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Trabalho de Responsabilidade Social Uninove

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PAGE 
1
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE
Diretoria de Ciências Humanas.
Formação Especifica em Administração de Recursos Humanos.
Trabalho de Recursos Humanos: Contemporâneo e Perspectivas.
Responsabilidade Social. 
Idealizadores:
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Trabalho acadêmico para fins de avaliação da disciplina de Recursos Humanos: Contemporâneo e Perspectivas, turma 4ºA, do Campus Vergueiro Noturno, sob a orientação do Professor Corrado Cicotti.
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO
	2
	1-
	CONCEITO
	3
	2-
	RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL – O QUE É?
	3
	3-
	O QUE É SER ETICAMENTE RESPONSÁVEL?
	5
	3.1-
	Para entender esse tópico primeiro temos que saber o que é valores e ética
	6
	3.2-
	Exemplos de valores éticos
	6
	3.3-
	Implementar o código de Ética
	7
	3.4-
	Cinco princípios fundamentais
	9
	4-
	SER MAIS RESPONSÁVEL É FATOR DE COMPETITIVIDADE?
	10
	5-
	AS DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
	11
	5.1-
	Valores e Transparência
	11
	5.2-
	Faça sempre mais pelo meio ambiente
	12
	5.3
	Público Interno
	13
	5.4-
	Fornecedores
	14
	5.5-
	Consumidores/Clientes
	14
	5.6-
	Comunidades
	15
	5.7-
	Governo/Política
	15
	5.8-
	Esclarecimentos importantes sobre as atividades do Instituto Ethos
	16
	6-
	QUAIS OS DESAFIOS AO DESENVOLVER RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
	16
	6.1-
	Responsabilidade Social Ambiente Interno
	17
	6.1.2-
	Trabalho x Vida Pessoal
	17
	6.1.3-
	Fatores que influenciam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
	18
	6.2-
	Responsabilidade Social Ambiente Externo
	18
	7-
	QUAIS OS DESAFIOS AO DESENVOLVER RESPONSABILIDADE SOCIAL NO BRASIL E NO MUNDO
	19
	8-
	ANALISAR & JUSTIFICAR A APLICAÇÃO OU NÃO DO TEMA NA EMPRESA DE “SIMULAÇÃO DE RH”
	21
	9-
	CASE
	22
	9.1-
	Projeto Bolsa Faculdade Hirota
	22
	9.1.1-
	Números
	23
	9.1.2-
	Fontes de recursos dessa verba
	23
	9.2-
	O que o Hirota esta fazendo nesta ação?
	24
	9.2.1-
	Como funciona a ação?
	24
	CONCLUSÃO
	25
	BIBLIOGRAFIA
	25
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o aumento de problemas relacionados aos segmentos sociais e fatores ambientais gerou uma série de reflexões envolvendo questões como: a desigualdade social, a violência urbana, a má distribuição de renda, o desmatamento florestal, a poluição das cidades, o consumismo, o marketing deceptivo entre outros. Detectou-se que a qualidade de vida da sociedade estava sendo afetada e que haveria necessidade de se fazer algo para evitar um dano ainda maior à coletividade. Dentre estas opções estaria à atribuição de responsabilidades sociais à empresa.
A economia vem pressionando alguns segmentos no sentido de um posicionamento mais responsável socialmente, já que seus meios de produção, venda e comunicação acarretam, por vezes, impactos negativos à sociedade. O “Guia de Boa Cidadania Corporativa 2003” da Revista Exame, publicou o resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA – sobre as ações sociais do empresariado brasileiro. 
Embora possa ter números relativizados a respeito do conceito de responsabilidade social empresarial, constatou-se que o engajamento das empresas em projetos voltado à comunidade ultrapassou o estágio da tendência em que se encontrava no início da década dos anos 90 e se firmou como estratégia corporativa. Aproximadamente 60% das companhias pesquisadas participaram com ações de RS totalizando um investimento anual de 2,5 bilhões de reais. 
Porém, os resultados dessa pesquisa seriam muito mais significativos se nas empresas, realmente, pudesse ser mensurado o raio de alcance destas ações e o resultado obtido com elas a longo prazo. A pesquisa também mostrou que somente 2% dos investidores privados (empresas) controlam a destinação dos recursos, monitoram e verificam se suas ações implicariam melhoria de vida da população. Outros 86% afirmaram que só disponibilizaram verbas. O restante apenas acompanhava os trabalhos informalmente, sem metodologias precisas.
1. CONCEITO
O conceito de Responsabilidade Social é relativamente novo, nota-se os primeiros registros literários do tema em meados dos anos 50 nos Estados Unidos.
Segundo Bowen – 1953 Responsabilidade Social do Homem de negócios se refere às obrigações do homem de negócios de perseguir políticas, tomar decisões e seguir cursos de ações compatíveis com os objetivos e valores da sociedade.
Alguns estudiosos do assunto vêem na Responsabilidade Social uma forma das organizações se redimirem diante da sociedade, ou seja, uma ação meramente de marketing Social.
Porém, podemos chegar a conceito de que Responsabilidade Social é quando uma empresa que mesmo visando os lucros dos quais necessita para sobreviver se preocupa com a sociedade na qual vive, assim, procura promover o bem estar social (seja através do desenvolvimento social, educacional ou ambiental) independente da participação ou incentivo do governo.
2. RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL – O QUE É?
Há duas décadas no Brasil era quase impossível imaginar que algum dia uma empresa pudesse ser avaliada pelo mercado, a partir de seu desempenho ético e do relacionamento que ela tem com a comunidade e demais públicos de interesse (stakeholders). No entanto, o país tem percebido, cada vez mais, uma força mobilizadora tomando conta da consciência dos indivíduos e sensibilizando as mais variadas instituições.
Esse fenômeno, denominado Responsabilidade Social Empresarial vem sendo discutido incessantemente no meio empresarial e acadêmico, despertando na sociedade, a importância da atuação socialmente responsável pelas organizações em geral.
