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Prévia do material em texto

CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – CIEJA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
ENSINO MÉDIO 
 
 
P O R T U G U Ê S 
 
 TOTAL DE MÓDULOS E AVALIAÇÕES EQUIVALENTES DA 1ª A 3ª SÉRIE: 
MÓDULOS: 5 - AVALIAÇÕES PARCIAIS - AP: 4 - AVALIAÇÃO FINAL - AF: 1 
 
MÓDULOS EQUIVALENTES A 1ª SÉRIE 
MÓDULO 1 ................pág.07 (prazo para concluir os estudos e envio da AP: de 1 a 2 meses) 
Avaliação Parcial: 1 
MÓDULO 2 ................pág.29 (prazo para concluir os estudos e envio da AP: de 3 a 4 meses) 
Avaliação Parcial: 1 
 Leia o módulo e resolva os exercícios, quando tiver dúvida consulte o tutor; 
 Ao concluir os estudos de um módulo, resolva a atividade/avaliação e envie para a correção. 
Após o envio, passe para o módulo seguinte independentemente da nota obtida, tendo em 
vista que a média geral para a aprovação é 6,0(seis); 
 Ao término de todos os módulos a coordenação marcará a AF; 
 O aluno que fizer a avaliação de sondagem e o resultado for satisfatório ou apresente 
documentação escolar anterior compatível, poderá concluir o curso em menos tempo. 
 
Alguns módulos poderão coincidir o número de páginas, verifique sempre a disciplina que está 
estudando para não se equivocar. 
 
