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MFC - ALEXANDRE

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MEDICINA DA FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
JUAN FOGLI E BIA ZUCCOLO 
 
 
ALEXANDRE 
SEMIOLOGIA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA 
ANAMNESE 
 
1) Identificação 
• Idade, cor, raça 
• Estado civil 
• Profissão 
• Naturalidade e procedência 
• Religião 
 
2) Queixa principal 
 
3) HPMA 
• Queixas mais comuns 
- Dor 
- Sangramento 
- Corrimento (mais comum) 
 
4) Antecedentes familiares 
• História de câncer ginecológico: útero, ovário, mama e colo 
• Diabetes melito e hipertensão 
• Patologias da tireoide: hipotireoidismo 
 
5) Antecedentes pessoais 
• Doenças da infância 
 
6) Propedêutica ginecológica 
• Antecedentes ginecológicos 
- Menarca 
- Número de gestações 
- Paridade 
- Caracteres sexuais 
- DUM (data da última menstruação) – antecedentes menstruais 
- Menopausa: >1 ano sem menstruar 
 
 
 
 
 
Primeira HD para atraso de menstruação em idade fértil: gravidez → confirmar com β-HCG 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
• Aferição da PA 
• Ausculta pulmonar 
• Ausculta cardíaca 
• Pulso 
• Temperatura 
EXAME FÍSICO DAS MAMAS 
• Inspeção – realizada com a paciente sentada 
- Estática 
- Dinâmica 
• Palpação das mamas – realizada com a paciente deitada 
• Palpação das axilas – palpação de linfonodos, realizada com a paciente sentada 
• Palpação das fossas supraclaviculares e infraclaviculares – Palpação de linfonodos, realizada com a paciente 
sentada. 
• Expressão mamilar – realizada com a paciente deitada. 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Paciente ereta ou sentada, com os membros superiores relaxados ao longo do tronco. Avental aberto na frente. Nunca 
deixar a paciente totalmente despida. Observar: 
• Número de mamas 
• Tamanho 
• Simetria ou assimetria 
• Forma: cônica ou pêndula 
• Hiperemia: inflamação ou carcinoma 
• Morfologia da papila (protruso, plano ou invertido) 
• Corpo estranho: piercings 
• Ginecomastia: desenvolvimento de glândula mamária em 
homens 
• Abscessos: drenar o líquido purulento 
• Úlcera 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
A inspeção dinâmica consiste em movimentos que evidenciam alterações não visualizadas na inspeção estática 
(sensibilização do exame estático), como retrações e abaulamentos. 
A paciente de estar sentada e é pedido para que ela realize dois movimentos: 
- Elevar os braços, lentamente e ao longo do segmento cefálico 
- Mãos na cintura e forçar os braços para frente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALPAÇÃO DAS MAMAS 
• Posição da paciente: deitada em decúbito dorsal, com as mãos atrás da cabeça 
• Palpar e dedilhar os 5 quadrantes da mama 
- Técnica de Bloodgood: dedilhamento 
- Técnica de Velpeaux: mão espalmada 
• Palpação bimanual: comparar as duas mamas; uma mama serve de cola da outra 
• Lembrar de cobrir o corpo da paciente e descobrir somente a área que está sendo examinada 
 
ACHADOS DA PALPAÇÃO: COMO DESCREVER UM NÓDULO? 
• Tamanho 
• Localização: quadrante ou horário 
• Consistência 
• Limites 
• Mobilidade 
 Benigno Maligno 
Tamanho - - 
Localização - - 
Consistência Amolecido, fibroelástico Endurecido 
Limites Definido Indefinido 
Mobilidade Móvel Aderido, fixo 
PALPAÇÃO DAS AXILAS (LINFONODOS) 
• Posição da paciente: sentada 
• Manobra de Bailey: apoiar o braço da paciente e palpar o cavo axilar (atrás do m. peitoral maior e na frente do dorsal 
maior) 
• Os achados fisiológicos geralmente são de até 1cm, fibroelásticos e móveis 
 
PALPAÇÃO DA FOSSA SUPRACLAVICULAR E INFRACLAVICULAR (LINFONODOS) 
• Posição da paciente: sentada 
• Médico atrás ou na frente da paciente 
 
EXPRESSÃO MAMÁRIA/PAPILAR 
• Posição da paciente: deitada 
• Realizar a expressão de toda a papila e verificar a saída de secreções (descarga papilar) 
• Malignidade: cor translúcida (água de rocha) e sanguinolento 
• Benigno ou fisiológico: cor amarela, verde, azul 
ACHADOS NA EXPRESSÃO MAMÁRIA: COMO DESCREVER? 
• Descarga papilar sanguinolenta, com ponto de gatilho as 6h 
 
 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Mamografia de rastreamento 
- Paciente de baixo risco: anual a partir dos 40 anos → não esquecer 
- Pacientes de alto risco: 10 anos antes da parente que teve câncer (parente de 
1º grau: mãe ou irmã com câncer de mama antes da menopausa) 
▪ Ex.: mãe com câncer aos 40 anos, filha começa o rastreamento aos 30 
anos 
- Rastreamento não é prevenção: serve para diagnosticar a doença no início e 
proporcionar uma chance maior de cura 
- Rastreamento é feito em toda a população assintomática 
- Mamografia de rastreamento: idade mínima é 25 anos (até essa idade a mama é muito densa) 
- Mamografia diagnóstica: pode ser solicitada antes dos 25 anos, em casos de nódulos palpáveis 
 