No meio empresarial brasileiro pode-se perceber duas visões distintas sobre a atuação social: a visão pós-lucro e a visão pré-lucro da Responsabilidade Social Empresarial.
A primeira visão surge da mentalidade clássica da Administração de Empresas, a da pura e simples maximização dos lucros, na qual a análise ambiental não é utilizada como ferramenta estratégica. Neste contexto, as ações normalmente partem após um acontecimento nas comunidades vizinhas, com repercussões negativas para a empresa, como desastres ambientais, situações diversas de calamidade, elevados índices de criminalidade, analfabetismo, péssimas condições de saneamento, dentre outros diversos tipos de carências sociais.
A segunda tem como objetivo maior, o desenvolvimento sustentável da sociedade, fazendo parte do planejamento estratégico da organização, apontando para o equilíbrio entre atuação corporativa, ética e compromisso social.
Atualmente fatores como educação, saúde, meio ambiente, segurança, cultura, esporte e lazer são responsáveis pela continuidade de um crescente ciclo de consumo e pelo desenvolvimento de toda a cadeia produtiva em torno da sociedade.
Por tudo isso, as empresas e as comunidades devem zelar pelo consumo consciente, ou seja, o uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas e tragam uma melhor qualidade de vida à população, ao mesmo tempo que minimizem a utilização de recursos naturais, materiais tóxicos, a emissão de poluentes, de forma a não prejudicar as futuras gerações. Somente assim, as empresas tornam-se verdadeiras empresas-cidadãs, gerando consumidores responsáveis e buscando continuamente a solução ou, ao menos, a diminuição das carências sociais existentes.
O tema está sendo amplamente discutido, mas ainda é só o começo de uma verdadeira revolução no meio empresarial. Para que isso se torne, de fato, parte da cultura das organizações, cabe aos profissionais que lidam com as informações e com relacionamento público, tomar partido na consolidação dessas mudanças, no intuito de divulgar cada vez mais a Responsabilidade Social Corporativa e, ao mesmo tempo, ser capaz de se inserir neste contexto, orientando a gestão empresarial no caminho da empresa-cidadã.
O conceito de Responsabilidade Social Empresarial vem se consolidando como uma iniciativa interdisciplinar, multidimensional e associada a uma abordagem sistêmica, focada nas relações entre os públicos, ligados direta ou indiretamenteao negócio da empresa. Portanto, é imprescindível a sua incorporação à orientação estratégica da empresa, refletida em desafios éticos para as dimensões econômica, ambiental e social dos negócios.
Sendo assim, o profissional de Recursos Humanos, está se tornando um agente fundamental, dentro deste contexto, porque detém as qualidades necessárias para lidar com a Responsabilidade Social. Além de ser capaz de gerenciar o relacionamento da empresa com o seu público-alvo, está apto a desenvolver o planejamento das comunicações, auxiliado pela utilização de pesquisas qualitativas exploratórias e estudos quantitativos, na formulação e no controle de estratégias que visam ao desenvolvimento de habilidades interpessoais, liderança e trabalho em equipe, formas de canalização da motivação dos funcionários e de geração de um clima organizacional positivo, identificado com o envolvimento em ações voluntárias na comunidade.
O fortalecimento da Responsabilidade Social Empresarial por meio do know-how e das estratégias gera nos consumidores e, em todos os outros grupos ligados à empresa, atitudes que propiciam um retorno social. Este retorno social é representado por benefícios de diversas ordens (econômico-financeiros, estratégicos, éticos e motivacionais). Dentre eles o fortalecimento do conceito em relação aos seus públicos de interesse, a potencializarão da marca, a lealdade dos clientes já existentes e a conquista de novos, uma maior divulgação na mídia, a obtenção de reconhecimento público, o aumento da auto-estima e da motivação dos funcionários.
Esse é o compromisso da empresa com um novo tempo, posicionando-se como uma forte liderança dessa ação transformadora, que torna o mercado um círculo virtuoso, onde todos são clientes, parceiros e fornecedores cumprindo seus papéis, em bases sólidas, na busca de uma sociedade mais justa.
É valioso perceber que atualmente as empresas e as pessoas estão dispostas a colaborar com sua parte, para que todos tenham melhores oportunidades, garantindo o diálogo, a participação e, consequentemente, o resgate da cidadania. Por isso, é essencial que as empresas façam parte desse movimento de Responsabilidade Social Corporativa e que os profissionais de todas as áreas atuem como verdadeiros agentes de mudança, dando a sua contribuição para a criação da empresa-cidadã.
3. O QUE É SER ETICAMENTE RESPONSÁVEL?
A ética é à base da responsabilidade social, expressa nos princípios e valores adotados pela organização. Não há responsabilidade social sem ética nos negócios, não adianta uma empresa pagar mal seus funcionários, corromper seus clientes, pagar propinas aos fiscais do governo e ao mesmo tempo, desenvolver programas voltados a entidades sociais da comunidade. Essa postura não condiz com uma empresa que quer trilhar um caminho de responsabilidade social. É importante haver coerência entre ação e discurso. Transparência é outro conceito que muito tem a ver com ética, sua falta na condução dos negócios pode prejudicar não só clientes e consumidores, mas também a própria empresa. Se ela sonega, uma informação importante sobre seus produtos e serviços, poderá ser responsabilizada.
A ética é um tema raramente discutido nas empresas. No entanto, alguns estudos demonstram que agir com integridade e sentido de ética compensa, pois atrai os melhores colaboradores, fideliza clientes e cria uma cultura forte.
3.1- Para entender esse tópico primeiro temos que saber o que é valores e ética:
• Valores: conjunto central de crenças e princípios considerados como desejáveis pelos grupos de indivíduos. Os valores derivam da inserção do indivíduo numa dada cultura.
Juntamente com as atitudes, as crenças e os comportamentos, eles formam uma espiral contínua de cultura comunitária. Há, todavia, valores que transcendem os limites da cultura em que são refletidos, transformando-se em valores universais.
• Ética: sistema de princípios ou práticas, e uma definição do que é certo ou errado.