 VOCÊ É CAPAZ! 
 VOCÊ É SUCESSO! 
 VOCÊ É VITORIOSO! 
 VOCÊ QUER, VOCÊ PODE! 
 AQUI É O SEU CAMINHO! 
Seja bem-vindo! 
 CIEJA 
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 Fonética
Introdução
O propósito de estudarmos alguns concei-
tos da fonética nesta unidade é refletir sobre 
aspectos da oralidade e escrita (ortografia e 
acentuação) na Língua Portuguesa. É importante 
termos consciência das possibilidades de realiza-
ção dos fonemas e também sermos capazes de 
identificar realizações socialmente valorizadas e 
as que são estigmatizadas. Este estudo também 
é importante uma vez que nos auxilia não só a 
pronunciar adequadamente as palavras, como 
também escrevê-las corretamente.
Você verá que esses conhecimentos re-
presentam prerrequisitos para outros que, 
certamente, contribuirão para a internalização 
da fala e da escrita consideradas cultas e para 
o conhecimento das situações em que devem 
ser usadas – objetivos maiores do estudo das 
normas da língua na escola.
Abordagem teórica
Fonética
Letra e fonema
O fonema é a menor unidade distintiva 
da palavra percebida pela audição, e letra, o 
símbolo gráfico que representa o fonema. Em 
outras palavras, podemos dizer que fonema é 
o som da letra.
É preciso observar, no entanto, que há pa-
lavras que possuem mais letras que fonemas. 
Observe:
Chave • nela, encontramos cinco letras, 
mas apenas quatro fonemas: / x a v e /.
Pode também acontecer o contrário. Veja o 
que acontece com a palavra:
Fixo • encontramos quatro letras, mas 
cinco fonemas / f i k s o/.
Como se pode perceber, nem sempre o 
número de fonemas de uma palavra corresponde 
ao número de letras que usamos para escrevê-la 
e vice-versa.
É interessante observar também que alguns 
fonemas são representados por letras diferentes. 
É o caso dos fonemas / s /, / z /, / j / e / x /.*
Observe:
O fonema / • s / pode ser representado 
pelas seguintes letras: s (cansar), ss 
(passado), ç (calçado), sc (crescer), c 
(celeiro) e x (exceção).
O fonema / • z / pode ser apresentado 
pelas letras: z (azaleia), s (asa) e x 
(exato).
O fonema / • x / pode ser representado 
pelas letras: x (faixa) e ch (cheiro).
Os fonemas devem ser escritos sempre 
entre barras.
Classificação dos fonemas
Os fonemas classificam-se em vogais, se-
mivogais e consoantes.
Os fonemas vogais são produzidos sem 
obstáculos à passagem de ar.
É bom lembrar que consideramos vogal 
somente o fonema pronunciado com maior in-
tensidade e semivogal, o fonema, geralmente 
/ i / e / u /, junto de uma vogal que, com ela, 
forma sílaba.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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Exemplo ` :
sér • IE : I semivogal + E vogal
f • OI : O vogal + I semivogal
Outras vogais podem funcionar como semi-
vogal. É o caso de:
s • ÃO : A vogal + O semivogal
Por outro lado, os fonemas / i / e / u / , às 
vezes, também podem ser vogais. Veja:
ca • Ída baÚ saÚde raInha
Os fonemas consoantes são produzidos 
com obstáculos à passagem de ar. É o que 
acontece quando pronunciamos, por exemplo, 
os fonemas / p /, / b /, / f / etc.
Encontros vocálicos
Temos os seguintes encontros vocálicos:
Ditongoa) – é o encontro de uma vogal + 
uma semivogal ou vice-versa, na mesma 
sílaba.
Exemplos `
OI • to OI – to : O vogal + I semivogal
reméd • IO re – mé – dIO : I semivogal + 
 O vogal.
De acordo com o posicionamento da vogal 
e da semivogal, os ditongos classificam-se:
crescentes • semivogal + vogal = 
cárie
decrescentes • vogal + semivogal = 
boi
Eles podem ser também orais, quando, na 
produção do som, o ar é expelido totalmente 
pela boca (pausa, coisa etc.) e nasais, quando, 
na produção do som, parte dele é expelido pelas 
fossas nasais (mão, não, rojão etc.).
Tritongob) – é o encontro da semivogal + 
vogal + semivogal.
Exemplos `
Urug • UAI 
U – semivogal
U – ru – gUAI : A vogal
I semivogal
Parag • UAI 
U semivogal
A vogal
I semivogal
Hiatoc) é o encontro de vogal + vogal 
formando sílabas separadas.
Exemplos `
mares • IA ma – re – sI – A I = vogal + 
A = vogal
S • AAra SA – A – ra A = voga + A = 
vogal
Encontros consonantais
Os encontros consonantais são agrupamen-
tos de duas ou mais consoantes (pronunciadas) 
na mesma sílaba ou em sílabas separadas.
Exemplos `
CR • edo CRe – do C consoante pro-
nunciada + R consoante pronunciada na 
mesma sílaba.
po • RTa poR –Ta R consoante pronuncia-
da + T consoante pronunciada em sílabas 
diferentes.
Dígrafos
Os dígrafos são conjuntos de letras que re-
presentam apenas um fonema, isto é, um som.
Os principais dígrafos são representados 
por:
CH • – chave
LH • – telha
NH • – manhã
XC • – exceder
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SÇ • – nasça
GU • – gueixa
QU • – queijo
RR • – arroz
SS • – pássaro
SC • - nascer
Observe que em palavras como:
ca • rro a representação gráfica RR tem 
apenas um som de R forte.
fre • guesia note que o U não é pronun-
ciado.
Exemplos `
canja / • ã /, lindo / / , pondo / õ /, mundo 
/ u /.
ag • uentar U pronunciado ditongo
gu • erra U não pronunciado dígrafo
na • scer apenas um fonema dígrafo
fre • sco dois fonemas encontro conso-
nantal
Nota: o m e o n , quando estão em final 
de sílaba, não são consoantes, mas sinais de 
nasalização, ou seja, indicam que as vogais 
anteriores a eles são nasais.
Divisão silábica
A sílaba é um movimento de força muscular 
que fica mais forte e atinge um limite máximo 
até o ponto em que vai diminuindo sua força. 
Para dividir as sílabas das palavras, deve-se 
observar esses movimentos. No entanto, deve-
mos observar:
não podemos separar os ditongos, os a) 
tritongos e alguns dígrafos (CH, LH, NH, 
QU e GU);
ficam em sílabas separadas os hiatos e b) 
os dígrafos SS, RR, SC, XC e SÇ;
toda consoante no interior da palavra, c) 
que não estiver acompanhada de vogal, 
deve ficar na sílaba anterior.
Exemplos `
egípcio = e-gíp-cio •
absoluto = ab-so-lu-to •
Linguagem, língua e fala
A palavra linguagem tem muitos signifi-
cados. Aqui consideraremos que linguagem 
significa língua em uso, ou seja, com propósi-
tos comunicativos. Como o homem é um ser 
social, está sempre estabelecendo processos 
de comunicação.
É possível optar por diferentes formas de 
expressão. Assim, cada indivíduo pode fazer 
um uso próprio da língua, dando-lhe um caráter 
personalizado.
Veja:
“O amor é ferida que dói e não se sente.” •
“O amor é legal pra caramba.” •
As diferenças observadas nessas frases 
devem-se às diferentes manifestações da fala 
de cada um. Obviamente é necessário que se 
obedeçam às regras gerais da línguaportuguesa, 
a fim de que os enunciados possam ser com-
preendidos por todos.
Variedades linguísticas
As variações linguísticas decorrem de situ-
ações geográficas e culturais. Além delas, as 
diferenças ainda são motivadas pelos chamados 
níveis de linguagem. Para compreender melhor, 
basta que você observe seu próprio jeito de 
falar, conforme a situação em que se encontra. 
Não se fala com uma autoridade da mesma 
maneira que se conversa com um amigo íntimo. 
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Da mesma forma, é possível observar diferenças 
de linguagem entre engenheiros, advogados e 
pedreiros, condicionadas pelas situações que 
vivenciam em seu trabalho. Certamente, esses 
profissionais mudam a maneira de falar quando 
se encontram em situações informais.
A primeira grande distinção decorrente da 
existência dos níveis de fala é a que se faz entre 
a língua culta (formal, escrita) e a língua popular 
(informal, coloquial). Aqui é necessário especificar 
que a norma padrão culta está muito mais asso-
ciada à escrita e a algumas situações formais de 
comunicação oral. Ela é empregada em situações 
que a requerem, por falantes escolarizados que 
sabem distinguir em que contextos seu uso é 
necessário e em que contextos não se faz o seu 
uso. A chamada língua popular poderia ser consi-
derada a que fazemos uso em situações comuni-
cativas informais, seja na nossa família, seja no 
nosso grupo de amigos. Nesses contextos, não 
há a preocupação com a gramática normativa. Há 
que se observar, também, que mesmo quando fa-
zemos uso do registro culto (formal), não usamos 
todas as regras da gramática normativa, porque, 
afinal, ninguém fala como livro.
Pode-se, ainda, falar num outro nível lin-
guístico: a linguagem literária. Essa modalidade 
distingue-se das demais pela capacidade de 
produzir prazer estético, além da simples comu-
nicação. Caracteriza-se pela elaboração artística 
do código linguístico, visando a finalidades ex-
pressivas e criativas.
Para saber mais
O personagem abaixo troca o fonema / r / pelo / l / e isso gerou um problema semân- •
tico, como podemos ver no desfecho desta tirinha:
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
. 
A
da
pt
ad
o.
Cuidado! tem uma lata
bem na sua flente!
ora, e que mal uma
lata pode me fazer?
aaaaiiii!!!
Uma mudança fonética pode ajudar a vender mais: •
“O XYZ não é mais caro. É mais carro” (anúncio de automóvel).
Já vimos que em português temos várias letras que representam um mesmo som, de- •
pendendo de sua posição na sílaba. Observe as seguintes frases e veja como isso pode 
ocorrer.
“Nunca confie numa mulher que diz sua verdadeira idade. Se ela diz isso, é capaz de di(z)er 
qualquer coi(s)a”. (Oscar Wilde)
“Se quiser que o mundo (s)aiba de uma determinada história, escolha a pe(ss)oa (c)erta, 
conte e pe(ç)a segredo absoluto”. (Danuza Leão)
“O (c)a(qu)i não passa de um tomate diabético”. (Max Nunes)
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Exercícios resolvidos
(UCS-RS) A alternativa em que todas as 1. 
palavras apresentam separação correta de 
sílabas é:
ex-ce-ção, cre-sci-men-to, pro-fes-sor.a) 
ins-tru-ção, ex-ci-tar, eu-ro-pe-u.b) 
ex-ce-len-te, a-vi-ão, me-io.c) 
pers-pe-cti-va, am-bí-guo, trans-por-te.d) 
rit-mo, dig-no, ap-to.e) 
Solução ` : E
Na alternativa A, a palavra “cres-ci-men-to” foi 
separada erradamente. Na B, é a palavra “eu-ro-
peu”; na C, a palavra “mei-o”; na D, é a palavra 
“pers-pec-ti-va” que foi dividida erradamente.
Assinale a alternativa que apresenta triton-2. 
go, hiato, ditongo e dígrafo, nessa ordem:
quais, saúde, perdoe, álcool.a) 
cruéis, mauzinho, quais, psique.b) 
quão, mais, manduí, quieto.c) 
aguei, caos, mágoa, chato.d) 
Solução ` : D
Observe: a-guei tritongo
 ca-os hiato
 má-goa ditongo
 cha-to dígrafo
Marque a opção em que todas as palavras 3. 
apresentam um dígrafo:
fixo, auxílio, tóxico, exame.a) 
enxergar, luxo, bicho, olho.b) 
bicho, passo, carro, banho.c) 
choque, sintaxe, unha, coxa.d) 
Solução ` : C
Os dígrafos são CH, SS, RR e NH.
Exercícios de aplicação
Leia o texto e responda às questões.1. 
Gírias saem da informalidade
A linguagem informal de grupos sociais 
ganha fôlego ao virar objeto de registro 
e difusão, sem deixar de refletir modos 
de ser e subverter o idioma
Dino Preti*
O filme Tropa de Elite: retrato das gírias dos 
morros e dos policiais cariocas.
D
iv
ul
ga
çã
o.
A gíria é a marca característica da lin-
guagem de um grupo social. Torna-se difícil 
analisar esse fenômeno sob um enfoque 
geográfico, embora possa afirmar-se que a 
gíria é predominantemente um vocabulário 
urbano. Mas, de qualquer ponto geográfico 
que se parta, a gíria estará sempre ligada 
a um grupo social diferente. É na maior 
variedade das situações de interação da 
cidade que ela surge como um importante 
recurso de expressividade.
Sendo um instrumento de agressivi-
dade no léxico, a gíria está mais ligada à 
linguagem dos grupos socialmente menos 
favorecidos ou de oposição a um contexto 
social. Ela pertence a um grupo e, por isso, 
seu estudo pressupõe, inicialmente, con-
siderações a respeito das relações entre 
língua e grupo social.
[...]
A língua é só uma entre outras formas 
de comportamento, um entre outros mo-
dos de realização das atividades culturais 
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praticadas pelo grupo. Como essas formas 
de comportamento, a língua varia no interior 
de uma sociedade de tal maneira que os indi-
víduos que têm entre si laços mais estreitos 
de convívio, relações de maior e mais durável 
intimidade, apresentam modos de falar mui-
to semelhantes (ou quase idênticos), que os 
distinguem de outros indivíduos.
Quando esses comportamentos contri-
buem para a formação de uma consciência 
de grupo; quando os indivíduos fazem dessas 
marcas grupais uma forma de se autoafirma-
rem na sociedade, dizemos que essas marcas 
constituem signos de grupo. Por exemplo, a 
moda característica de grupos; a apresenta-
ção pessoal (maquiagem, cabelos etc.); o 
vocabulário gírio pelo qual se comunicam.
Força própria
No caso específico da língua ou, mais 
precisamente, do léxico, damos o nome 
de gíria de grupo ao vocabulário de grupos 
sociais restritos, cujo comportamento se 
afasta da maioria, seja pelo inusitado ou 
pelo conflito que estabelecem com a so-
ciedade. Inusitados são, por exemplo, os 
grupos jovens ligados à música, às diver-
sões, aos esportes, aos pontos de encontro 
nos shoppings, à universidade; conflituosos 
ou violentos são os grupos comprometidos 
com as drogas e o tráfico, com a prostitui-
ção, o roubo e o crime, com o contrabando, 
o ambiente das prisões, entre outros.
