurso interposto contra a decisão não prejudica a reclamação, mas ela não mais será admissível se a decisão tiver transitado em julgado. 
· Questão das mais controvertidas é a relativa à necessidade de interposição de recurso contra a decisão que foi objeto de reclamação. A questão se coloca porque, não sendo interposto recurso, a decisão transitaria em julgado. O problema, na verdade, consistiria em saber se, interposta a reclamação, o trânsito em julgado superveniente impediria a sua apreciação. Há forte corrente doutrinária e jurisprudencial entendendo que sim, e que, não sendo interposto recurso contra a decisão objeto da reclamação, ela transitaria em julgado, com o que a reclamação ficaria prejudicada. Parece-nos, porém, que, com isso, boa parte da utilidade de reclamação ficaria comprometida. É certo que não cabe mais a reclamação se ela tiver sido apresentada após o trânsito em julgado. Mas, se tiver sido apresentada antes, a interposição do recurso contra a decisão atacada não é condição de procedibilidade ou de conhecimento da reclamação, que deverá ser examinada, ainda que ocorra o trânsito em julgado superveniente. Essa conclusão é reforçada pelo disposto no art. 988, § 6º, que estabelece que a eventual inadmissão ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão não prejudica a reclamação.
· A petição inicial, que deverá observar os requisitos do art. 319 do CPC, será instruída com prova documental e deverá ser dirigida ao Presidente do tribunal, que a mandará autuar e distribuir ao relator, de preferência o mesmo da causa principal. O relator requisitará as informações da autoridade a quem for imputada a prática do ato impugnado, que as prestará em dez dias, ordenará a suspensão do ato impugnado, se necessário, e determinará a citação do beneficiário do ato, para que apresente contestação em quinze dias. 
· Em seguida, o Ministério Público será ouvido em cinco dias, desde que não seja o autor da reclamação. Se acolhida, o tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à solução da controvérsia. Como a reclamação é sempre julgada por tribunal, contra a decisão nela proferida podem caber embargos de declaração, e eventual recurso especial ou extraordinário, desde que verificadas as hipóteses constitucionais.
DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
■ 4.1. Introdução
· É um mecanismo criado pelo atual CPC para permitir que, em causas em trâmite no tribunal, relevantes questões de direito, com grande repercussão social, mas sem repetição em múltiplos processos, que sejam objeto de recurso, remessa necessária ou causa de competência originária, sejam examinadas não pelo órgão fracionário a quem competiria o julgamento, mas por órgão colegiado indicado pelo Regimento Interno, com força vinculante sobre os juízes, órgãos fracionários e tribunais subordinados. 
· Constitui mecanismo mais eficiente, destinado a dar operatividade ao art. 926, que determina aos tribunais que uniformizem sua jurisprudência e a mantenham estável, íntegra e coerente, em atendimento aos princípios da isonomia e da segurança jurídica.
■ 4.2. Processamento
· Por meio do incidente, que pode ser instaurado em qualquer tribunal, inclusive nos superiores, o relator do recurso, remessa necessária ou causa de competência originária, de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, constatando a existência de relevante questão de direito, com grande repercussão social, proporá o julgamento pelo órgão colegiado, a quem competirá reconhecer se há ou não o interesse público alegado. 
· Em caso afirmativo, assumirá a competência e procederá ao julgamento; 
· Em caso negativo, não assumirá a competência, e o julgamento será feito pelo órgão originário. 
· Caberá ao regimento interno dos Tribunais indicar qual o órgão colegiado a quem competirá a assunção de competência, quando preenchidos os requisitos. 
· O relator do incidente pode admitir a intervenção do amicus curiae e determinar a realização de audiências públicas, tal como ocorre nos demais incidentes destinados a formar o precedente vinculante. 
· Da decisão no incidente de assunção de competência poderá ainda caber recurso especial ou extraordinário, desde que preenchidos os requisitos, além de embargos de declaração.