Tem a ver com o julgamento de valores do conteúdo moral de uma determinada conduta ou comportamento.
3.2 - Exemplos de valores éticos
Credibilidade:
· Honestidade
· Integridade
· Cumprimento de Promessas
· Lealdade
Respeito:
· Autonomia
· Privacidade
· Dignidade
· Cortesia
· Tolerância
· Aceitação das diferenças
Responsabilidade:
· Busca da excelência
· Tolerância ao erro
· Descentralização
Compaixão:
· Consideração
· Partilha
· Gentileza
· Amizade
Justiça e justeza:
· Justeza procedimental
· Imparcialidade
· Consistência
· Equidade
Cidadania:
· Respeito pela Lei
· Noção de Comunidade
· Proteção do ambiente
3.3- Implementar o código de ética
Quantas vezes, enquanto gestores, nos deparamos com situações em que o fator ética nos é apresentado de forma contundente: Podemos dar-nos ao luxo de sermos éticos, se a nossa concorrência não é? De que nos adianta agirmos eticamente se perdermos negócio? Como deveremos agir se um colaborador nosso contorna as regras? Principalmente se ele ou ela é um dos colaboradores mais produtivos?
Enquanto colaboradores, os dilemas não são mais pacíficos: O que ganho eu se agir eticamente? Porque devo ser o primeiro na empresa a tentar fazer as coisas de forma diferente? Será que o meu diretor me vai apoiar?
Saber responder a estas questões sem dificuldade é um bom indicador de que a sua organização mantém elevados padrões éticos. No entanto, para que seja possível clarificar muitas destas questões, é necessário um longo processo de reflexão. Antes de começar a implementar um código de ética deverá debater-se internamente com o maior número possível de colaboradores e incluir os seguintes pontos na agenda:
· Análise da legislação relevante para o seu ramo de atividade. Analise e verifique se a lei é cumprida escrupulosamente na sua empresa; se não é, defina um plano de ação concreto para o ser;
· Faça um brainstorming na sua empresa para identificar os três ou quatro valores éticos mais importantes para o sucesso na sua área de atividade em geral e que valores são distintivos da sua empresa em particular. 
· Nomeie alguns colaboradores-chave e encarregue-os de entrevistar as pessoas na sua empresa com o intuito de identificar as questões éticas mais comuns na empresa. Procure tipificar estas questões e defina qual o comportamento adequado perante cada situação específica;
· Para cada um dos valores éticos definidos pela sua empresa, descreva as razões que levaram à sua escolha e indique vários exemplos de situações concretas que ajudem os seus colaboradores não só a compreender os valores, mas principalmente a aceitá-los e interiorizá-los. Não é possível que as pessoas ajam em conformidade com valores éticos se não acreditarem neles ou se os valores da empresa forem contrários aos valores pessoais; este aspecto pode fazer toda a diferença entre mais um procedimento e a criação de uma cultura de empresa forte; 
· Para cada um dos valores, defina dois ou três tipos do comportamento esperado. Com a associação de exemplos a valores, as pessoas irão compreender a filosofia da empresa e relacioná-la com ações concretas;
· Antes de anunciar formalmente a implementação do novo código de conduta ética, procure ouvir o feedback do maior número possível de colaboradores e assegure-se que as pessoas se compreendem e se identificam com os valores e comportamentos esperados definidos pelo código de conduta;
· Comunique o código de conduta ética e assegure-se que todos tomaram conhecimento. Difunda-o, o mais possível incluindo os principais stakeholders da empresa: clientes, fornecedores, bancos e outros parceiros. Se possível, faça uma brochura com um resumo do código de conduta ética e divulgue-o amplamente pela empresa, publique-o no seu website.
A ética apenas acontece quando os valores conduzem a bons comportamentos, pois sem ação apenas se têm boas intenções.
O comportamento não ético, aquele no qual as pessoas pretendem, intencionalmente, prejudicar-se a elas próprias ou aos outros, surge, e é reforçado, por estados mentais destrutivos e dolorososcomo o medo, a cobiça, a raiva e a inveja. Ao contrário, o comportamento ético aumenta o bem-estar de todos porque surge, e é reforçado, por motivos e emoções como o amor, a alegria, a generosidade e a compaixão. São as pessoas que estão na base do comportamento ético. Um esforço diligente de conversas frequentes entre gestores e colaboradores sobre o que realmente são os padrões pelos quais todos se orientam, irá ajudar a eliminar determinadas zonas cinzentas.
3.4- Cinco princípios fundamentais
Quando estiver construindo a política de ética na sua empresa, deve decidir o que quer que a sua empresa simbolize escrevê-lo e reforçá-lo. Para tornar este processo um pouco mais concebível, poderá baseá-lo em cinco princípios fundamentais:
· Objetivo: o objetivo conjuga tanto a visão como os valores que gostaria de ver sustentados na sua empresa. Vem do topo e esboça especificamente o que é considerado aceitável ou não em termos de conduta na sua empresa.
· Orgulho: O orgulho constrói a dignidade e a auto-estima. Se os empregados estiverem orgulhosos da empresa em que trabalham e naquilo que fazem nela, estarão mais aptos para agir eticamente.
· Paciência: Uma vez que se deve focar nos resultados a longo prazo, em detrimento dos de curto prazo, deverá desenvolver certo grau de paciência. Sem ela, irá ficar frustrado e ficará facilmente mais vulnerável a optar por alternativas não éticas.
· Persistência: Persistência significa manter a sua palavra. Significa comprometimento. Se não estiver comprometido com a ética que delineada, então elas tornam-se inúteis.
· Perspectiva: Parar e refletir sobre o rumo do seu negócio, porque o delineou dessa maneira e como irá chegar lá, permite-lhe tomar as melhores decisões tanto a curto como a longo prazo.
Não se esqueça que a auto-avaliação desempenha um papel crítico e central.
Periodicamente examine e reflita sobre os seus próprios comportamentos para assegurar que está num caminho ético. Ser ético - no trabalho e fora dele - não deverá significar agir de modo diferente. A atenção dedicada à ética não é algo que se ligue e desligue. Para ser significativo, praticar a ética deverá fazer parte do seu dia ao dia.