Quando esses grupos sociais restritos, 
por meio de contato com a sociedade, vul-
garizam seu comportamento e sua lingua-
gem, perde-se o signo de grupo. No caso da 
gíria, ela se incorpora à língua oral popular, 
tornando-se o que costumamos chamar de 
gíria comum, ou segundo estudiosos mais 
ortodoxos, simplesmente parte do vocabu-
lário popular.
[...]
Mundinho
Na sua origem, os vocábulos gírios de-
monstram que há, muitas vezes, uma forma 
de se relacionar a gíria com a visão que o 
falante expressa do mundo em que vive. 
Nesse processo de designação subjetiva, 
os vocábulos expressam os sentimentos, 
as atitudes em face do meio em que o fa-
lante vive, o julgamento crítico e a represen-
tação do mundo. Daí se poder considerar a 
gíria como um dos instrumentos verbais na 
luta de classes.
[...]
Muitos dos vocábulos gírios tornam-se 
conhecidos fora dos limites do grupo em 
que são gerados e acabam por incorporar- 
-se à linguagem popular, particularmente ao 
vocabulário das classes mais populares ou 
das dos grupos jovens, sempre dispostos 
a marcar sua oposição à linguagemculta, 
dos adultos, em geral ligada às classes 
mais altas.
[...]
*Dino Preti é linguista e professor da Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo, autor de Estudos de Língua Oral e 
Escrita (Lucerna, 2004).
(Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.
asp?codigo=11713>. Acesso em: 25 out. 2009.)
Qual é a definição de gíria no texto de a) 
Dino Preti?
Segundo o texto, em quais lugares as b) 
gírias são mais encontradas?
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Utilizando as informações do texto ante-c) 
rior, escreva V (verdadeiro) ou F (falso) 
para as seguintes afirmativas.
A língua é uma atividade cultural. )(
Somente os grupos menos favorecidos )(
possuem gírias.
Muitas gírias perdem ao longo do tem- )(
po seu caráter de pertencimento a um 
determinado grupo.
A gíria tem um caráter inusitado ou )(
conflitante em relação à sociedade.
As gírias manifestam sempre marcas )(
de autoafirmação.
Determine o número de letras e de fonemas 2. 
de acordo com o som nasal das seguintes 
palavras:
Letras Fonemas
Hábito
Arraigado
Expressões
Mulher
Qualquer
Quinhentos
Obviamente, ao escrever o texto, Dino 3. 
Preti não pensou em dígrafos, encontros 
vocálicos, hiatos ou quaisquer dos fatos 
linguísticos estudados nesta unidade. Com 
certeza, a maior preocupação do narrador 
foi expor com clareza e objetividade suas 
ideias acerca de um assunto. No entanto, 
esses fatos estão presentes nas palavras 
empregadas no texto. Mostre que você 
entendeu as normas da língua retirando 
exemplos de:
ditongo:a) 
tritongo:b) 
hiato:c) 
dígrafos:d) 
encontros consonantais separáveis:e) 
encontros consonantais inseparáveis:f) 
(Unirio) Assinale a melhor resposta. Em 4. 
papagaio temos:
um ditongo.a) 
um trissílabo.b) 
uma proparoxítona.c) 
um tritongo.d) 
um dígrafo.e) 
Assinale a sequência em que todas as pala-5. 
vras estão separadas corretamente.
Trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar.a) 
Bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu.b) 
Sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar.c) 
Des-li-gar, sub-ju-gar, sub-cres-ver.d) 
Cis-na-di-no, es-pé-cie, a-teu.e) 
(PUC-SP) Nas palavras 6. que, tranquilidade, 
concluía e muito ocorrem os seguintes 
encontros:
dígrafo, dígrafo, tritongo, ditongo.a) 
dígrafo, ditongo, tritongo, dígrafo.b) 
ditongo, dígrafo, hiato, ditongo.c) 
ditongo, ditongo, tritongo, ditongo.d) 
dígrafo, ditongo, hiato, ditongo.e) 
(IMS-SP) Assinale o vocábulo que contém 7. 
cinco letras e quatro fonemas:
estou.a) 
adeus.b) 
livro.c) 
volto.d) 
daqui.e) 
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(FASP-SP) Assinale a alternativa que apresen-8. 
ta os elementos que compõem o tritongo:
vogal + semivogal + vogal.a) 
vogal + vogal + vogal.b) 
semivogal + vogal + vogal.c) 
semivogal + vogal + semivogal.d) 
Proposta de redação
Escreva para a Revista Língua, na qual foi 
veiculado o texto que você leu e posicione-se 
sobre o uso das gírias: quando elas são neces-
sárias e quando é exagerado. Sua carta será 
publicada na seção Carta do Leitor.
Questões de 
processos seletivos
(CEFET-PR) Fonema é cada um dos sons da 1. 
fala. Letra é cada um dos sinais gráficos da 
linguagem escrita.
Quantas letras formam o vocábulo bilíngue e 
quantos fonemas pronunciamos ao dizê-lo.
8 letras; 8 fonemas.a) 
7 letras; 3 fonemas.b) 
8 letras; 6 fonemas.c) 
3 letras; 3 fonemas.d) 
8 letras; 7 fonemas.e) 
(ITA-SP) Assinale a alternativa correta.2. 
PAIS, PAÍS, URUGUAI e VIU possuem, res-
pectivamente:
um ditongo oral decrescente, hiato, tri-a) 
tongo, ditongo oral decrescente.
um ditongo oral crescente, hiato, triton-b) 
go, ditongo oral crescente.
um ditongo oral crescente, hiato, triton-c) 
go, ditongo oral decrescente.
um ditongo oral decrescente, hiato, tri-d) 
tongo, ditongo oral crescente.
um hiato, ditongo oral decrescente, tri-e) 
tongo, hiato.
(FEMPAR) Em qual dos vocábulos o “u” não 3. 
é semivogal?
Causa.a) 
Quase.b) 
Delinquiu.c) 
Gratuito.d) 
Sequestre.e) 
(ITA–SP) Examinando as afirmações de que 4. 
o:
X na palavra sintaxe soa como S
X na palavra exame soa como Z
X na palavra exorcismo soa como Z
X na palavra exonerar soa como Z
Verifica-se:
apenas uma está correta.a) 
apenas duas estão corretas.b) 
três estão corretas.c) 
todas estão corretas.d) 
nenhuma está correta.e) 
(Unifenas) Em uma das alternativas abaixo 5. 
há divisão silábica incorreta. Assinale-a.
De-cep-ção; me-mó-ria.a) 
Lei-tei-ro; ba-ú.b) 
Rá-di-o; di-sen-te-ria.c) 
Véus; sô-fre-go.d) 
Mei-a; gai-o-la.e) 
(FUMBA-RS) No vocábulo 6. Anhangabaú há:
5 sílabas, 1 dígrafo, 1 hiato.a) 
4 sílabas, 1 grupo consonantal, 1 hiato.b) 
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5 sílabas, 1 grupo consonantal, 1 hiato.c) 
5 sílabas, 1 dígrafo, 1 ditongo, 1 hiato.d) 
(UnB) Marque a opção em que todas as 7. 
palavras apresentam um dígrafo.
Fixo, auxílio, tóxico, exame.a) 
Enxergar, luxo, bicho, olho.b) 
Bicho, passo, carro, banho.c) 
Choque, sintaxe, unha, coxa.d) 
(IMES-SP) Assinale a alternativa em que a 8. 
palavra não tem suas sílabas separadas 
corretamente.
In-ter-lec-ção.a) 
Cons-ci-ên-cia.b) 
Oc-ci-pi-tal.c) 
Psi-co-lo-gia.d) 
Ca-a-tin-ga.e) 
(FUMBA-RS) Quantos fonemas há em 9. santo, 
hoje, anexo e filho?
5, 4, 5 e 5.a) 
5, 4, 5 e 4.b) 
4, 3, 5 e 5.c) 
4, 3, 5 e 4.d) 
4, 3, 6 e 4.e) 
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Exercícios de aplicação
1. 
A gíria é a marca característica da lin-a) 
guagem de um grupo social.
Nos centros urbanos.b) 
V, F, V, V, F.c) 
Hábito: 6 l e 5 f; arraigado: 9 l e 8 f; expres-2. 
sões: 10 l e 9 f.
mulher: 6 l e 5 f; qualquer: 8 l e 7 f; qui-
nhentos: 10 l e 7 f.
ditongo3. : própria, imaginação, linguagem e 
muitos outros.
tritongo: não há exemplos de tritongos.
hiato: surpreendido, dia, aí, compreende 
etc.
dígrafos: arraigado, expressões, excessiva-
mente etc.
encontros consonantais separados: modis-
mo, instrumento etc.
encontros consonantais inseparáveis: trou-
xe, malandro etc.
A4. 
C5. 
E6. 
E7. 
D8. 
Questões de 
processos seletivos
E1. 
A2. 
D3. 
D4. 
C5. 
A6. 
C7. 
D8. 
E9. 
Gabarito
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 Sílaba e tonicidade
Introdução
Ao pronunciarmos as palavras, emitimos 
sonoridade, que pode ser percebida por meio 
das sílabas que têm, em português, diferentes 
tonicidades. Você aprenderá, nesta unidade, a 
identificar a sílaba tônica das palavras. Esse 
aprendizado é prerrequisito para saber acentuar 
graficamente as palavras. Além disso, intensifi-
caremos a questão das variedades linguísticas, a 
fim de que você possa empregar a linguagem com 
adequação. Ortoepia e prosódia completam esta 
unidade. Esse assunto diz respeito à pronúncia 
correta das palavras, questão muito importante 
para quem deseja fazer uso da variedade culta, 
nos contextos em que ela é a adequada.
Abordagem teórica
Sílaba e tonicidade
Leia estas palavras:
Séria: aquela moça sempre pareceu muito 
séria.
Seria: isto seria muito bom para todos.
Ao pronunciarmos as palavras, é possível 
perceber a diferença de significados entre elas 
graças à intensidade de voz que se dá às síla-
bas que as compõem. Chama-se sílaba tônica 
aquela pronunciada com maior intensidade.
Observe outros exemplos:
fé-rias
mar-te-lo
lou-vor
rá-pi-do
sa-í-da
a-mor
Pa-ra-náa-mên-doa
É importante observar que nem sempre 
a sílaba tônica aparece marcada pelo acento 
gráfico. Assim, é importante distinguir:
acento tônico • : é aquele que se ouve, é 
o acento da fala.
acento gráfico • : é aquele que se escreve, 
ou seja, é o sinal empregado para indicar 
a sílaba tônica.
Na língua portuguesa, os sinais indicados 
para marcar a sílaba tônica na escrita, chamados 
de sinais diacríticos, são:
Acento agudo (´): indica a pronúncia aberta.
Acento circunflexo (^): indica a pronúncia 
fechada.
Classificação 
das palavras quanto 
à posição da sílaba tônica
Na língua portuguesa, nem todas as pa-
lavras têm acento gráfico, mas quase todas 
apresentam uma sílaba tônica. De acordo com 
a posição dessa sílaba tônica, as palavras 
classificam-se em:
oxítonas – são as que apresentam toni- •
cidade na última sílaba.
 Ex.: paletó, jacaré, Bauru, avô etc.
paroxítonas – são as que apresentam •
tonicidade na penúltima sílaba.
 Ex.: remédio, caldeira, camisa, repórter, 
essência etc.
proparoxítonas – são as que apresentam •
tonicidade na antepenúltima sílaba.
 Ex.: rápido, época, lâmpada, pálido, rís-
pido etc.
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Ortoepia e prosódia
Ortoepia 
É a parte da gramática que se preocupa com 
a correta articulação e pronúncia das palavras.
Exemplos ` :
Mortadela, e não mortandela
Bandeja, e não bandeija
Advogado, e não adevogado
Beneficente, e não beneficiente
Umbigo, e não imbigo
Prosódia
É parte da gramática que se preocupa com 
a correta acentuação tônica de uma palavra.
Comete-se um erro de prosódia quando se 
transforma em proparoxítona uma palavra que 
é paroxítona.
Eis alguns casos mais comuns de troca de 
sílaba tônica:
Rubrica, e não rubrica
Condor, e não condor
Nobel, e não Nobel
Látex, e não latex
Gratuito e não gratuito
Palavras de dupla prosódia, ou seja, que 
apresentam duas pronúncias corretas:
Acróbata ou acrobata
Ortoépia ou ortoepia
Projétil ou projetil
Réptil ou reptil
Xérox ou xerox
Observação
Algumas palavras formam o plural com a 
mudança de timbre da vogal tônica. A essa 
ocorrência damos o nome de metafonia. 
Veja estes exemplos:
Singular Plural
esforço (ô) esforços (ó)
corpo (ô) corpos (ó)
forno (ô) fornos (ó)
tijolo (ô) tijolos (ó)
poço (ô) poços (ó)
Adequação da linguagem
Leia com atenção essa letra de música:
As mariposa
Adoniran Barbosa
As mariposa quando chega o frio
Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si 
isquentá
Elas roda, roda, dispois si senta
Em cima do prato da lâmpida pra discansá
Eu sou a lâmpida
E as muié é as mariposa
Que fica dando vorta em vorta de mim
Todas as noite, só pra mi beijá
– Boa noite, lâmpida!
– Boa noite, mariposa!
– Pelmita-me oscular-lhe as alfácias?
– Poi não, mas rápido porque daqui a pou-
co eles mi apaga.
Você deve ter percebido que a linguagem 
empregada no texto é diferente da que se cos-
tuma aprender na escola. Isso acontece porque 
o objetivo da língua portuguesa ensinada na 
escola é a apreensão da norma culta da lingua-
gem e os contextos nos quais sua utilização é 
necessária. É a norma culta da linguagem que 
se deve empregar nas situações formais ou nos 
textos acadêmicos, e na maioria dos textos de 
revistas e jornais.
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É importante esclarecer que, do ponto de 
vista da linguística, não se pode dizer que uma 
forma de linguagem é certa ou errada. Isso 
significa que essas variedades representam 
apenas sistemas linguísticos adequados às 
necessidades dos falantes e aos contextos em 
que a comunicação acontece.
Variantes regionais e sociais
Sabe-se que a linguagem empregada no 
Nordeste é bem diferente daquela empregada no 
Sul do Brasil. Essas diferenças são observadas 
entre os estados e também entre as distintas 
regiões do país. Quem não conhece o modo pe-
culiar como o carioca pronuncia alguns fonemas 
ou ainda expressões típicas empregadas pelos 
gaúchos, pelos cearenses, pelos baianos?
Você já deve ter observado, também, as 
diferenças linguísticas existentes na fala urbana 
e na fala rural. Não se pode deixar de mencionar 
as expressões que acabam identificando inclu-
sive as profissões dos falantes. O motorista de 
táxi, o médico, o garimpeiro, o metalúrgico, por 
exemplo, acabam sendo identificados pela ma-
neira como utilizam a linguagem.
Qual das palavras abaixo você costuma 
empregar?
Mandioca – Aipim – Macaxera
Bisteca – Chuleta
Meia – Carpim
Pão francês – Cacetinho
Essas palavras representam apenas exem-
plos da nossa diversidade linguística.
Como você pôde observar no início desta 
unidade, há vários registros de linguagem igual-
mente aceitos do ponto de vista da comunicação 
humana. No entanto, para empregar a linguagem 
de modo que ela cumpra a sua função social com 
eficiência, é necessário adequá-la às circunstân-
cias. Isso significa que, primeiramente, deve-se 
