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Complicações da Colelitíase (Colecistite, Coledocolitíase, Colangite, Pancreatite aguda)

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PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DECORRENTES DA LITÍASE BILIAR 
COMPLICAÇÃO QUADRO CLÍNICO EXAMES LABORATORIAIS ALTERAÇÕES EX. IMAGEM PROPOSTA TERAPÊUTICA 
 
 
COLECISTITE 
AGUDA 
Dor abdominal localizada debaixo do 
gradil costal direito que persiste por 
mais de 6h, que pode irradiar para a 
região infraescapular. Náuseas, 
vômitos, anorexia e febre baixa à 
moderada são muito frequentes. 
Sinal de Murphy geralmente (+). 
- Hemograma completo. 
- Eletrólitos. 
- Transaminases (TGO e TGP). 
- Fosfatase alcalina (FA). 
- Gamaglutamiltransferase (GGT). 
- Bilirrubina total e frações. 
- Amilase e lipase. 
- Proteína C-reativa. 
USG: cálculos no colo da vesícula; 
espessamento da parede da vesícula; 
líquido perivesicular; aumento da 
interface entre o fígado e a vesícula; sinal 
de Murphy ultrassonográfico; aumento 
significativo do diâmetro transverso do 
fundo da vesícula. 
- Internação hospitalar. 
- Hidratação venosa. 
- Analgesia. 
- Dieta zero. 
- Antibioticoterapia parenteral 
(p. ex. amoxicilina-clavulanato; 
ciprofloxacina + metronidazol). 
- Colecistectomia (tto definitivo). 
 
 
 
COLEDOCOLITÍASE 
Dor do tipo biliar, no QSD e/ou 
epigastro, contínua, durando entre 1-
5h, podendo irradiar para a escápula 
direita ou dorso. O paciente apresenta 
surtos transitórios de síndrome 
colestática e icterícia flutuante. Pode 
haver colúria e acolia fecal. 
- Hemograma completo. 
- Eletrólitos. 
- Transaminases (TGO e TGP). 
- Fosfatase alcalina (FA). 
- Gamaglutamiltransferase (GGT). 
- Bilirrubina total e frações. 
- Amilase e lipase. 
USG: colelitíase, dilatação leve a 
moderada do colédoco (> 5 mm). Pode 
ser realizada, para maior acurácia, uma 
colangiorressonância. 
- Se o diagnóstico for feito antes da 
colecistec.→ Papilotomia endoscópica 
(CPRE) + colecistectomia eletiva. 
- Se o diagnóstico for feito durante a 
colecistec. (colangiografia transop.) → 
extração dos cálculos por exploração 
do colédoco/papilotomia eletiva. 
 
 
 
COLANGITE 
Tríade de Charcot (febre e calafrios 
intermitentes, associada a dor 
abdominal moderada no QSD e 
icterícia). 
- Hemograma completo. 
- Eletrólitos. 
- Transaminases (TGO e TGP). 
- FA, GGT. 
- Bilirrubina total e frações. 
- Amilase e lipase. 
- Hemocultura. 
USG: presença de colelitíase, edema 
e/ou espessamento da parede da vesícula 
(> 3 mm); presença de líquido 
pericolecístico; distensão da vesícula 
biliar; dilatação do ducto biliar intra e 
extra-hepático; sinal de Murphy 
ultrassonográfico. 
- Antibioticoterapia e, apenas com a 
infecção biliar completamente 
controlada, programa-se uma 
desobstrução biliar eletiva 
(CPRE/CTP/coledocotomia). 
 
 
 
 
PANCREATITE 
AGUDA 
Dor abdominal aguda, contínua, em 
QS que irradia para o dorso e que se 
mantém por dias, acompanhada de 
náuseas e vômitos. Inquietação, 
agitação e alívio da dor em posição 
de flexão anterior do tórax são outros 
sintomas notados. Achados 
sistêmicos incluem febre, sinais de 
desidratação, taquicardia. Pode haver 
dor leve a palpação até sinais de 
irritação peritoneal (Blumberg +). 
- Hemograma completo. 
- Eletrólitos. 
- Transaminases (TGO e TGP). 
- Fosfatase alcalina (FA). 
- Gamaglutamiltransferase (GGT). 
- Bilirrubina total e frações. 
- Amilase e lipase. 
- Proteína C-reativa. 
TC: indicada nos casos graves, pode 
mostrar aumento focal ou difuso do 
pâncreas, borramento da gordura 
peripancreática e perirrenal, coleções 
líquidas peripancreáticas, pseudocistos e 
áreas não captantes de contraste 
indicativas de necrose. 
USG: diagnóstico da litíase biliar (causa 
mais comum de pancreatite aguda). 
- TTO forma leve: analgesia, 
hidratação venosa, dieta zero, 
controle eletrolítico e ácido-básico; 
realimentação oral geralmente após 3-
5 dias de evolução. 
- TTO forma grave: analgesia, 
hidratação venosa, suporte nutricional. 
- CPRE e papilotomia em casos de 
pancreatite aguda biliar + colangite 
e/ou icterícia progressiva. 
- Colecistectomia semieletiva.

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