Foque-se naquilo que gostaria que o mundo fosse.
4. SER MAIS RESPONSÁVEL É FATOR DE COMPETITIVIDADE?
Um argumento frequentemente utilizado por gestores mais céticos é o de que tudo o que interfere na gestão de uma empresa, enquanto geradora de lucros, não tem valor, aumenta os custos e por isso deve ser eliminado. Outro argumento frequentemente utilizado por outro tipo de céticos é que as empresas que não agem eticamente, externalizam custos para a sociedade e por isso não deveriam existir ou deveriam pagar um preço por isso.
Ambos os argumentos são fortes e partem do princípio que a ética e os lucros não se misturam. Algumas descobertas recentes indicam que, tal como a gestão verde, a gestão eticamente responsável produz melhores resultados.
Num estudo realizado pelo Institute for Business Ethics no Reino Unido (Does Business Ethics Pay), encontrou uma ligação positiva entre os indicadores financeiros e o compromisso com valores éticos nas empresas. Mais concretamente, partindo de uma amostragem de 350 empresas do FTSE, concluiu-se que as que possuem um código de ética obtiveram consistentemente durante um período de quatro anos, melhores resultados financeiros do que empresas idênticas sem esse código. Os valores medidos foram o EVA (Economic Value Added), o MVA (Market Value Added) e o P/E Ratio (Price-to-earnigns ratio).
A relação entre a ética e os lucros, não deve ser colocada numa perspectiva de curto-prazo. Não é só porque se age eticamente que se alcançam melhores resultados financeiros.
No entanto, a maneira como os valores das empresas são representados e desenvolvidos pelo código de ética tem impacto na atuação financeira das empresas à longo prazo. Quanto mais se vivem os valores da empresa, mais fácil é decidir e gerir com confiança e menos probabilidades existem de prejudicar a imagem da empresa. Um comportamento eticamente responsável influencia positivamente o ambiente externo: clientes e fornecedores adotam mais facilmente a mesma postura ética. Os custos relacionados com uma possível fraude e corrupção diminuem, a rotação dos colaboradores mais importantes diminui também. Cria-se um ciclo virtuoso e um ambiente propício à inovação.
Que razões poderão estar por detrás de um aumento do comportamento empresarial não ético? De acordo com o estudo "The Ethical Enterprise, A Global Study for Business Ethics", verificamos que, para a maioria das 1100 pessoas participantes no estudo, a resposta número um à questão "Fatores que podem, muito provavelmente, comprometer os Padrões Éticos", foi a pressão para atingir prazos e objetivos de negócio irrealistas. A definição da estratégia deve considerar a política ética da empresa.
Nem é preciso ser um bom observador para verificar que as empresas socialmente responsáveis, que pensam não somente no lucro, mas, acima de tudo, no ser humano, são mais valorizadas e reconhecidas, com a preferência dos seus clientes. Essas ações estão se transformando numa poderosa vantagem competitiva no desenvolvimento dos negócios das organizações, já que os consumidores valorizam a preocupação das empresas em tornar a sociedade mais equilibrada, com menos injustiças e desigualdades.
5. AS DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
O Instituto Ethos de responsabilidade Social Empresarial (www.ethos.org.br) estabelece 7 diretrizes que sintetizam de maneira clara os aspectos que fazem parte de uma gestão socialmente responsável. Estes indicadores permitem que as empresas tanto direcionem seus esforços de gestão como façam uma auto-avaliação de seu desempenho nos temas:
5.1 - Valores e Transparência
Adote valores e trabalhe com transparência. Cada procedimento e decisão do dia a dia refletem os valores e princípios que uma empresa tem. Por isso é fundamental manter a coerência entre o discurso e a prática e atender às expectativas sociais com transparência. Este compromisso é a base para o bom relacionamento da empresa com os públicos com os quais se relaciona.
O que você pode fazer?
· Criar e divulgar a visão e a missão de sua empresa;
· Defina e divulgue os valores éticos de sua empresa;
· Estabeleça canis de comunicação para discutir as decisões de sua empresa;
· Ressalte os itens sobre direitos humanos que pretende valorizar em suas ações.
5.2 - Faça sempre mais pelo meio ambiente.
As empresas de ecoturismo e turismo de aventura dependem do meio ambiente ou de seus recursos para realizar suas atividades. É parte essencial de sua responsabilidade social evitar o mau uso destes recursos (energia, água, vegetação, fauna, rochas). 
Gerenciar uma empresa com responsabilidade ambiental é procurar reduzir as agressões ao meio ambiente e promover a melhoria das condições ambientais.
Colocar os resíduos em local e forma apropriados (coleta seletiva), reduzir o barulho na vizinhança, incentivar a economia de energia não são apenas formas de reduzir o impacto ambiental. Iniciativas como essas podem ser também fontes geradoras de lucro e de ganhos de imagem. Tal atitude consiste na retribuição pelo uso dos recursos que utiliza e na minimização dos danos que podem ser causados por suas atividades.
O que você pode fazer?
· Definir e respeitar princípios de sua relação com o meio ambiente;
· Incentivar os funcionários a conservar a natureza;
· Estabelecer política ecológica de compras;
· Reduzir;
· Reutilizar;
· Reciclar;
· Utilizar produtos reciclados;
· Evitar produtos que gerem muitos resíduos;
· Reduzir o uso de produtos tóxicos;
· Descartar produtos tóxicos de forma segura;
· Administre o uso de energia com eficiência;
· Use iluminação inteligente;
· Acabe com vazamentos de água;
· Instale acessórios para economia de água;
· Crie um sistema de reciclagem;
· Utilize técnicas de construção ecologicamente corretos.
5.3 - Público Interno
Valorize empregados e colaboradores.
Empresas socialmenteresponsáveis vão além do simples respeito os direitos trabalhistas. O princípio aqui é  aperfeiçoar constantemente as relações empregado–empresa. Estabeleça contato cada vez mais profundo com as pessoas que fazem a sua empresa ser o que é! Isso pode acelerar o processo de qualificação de sua empresa como socialmente responsável.