definir o que escrever (um texto acadêmico, um 
bilhete, um diário, um relatório), com que objeti-
vo (informar, sensibilizar, denunciar) e para quem 
escrever (a um amigo, a uma autoridade, ao 
meu superior). Estabelecidos esses aspectos, 
certamente o narrador já terá definido também 
o tipo de linguagem que deverá empregar.
Coloquial • : para as situações informais.
Culta • : para as situações formais.
Para saber mais
Observe o seguinte quadrinho e veja que as inadequações de pronúncia podem gerar si-
tuações engraçadas. Se você não sabe qual é a palavra correta (lagarto ou largato) procure-a 
no dicionário.
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
. 
A
da
pt
ad
o.
... passou tão depressa 
que não deu nem pra 
distinguir.
larGato ou 
laGarto?
sei lá...
Ih, olha lá um larGato
 correndo!
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Exercícios resolvidos
Identifique a sílaba tônica das palavras 1. 
abaixo:
Item Clímax
Substantivo Posição
Maçã Melancia
Anãozinho História
Pezinho Maio
Saia Acento
Solução ` :
Para identificar a sílaba tônica, melhor separar as 
palavras em sílabas que têm acento gráfico pois 
já são identificadas pelo próprio sinal. Quanto às 
outras, é preciso pronunciá-las e ouvir a sílaba 
com maior intensidade. Assim, temos: i-tem, 
substan-ti-vo, ma-çã, a-não-zinho, pe-zi-nho, 
sai-a, clí-max, po-si-ção, me-lan-ci-a, his-tó-ria, 
mai-o, a-cen-to.
Assinale a alternativa em que todas as pa-2. 
lavras são paroxítonas.
Falaria, amendoim, fato, férias.a) 
Molécula, rapidez, rapidamente, sócio.b) 
Azia, Ásia, parede, ensaio.c) 
Logo, prazer, comendo, lindo.d) 
Solução ` :
Em A, amendoim é oxítona; em B, molécula é 
proparoxítona e rapidez é oxítona; em D prazer é 
oxítona. Logo, a alternativa correta é a C: a-zi-a; 
Á-sia; pa-re-de; en-sai-o, todas paroxítonas.
Classifique os vocábulos abaixo, de acordo 3. 
com a posição da sílaba tônica.
Peritoa) 
Êxodob) 
Hostilc) 
Escândalod) 
Tulipae) 
Viveramf) 
Viverãog) 
Aquih) 
Amemi) 
Amémj) 
Solução ` :
Observar que a tendência da língua portuguesa 
é para as palavras paroxítonas.
Exercícios de aplicação
Leia o texto e responda às questões.1. 
Ensinar português?
Comecemos a conversa, a meio cami-
nho entre o sério e o cômico [...], imaginan-
do um diálogo, alguém chega e pergunta a 
um professor de português [...]:
– Ensina-se mesmo português, esta 
língua que a gente usa todo dia?
– É claro, em escolas do primeiro ao 
terceiro graus, há aulas de português, 
portanto...
– A quem se ensina português?
– Ora além de estrangeiros interessa-
dos, ensina-se principalmente brasileiros.
– ... que já falam português! ...Ah! Então 
eles não falam português?!
– Bem, claro que falam desde crianças ...
– Ah ! Entendi ... existem duas línguas 
com o mesmo nome “português’’, uma 
nacional, natural, que todo mundo já nasce 
falando e umaoutra, estrangeira, que é 
preciso ir à escola aprender ...
– ...epa, pera aí! Num é bem assim... 
Desculpe-me, deixe-me começar novamente 
a frase: um momento, você está equivoca-
do, este assunto não é exatamente como 
você está colocando.
– Ué, isto que você acabou de me falar 
está nessa língua estrangeira?
– Claro que não, pô? Você não entendeu.
– Entendi... soou um pouco estranho, 
mas até que é bonito. Você fala assim na 
sua casa, também?
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– Claro que não, somente em alguns 
lugares e com algumas pessoas.
– Ah! Então você troca de língua como 
troca de roupa, às vezes mais chique, outras 
mais esportivo, outras mais popular...
– Sim, claro, você não quer que eu vá 
falar com o Diretor daquela indústria ali, por 
exemplo, mal vestido e falando de qualquer 
jeito, não?
– [...]
– ... mesmo se você vai lá pra dizer pra 
ele que os salários estão horríveis, que tá 
todo mundo passando fome, que enquanto 
ele viaja de Mercedes [...]
– Ô meu, para né? Você já tá baixando 
o nível... é claro que você precisa falar di-
reitinho... até para reclamar...
– Ah! Então é por isso que se ensina 
português... para as pessoas aprenderem 
a falar direitinho com os patrões!
– Não simplifica, né?! Não é só isso, não.
– Tem mais?
– [...] se você não souber falar e escre-
ver direito, corretamente, você não arranja 
um bom emprego, não consegue passar 
num concurso...
– Poxa, agora estou entendendo melhor, 
pra arranjar um bom emprego a língua que 
a gente usa não serve.
– Serve sim, mas só pra coisinhas, 
conversinhas banais, mas pra subir na vida, 
ganhar bem, não!
– Ah! Entendi. Então esses milhões de 
desempregados que estão por aí foram 
despedidos porque não sabiam escrever e 
falar corretamente! Eles não podem voltar 
pra escola?
– Ô meu, lá vem você de novo com ques-
tões que não dizem respeito ao ensino de 
português... quando esses caras quiserem 
novamente emprego ele vão ter que saber 
português...
– Então você poderia abrir um cursinho 
de português para desempregados!...
– Vê se não goza, vá!
– Agora me lembrei, você é professor 
de português, não é?
– Sou.
– Então você sabe português perfeita-
mente, não?
– Claro, tenho diploma, cursos de aper-
feiçoamento, trabalhos publicados etc...
– Ah! Quer dizer que você deve ganhar 
super bem, não ? Fiquei até com vontade 
de fazer curso de Letras...
– Bem... não é bem assim, você sabe, 
ehr, hum, ahn... Estado paga mal...
– ...não quero te deixar chateado, mas 
sabe, o diretor daquela indústria que você 
mostrou agorinha não sabe falar português 
nenhum, nem aquele vulgarzinho, nem esse 
da escola ... e ele ganha muito mais que 
nós todos juntos...
– Pô, você tá um saco hoje, vamos mu-
dar de assunto...
– [...]
– Ah!...
(ALMEIDA, Milton José de. In: GERALDI, João Wanderley 
(Org.). O Texto na Sala de Aula. São Paulo: Ática, 1999. 
(Coleção Na sala de aula).
A língua é produzida socialmente. Isso quer 
dizer que a sua produção e reprodução é 
fato cotidiano, localizado no tempo e no 
espaço da vida dos homens: uma questão 
dentro da vida e da morte, do prazer e do 
sofrer. Numa sociedade, como a brasileira, 
que, por sua dinâmica econômica e política, 
divide e individualiza as pessoas, isola-as 
em grupos, distribui a miséria entre a maio-
ria e concentra os privilégios nas mãos de 
poucos, a língua não poderia deixar de ser, 
entre outras coisas, também expressão 
dessa mesma situação.
Qual o assunto principal da conversa en-a) 
tre os interlocutores no texto?
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Um dos interlocutores parece ter dificuldade de entender por que alguém deve passar os b) 
anos escolares aprendendo uma língua que já conhece antes de entrar na escola. Por quê?
Que tipo de linguagem predomina no texto? Aponte um exemplo que confirme sua resposta.c) 
Todas as alternativas abaixo apresentam vocábulos de timbre aberto, 2. exceto uma. Aponte-a.
Socorros, tortos, esforços.a) 
Caroços, miolos, porrosb) 
Reforços, portos, tijolos.c) 
Subornos, tornos, transtornos.d) 
Identifique a sequência em que as três palavras fazem o plural com metafonia.3. 
Dorso, poço, suborno.a) 
Canhoto, almoço, estorvo.b) 
Forno, morno, aeroporto.c) 
Reforço, tosco, alvoroço.d) 
Assinale a alternativa que apresenta erro na identificação na sílaba tônica:4. 
Bara) bante, acarajé, romântico, mosquito.
Marmeb) lada, melancia, javali, cartucho.
Inc) seto, célebre, tatu, informação.
Cand) ção, aprendo, cria, paralisia.
Classifique as palavras do 1.5. o parágrafo do texto “Ensinar português”, conforme a posição de 
sílaba tônica.
Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas Monossílabos
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A prosódia ocupa-se essencialmente da 6. 
correta acentuação tônica das palavras. 
Assinale a opção em que a sílaba tônica 
está marcada erradamente.
Boea) mia.
Grab) tuito.
Circ) cuito.
Filand) tropo.
Sue) til.
Leia as frases em voz alta, pronunciando 7. 
corretamente as palavras destacadas e 
assinale a sílaba tônica delas.
Esta a) rubrica não é minha.
É preciso b) distinguir o joio do trigo.
A mocinha era muito c) pudica.
Os d) advogados e os psicólogos fizeram 
atendimento gratuito.
O fumo e) intoxica o organismo.
Proposta de redação
Imagine que você precise faltar às aulas por 
dois dias. Escreva um bilhete a um amigo expli-
cando por que você vai precisar faltar. Depois, 
escreva outro bilhete com o mesmo conteúdo ao 
diretor da escola. Note que você deve escrever a 
mesma explicação para as faltas, mas a maneira 
de escrever (o registro – formal ou informal) vai 
ser diferente em cada um dos bilhetes.
Questões de 
processos seletivos
(ITA) Para a presente questão, observar que:1. 
a acentuação gráfica foi eliminada.I. 
as sílabas tônicas propostas estão re-II. 
presentadas por letras maiúsculas.
Exemplo:
ca(TÁS)trofe (a sílaba tônica proposta é 
TAS).
Ao escutar, então, ruBRIca, proTÓtipo, gra-
TUIto, verifica-se que:
apenas uma palavra foi pronunciada cor-a) 
retamente.
apenas as duas primeiras foram pronun-b) 
ciadas corretamente.
somente a última foi pronunciada corre-c) 
tamente.
todas foram pronunciadas corretamente.d) 
nenhuma foi pronunciada corretamente.e) 
(UEPG) Nesta relação, as sílabas tônicas 2. 
estão destacadas. Uma delas, porém, está 
destacada incorretamente. Assinale-a:
Intea) rim.
Pub) dico.
Ruc) brica.
Grad) tuito.
Inaue) dito.
(FAFEOD-MG) Qual a alternativa que melhor 3. 
define o acento tônico?
Maior intensidade silábica.a) 
Sílaba tônica associada a sinal gráfico.b) 
Sinal gráfico, marcando sílaba de maior c) 
intensidade.
Sinal gráfico, marcando a intensidade d) 
silábica.
(UEM-PR) Assinale a alternativa em que a 4. 
sílaba tônica está sublinhada corretamente 
em todas as palavras.
Misa) ter, decano, avaro, circuito.
Rub) brica, aziago, ibero, mister.
Noc) bel, látex, avaro, recém-nascido.
Rud) brica, látex, ibero, filantropo.
Decano, êe) xodo, edito, ureter.
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(Unisinos) Forró, ciúmes, operário, época e já 5. 
são acentuadas pelos mesmos motivos de:
Dendê, gaúcho, milenário, mártir, dá (v).a) 
Forro, ateísmo, glória, médico, mês.b) 
Ananás, baú, moreia, lâmina, pó.c) 
Alá, lápis, gáudio, cônego, três.d) 
Pataxó, alaúde, núcleo, molécula, vá.e) 
(ACAFE-SC) Considerando a estrutura fo-6. 
nética da língua portuguesa, assinale a 
alternativa correta.
As palavras fato, cultura, sociedade e a) 
possível são todas paroxítonas sem o 
acento gráfico.
Em “a b) orelha do próximo”, a palavra em 
destaque apresenta cinco (5) letras e 
um (1) dígrafo.
As divisões silábicas de proíbe, essen-c) 
cial,cachorrinhos e evidentemente são, 
respectivamente, pro-í-be, es-sen-ci-al, 
ca-chor-rin-hos e e-vi-den-temen-te.
A palavra muito é trissílaba.d) 
A palavra “proíbe” é acentuada grafica-e) 
mente porque o “i” é tônico, é segunda 
vogal de um hiato, forma sílaba sozinho 
e não é seguido de nh.
(CEFET-PR) Assinale a alternativa em que 7. 
nenhuma palavra exige acento gráfico.
Item, polens, erros, germens.a) 
Caqui, atroz, depor, órgão.b) 
Cutis, governos, almoços, ser.c) 
Coroa, essencial, frequente, virus.d) 
Nuvens, jovem, semen, parti.e) 
(Enem) Diante da visão de um prédio com 8. 
uma placa indicando SAPATARIA PAPALIA, 
um jovem deparou com a dúvida: como 
pronunciar a palavra PAPALIA?
Levado o problema à sala de aula, a discus-
são girou em torno da utilidade de conhecer 
as regras de acentuação e, especialmente, 
do auxílio que elas podem dar à correta 
pronúncia de palavras. Após discutirem 
pronúncia, regras de acentuação e escrita, 
três alunos apresentaram as seguintes con-
clusões a respeito da palavra PAPALIA:
Se a sílaba tônica for o segundo PA, I. 
a escrita deveria se PAPÁLIA, pois a 
palavra seria paroxítona terminada em 
ditongo crescente.
Se a sílaba tônica for LI, a escrita deve-II. 
ria ser PAPALÍA, pois “i” e “a” estariam 
formando hiato. 
Se a sílaba tônica for LI, a escrita deve-III. 
ria ser PAPALIA, pois não haveria razão 
para o uso do acento gráfico.
A conclusão está correta apenas em:
Ia) 
IIb) 
IIIc) 
I e IId) 
I e IIIe) 
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Exercícios de aplicação
1. 
Os interlocutores falam sobre a língua portuguesa e sobre a importância de se dominar a a) 
variante culta da linguagem.
Esse interlocutor domina uma modalidade da língua que lhe permite comunicar-se com b) 
autonomia. No entanto, reage com estranheza quando o professor tenta explicar-lhe sobre 
a variante culta da linguagem, aquela que pode ampliar as possibilidades sociais e profis-
sionais ao cidadão.
No texto, predomina a variante coloquial ou informal. Ex.: “[...] ô meu, para né?”c) 
D2. 
C3. 
B4. 
5. 
Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas Monossílabas
Alguém, professor, 
português.
Comemos, conversa, 
meio, caminho, entre, 
sério, imaginando, 
chega, pergunta.
Cômico, diálogo. A, e, o, um, de.
A6. 
7. 
(rua) brica)
(distinb) guir = não pronunciar o “u”)
(puc) dica)
(advogado/psicólogo= d) d e p mudos; gratuito)
(intoxica=/e) intoKSica/)
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processos seletivos
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A2. 
A3. 
D4. 
E5. 
E6. 
A7. 
E8. 
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 CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - CIEJA 
 
