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Profa.: Samara Mesquita Disciplina: Nutrição Materno Infantil Aula 7: Diabetes Gestacional CONCEITO E PREVALÊNCIA Média mundial de 16,2% (MS , 2016) Prevalência de DMG no Sistema Único de Saúde (SUS): aproximadamente 18% CONCEITO E PREVALÊNCIA * Deve ocorrer na primeira consulta .... Os testes laboratoriais mais comumente utilizados para suspeita de diabetes ou regulação glicêmica alterada são: RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DO DM Diretrizes SBD | 2017-2018 DIAGNÓSTICO DO DMG Diretrizes SBD | 2017-2018 FATORES DE RISCO Diretrizes SBD | 2017-2018 MAL DEFINIDA Defeito funcional nas células beta: redução na secreção de insulina DEFEITO MAIS intenso: manifestação precoce DEFEITO MENOS intenso: manifestação tardia Alteração nos receptores de INSULINA ?? Desequilíbrio dos hormônios contra-regulatórios Estrogênio e cortisol: antagônicos a insulina Progesterona: resistência a insulina Hormônio Lactogênico Placentário: ajuda na transferência de glicose e ácidos graxos para o feto ETIOLOGIA Primeira Metade da Gestação: Necessidades do feto ainda pequenas, momento de poupar nutrientes pelo organismo materno: “Anabolismo facilitado”. Aumento dos depósitos maternos de proteínas e gordura devido à ação dos hormônios estrogênio e progesterona Resposta insulínica exagerada após ingestão alimentar o que aumenta a captação de glicose e aminoácidos levando ao aumento dos depósitos de glicogênio, triglicerídeos e proteínas. ALTERAÇÕES METABÓLICAS Final do Segundo Trimestre: Estado Diabetogênico: prioridade é o feto. A insulina elevada após uma refeição não tem um efeito tão eficiente: aumento da resistência tecidual periférica à insulina: HIPERINSULINISMO. Aumento da glicemia pós-prandial Diminuição dos depósitos maternos de glicogênio, triglicerídeos e proteínas. Aumento de AG livres e corpos cetônicos ALTERAÇÕES METABÓLICAS GESTANTE SEM DIABETES: Compensa o aumento da resistência tecidual periférica à insulina com o aumento da produção de insulina Gestante com reserva pancreática limitada não consegue aumentar a produção de insulina e desenvolve DMG Gestante com diabetes prévia à gestação apresenta descompensação metabólica e exige doses crescentes de insulina para manter sua homeostase. ALTERAÇÕES METABÓLICAS GESTANTE COM DIABETES: Não existe uma produção adequada de insulina: não consegue aumentar a quantidade para compensar a elevada resistência. Intolerância aos carboidratos Aumento dos níveis de glicemia materna Aumenta a formação da Hg glicada: hipoxia fetal Transferência exagerada de glicose para o feto hiperinsulinismo fetal macrossomia fetal. ALTERAÇÕES METABÓLICAS Maior consequência: MACROSSOMIA FETAL Hiperglicemia materna: maior passagem de glicose para o feto > produção de insulina do feto para compensar a grande quantidade de glicose que está recebendo: > depósito de gordura por parte do feto. ALTERAÇÕES METABÓLICAS Aumento de hormônios adrenocorticais pela mãe favorece a passagem de mais glicose para o feto Aumento da secreção de insulina pelo feto Aumento da produção de GH pelo feto Fatores hereditários Sintomas clássicos de diabetes são: Poliúria Polidipsia Polifagia e Perda involuntária de peso (os “4 Ps”). Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são: Fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar e infecções de repetição. SINTOMAS TRATAMENTO NUTRICIONAL Adequada nutrição materna e fetal Ganho de peso apropriado Controle da glicemia O nível ideal de HbA1c é < 6%, OBJETIVOS DA TERAPIA PARA DMG AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: Plano de ganho de peso deve seguir o diagnóstico nutricional da gestante comum OBS: ATIVIDADE FÍSICA: Sedentárias: caminhadas ou exercício de baixo impacto Praticantes: manter atividade; evitar grande impacto TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DMG Distribuição no VCT: ADA (2008) Desjejum: 10 a 15% Colação e Ceia: 5 a 10% Almoço e Jantar: 20 a 30% Lanche da Tarde: 10 a 15% A ceia tem grande importância, em especial para as mulheres que fazem uso de insulina à noite, e deve conter 25 g de carboidratos complexos, além de proteínas ou lipídios, para evitar hipoglicemia durante a madrugada. Valor calórico total da dieta pode ser feito de acordo com o índice de massa corporal (IMC); Visa permitir ganho de peso em torno de 300 g a 400 g por semana, a partir do segundo trimestre de gravidez. TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DMG * Carboidratos: 40 a 55% do VET (Recomendação A) Preferir alimentos com baixo índice glicêmico; Açúcar simples (glicose, frutose e sacarose): 10 a 15% do total de carboidratos Fibras: 20-35g/dia (mais solúveis) ou 14g/1.000Kcal Proteínas: 15 a 20% do VCT OU 71g/dia DIRETRIZES SBD, 2017-2018 TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DMG Gorduras: 30 a 40 % VET Saturada: < 6% Colesterol < 300mg/dia Desestimular gorduras trans Estimular consumo de peixe para fornecer ômega-3 O uso de ácido fólico (600 μg a 5 mg/dia) desde o período pré-concepcional até a 12a semana de gravidez (redução de alteração na formação do tubo neural) Adequar potássio, magnésio, zinco e cromo: Deficiência pode agravar a hiperglicemia TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DMG CARGA GLICÊMICA x INDICE GLICÊMICO IG: (efeito de uma quantidade fixa carboidrato do alimento sobre a glicemia) CG =(IG X teor de CH disponível na porção)/100 Consumo de frutas: 2 unidades por dia ou até 300g Não ingerir sucos de frutas como rotina e, se ingerir, devem ser diluídos em água Lanche noturno (prevenir cetose à noite) Leite semi ou desnatado TRATAMENTO NUTRICIONAL NA DMG Associação Americana de Diabetes (ADA): Iniciar terapia com insulina: Quando a terapia nutricional não consegue manter os níveis aceitáveis de glicemia após duas semanas de dieta. Hipoglicemiantes orais gestação: dúvidas na utilização (CASOS EM AVALIAÇÃO – após plano alimentar, insulina...) A grávida com diabetes deve ser monitorada quanto à glicemia, cetonúria, apetite e ganho de peso. TRATAMENTO NUTRICIONAL Sem uso de insulina: quando a insulina não é prescrita, a ingestão de alimentos é distribuída uniformemente durante o dia, de acordo com a preferência do paciente, atividade e padrão de alimentação. Insulina regular: a insulina de ação imediata é dada antes das refeições, a quantidade é ajustada para combinar com a alimentação ideal e tamanho do lanche. Ingestão: 30 minutos após ter recebido insulina regular RELAÇÃO: Dieta x Insulina Insulina de ação intermediária (NPH, lenta) – a ação intermediária em duração e intensidade. Quando administrada antes do café da manhã: é necessária uma alimentação por volta das 15h ou 16h, pois essa insulina tem o pico de ação de 8 à 12h após serem injetadas. Uma alimentação antes de dormir (ceia) geralmente é necessária se houver uma segunda administração de NPH antes do jantar. Insulina de ação prolongada (ultralenta): Uma alimentação à noite (ceia) é geralmente necessária para prevenir hipoglicemia durante a noite ou de manhã cedo. RELAÇÃO: Dieta x Insulina RELAÇÃO: Dieta x Insulina SBD, 2017-2018 SBD, 2017-2018 Após 2 semanas de dieta, se os níveis glicêmicos permanecerem elevados (jejum ≥ 95 mg/dL e 1 hora pós-prandial ≥ 140 mg/dL ou 2 horas pós-prandiais ≥ 120 mg/dL), deve-se iniciar tratamento farmacológico (B) Podem-se utilizar adoçantes artificiais (aspartame, sacarina, acessulfame-K e sucralose) com moderação, conforme os limites diários recomendados pela OMS e aceitos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (B): TRATAMENTO NUTRICIONAL REALMENTE NECESSÁRIO?? Mãe: Hipoglicemia Cetoacidose diabética Retinopatia, Nefropatia Pielonefrite No recém nascido: Prematuridade, Macrossomia Síndrome do desconforto respiratório: devido a hiperinsulinemia fetal, que compete com o cortisol, levando ao retardo da maturação pulmonarCOMPLICAÇÕES EM CURTO PRAZO Mãe: Diabetes (principalmente tipo II): 40 a 60% após 15 a 20 anos Manter o peso e exercícios Hipertensão crônica Criança: Obesidade Tolerância diminuída à glicose na vida adulta Diabetes na adolescência ou início da idade adulta. COMPLICAÇÕES EM LONGO PRAZO Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010. 302 p Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Sociedade Brasileira de Diabetes Rastreamento e diagnóstico de diabetes mellitus gestacional no Brasil. Brasília, DF: OPAS, 2016. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016. Referências da Aula ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2009. VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 2008. 628p. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 163 p. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 / Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Junior, Sérgio Vencio. -- São Paulo : Editora Clannad, 2017. Referências da Aula
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