· A finalidade do instituto é impedir que, sobre relevantes questões de direito, com grande repercussão social, mas que não possam ser objeto incidente de resolução de demandas repetitivas, ou de julgamento de recurso especial ou extraordinário repetitivos, possa haver divergência entre órgãos fracionários (câmaras ou turmas do Tribunal). 
· Proferida a solução pelo colegiado, a lei estabelece que ela terá força vinculante sobre juízes e órgãos fracionários, que não poderão dar à questão de direito solução distinta, sob pena de caber reclamação, nos termos do art. 988, IV, do CPC.
DO INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
■ 5.1. Introdução
Meios:
· Há o direto, pelas ações diretas de inconstitucionalidade e declaratórias de constitucionalidade, propostas pelos legitimados, no STF, e 
· o difuso, feito no caso concreto, por qualquer órgão jurisdicional.
· A aplicação do instituto, conforme se depreende do caput do art. 947, prevê a ocorrência de três requisitos: 
(i) a existência de relevante questão de direito- repercussão social, 
(ii) grande repercussão social e 
(iii) inexistência de repetição em múltiplos processos- excludente de aplicação do IAC, estabelecendo que o processo em questão não pode estar relacionado com demandas ou recursos repetitivos.
· incidente de assunção de competência - se justifica pela relevância do tema objeto do processo: questão relevante de grande repercussão social, independentemente de estar replicada em outros processos. Visa à apreciação da questão por um órgão colegiado superior no âmbito do tribunal. 
· instrumentosligados a demandas ou recursos repetitivos - instrumentos previstos pelo CPC/2015 acerca de demandas e recursos repetitivos visam à uniformização da jurisprudência e estabilização das expectativas quanto à matéria discutida, independentemente de grande repercussão social.
· A declaração de inconstitucionalidade, tratada nos arts. 948 a 950 do CPC, faz parte do controle difuso. 
· No bojo dos processos que estão em andamento, é possível que o juiz decida pela inconstitucionalidade, incidentalmente. Ele não declara a inconstitucionalidade, mas deixa de aplicar o dispositivo legal, reputando-o inconstitucional.
· A eficácia desse reconhecimento restringe-se às partes, ao contrário do que ocorre no controle direto. Mas, desde que a inconstitucionalidade seja reconhecida em decisão definitiva do STF, por maioria absoluta do pleno do Tribunal, após o trânsito em julgado haverá comunicação ao Senado Federal, para os efeitos do art. 52, X, da CF, que prevê a edição da resolução para suspensão a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional pelo STF. 
· Feito por juízo singular, o controle difuso não tem nenhum procedimento próprio. 
· O juiz, na sentença, reconhece que a norma é inconstitucional e deixa de aplicá-la.
· Nos tribunais, a declaração incidental de inconstitucionalidade efetiva-se com a instauração de um incidente, que cinde o julgamento do recurso. 
· Quando há a arguição de inconstitucionalidade como matéria prejudicial, seu reconhecimento não pode ser feito diretamente pelo órgão fracionário, incumbido do julgamento do recurso. Ele não pode deixar de aplicar a lei por esse fundamento. É preciso que seja suscitado o incidente para que haja um pronunciamento prévio do tribunal a respeito da questão.
· Suscitado o incidente, a competência para o julgamento fica cindida. Todo o tribunal por primeiro se pronuncia sobre a questão da constitucionalidade, que é prejudicial ao julgamento do recurso.
· Depois a turma decide a respeito das demais questões, já tendo sido fixada a premissa referente à constitucionalidade da norma a ser aplicada.
■ 5.2. Processamento
· Arguida a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, o relator, depois de ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou câmara a que tocar o conhecimento do recurso
(CPC, art. 948).
· O objeto da arguição é a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Pode ser feita por qualquer das partes, seja em processo de competência originária do tribunal, seja no julgamento de recurso, ou pelo Ministério Público que intervenha no processo. Ou de ofício pelo relator, quando entender inconstitucional a norma.