O que você pode fazer?
· Comprometa-se em cumprir as leis trabalhistas;
· Incentive que seus funcionários tragam novas idéias para a empresa;
· Sempre que possível, contrate funcionários de diferentes origens, inclusive divulgando que seus processos e contratação possuem critérios não discriminatórios;
· Invista no treinamento de sua equipe e procure dar oportunidades a todos;
· Tenha diretrizes claras contra assédio sexual;
· Incentive e reconheça o progresso de seus funcionários;
· Procure dar autonomia aos funcionários;
· Informe sobre o desempenho da empresa;
· Se possível, crie sistemas de participação nos lucros;
· Se houver necessidade de redução de equipe, faça-o de forma digna;
· Ajude os funcionários a manter os filhos na escola;
· Avalie como pode ajudar a atender as necessidades dos funcionários;
· Promova hábitos saudáveis, estimule a prática de atividades físicas e auxilie em casos de dependência química.
5.4 - Fornecedores
Envolva Parceiros e Fornecedores
Procure criar um diálogo saudável com seus fornecedores, cumprindo os contratos e incentivando para que também assumam compromissos de responsabilidade social.
Divulgue seus valores às empresas parceiras. Selecione parceiros que também sejam comprometidos em oferecer condições de trabalho semelhantes às de seus funcionários e evite terceirizar serviços para empresas onde haja degradação das condições de trabalho!
O que você pode fazer?
· Deixe claros seus princípios e práticas e conheça a dos seus parceiros antes de firmar qualquer compromisso;
· Formalize compromissos quanto ao cumprimento quanto às práticas trabalhistas;
· Estabeleça um clima colaborativo com seus parceiros.
5.5 - Consumidores / Clientes
Proteja Clientes e Consumidores.
O cliente é a razão da existência de seu negócio! Desenvolver produtos e serviços confiáveis, aliando qualidade e segurança, fornecer instruções e informar sobre riscos potenciais, eliminar danos à sua saúde são ações evidentemente importantes.
Pense em qualidade em todas as etapas. É de sua responsabilidade manter a credibilidade, a eficiência e a segurança serviços, observando padrões técnicos cabíveis como, por exemplo, as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), as prescrições da Vigilância Sanitária e o Código de Defesa do Consumidor
O que você pode fazer?
· Ofereça informações corretas, específicas e justas;
· Proíba formas antiéticas de comercialização;
· Evite publicidade ‘tóxica’;
· Incentive sugestões e críticas para melhorar seus produtos/ serviços;
· Procure criar produtos que satisfaçam as necessidades de grupos sociais específicos (idosos, portadores de necessidades especiais, minorias).
5.6 - Comunidades
Promova sua Comunidade.
A relação que uma empresa tem com as comunidades de seu entorno ou com as que são afetadas por sua atividade é um dos principais exemplos dos valores com os quais está comprometida!
Respeito aos costumes e à cultura local, contribuição em projetos educacionais, em ONGs ou organizações comunitárias, destinação de verbas a instituições sociais e a divulgação de princípios que aproximam seu empreendimento das pessoas ao redor são algumas das ações que demonstram o valor que sua empresa dá à comunidade. 
Um entrosamento saudável e dinâmico com os grupos representativos locais na busca de soluções conjuntas para os problemas comunitários fará do seu empreendimento um parceiro da comunidade, reconhecido e considerado por todos.
O que você pode fazer?
· Busque identificar e encontrar soluções para os problemas em conjunto;
· Investa na comunidade;
· Procure empregar colaboradores de comunidades próximas;
· Incentive seus funcionários a participarem de projetos no entorno;
· Ofereça apoio e faça parcerias com escolas locais.
5.7 - Governo / Política
Comprometa-se com o Bem Comum
Relacionar-se de forma ética com o poder público e cumprir as leis fazem parte da gestão de uma empresa socialmente responsável. 
Ser ético, nesse caso, significa cumprir as obrigações, recolher impostos e tributos, alinhar os interesses da empresa com os da sociedade, comprometer-se com o combate à corrupção, contribuir para projetos e ações governamentais voltados para o aperfeiçoamento de políticas públicas na área social entre diversas ouras iniciativas.
Em resumo: contribuir decisivamente para o desenvolvimento de sua localidade,  região e país.
O que você pode fazer?
· Participar de forma transparente;
· Combater a corrupção;
· Participar das instâncias de discussão e de governança existentes para a sua atividade e outras em que tiver interface.
5.8- Esclarecimentos importantes sobre as atividades do Instituto Ethos
· 
O trabalho de orientação às empresas é voluntário, sem nenhuma cobrança ou remuneração.
Não fazemos consultoria e não credenciamos nem autorizamos profissionais a oferecer qualquer tipo de serviço em nosso nome.
· 
Não somos entidade certificadora de responsabilidade social nem fornecemos “selo” com essa função.
· 
Não permitimos que nenhuma entidade ou empresa (associada ou não) utilize a logomarca do Instituto Ethos sem o nosso consentimento prévio e expressa autorização por escrito.
· 
Para o Instituto Ethos “A ética é à base da responsabilidade social, expressa nos princípios e valores adaptados pela organização. Não há responsabilidade social sem ética nos negócios.
6. QUAIS OS DESAFIOS AO DESENVOLVER RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
A Responsabilidade Social esta presente a cada dia mais dentro das organizações. Podemos ver que em sua grande maioria as empresas aderem a este projeto de vida, beneficiando a Sociedade e a própria organização.
A empresa é responsável por seus atos diante da sociedade pois nela vive,assim, podendo ocorrer Responsabilidade Social ou não.
Podemos usar um exemplo básico e pratico de inicio: Uma empresa fabricante de celulose (papel) derruba árvores para fazer sua produção de papeis, porem ela planta outra no lugar da que foi derrubada, exercendo assim sua responsabilidade junto à sociedade e evitando o desmatamento.