 
 
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
 Redija texto dissertativo-argumentativo com escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
“OLIMPIADAS NO BRASIL 2016”. Organize de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa 
de seu ponto de vista. 
 
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Nome Nº. Mat. 
INFORMAÇÕES: 
a) O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha apropriada de 10 a 30 linhas. 
b) Escreva sua redação com letra legível. 
c) 
 
FOLHA DE REDAÇÃO PARA O ALUNO PRATICAR 
 CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - CIEJA 
 
 
 
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
 Redija texto dissertativo-argumentativo com escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
“SAÚDE PÚBLICA”. Organize de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto 
de vista. 
 
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Nome Nº. Mat. 
INFORMAÇÕES: 
a) O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha apropriada de 10 a 30 linhas. 
b) Escreva sua redação com letra legível. 
c) 
 
FOLHA DE REDAÇÃO PARA O ALUNO PRATICAR 
 
 
 
CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – CIEJA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
ENSINO MÉDIO 
 
 
 
ATIVIDADE - AVALIAÇÃO PARCIAL 
AP1 – Atividade de 10 questões: 
01. Assinale o vocábulo que possui o mesmo número de fonemas da palavra falência: 
a) palhaçada; 
b) consciência; 
c) guerreando; 
d) companhias; 
e) referência. 
 
02. Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não possui dígrafo: 
a) folha - ficha - lenha – fecho 
b) lento - bomba - trinco – algum 
c) águia - queijo - quatro - quero 
d) descer - cresço - exceto – exsudar 
e) serra - vosso - arrepio – assina 
 
03. A alternativa em que as letras sublinhadas nas palavras constituem, respectivamente, dígrafo e encontro 
consonantal é: 
a) exceção / étnico 
b) banho / desça 
c) seguir / nascimento 
d) aquático / psicologia 
e) occipital / represa 
 
04. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípedo ? 
 
05. Nas palavras alma, pinto e porque, temos, respectivamente: 
a) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas. 
b) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas. 
c) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas. 
d) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas. 
e) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas. 
 
06. Faça a divisão silábica e sublinhe a sílaba tônica. Classifique as palavras quanto ao número de sílabas e quanto 
à posição da sílaba tônica conforme o modelo: 
 
amiguinho: a – mi – gui – nho: polissílaba e paroxítona 
 
a) impossível: ____________________________________________________________________ 
b) plástico: ______________________________________________________________________ 
c) fértil: _________________________________________________________________________ 
d) lâmpada: ______________________________________________________________________ 
 
07. São acentuados os monossílabos tônicos terminados em: 
 
________________________________________________________________________________ 
 
 
Aluno(a) Nº. Mat. 
Data Tutor Disciplina 
 NOTA 
USO EXCLUSIVO 
DO TUTOR 
 
08. Acentuam-se as oxítonas terminadas em: 
 
________________________________________________________________________________ 
 
09. Destaque a sílaba tônica e dê sua colocação na palavra. 
Siga o modelo: Flamengo – men – penúltima 
a) Jacaré: 
b) Música: 
c) Regador: 
d) Prateleira: 
 