· A questão da inconstitucionalidade pode ter sido suscitada pelas partes em qualquer fase do processo. O relator a submeterá ao órgão fracionário incumbido do julgamento, devendo obrigatoriamente ser ouvido o Ministério Público, já que há interesse público subjacente.
· O órgão fracionário pode rejeitar a declaração de inconstitucionalidade, caso em que o julgamento prosseguirá. Se a acolher, encaminhará a questão ao tribunal pleno ou a seu órgão especial, onde houver. Somente este poderá pronunciar-se sobre a inconstitucionalidade. 
· Não haverá necessidade de submeter a questão ao plenário ou ao órgão especial se já houver pronunciamento destes ou do plenário do STF sobre a questão. A decisão do plenário ou órgão especial vincula o órgão fracionário, no caso concreto sub judice,seja em que sentido for. 
· Mas apenas no processo em concreto, já que se está diante de controle difuso de constitucionalidade, feito incidenter tantum. 
· Se em outro processo a mesma questão for suscitada, o órgão fracionário terá liberdade para entender a norma inconstitucional ou não, independentemente do que foi decidido no processo anterior.
· Após a apreciação da questão prejudicial da inconstitucionalidade, o julgamento é restituído ao órgão fracionário, que nele prosseguirá. Por isso se diz haver um desdobramento da competência recursal.
· Não cabe mais recurso contra a decisão do pleno, mas caberão outros recursos contra a do órgão fracionário. 
· Nesse sentido, a Súmula 513 do STF (“A decisão que enseja a interposição do recurso ordinário ou extraordinário não é a do plenário, que resolve o incidente de inconstitucionalidade, mas a do órgão — Câmaras, Grupos ou Turmas — que completa o julgamento do feito”).
Art. 976 ao art. 987 do CPC 
IRDR: incidente de resolução de demandas repetitivas
O IRDR não configura uma ação autônoma ou recurso, mas sim um incidente processual direcionado aos Tribunais de Segunda Instância (Estaduais ou Regionais)
tem como objetivo suspender o andamento de ações que versem sobre uma questão de direito específica, em casos em que fique configurada a repetição de processos e o risco de ofensa aos princípios da isonomia e da segurança jurídica.
É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.
Outro ponto importante é que não há qualquer limitação de matérias passíveis de gerar a instauração do IRDR, não sendo admitida qualquer interpretação que, por tal fundamento, restrinja o seu cabimento 
Hipóteses/requisitos
i) efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;
ii) risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
Legitimidade
O pedido de instauração do IRDR é endereçado ao presidente do tribunal local competente e têm legitimidade para tanto, nos termos do art. 977 do Novo CPC: 
· o juiz ou o relator da causa; 
· as partes; 
· a Defensoria Pública; 
· o Ministério Público. 
Procedimento
Presentes os requisitos de admissibilidade do IRDR, o procedimento a se seguir inicia com a determinação pelo Relator da suspensão de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam no mesmo Estado ou região dentro do âmbito de competência do tribunal e tratem da mesma questão repetitiva. 
Além disso, o Relator pode requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita o processo no qual se discute o objeto do incidente e deve intimar o Ministério Público para manifestar-se. 
Instaurado o IRDR, suspendem-se todas as ações que discutem a temática repetitiva e o Tribunal julgará a questão de direito em separado, de forma dissociada da demanda da qual se originou.
Após o seu julgamento, o entendimento adotado será aplicado a todos os processos, individuais ou coletivos, em trâmite ou futuros (salvo se houver revisão do entendimento), que versem sobre questão idêntica e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive nos juizados especiais (art. 985, §1o, do Novo CPC). 
O procedimento do IRDR é trifásico, envolvendo 
i. a instauração do incidente pelas partes, Ministério Público, Defensoria Pública, juiz ou relator; 
ii. sua instrução e julgamento; e 
iii. a aplicação da tese jurídica fixada pelo Tribunal competente para as demandas individuais e coletivas, presentes e futuras, que tratem da mesma questão de direito. 