É um grande desafio a implantação da Responsabilidade Social dentro das organizações, pois se trata de lidar com pessoas Nos últimos tempos, houve a ampliação da Responsabilidade Social Empresarial e em resposta desse processo, surgem novos desafios como características da globalização e do advento das tecnologias. Com a abordagem da questão da igualdade de oportunidades e o discernimento na seleção de funcionários, há incentivo para melhorar o nível de conhecimento dos empregados através de capacitação continuada ou de cursos necessários ao seu aprimoramento profissional. Dentro de um mundo em transformações, um projeto de responsabilidade social só traz conseqüências positivas para a sociedade, e para a empresa, se for realizado de forma legítima. Um programa de Responsabilidade Social pode desenvolver atividades criativas dentro de um contexto.
6.1 - Responsabilidade Social Ambiente Interno.
· Evitando o assédio moral;
· Equilíbrio trabalho x família;
· Contratação responsável;
· Redução de quadro responsável;
· Saúde, segurança e bem-estar.
Quando uma organização se dispõem a implantar Responsabilidade Social no ambiente interno ela esta aceitando o desafio de buscar soluções, investimentos e o balanceamento entre a vida pessoal e a vida profissional dos seus colaboradores e que fique claro que as empresas não são obrigadas a implantar Responsabilidade Social, tanto interno quanto externo.
Vamos citar um item no ambiente interno das organizações:
6.1.2 - Trabalho x Vida Pessoal.
O relacionamento entre empresa e família tem sofrido, ao longo dos anos, pontos e contrapontos. Os programas que visam equilibrartrabalho e família 
Congregam: Horário flexível, semanas com menos de cinco dias, desde que mantida a carga horária; tele trabalho, que consiste em trabalho fora do local habitual, podendo ser em casa ou em outro lugar; bem-estar, que inclui exercícios físicos e saúde; assistência por meio de produção grama que visam cuidados com crianças e idosos.
Para que um programa de balanceamento entre trabalho e família seja efetivamente praticado, é necessário que os valores que o suportam estejam incorporados na cultura da organização. Só é possível equilibrar a vida pessoal com a profissional se as duas estiverem em sintonia, então é de responsabilidade da empresa conseguir equilibrar estes dois pontos visando sempre o espelho da organização.
Um funcionário que passa mais horas no trabalho e menos horas com a família terá uma sobrecarga e em algum momento não será produtivo para a empresa e terá problemas pessoais e que refletirão no ambiente interno de trabalho.
6.1.3 - Fatores que influenciam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal:
Horas de trabalho Horas dedicadas à vida pessoal
Sobrecarga de trabalho Programas de balanceamento
Medo de demissão Trabalho x Família
Podemos afirmar que tanto a pessoa que consegue êxito no ambiente profissional conseguirá êxito no campo pessoal e assim se torna feliz e realizada.
As organizações tem por consequência manter o ambiente de trabalho de seus funcionários o mais agradável e sensato possível.
6.2 - Responsabilidade Social Ambiente Externo.
· Ambiente Externo
· Gestão responsável;
· Cadeia logística;
· Cadeia produtiva;
· Meio ambiente.
Devemos afirmar que as empresas não são ONG (organização não governamental ) e por isso não são obrigadas assumir a responsabilidade dos problemas da sociedade. As coisas relevantes que a empresa faz junto à sociedade é feita por uma questão de mercado, de marketing.
E as razões são as seguintes:
Primeiramente vemos a concorrência que cada dia que passa é maior. Um simples produto pode ter inúmeras empresas querendo fabricar e destituir. A segunda razão é a qualidade dos produtos e serviços dos concorrentes que se torna diariamente equivalentes entre eles.
Por isso as empresas tem que ser diferente e com isso a Responsabilidade Social está fazendo a diferença dentro de algumas organizações. Assim, a grande razão “empresarial” para que uma empresa seja socialmente responsável não é “filantropia” ou “consciência social elevada” como sempre queremos fazer crer. A grande razão é que as empresas socialmente responsáveis terão maiores resultados financeiros, de mercado, de caixa e o gosto do cliente. E sabem o porquê elas agem assim? Trata-se de uma questão de sobrevivência. 
Se hoje os produtos e serviços estão cada dia mais iguais ao da concorrência o jeito é desenvolver formas de ''captar'' os clientes utilizando a Responsabilidade Social e mostrando que está contribuindo para a melhoria do meio ambiente.
Também temos ONG'S que trabalham em pró deste seguimento, mais este assunto fica para a próxima.
7. QUAIS OS DESAFIOS AO DESENVOLVER RESPONSABILIDADE SOCIAL NO BRASIL E NO MUNDO
Moreira (2002) assegura que existe no país uma consciência social que clama pela prática da ética empresarial, assim como um ambiente jurídico que propicia e exige este comportamento. 
Isto revela que a sociedade brasileira deseja que as empresas aqui estabelecidas e as multinacionais que tem a pretensão de realizar atividades em nosso país tenham como propósito aferir seus lucros através de procedimentos que respeitem os princípios éticos em todo o grupo de stakeholders.
Sabe-se que discutir e definir padrões éticos dentro de uma organização não é uma tarefa fácil, ainda mais em um país como o Brasil, onde ainda emperra na consciência dos empresários e governantes a lei de tirar proveito em tudo e violar as regras morais. Mas este tem sido o caminho percorrido por diversas empresas para se protegerem e garantirem seu espaço no mercado. Os processos estratégicos, as buscas por alguns diferenciais em relação aos concorrentes têm sido realizadas de forma constante. As organizações não podem mais obter aquela visão estreita de que investir em novas tecnologias e estratégias agressivas é o único caminho a percorrer para proporcionar melhores resultados e com isto atendendo somente os interesses dos investidores das organizações e seu fortalecimento no mercado. Para Arruda (2003) a ética empresarial não é uma questão de conveniência, é uma condição necessária para a sobrevivência da sociedade. A ausência dos valores morais é o pior dos males que podem afligir toda a sociedade, é como se fosse uma doença que se espalha por todo organismo destruindo cada uma de suas cadeias de funcionamento, reduzindo assim o nível de confiabilidade e tornando-se insustentável todo o convívio social.