10. Separe as silabas das palavras e risque a sílaba tônica e classifique: 
a) menina _________________________________________ 
b) médico _________________________________________ 
c) boneca _________________________________________ 
d) chocalho _________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	Acentuação gráfica
Introdução
Ao ler um texto, uma notícia de jornal, uma 
crônica, é comum observarmos um narrador 
“tomar emprestado” de outro, passagens que 
ilustram as ideias que deseja expressar. A esse 
fato damos o nome de intertextualidade. Para 
identificarmos esses “diálogos” entre os textos, 
é importante que leiamos muito, pois, quanto 
maior for o nosso potencial intelectual, mais 
facilmente reconheceremos esses aspectos, ou 
seja, mais identificaremos passagens de outros 
textos no texto que estivermos lendo.
Veremos, ainda, que o sistema de acen-
tuação gráfica é necessário. Sem ele, seria 
impossível, por exemplo, ler as palavras: sábia, 
sabia e sabiá.
Também nesta aula, vamos mostrar que 
existem diferentes modos para organizar nossas 
ideias. Em outras palavras: podemos dizer a 
mesma coisa de inúmeras formas. Essa é uma 
habilidade que precisamos desenvolver.
Abordagem teórica
Como você já sabe, quase todas as pala-
vras da língua portuguesa possuem um acento 
tônico, mas nem todas são acentuadas grafi-
camente.
Para acentuar graficamente uma palavra 
corretamente, é necessário:
identificara sílaba tônica. •
classificar a palavra quanto à tonicidade, •
isto é, definir se a palavra é oxítona, pa-
roxítona ou proparoxítona. 
observar a terminação da palavra. •
aplicar a regra. •
Acentuação das oxítonas
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
a (s) • : Araxá, Paraná, sofá.
e (s) • : até, dendê, vocês.
o (s) • : vovô, vovós, cipó.
em (ens) • : quando essas palavras tive-
rem mais de uma sílaba vinténs, porém, 
amém, parabéns.
Notas
As formas verbais • amá-lo, vendê-lo, com-
pô-lo, devem ser incluídas nesta regra.
Os monossílabos tônicos terminados em •
-a (s), -e (s), -o (s) também devem ser 
acentuados.
Não devem receber acento os monossíla- •
bos átonos: bem, sem, nos, vos etc.
Acentuação 
das paroxítonas
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
l • : agradável, móvel.
n • : hífen, pólen.
r • : caráter, dólar.
x • : tórax, látex.
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ps • : bíceps, fórceps.
ã • : ímã, órfãs.
ao • : órfão, órgãos.
i (s) • : táxi, lápis.
us • : vírus, ônus.
um (ns) • : álbum, álbuns.
Ditongos orais • : média, vários, névoa.
Notas:
Os prefixos terminados em • i e r não devem 
ser acentuados: semiárido, super-herói.
Quanto às paroxítonas terminadas em • -n, 
seguidas de -s , se a terminação for -ens, 
a palavra perde o acento: hífen hifens; 
pólen polens. Já o mesmo não acon-
tece se a terminação no plural for -ons: 
nêutron nêutrons; íon íons etc.
Acentuação 
das proparoxítonas
Todas as palavras proparoxítonas devem 
ser acentuadas.
Exemplos `
rá • pido, época, cálido, agrônomo etc.
Intertextualidade
Você já teve a oportunidade de identificar 
em letras de música, poesia, artigos de jornais 
ou revistas trechos já lidos em outros textos?
Observe:
D
om
ín
io
 p
úb
lic
o.
“Canção do exílio”, de 
Gonçalves Dias.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Ao compor o Hino Nacional Brasileiro, seu 
autor aproveitou algumas passagens do poema 
de Gonçalves Dias.
Veja:
D
om
ín
io
 p
úb
lic
o.
Hino Nacional Brasileiro, 
de Joaquim Osório Duque 
Estrada. 
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos 
tem mais flores:
“Nossos bosques têm mais 
vida”.
“Nossa vida”, no teu seio, “mais 
amores”.
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A esse “diálogo” entre os textos damos o nome de intertextualidade. Assim, quanto mais 
texto lermos, quanto maior for o nosso repertório, mais possibilidades teremos para identificar 
essas relações intertextuais.
Para saber mais
Os acentos gráficos têm suas normas. Algumas, estudadas neste módulo. Eles ajudam 
na correta pronúncia da palavra. Onde houver manifestação escrita, lá estão eles, como no 
JB e em Veja, publicações que passam a limpo o nosso cotidiano.
Às vezes, em vocábulos que nos orgulhamos de pronunciar, por exemplo o nome do mais •
famoso jogador de futebol no Brasil:
C
re
at
iv
e 
C
om
m
on
s/
Fá
bi
o 
R
od
ri
gu
es
 P
oz
ze
bo
m
.
Júri da FIFA escolhe Pelé.
Às vezes em músicas, que podem nos fazer rir ou chorar. •
D
iv
ul
ga
çã
o.
“Quem é que nunca sofreu por alguééééémmm”
Agnaldo Timóteo cantando um velho bolero no 
horário eleitoral.
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Exercícios resolvidos
A palavra que obedece à mesma regra de 1. 
acentuação que corroído é:
ataúde.a) 
sapé.b) 
corróis.c) 
láurea.d) 
crédulo.e) 
Solução ` :
A palavra corroído é acentuada por ter “i” tônico 
de um hiato, ou seja, forma sílaba sozinha. A 
mesma regra vale para o “u” tônico dos hiatos. 
Assim, a alternativa que apresenta a palavra 
nessa condição é a letra A.
A alternativa em que há 2. erro de acentuação 
gráfica é:
raízes, juízes, juiz, faísca.a) 
rúbrica, hífens, jibóia.b) 
panaceia, anéis, árdua.c) 
girassóis, vintém, ônix.d) 
boêmia, ruína, infância.e) 
Solução ` :
A palavra “rubrica” é paroxítona e não leva 
acento, pois a sílaba tônica é “bri”; “hifens” 
no plural perde o acento e “jiboia” tem ditongo 
aberto “oi” e não precisa de acento gráfico. As 
demais estão corretas.
Escolha a alternativa correta para preencher 3. 
as lacunas.
O _________________________ era grande. Os 
exportadores de __________________________ 
tentaram , em vão, _______________________ 
prejuízo – têxteis – reduzi-lo.a) 
prejuizo – têxteis – reduzi-lo.b) 
prejuizo – têxteis – reduzí-lo.c) 
prejuizo – texteis – reduzí-lo.d) 
prejuízo – textis – reduzi-lo.e) 
Solução ` :
A alternativa que preenche corretamente é a 
alternativa A. “Prejuízo” leva acento por ter “i” 
tônico de um hiato; “têxteis” é paroxítona termi-
nada em ditongo e “reduzi-lo” não tem acento, 
uma vez que é oxítona terminada em “i”.
Exercícios de aplicação
Leia o texto e responda às questões.1. 
D
iv
ul
ga
çã
o.
Às vezes, em palavras que representam um desafio para os médicos de hoje. •
O Ministério da Saúde adverte:
Fumar pode causar câncer de pulmão.
Às vezes, em palavras cujos atos já não deveriam mais existir na sociedade. •
Receita de Aiatolá
Religiosos na Turquia e na Espanha aconselham o uso da violência para manter as espo-
sas submissas.
Não é que pessoas com deficiência não 
existem. São os outros que não as veem
Mara Gabrilli*
D
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o.
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Hoje podemos perceber mais a preocupa-
ção com a população idosa, com gestantes 
e famílias com carrinhos de bebê – que são 
consideradas pessoas com mobilidade redu-
zida. Foi preciso muito esforço para chegar 
até aqui, mas aos poucos a inclusão social 
das pessoas com deficiência vem ocupando 
seu espaço na capital.
Ainda falta muito, mas percebemos o 
início de um movimento, seja por parte dos 
governantes, seja por parte da sociedade. 
Mais precisamente, há um grupo relativa-
mente pequeno de profissionais que têm 
uma grande responsabilidade em suas 
mãos, que são os síndicos. Eles podem 
fazer toda a diferença para as três milhões 
de pessoas com deficiência ou mobilidade 
reduzida que vivem em São Paulo.
Apesar do número expressivo, são 
paulistanos que pouco vemos nas ruas por 
um simples motivo: a pouca acessibilidade 
da cidade, a começar pelos edifícios onde 
residem e suas calçadas. Essa é a primeira 
de muitas e imensas barreiras que preci-
samos enfrentar diariamente. Digo nós, 
em primeira pessoa, porque estou entre 
esses três milhões de paulistanos. Sofri um 
acidente de carro aos 26 anos de idade e 
fiquei tetraplégica.
Nestes 15 anos, desde que passei a me 
locomover em cadeira de rodas, já presen-
ciei avanços e participei, com orgulho, de 
muitas conquistas na construção de uma so-
ciedade justa e solidária, sem preconceitos 
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação.
Apesar do Poder Público ainda precisar 
investir muito em calçadas acessíveis, ôni-
bus adaptados, edificações com rampas e 
muitas outras estruturas que dependem de 
orçamento, a sociedade civil tem também 
a sua parcela de responsabilidade e seu 
papel a cumprir. Não podemos mais passar 
às pessoas a mensagem velada de que elas 
não deveriam sair de casa e que isso não é 
problema nosso. A falta de acessibilidade é 
um preconceito silencioso, porém extrema-
mente limitante.
A legislação brasileira já garante o 
acesso universal: da Lei Federal de Aces-
sibilidade (10.098/2000) e o Decreto 
Federal (5.296/2004) que a regulamenta, 
ao Código de Obras do Município de São 
Paulo que incorporou as normas técnicas 
brasileiras de acessibilidade (NBR 9050) 
em 1992 e a Lei Municipal 11.345/93 que 
dispõe sobre a adequação das edificações 
à pessoa com deficiência, além de outros 
documentos nacionais e internacionaisdos 
quais o Brasil é signatário.
Como bem sabemos, não basta que a lei 
exija as mudanças; é preciso ter consciên-
cia, vontade agir e começar a realizá-las den-
tro de nossas próprias casas, condomínios, 
estabelecimentos comerciais e calçadas, já 
que estes são de nossa responsabilidade.
Por isso, é de suma importância que os 
síndicos e administradores de condomínio 
se sensibilizem e criem um cronograma de 
obras de acordo com suas possibilidades 
orçamentárias visando ao bem-estar de to-
dos seus moradores, presentes e futuros. 
Nunca é demais lembrar que seremos ido-
sos um dia e precisaremos de facilidades 
para nosso ir e vir.
*Mara Gabrilli, 42, tetraplégica, psicóloga e publicitária, é 
vereadora da cidade de São Paulo. Fundadora da ONG Projeto 
Próximo Passo, hoje Instituto Mara Gabrilli, foi Secretária Mu-
nicipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da 
Prefeitura de 2005 a 2007. Site: <www.maragabrilli.com.br>.
(Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/ur-
banias/indexurb.htm>. Acesso em: 19 nov. 2009. Adaptado.)
2. 
Qual é o tema tratado no texto?a) 
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Qual é seu objetivo?b) 
Que parte da população poderia direta-c) 
mente influenciar a adaptação da arqui-
tetura às pessoas com necessidades 
especiais?
Qual é a relação entre a autora e o tema d) 
do texto?
O título do texto resume um pouco o as-e) 
sunto tratado nele. O que você acha do 
título desse texto? Que outro você colo-
caria?
Justifique o acento gráfico do vocábulo 3. 
ônix.
