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CASO CONCRETO 7 
 
Por requerimento de 28 senadores o Senado Federal instalou Comissão Parlamentar de 
Inquérito (CPI) com o objetivo de apurar denúncias de desvio de verba pública na 
construção de hospitais federais. 
 
Em sua primeira reunião, a CPI deliberou, de modo fundamentado, 
 
I. pela quebra do sigilo bancário de Pedro e Getúlio. 
 
II. pela interceptação telefônica das conversas de Marina e Diego. 
 
III. colher o depoimento de servidores públicos vinculados ao Poder Executivo para 
prestarem esclarecimentos sobre os fatos. 
 
IV. pela busca e apreensão dos pendrives existentes na residência de Joana. 
 
Considerando o acima disposto responda: 
 
A) A CPI foi criada respeitando os preceitos constitucionais? 
 
R: Sim, sabe-se que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) previsto artigo 58 §3 da 
CF/88 se destina a investigar fato certo e determinado e que decorre de uma ou de 
ambas as casas do Congresso Nacional do qual tem como função típica fiscalizar a 
Administração Pública e seus recursos - como exemplifica o artigo 70 da CF/88 - por 
integrar o Poder Legislativo. Analisando o caso exposto na questão é de toda e total 
competência do Senado Federal por se tratar de recursos federais desviados. 
 
B) Quais das medidas elencadas estão coadunadas com o ordenamento jurídico 
pátrio? 
 R: Estão alinhadas apenas as medidas I e III por estarem em consonância com os 
poderes instrutórios concedidos pela Lei n° 1.579/52 que foi mais tarde atualizada por a 
Lei N° 13.367/16 e especificados pelo STF. A Interceptação Telefonica (art 5°, XII 
CF/88) e a busca e apreensão numa residência ( art 5°, XI CF/88) ordenadas pela CPI na 
questão são vedadas pela ideia de postulado de reserva constitucional da jurisdição que 
determina que a decisão da prática de determinados atos decorre exclusivamente da 
decisão de Magistrados, representantes do Poder Judiciário, o que se desviaria da esfera 
do poder legislativo abordado na questão. 
 
 
CASO CONCRETO Nº 2: 
 
Uma reportagem publicada em um jornal televisivo de alcance nacional denunciou um 
grave esquema de fraude em licitações para a construção da nova Câmara Legislativa do 
município ZZZ. Por iniciativa de seus integrantes, foi instaurada Comissão Parlamentar 
de Inquérito que determinou, dentre outras medidas, a quebra de sigilo bancário de dois 
assessores parlamentares para investigar essas denúncias. 
 
De acordo com o entendimento atualmente majoritário em nossa jurisprudência, e 
segundo o disposto no texto constitucional, a decisão tomada pela CPI municipal 
está correta? 
 
R: Sabe-se que os municípios tem sua autonomia para execer a função típica do poder 
legislativo de investigar e fiscalizar a administração pública dentro de suas competências, 
porém é de entendimento do Supremo Tribunal Federal que na quebra de sigilo bancário 
numa CPI a nível municipal deve haver autorização judicial. Pois os muncipios não 
elegem senadores e não tem judiciário próprio estando numa posição bastante particular 
da federação, merecendo um outro olhar sobre determindados poderes instrutórios 
concedidos as comissões parlamentares de inquéritos.

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