Para as empresas se manterem competitivas e ainda proporcionarem índices financeiros e econômicos capazes de satisfazerem os interesses dos investidores, tem adquiridos novas competências. Para isto não bastam apenas oferecerem produtos de qualidade, são necessários novos atributos, pois os consumidores estão cada vez mais exigentes. Neste contexto a implantação de uma conduta ética dentro das organizações poderá contribuir com excelentes resultados, não só no campo social como também no financeiro, proporcionando aos investidores resultados superiores a investimentos da mesma natureza.
É fácil perceber que falhas éticas junto de colaboradores geram descontentamento e saídas dos melhores talentos à primeira oportunidade, falhas éticas junto de clientes originam perdas de clientes e por aí adiante.
Para enfrentar todas as ameaças que a liberalização do mercado pode proporcionar, as organizações deverão adotar um novo perfil, ou seja, procurar estabelecer e desenvolver uma conduta ética dentro das organizações, que já tem sido praticada por algumas empresas, onde já existem departamentos próprios, que proporcionam treinamentos aos funcionários sobre o assunto, tudo agindo eticamente. 
A mídia, as instituições financeiras, investidores, entre outros, necessitam mudar a forma de avaliação das organizações, que atualmente atribuem valores baseados somente nas demonstrações contábeis valorizando apenas os resultados, onde transmitem a imagem que as melhores empresas são aquelas que conseguiram obter resultados econômicos – financeiros acima do mercado e acabam deixando de lado aquelas organizações que possuem um desempenho social e ético. 
Comenta Matos (2004) que não se pode avaliar as empresas com os padrões tangíveis de ontem, pois valores intangíveis, como a marca, imagem, prestígio e confiabilidade decidem a preferência dos clientes e garante a continuidade das organizações, com isto a ética ganha respeitabilidade sendo utilizado como um forte diferencial de qualidade e conceito público. 
Uma organização ao decidir implantar padrões éticos, além das dificuldades que ira encontrar em seus negócios, deverá promover uma mudança de paradigmas desde a alta cúpula até mesmo os colaboradores envolvidos no chão de fábrica, pois a atitude ética dentro de uma organização necessita a adoção de uma nova postura, que deverá ser desenvolvida com muito diálogo entre todos os colaboradores.
Ao estabelecer padrões éticos dentro das organizações é necessário o desenvolvimento de um código escrito, para que todos tenham acesso e conhecimento do que foi estabelecido como comportamento ético dentro das organizações, mas que não deverá ser realizado como forma dos “dez mandamentos” e que sejam cobrados apenas dos empregados, esta nova postura deverá ser seguida por todos os envolvidos na organização, sem qualquer distinção de grupos, pois neste caso já estaria ferindo um procedimento ético, que seria a igualdade. Mesmo conhecendo as dificuldades que serão encontradas na implantação, as organizações necessitam adotar esteperfil ético, pois estamos passando por um momento de crise moral, onde deparamos constantemente com notícias de organizações que na busca incessante de se manterem no mercado, acabam abandonando diversos valores e lesando toda a sociedade com práticas desonestas e escândalos envolvendo grandes empresas, como as indústrias de alimentos, medicamentos, entre outros.
8. ANALISAR & JUSTIFICAR A APLICAÇÃO OU NÃO DO TEMA NA EMPRESA DE “SIMULÇÃO DE RH”
É possível aplicar a Responsabilidade Social na empresa de “Simulação de RH” (a empresa em questão é o Buffet Laranja Kid’s) em uma análise rápida do ramo de atividade podemos perceber várias possibilidades de ações voltadas para a Responsabilidade Social entre elas:
· Reciclagem de lixo;
· Elaboração das decorações com materiais que possam ser reaproveitados (E.V.A., por exemplo);
· Se tornar um posto de coleta de óleo usado e outros materiais recicláveis;
· Procurar fornecedores nas vizinhanças (o que colabora para a movimentação do comércio local);
· Utilização do espaço do salão durante a semana para eventos que colaborem com o desenvolvimento social, cultural e econômico das comunidades vizinhas. Exemplo: disponibilizar o espaço citado para reforço escolar e incentivo à leitura, aulas de artesanato, aulas de reciclagem, aulas de culinária, etc;
· Cursos para capacitar pessoas à trabalharem em eventos;
· Criar convênio com instituições que capacitem as pessoas a trabalharem no ramo (SESI, SENAC, etc) para disponibilizar vagas na empresa.
9- CASE
No ano de 1.972 a família Hirota, formada por imigrantes japoneses sai do Paraná onde viviam da plantação do café e vem para São Paulo atrás de um sonho. Montar um negócio que lhes dessem condições de formar seus 6 filhos. Em 1.972 a família Hirota adquiriu um pequeno bar e mercearia na Rua Labatut, 341 no bairro do Ipiranga. Com toda a família trabalhando unida e principalmente, graças aos seus clientes fiéis, que acabaram se transformando em grandes amigos e testemunhas de toda esta trajetória da família Hirota, é que conseguiram realizar o grande sonho de formar os 6 filhos e chegaram ao ano de 2.005 com 8 lojas. Hoje, o Hirota Supermercados é reconhecido em todo o Ipiranga e bairros onde atua como um Supermercado tradicional, de vizinhança, que pratica um preço justo, qualidade e acima de tudo, um ponto de encontro de amigos. Atualmente, possuem 11 lojas.
9.1 - Projeto Bolsa Faculdade Hirota
O projeto consiste em disponibilizar bolsas de estudo custeando até 50% do valor cobrado na faculdade até o final do curso. É investido muito em treinamento, bolsa de estudo, palestra, viagens de benchmarketing, este é o foco de desenvolvimento humano. Com estes investimentos espera-se AGREGAR VALOR PARA O SER HUMANO, preparar o colaborador para a vida, com objetivo formar GENTE DE VALOR para ser um diferencial competitivo em nas lojas onde Empresa e clientes sintam a diferença na prestação de serviço e para o colaborador o aumento da empregabilidade no mercado de trabalho e melhoria na auto-estima e vida PESSOAL. 