Acentue devidamente as palavras quando 4. 
necessário.
alguem juri
contemporaneo eter
helio oasis
refens fosseis (verbo)
rubrica faceis
ruim Tonico (nome próprio)
decada tonico
textil tatu
vulneravel Iguaçu
bisavo (fem.) hortensia
paleto torax
espelho cumplice
silencio (subst.) ambiguo
magoo ate
Acentue as palavras, quando necessário, 5. 
e justifique.
Aniversarioa) 
Eguab) 
Mac) 
Poluidod) 
Escandaloe) 
Biquinif) 
Baleg) 
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Nas frases a seguir, foram retirados os acen-6. 
tos gráficos das palavras. Copie as frases e 
acentue os vocábulos, quando necessário.
Os tres gatos siameses tinham o pelo a) 
cinzento, bem diferentes do cão pequi-
nes que ganhamos.
Você vai por o sapatinho atras da porta.b) 
O ônibus para em frente ao bar com mui-c) 
ta frequencia.
As pessoas de carater receiam os que d) 
agem de ma-fe.
Mario, você parece refem dos psicologos!e) 
Proposta de redação
Depois de ter lido o texto “Não é que pesso-
as com deficiência não existem. São os outros 
que não as veem”, faça um comentário sobre 
ele para enviar ao site de Gilberto Dimenstein, 
onde o texto está disponível.
Questões de 
processos seletivos
(UF. Ouro Preto-MG) Abaixo estão cinco 1. 
grupos de palavras. Analise-as quanto à 
acentuação gráfica e marque, depois, a 
opção correta.
Grupo 1: satanás, cortês, fé, bônus, ópio.
Grupo 2: conhecê-lo, movê-las, ítem, além, 
magna.
Grupo 3: tainha, eles crêem, eles têm, con-
tínua, ele contém.
Grupo 4: boêmia, ínterim, quilômetro, pera, 
ilhéu.
Grupo 5: juízo, balaústre, papéis, silépse, 
asteróide.
Apenas o grupo 1 está totalmente cor-a) 
reto.
Apenas os grupos 1 e 4 estão totalmen-b) 
te corretos.
Todos os grupos estão corretos.c) 
Apenas os grupos 3 e 4 estão totalmen-d) 
te corretos.
Todos os grupos contêm palavras incor-e) 
retas.
(UCEPEL-RS) Assinale a alternativa em que 2. 
todas as palavras estão acentuadas corre-
tamente.
Estreiam, intuito, ruim, perdoo.a) 
Leem, estreiam, luminária.b) 
Néctar, bauru, maquinaria.c) 
Ciclope, tainha, polens.d) 
Boêmia, caqui (fruta), apóio (substantivo).e) 
(UM-SP) Assinale a alternativa que contém 3. 
vocábulos que obedecem à mesma regra de 
acentuação da palavra tênue.
Agrônomo, índex, fóssil, díspar.a) 
Boêmia, herói, amáveis, imundície.b) 
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Amêndoa, mágoas, supérfluo, bilíngue.c) 
Míope, ímã, médiuns, volúvel.d) 
Argênteo, viúvo, baía, esferóide.e) 
(Fuvest)4. 
Nem sempre
Junqueira Freire
De rir irado, estridulo e sardonico
Que, como a seta, me transpasse as fibras;
De rir danado, que me inspira furias,
Às vezes gosto.
Transcreva o texto, acentuando correta-
mente os vocábulos cujos acentos foram 
omitidos.
(PUC-SP) Assinale a alternativa de vocábulo 5. 
corretamente acentuado.
Hífen.a) 
Ítem.b) 
Ítens.c) 
Rítmo.d) 
(UECE) São dissílabos paroxítonas os vo-6. 
cábulos:
seio, tinha, lábios.a) 
abria, cordões, meus.b) 
podia, aí, puxei.c) 
doía, caixa, senão.d) 
(Fuvest) Copie apenas as palavras que 7. 
devem ser acentuadas graficamente, colo-
cando os respectivos acentos:
boia – boa – doce – substitui-lo – reune – 
heroico – benção – parti-lo
(FGV) Assinale a alternativa que completa 8. 
corretamente as frases:
Normalmente ela não _______ em casa.1) 
Não sabíamos onde _______ os discos.2) 
De algum lugar _______ essas ideias.3) 
pára – pôr – provém.a) 
para – pôr – provém.b) 
pára – por – proveem.c) 
para – pôr – provêm.d) 
para – por – provém.e) 
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Gabarito
Exercícios de aplicação
2. 
A mobilidade das pessoas com necessi-a) 
dades especiais.
Conscientizar as pessoas, em especial b) 
os síndicos e administradores de condo-
mínio, sobre a importância de acessos 
para pessoas com necessidades espe-
ciais.
Síndicos e administradores de condomí-c) 
nio.
Ela mesma tem necessidades especiais.d) 
Resposta pessoal.e) 
Acentuam-se as paroxítonas terminadas 3. 
em “x”.
4. 
alguém júri
contemporâneo éter
hélio oásis
reféns fôsseis (verbo)
rubrica fáceis
ruim Tonico (nome próprio)
década tônico
têxtil tatu
vulnerável Iguaçu
bisavó (fem.) hortênsia
paletó tórax
espelho cúmplice
silêncio (subst.) ambíguo
magoo até
5. 
aniversário: paroxítona terminada em di-a) 
tongo.
égua: paroxítona terminada em ditongo.b) 
má: monossílabo tônico terminado em c) 
“a”.
poluído: “i” 2.d) a vogal do hiato e forma 
sílaba sozinha.
escândalo: proparoxítona.e) 
biquíni: paroxítona em “i”.f) 
balé: oxítona em “e”.g) 
6. 
Os três gatos siameses tinham o pelo a) 
cinzento, bem diferentes do cão pequi-
nês que ganhamos.
Você vai pôr o sapatinho atrás da porta.b) 
O ônibus para em frente ao bar com mui-c) 
ta frequência.
As pessoas de caráter receiam os que d) 
agem de má-fé.
Mário, você parece refém dos psicólogos.e) 
Questões de 
processos seletivos
B1. 
C2. 
C3. 
Estrídulo, sardônico, fúrias.4. 
A5. 
D6. 
substituí-lo – reúne – bênção.7. 
D8. 
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	Funções da linguagem
Introdução
O uso da linguagem acontece normalmente de modo automático para a maioria das pessoas 
que fazem uso dela. Essa é a razão pela qual dificilmente se percebe que o modo como a linguagem 
se organiza está diretamente ligado à função que se deseja dar-lhe, ou seja, à intenção de quem 
a utiliza. Nesta unidade, você verá que a linguagem desempenha diferentes funções, conforme a 
ênfase que se queira imprimir a cada um dos componentes do ato de comunicação.
Abordagem teórica
Funções da linguagem
O texto deve ser um conjunto de palavras e ideias que formam sentido, uma vez que o objetivo 
de todo texto é transmitir uma mensagem. No entanto, nem só de mensagens verbais vive o ho-
mem. A linguagem ultrapassa os limites da palavra. É possível, por exemplo, observar um quadro 
artístico e construir um sentido possível paraele, que pode ser o que o autor quis transmitir ou 
não. Importa que o sentido seja possível a partir do texto.
É preciso entender que o texto é sempre uma manifestação que pode ser expressa com ou 
sem palavras. Assim, é possível classificar a linguagem em:
verbal • : utiliza as palavras (a língua) como código.
não verbal • : emprega outros códigos como a cor, a forma, o movimento etc.
Toda comunicação tem como objetivo transmitir uma mensagem e funciona assim: um emissor 
emprega um código para mandar uma mensagem ao receptor.
A mensagem, por sua vez, refere-se a um contexto, e o suporte físico, que é o canal, transmite 
essa passagem do emissor para o receptor.
São seis as funções da linguagem. Conforme o tipo de mensagem, dá-se ênfase a um desses 
fatores.
Assim:
Quando se enfatiza Prevalece A função
canal fática
referente referencial
emissor emotiva
recepetor apelativa ou conativa
mensagem poética
código metalinguística
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Função emotiva ou expressiva
Também chamada de função expressiva da linguagem, a função emotiva enfatiza o 
emissor. Por essa razão é marcada pelo emprego de verbos e pronomes em 1.a pessoa 
(eu preciso, ... meu desejo, ... minha dor,...). Pode-se observar a função emotiva da linguagem nas 
cartas, nos poemas, nas letras de música, principalmente.
Veja a função emotiva ou expressiva da linguagem nesta estrofe da música “Tocando em 
frente”, de Almir Sater e Renato Teixeira:
Ando devagar porque já tive pressa
Elevo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz,
Quem sabe eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei
Função apelativa ou conativa
A linguagem conativa é assim designada porque a palavra significa “influenciar o outro por 
meio de um esforço”.
Por isso, essa função tem o objetivo de exercer influência no receptor.
A linguagem conativa ou apelativa é marcada pelos verbos no modo imperativo. Ela está pre-
sente, sobretudo, nos anúncios e propagandas.
Veja este exemplo:
“Deseja mais? Então PED – Programa de Especialização Docente” (Campanha de Divulgação 
– PED IESDE).
Veja que aqui temos uma sigla, PED, que se refere à Programa de Especialização Docente, 
mas que também quer dizer “pede”, gerando um duplo sentido à frase. O verbo está no imperativo 
e visa convencer o leitor a fazer os estudos.
Função referencial
A função referencial da linguagem acontece quando se observa o predomínio da informação 
e do conhecimento. Nos livros didáticos, por exemplo, há o predomínio dessa função.
Exemplo ` :
O Padre Antônio Vieira ficou célebre como orador, e seus sermões constituem a essência de sua obra, 
sobretudo pela riqueza de imagens, mas também soube comunicar suas ideias de maneira consciente, 
revelando grandeza humanitária e sentimento patriótico.
Função metalinguística
Observe esta definição encontrada no dicionário:
s.f. metalinguística: estudo das relações entre a língua e os demais sistemas.
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A função metalinguística está centrada no código e os dicionários são o melhor exemplo dessa 
função. Assim, para explicar uma função da linguagem, usou-se a própria linguagem. Quando se 
tenta explicar a linguagem por meio da própria linguagem, se está fazendo uso da função metalin-
guística.
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
. 
A
da
pt
ad
o.Você é tão
romântico!
“AMOR”
é um substantvo.
Simples.
Masculino.
Abstrato.
Romeu, o que
é o amor?
Função fática
Ela acontece quando o objetivo é o de ape-
nas “testar” o canal. É o caso que acontece, por 
exemplo, quando pegamos um microfone para 
observar se está funcionando e dizemos “alô, 
alô!”. Na verdade, não se espera obter nenhuma 
resposta para essa manifestação.
Exemplo `
– E aí, cara!
– Belê???
– Belê!!!
Função poética
A função poética está centrada na mensa-
gem, na organização das palavras, nas estraté-
gias e nos recursos que o narrador enfatiza ao 
colocar sua mensagem no papel.
Exemplo `
A onda
a onda anda
aonde anda
 a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda onda
 aonde?
 aonde?
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 4. ed. 
Rio de Janeiro: J. Olímpio, 1973.)
Regras especiais de 
acentuação gráfica
Acentos diferenciais
Após a reforma ortográfica, valem somente 
os seguintes acentos diferenciais:
pôde • (passado) para diferenciar de pode 
(presente)
por • para diferenciar de (preposição) de 
pôr (verbo)
Monossílabos tônicos
Os monossílabos tônicos seguem as mes-
mas regras das oxítonas. Assim, serão acentua-
dos todos os monossílabos tônicos terminados 
em -a, -e e -o, seguidos ou não de S.
Exemplos `
pá(s), pé(s), pó(s)
Ditongos abertos
Acentuam-se os ditongos abertos -éu, -éi, 
-ói, sempre que não estiverem na penúltima 
sílaba. Palavras paroxítonas em ditongo aberto 