Suspensão do processo
Instaurado o incidente de resolução de demandas, os processos que possuam como objeto a matéria sobre a qual ele verse deverão ser suspensos por até 1 ano, conforme o art. 313, IV, Novo CPC.
 “O processo em que foi instaurado será suspenso, mas na realidade o que fica suspenso é o procedimento principal desse processo, porque sendo o incidente parte dele, o processo parcialmente continuará seu trâmite, por meio do incidente processual” 
Exceção à suspensão
A exceção à suspensão dos processo encontra-se regulada no § 2o do art. 982 do Novo CPC. Ela determina que, durante a suspensão, pretensões relativas a tutelas de urgência devem ser dirigidas e submetidas à apreciação do juízo onde tramita o processo suspenso. 
Prazos
Prazo máximo de um ano para julgamento do IRDR. Por isso, o IRDR tem preferência em relação a todos os demais feitos, exceto os processos que envolvamréu preso e os pedidos de habeas corpus.
Se o IRDR não for julgado no prazo, é encerrado o incidente e as causas afetadas voltam à sua tramitação normal, salvo decisão fundamentada do relator em sentido contrário. 
Durante a instrução do processo, o relator ouvirá as partes (do processo originário), o Ministério Público e os demais interessados, no prazo de 15 dias, podendo deferir a participação do “amicus curiae”, bem como marcar audiência pública ou requisitar informações. 
Improcedência liminar do pedido
Uma vez que o incidente seja julgado, a decisão deverá ser aplicada não apenas aos processos já em curso. Deverá ser aplicada, também, a todos os processos vindouros. Nesses casos, então, independentemente da citação do réu, o juiz poderá julgar improcedente o pedido, caso ele contrarie o entendimento firmado no IRDR. Desse modo, é a redação do art. 332, Novo CPC.
Recurso em face de objeto de IRDR
Segundo o art. 496, Novo CPC, algumas espécies de sentença estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição e não produzem efeito senão depois de confirmada pelos tribunais. 
Contudo, o incido III do parágrafo 4º do art. 496, CPC/2015, prevê que o disposto não será aplicado em face de sentença que esteja em conformidade a entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas.
O art. 932, Novo CPC, por fim, prevê que:
Art. 932. Incumbe ao relator:
IV – negar provimento a recurso que for contrário a:
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V – depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
Julgamento de casos repetitivos
Concluídas as diligências, o relator solicitará data para julgamento do IRDR, momento em que haverá possibilidade de sustentação oral pelas partes do processo originário e pelo Ministério Público e demais interessados. 
Julgado o IRDR, a tese jurídica fixada torna-se precedente obrigatório para todos os processos que tramitem ou venham a tramitar na área de jurisdição do respectivo Tribunal, inclusive nos juizados especiais.
No caso de não aplicação, caberá à parte apresentar reclamação ao tribunal competente (art. 985, § 1o, do CPC), assim como ocorre em caso de descumprimento de súmula de caráter vinculante, nos termos do art. 103-A, § 3o, da Constituição Federal. 
Destaque-se que, em relação aos processos futuros que versem sobre a mesma questão de direito, independentemente da citação do réu, o juiz poderá julgar improcedente o pedido, caso ele contrarie o entendimento firmado no IRDR, nos termos do art. 332, III, do Novo CPC. 
Recursos
Contra a decisão de mérito do IRDR, que apenas fixa a tese jurídica, sem, contudo, julgar a demanda originária (embora o órgão julgador torne-se prevento), caberá recurso extraordinário ou especial, conforme se trate de matéria de questão constitucional (art. 102, inciso III, da Constituição Federal) ou federal (art. 105, inciso III, da Constituição Federal). 
Os recursos podem ser interpostos pelas partes, pelo Ministério Público, pelo terceiro prejudicado e pelo amicus curiae, e têm efeito suspensivo, considerando-se presumida a repercussão geral de questão constitucional eventualmente discutida.

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