Temos certeza que, somente através do conhecimento e competência teremos pessoas capazes de trabalhar na cultura do GERAR e SERVIR.
“GENTE QUE ATRAVÉS DA ESCOLA, se capacita para tornar pessoas mais completas e competentes, dentro das exigências do mundo de hoje. Pessoas que não estão adequadamente capacitas ou escolarizadas nos dias de hoje perdem muitas oportunidades de ser Gente de Valor”; (Trecho do texto Gente de Valor escrito por Francisco Hirota Dez 2009).
9.1.1 - Números:
Mais de 50 colaboradores foram incentivados aos estudos do ensino superior. Esse programa acontece desde o ano de 2000, com divulgações em murais, motivação e incentivo dos superiores em reuniões gerais.
· Atualmente 15 pessoas cursando nível superior; 
· 15 funcionários já se graduaram;
· MBA: Nas melhores faculdades (FGV e FAAP);
· 3 gestores formados;
· 2 gestores estão cursando nível superior
Outros Saíram da empresa, após conclusão em busca de seus objetivos profissionais, Sabemos que não teremos vagas para todos os profissionais formados, nosso ideal é absorver o máximo destes profissionais em sua área de formação, mas acreditamos que durante o período de formação haverá uma troca mutua de comprometimento. 
E muitos outros que hoje se encontram recolocados no mercado de trabalho, graças a oportunidade e determinação de buscar melhor colocação profissional através dos estudos/escola
9.1.2 - Fontes de recurso dessa verba: 
Aluguel de 12 casas doadas pela direção;
Vendas de papelão, sacos de batata, cebola, osso e sebo, coleta de óleo, caixas de tomate e bônus social;
Multa por atraso em reunião e arrecadação da festa junina evento coordenado pelos bolsistas, Festa de Halloween, onde toda a verba arrecadada será para os bolsistas, todos serão voluntários, mais uma ação para investir em nos colaboradores. 
9.2 - O que o Hirota esta fazendo nesta ação? 
O Hirota Supermercados buscando a preservação ao meio ambiente buscou parceiros com a empresa fabricante do Óleo e o Instituto Triângulo, para trazer a nossos clientes o hábito de coletar o óleo de cozinha já utilizado.
9.2.1 - Como funciona a ação? 
Na compra de 3 óleos de uma determinada marca no mesmo cupom fiscal o cliente ganha um funil para poder fazer a coleta corretamente, as lojas 04 e 07 os clientes retiram com as promotoras.
As demais lojas que não tiver as promotoras, os clientes retiram no balcão da frente de caixa, apresentando seu cupom fiscal.
As promotoras estarão nas lojas em um período de 45 dias com acompanhamento dos supervisores semanalmente para verificar a manutenção do posto de coleta e a retirada das garrafas coletadas.
CONCLUSÃO
Concluímos que Responsabilidade Social está diretamente ligada à ética.
Percebemos também que a Responsabilidade Social Empresarial é um diferencial no sentido que as pessoas estão procurando empresas que mostrem investimentos efetivos no sentido da preversação do meio ambiente e nas áreas de inclusão social e educação.
Porém podemos notar que o termo ainda causa certa confusão nas pessoas, pois a maioria dos empresários acha que Responsabilidade Social é simplesmente investir em algum projeto social, ou em alguma ONG, sem a preocupação de verificar se o seu investimento está sendo aplicado da forma que deveria.
Notamos também que existem muitas empresas que se dizem Socialmente Responsável, porém, é somente com assuntos externos, sendo que na verdade a Responsabilidade Social começa em “nosso quintal”, ou seja, a empresa com Responsabilidade Social de fato, em primeiro lugar tem esta preocupação com seus funcionários, suas famílias, como é tratado o lixo produzido por sua equipe, qual o efeito que seu ramo causa ao meio ambiente, o que pode ser feito para que este efeito seja diminuído ou até eliminado.
Concluímos também que a Responsabilidade Social está deixando de ser um diferencial no sentido da empresa que não se adequar a esta tendência será relegada no mercado, e que depende da população como um todo (clientes, consumidores, fornecedores e parceiros) analisar a fundo se a empresa é realmente Responsável Socialmente, e no caso de ser somente um discurso demagógico cobrar uma postura real em relação ao tema, valorizando as empresas que têm Responsabilidade Social como parte do seu cotidiano. 
BIBLIOGRAFIA
ASHLEY, Patricia Almeida (Coordenação); QUEIROZ, Adele; CARDOSO, Alexandre Jorge Gaia; SOUZA, Andrea Alcione de; TEODORIO, Armindo dos Santos de Souza; BORINELLI, Benilson; VENTURA, Elvira Cruvinel Ferreira; CHAVES, Jorge Bezerra Lopes; VELOSO, Letícia Helena M., ALIGHERI, Lilian Mara; LIMA, Paulo Rogério dos Santos; FERREIRA, Roberto do Nascimento. Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. 4ª ed. SP: Saraiva, 2004. 
HANASHIRO, Darcy Mitiko Mori;TEIXEIRA, Maria Luisa Mendes; ZACCARELLI, Laura Menegon. Gestão de Fator Humano (Uma Visão baseada em Staholder). SP: Saraiva, 2008.
ARAUJO, Giesle Ferreira de;MACEDO, Celia Regina. Manual Empresarial de Responsabilidade Social e Sustentabilidade.SP: Plêiade, 2006.
Links consultados:
http://www.ead.fea.usp.br/semead/9semead/resultado_semead/trabalhosPDF/373.pdf em 10/08/2010
http://www.fieb.org.br/institucional/conselhos/cores/arquivos/opapeldorhprimeirospassosrse.pdf em 10/08/2010
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http://www.reciclecarbono.com.br/biblio/retorno.pdf em 10/08/2010
http://www.ethos.org.br em 03/09/2010

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