não levam mais acento conforme a nova reforma 
ortográfica vigente desde janeiro de 2009.
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Exemplos `
chapéu, papéis, lençóis, véu, dói, coronéis etc.
Hiatos
Devem ser acentuados o i e o u, quando essas letras representarem a segunda vogal de um 
hiato.
Exemplos `
sa • ída, baú, saúde, juízes, caída, Ivaí, faísca, balaústre etc.
Notas:
Se essas letras (a) i e u) formarem sílaba com qualquer consoante, exceto o s, não devem 
receber acento.
Exemplos `
ca- • ir, ju-iz, Ca-im etc.
Também não recebem acento se estiverem seguidas de b) nh.
Exemplos `
rainha, bainha, tainha etc. •
Com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o trema (c) u) deixou de existir.
Ainda:
Se o u for pronunciado, mas tônico, emprega-se o acento agudo.
Exemplos `
averig • úe, obliqúe etc.
Verbos que requerem atenção especial
Ter Vir
3.a pessoa
Singular Ele tem Ele vem
Plural Eles têm Eles vêm
Verbos Derivados conter/ deter/ reter provir/ convir/ advir
3.a pessoa
Singular contém/ detém/ retém provém/ convém/ advém
Plural contêm/ detêm/ retêm provêm/ convêm/ advêm
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Notas:
As formas verbais lê, dê, crê, vê e seus 
derivados não têm mais o acento circunflexo 
no plural.
Exemplo `
Leem, deem, creem, veem, releem, descreem, 
reveem etc.
Elementos da narrativa
A narrativa nada mais é do que a represen-
tação, por meio de palavras, de um aconteci-
mento real ou fictício.
O elemento mais importante da narrativa é 
o enredo ou a história, uma vez que sem ela não 
há um caso. Observe também que ela acontece 
em determinado tempo, num determinado local 
ou espaço. A história é vivenciada por uma ou 
mais personagens, outro elemento importante 
da narrativa. E, por fim, sempre há alguém que 
conta a história, e a esse elemento damos o 
nome de foco narrativo.
Assim, podemos sintetizar:
Enredo • – é o conjunto de fatos da história 
a ser contada.
Tempo • – é o momento em que esses 
fatos acontecem.
Espaço • – é a definição do local onde as 
ações se realizam.
Personagem • – é quem participa pro-
priamente da história. Não há número 
definido de personagens para participar 
de uma narrativa. Os tipos são os mais 
variados e podem ser construídos confor-
me a observação do narrador.
Foco narrativo • – é preciso entender que 
sempre haverá alguém a contar a histó-
ria. Assim o narrador pode ser:
em 1. • a pessoa – o narrador é um “eu” 
que conta a própria história. Nesse 
caso, é o protagonista.
Observe:
O narrador também pode usar a 1.a pessoa 
para contar a história de outra. Nesse caso, ele 
é um mero observador dos fatos.
Exemplo `
Estou numa esquina de Copacabana, são duas 
horas da madrugada. Espero uma condução que 
me leve para casa. À porta de um “dancing”, 
homens conversam, mulheres entram e saem, 
o porteiroespia sonolento. Outras se esgueiram 
pela calçada, fazendo a chamada vida fácil.
De súbito a paisagem perturba. Corre um frêmi-
to no ar, há pânico no rosto das mulheres que 
fogem. Que aconteceu? De um momento para 
outro, não se vê mais uma saia pelas ruas – e 
mesmo os homens se recolhem discretamente 
à sombra dos edifícios. [...]
(SABINO, Fernando. “Quadrante I”.)
em 3. • a pessoa – o narrador não participa 
dos fatos. Ele apenas os relata, demons-
trando que conhece os pensamentos e 
sentimentos das personagens. Conta a 
história objetivamente.
Exemplo `
Redator de um vespertino desde a sua fundação, 
tendo comprado um apartamento, foi à reparti-
ção dar entrada nos papéis requerendo isenção 
de impostos de transmissão, como jornalista. 
Um funcionário pálido e de bigodinho antipático 
o atendeu. Depois de examinar os documentos, 
sorriu sadicamente:
 – O senhor não vai conseguir isenção.
 – Posso saber por quê? – perguntou o jorna-
lista.
 – Porque – explicou o homenzinho, juntando 
os dedos no ar e escandindo as palavras 
com precisão – estou aqui para selecionar 
papéis. [....]
(SABINO, Fernando. “A mulher do vizinho”.)
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Observe que ao lado da imagem do anúncio 
há um enunciado parecido com um verbete de di-
cionário. Sem dúvida, a intenção do anunciante é 
vender produtos da marca: embalagens de plás-
tico para armazenar alimentos na geladeira.
Temos no exemplo duas funções da lingua-
gem: a conativa (o anúncio) e a metalinguística 
(o emprego do “verbete”).
Para saber mais
D
iv
ul
ga
çã
o.
Mulher Tupperwa-
re. [Da sabedoria popular] 
S.í. A que tem orgulho de 
ser mulher. Que é ousada 
e audaciosa. Contemporâ-
nea. Vencedora. Que tem 
objetivos de vida e luta por 
eles. Sintonizada com o seu 
tempo. Que rejeita imita-
ções. Que aprecia o belo e o 
prático. De todas as raças. 
De todas as cores.
Exercícios resolvidos
Identifique a função da linguagem predomi-1. 
nante nos textos abaixo
Leia. Leia tudo e diariamente.a) 
Solução ` :
Conativa ou apelativa.
Observe que o verbo está no imperativo (leia) e 
o propósito é convencer o leitor da importância 
da leitura.
Quando a chuva cessava e um vento fino b) 
franzia a tarde tímida e lavada, eu saía a 
brincar pela calçada, nos meus tempos 
felizes de menino.
 Solução ` :
Função emotiva ou expressiva e também a fun-
ção poética.
Observe que verbos e pronomes estão empre-
gados na 1.a pessoa (função emotiva). A orga-
nização da mensagem em versos e a presença 
das rimas conferem.
O radical metro, de origem grega, sig-c) 
nifica medida e aparece em palavras 
que designam instrumentos para medir, 
como, por exemplo: “termômetro”, “ba-
rômetro”, “velocímetro” e outras.
 Solução ` :
Função referencial, uma vez que o propósito 
é transmitir a informação. No entanto, temos 
também a função metalinguística.
...após o sinal, deixe a sua mensagem d) 
ou, então, retorne mais tarde.
Solução ` :
Função fática.
Observe que não há intenção imediata de se 
estabelecer uma comunicação.
Reescreva as frases abaixo e acentue devi-2. 
damente as palavras, quando necessário.
As guerras tem feito muitas vitimas.a) 
Solução ` :
As guerras têm feito muitas vítimas.
Os garotos vem a escola porque tem b) 
vontade.
 Solução ` :
Os garotos vêm à escola porque têm vontade.
Não se detem o poder a força.c) 
Solução ` :
Não se detém o poder à força.
Os mediocres detem o povo por decreto.d) 
 Solução ` :
Os medíocres detém o povo por decreto.
Como se detem essa formula?e) 
Solução ` :
Como se detém essa fórmula?
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Sempre me magoo com facilidade.f) 
Solução ` :
Sempre me magoo com facilidade.
Todos creem em Deus.g) 
Solução ` :
Todos creem em Deus.
O garoto viu que a faisca pode queimar.h) 
Solução ` :
O garoto viu que a faísca pode queimar.
Não fiz a bainha porque a roupa ficou i) 
no bau.
 Solução ` :
Não fiz a bainha porque a roupa ficou no baú.
Perdoo com facilidade, mas ninguem cre.j) 
 Solução ` :
Perdoo com facilidade, mas ninguém crê.
Acentue, quando necessário, e justifique.3. 
Graúna a) 
Solução ` :
“U” tônico de hiato.
Cárieb) 
Solução ` :
Paroxítona terminada em ditongo.
Essênciac) 
Solução ` :
Paroxítona terminada em ditongo.
Dóid) 
Solução ` :
Monossílabo terminado em ditongo aberto “ói”.
Anéise) 
Solução ` :
Ditongo aberto “éi”.
Baleiaf) 
Solução ` :
não se acentua
Melanciag) 
Solução ` :
Não se acentua.
Saúvah) 
Solução ` :
“U” tônica de hiato.
Anzóisi) 
Solução ` :
Oxítona terminada em ditongo aberto “ói”, se-
guido ou não de “s”.
Eles contêmj) 
Solução ` :
3.a pessoa do plural do verbo conter derivado 
de ter.
Exercícios de aplicação
Leia o texto e responda às questões:1. 
Plebiscito
Artur Azevedo
A cena passa-se em 1890.
A família está toda reunida na sala de 
jantar.
O senhor Rodrigues palita os dentes, re-
pimpado numa cadeira de balanço. Acabou 
de comer como um abade.
Dona Bernardina, sua esposa, está 
muito entretida a limpar a gaiola de um 
canário belga.
Os pequenos são dois, um menino e 
uma menina. Ela distrai-se a olhar para o 
canário. Ele, encostado à mesa, os pés 
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cruzados, lê com muita atenção uma das 
nossas folhas diárias.
Silêncio.
De repente, o menino levanta a cabeça 
e pergunta:
– Papai, o que é plebiscito?
O senhor Rodrigues fecha os olhos ime-
diatamente para fingir que dorme.
– Papai?
Pausa:
– Papai?
Dona Bernardina intervém:
– Ó “seu” Rodrigues, Manduca está lhe 
chamando. Não durma depois do jantar que 
lhe faz mal.
O senhor Rodrigues não tem remédio 
senão abrir os olhos.
– Que é? Que desejam vocês?
– Eu queria que o papai me dissesse o 
que é plebiscito.
– Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer 12 
anos e não sabes ainda o que é plebiscito.
– Se eu soubesse não perguntava.
O senhor Rodrigues volta-se para dona 
Bernardina, que continua muito ocupada 
com a gaiola:
– Senhora, o pequeno não sabe o que 
é plebiscito!
– Não admira que ele não saiba, porque 
eu também não sei.
– Que me diz?! Pois a senhora não sabe 
o que é plebiscito?
– Nem eu, nem você; aqui em casa 
ninguém sabe o que é plebiscito.
– Ninguém, alto lá! Creio que tenho dado 
provas de não ser nenhum ignorante.
– A sua cara não me engana. Você é 
muito prosa. Vamos: se sabe, diga o que é 
plebiscito! Então? A gente está esperando! 
Diga! ...
– A senhora o que quer é enfezar-me!
– Mas, homem de Deus, para que 
você não há de confessar que não sabe? 
Não é nenhuma vergonha ignorar qualquer 
palavra. Já outro dia foi a mesma coisa 
quando Manduca lhe perguntou o que era 
proletário. Você falou, falou, e o menino 
ficou sem saber!
– Proletário, acudiu o senhor Rodrigues, 
é o cidadão pobre que vive do trabalho mal 
remunerado.
– Sim, agora sabe por que foi ao dicio-
nário; mas dou-lhe um doce se me disser 
o que é plebiscito sem se arredar dessa 
cadeira!
– Que gostinho tem a senhora em tornar-
me ridículo na presença destas crianças.
– Oh! Ridículo é você mesmo quem 
se faz. Seria tão simples dizer: – Não sei, 
Manduca, não sei o que é plebiscito; vai 
buscar o dicionário, meu filho.
O senhor Rodrigues ergueu-se de um 
ímpeto e brada:
– Mas se eu sei!
– Pois se sabe, diga!
– Não digo para me não humilhar diante 
de meus filhos! Não dou o braço a torcer! 
Quero conservar a força moral que devo ter 
nesta casa! Vá para o diabo!
E o senhor Rodrigues, exasperadíssi-
mo, nervoso, deixa a sala de jantar e vai 
para o seu quarto, batendo violentamente 
a porta.
No quarto havia o que mais precisava 
naquela ocasião: algumas gotas de água 
de flor de laranja e um dicionário...
A menina toma a palavra:
– Coitado do papai! Zangou-se logo de-
pois do jantar!

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