Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doenças orificiais *Hematoma anal: (acúmulo de sangue subcutâneo decorrente da ruptura de um vaso), qualquer trauma na região anal pode causá-lo. Não confundir com hemorroida. DOENÇA HEMORROIDÁRIA DEFINIÇÃO: Hemorroidas são vasos dilatados do plexo hemorroidário no canal anal. Teorias da fisiopatologia da doença hemorroidária: ✓ Teoria da veia varicosa (aumento da pressão intra- abdominal). ✓ Teoria hiperplasia vascular (hiperplasia dos corpos cavernosos retais). ✓ Teoria mecânica (degeneração dos tecidos de sustentação). ✓ Teoria hemodinâmica (comunicações arteriovenosas na submucosa). ✓ Teoria da disfunção do esfíncter (hiperatividade do e. interno do ânus). *Diarreia também pode causar hemorroida. Classificação da doença hemorroidária: Interna; Externa; SINTOMAS: desconforto anal, sangramento, edema, prurido, mucorreia e dor* (90% dos pcts não tem dor; costuma haver dor quando ocorre a trombose hemorroidária). DIAGNÓSTICO: avaliação clínica, anuscopia; sigmoidoscopia ou colonoscopia podem ser solicitados. TRATAMENTO CIRÚRGICO: Ligadura elástica → acima da linha pectínea (estágio 1 e 2). Esclerose hemorroidária → acima da linha pectínea (estágio 1 e 2). Ligadura da a. hemorroidária guiada por Doppler → qualquer estágio (trata a causa). Técnica aberta (Milligan-Morgan) → estágio 3 e 4. *Menor incidência de estenose do canal anal; geralmente utilizada para abordar 2 ou 3 mamilos. Técnica fechada (Ferguson) → cicatrização é menos dolorosa; pode haver estenose do canal anal. Pode ser utilizada quando for abordar apenas 1 mamilo. *Os passos iniciais são os mesmos da técnica aberta, mas a conclusão da cirurgia se faz com a sutura quase total da área cruenta que correspondeu a ressecção dos mamilos hemorroidários. Procedimento para prolapso hemorroidário (PPH): Nas situações em que a doença compromete toda a circunferência anal, ou nos casos em que há prolapso da mucosa anal em toda esta região, passou-se a realizar o tratamento cirúrgico utilizando-se de grampeador circular semelhante aos utilizados nas anastomoses intestinais. FISSURA ANAL DEFINIÇÃO: úlcera isquêmica do canal anal decorrente da hipertonia do esfíncter anal interno. FISIOPATOLOGIA: ✓ Localização na linha média posterior do canal anal. ✓ Escassez capilar na comissura anal posterior. ✓ Aumento da pressão de repouso por contração crônica do esfíncter anal interno → Hipertrofia do esfíncter. ✓ Constipação intestinal (essa situação pode ser CONSEQUÊNCIA, e não causa da fissura anal). SINTOMAS: dor (principal), sangramento, prurido e mucorreia. *O plicoma anal (ou fibroma anal/plicoma sentinela) é muito frequentemente associado ao quadro de fissura crônica. TRATAMENTO: 1- Fissura anal aguda: - Analgésicos. - Medicação tópica. - Agentes formadores de massa (fibras). 2- Fissura anal crônica: I- Esfincterotomia química: - Nitratos. - Bloqueadores de canal de cálcio. - Toxina botulínica. II- Cirurgia: ABSCESSO ANAL FISIOPATOLOGIA: ✓ Infecção das glândulas anais. ✓ Obstrução do ducto por fezes. ✓ Trauma anal. ✓ Obstrução por corpos estranhos. SINTOMAS: dor latejante, intensificação da dor, vermelhidão local, tumoração. DIAGNÓSTICO: avaliação clínica; TC (raramente). TRATAMENTO: - Drenagem. - Antibioticoterapia. FÍSTULA PERIANAL OU FÍSTULA ANAL ✓ Congênitas. ✓ Traumáticas (corpo estranho deglutido). ✓ Neoplásica. ✓ Piogênicas (decorrentes de drenagem espontânea de abscessos). ✓ Específicas (Doença de Crohn, colites, TB intestinal, DST). ✓ Iatrogênicas (pós-operatórias). - Pertuito com infecção crônica ligando duas superfícies com revestimento epitelial. - Nas fístulas anais: 1- Orifício interno – linha pectínea. 2- Orifício externo – pele (raramente no reto). - Classificação: Anterior (trajeto retilíneo). Posterior (trajeto curvilíneo). TRATAMENTO: Identificação do trajeto fistuloso por estilete metálico de ponta romba, ressecção do trajeto, e nos casos de transfixação do esfíncter anal externo há passagem de sedenho (estrutura que irá permitir a fibrose do segmento esfincteriano sem que ocorra a sua ruptura, evitando a perda de controle e consequentemente a incontinência anal). A cicatrização ocorre por segunda intenção. OUTRAS DOENÇAS PRURIDO ANAL: prurido de etiologia não identificável. PROCTALGIA FUGAZ: dor retal intensa, recorrente com duração de 5 a 20 minutos.
Compartilhar