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Caso Prático 3 - Contestação I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE JUIZ DE FORA - MG
Processo n° 1000/2018
TECELAGEM MOHAMED S.A, Inscrita no CNPJ xxx, Portadora do e-mail xxx, localizada no endereço xxx, representada pelos seus sócios xxx, vem, respeitosamente, através de seu advogado e procurador xxx, devidamente constituído nos autos, através de procuração em anexo; oferecer:
AÇÃO DE CONTESTAÇÃO,
 em face de NASSIF, Estado Civil xxx, Portador do RG xxx, Inscrito no CPF xxx, cozinheiro, Portador do e-mail xxx, Residente e domiciliado em xxx. 
 Para comparecer, neste juízo, na data xxx, para oferecer contestação, nos termos do artigo 539 do CPC.
PRELIMINAR
Da inépcia em relação ao pedido de adicional de periculosidade com a extinção do processo sem resolução do mérito, na forma do art. 330, § 1°, I, CPC/ 15 e art. 485, I, CPC/ 15.
PRESCRIÇÃO
Conforme os artigos 7, XXIX, CF e art. 11, CLT, as verbas trabalhistas prescrevem em 5 anos, contados da data do ajuizamento da ação, com fulcro na súmula 308, I, TST. Diante do exposto requer a extinção do processo com resolução de mérito com base no art. 487, II, CPC quanto às verbas postuladas anterior a data de 15/10/2013.
DOS FATOS
 A empresa Tecelagem Mohamed S.A. afirma que Nassif, que foi seu ex-empregado de 10/05/2008 a 29/09/2018, ajuizou reclamação trabalhista em face da mesma, em 15/10/2018, com pedido certo, determinado e com indicação de seu valor. Nassif requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, assim juntou, com a petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnóstico de doença degenerativa.
Disse, ainda, que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade, juntando a cópia do cartão do plano odontológico, que lhe foi entregue pela empresa na admissão. 
Afirma que, nos últimos dois anos, a empresa fornecia, aos empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018, para tanto, juntou a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho de 2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção desde então, advoga que a anterior prorrogou-se automaticamente. 
No ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por uma hora na sede da empresa para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, requerendo, assim, hora extra. Assim, anexou a circular da empresa que informava que os empregados poderiam participar do culto. 
Nassif afirma que foi coagido a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a empresa alegaria dispensa por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado. Assim, requereu a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa imotivada. 
Reclama, ainda, que foi contratado como cozinheiro, mas, que era obrigado, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ele requer o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. 
Por fim, formulou um pedido de adicional de periculosidade, mas não o fundamentou na causa de pedir. 
DO DIREITO
Diante os fatos narrados o reclamante vem contestar:
· Indenização por Dano Moral: pois, doença degenerativa não se enquadra como doença profissional, tampouco, doença do trabalho – art. 20, §1°, a Lei n° 8.23/91; sendo assim, pede-se a improcedência.
· Plano Odontológico: não se caracteriza salário utilidade, assim não pode ser integrado ao salário – art. 458, § 2°, IV e § 5°, CLT; sendo assim, pede-se a improcedência.
· Cesta Básica: a norma coletiva teve fim em julho de 2018 e não tem ultratividade – art. 614, § 3°, CLT; sendo assim, pede-se a improcedência.
· Tempo de Disposição: participação voluntária do funcionário em práticas religiosas na empresa não o caracteriza – art. 4, §2°, I, CLT; sendo assim, pede-se a improcedência.
· Coação: no pedido de demissão e advogado, pois, o ônus da prova pertence a autora – art. 818, I, CLT e art. 373, I, CPC/ 15; sendo assim, pede-se a improcedência.
· Acúmulo de Função: pois, a atividade desempenhada pelo empregado era compatível com a condição pessoal e profissional – art. 456, parágrafo único, CLT; sendo assim, pede-se a improcedência
DO PEDIDO
Requer o consignante, seja julgada improcedente:
· Indenização por Dano Moral: pois, doença degenerativa não se enquadra como doença profissional, tampouco, doença do trabalho.
· Plano Odontológico: não se caracteriza salário utilidade, assim não pode ser integrado ao salário.
· Cesta Básica: a norma coletiva teve fim em julho de 2018 e não tem ultratividade.
· Tempo de Disposição: participação voluntária do funcionário em práticas religiosas na empresa não o caracteriza.
· Coação: no pedido de demissão e advogado, pois, o ônus da prova pertence a autora.
· Acúmulo de Função: pois, a atividade desempenhada pelo empregado era compatível com a condição pessoal e profissional.
· Acolhimento da prescrição quinquenal com resolução de mérito.
· Condenação ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios – art. 791- A, CLT.
DAS PROVAS
 O protesto para comprovar o alegado por todas as provas admitidas no Direito.
Nos termos em que,
Pede-se deferimento.
Juiz de Fora, data.
Advogado
OAB/UF
Aluno: Flavia Regina Ricardo de Oliveira RA: 201808123581

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