• Ultrassom 
- Não é exame de rastreamento, somente complementar 
▪ É solicitado quando há nódulos na palpação ou na mamografia 
- Paciente jovem, assintomático, sem história de antecedente familiar: não há indicação de ultrassom 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME 
• Forma 
• Volume 
• Presença de tumoração 
• Palpação 
- Superficial 
- Profunda 
• Dor a palpação 
EXAME FÍSICO GENITÁLIA EXTERNA 
1) Inspeção 
• Estática 
• Dinâmica 
2) Toque vaginal 
3) Exame especular 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
• Pele 
• Pilificação 
• Grandes e pequenos lábios 
• Clitóris 
• Introito vaginal 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
• Manobra de Valsalva 
- Avaliar presença de prolapsos uterinos ou incontinência urinária quando o trato urinário é submetido a 
maior pressão (fazer força ou tossir) 
TOQUE VAGINAL 
• Toque vaginal bimanual 
• Colo uterino 
- Consistência: amolecido (gravídico), fibroelástico (não gravídico) ou endurecido 
 
 
- Pérvio (trabalho de parto, tumor que está se exteriorizando) ou impérvio 
 
• Paredes vaginais 
• Útero 
- Antiversoflexão: mais comum 
- Retrovertido 
- Medianizado 
• Anexos: ovários e trompas (geralmente não palpáveis) 
 
Descrição segundo sequência anatômica, utilizar dois dedos 
a) O examinador deve apoiar o pé ipsilateral à mão que realiza o exame em um no segundo degrau da escadinha, e 
o braço deve ficar apoiado sobre o joelho para não transferir seu peso para a vagina 
b) O polegar, o 4º e 5º dedos da mão examinadora farão o afastamento dos grandes e pequenos lábios da vulva, 
dando a abertura suficiente para que o 2º e 3º dedos entrem na vagina sem carregar contaminação (em algumas 
situações, por questão de conforto da paciente utiliza-se só o indicador), os quais devem dirigir-se ao fundo de 
saco e identificar o colo. 
c) Este deve ser mobilizado látero lateralmente, ântero-posteriormente e superiormente, buscando avaliar a 
mobilidade do útero e, principalmente, se estas manobras provocam dor. O examinador procede ao exame de 
toque dos fundos de saco posterior e anterior, deslizando também nas porções mais superiores e laterais da 
vagina. Ali, busca por nódulos, retrações, espessamentos ou tumorações. A seguir passa-se ao toque bimanual, 
no qual a utiliza-se a palpação associada da pelve. 
d) Com os dois dedos tocando a cérvice, o examinador eleva o útero em direção a parede abdominal, onde a mão 
livre é suavemente colocada sobre o baixo ventre e vai deslizando de cima para 
baixo até que o útero se ponha entre as duas mãos e possa ser palpado. Na palpação 
observar o tamanho, consistência, regularidade e mobilidade do órgão e as dores 
que, eventualmente, podem surgir. Feito isso, os dedos são dirigidos para as laterais 
do fundo de saco anterior na busca da palpação dos ovários, sendo feita a mesma 
manobra descrita para o útero, porém, agora, a mão livre é dirigida para cada zona 
de projeção dos ovários. 
e) Explicar para a paciente que o exame terminou e os resultados 
EXAME ESPECULAR 
 
• Paredes vaginais 
• Conteúdo vaginal 
• Visualização completa do colo uterino 
• Grávidas: realizar primeiramente o toque vaginal, caso não tenha sangramento e secreções 
• Não grávidas: realizar primeiramente o exame especular 
Realizado com o espéculo. Trata-se da coleta de secreção vaginal e endocervical para exame citológico, bacteriológico, 
cristalização do muco cervical. Analisar presença easpecto das secreções, paredes vaginais, superfície do colo uterino, 
forma do orifício externo (puntiforme ou transversa), conteúdo vaginal (lacerações, neoplasias, pólipos, ulcerações, etc), 
JEC (junção escamo colunar). 
Para a introdução do espéculo, considerando um indivíduo destro, o examinador afastará os grandes e pequenos lábios 
com o polegar e o 3º dedo da mão esquerda para que o espéculo possa ser introduzido suavemente na vagina. A mão 
direita, que introduzirá o espéculo, deverá pegá-lo pelo cabo e borboleta. 
 
 
 
 
 
COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA CÉRVICO -VAGINAL (PAPANICOLAOU) 
• Rastreamento do câncer de colo de útero 
• É um teste de Screening preventivo do carcinoma cervical 
• Recomendações para coleta: 
- Não utilizar duchas vaginais 
- Não lubrificar o espéculo 
- Não realizar no período menstrual 
- Evitar relação sexual nos dias que antecede a coleta 
• Geralmente é realizado após um ano da sexarca 
• Coleta do material → espátula de Ayre → esfregaço → fundo de 
saco posterior → ectocérvice → endocérvice 
O Ministério da Saúde recomenda que todas as mulheres com vida 
sexual ativa devem se submeter ao exame com periodicidade anual, 
principalmente aquelas entre 25 e 59 anos de idade e, caso 2 exames 
consecutivos espaçados por 1 ano se mostrem normais, rastreamento 
pode ser feito a cada 3 anos. 
 
COLPOSCOPIA 
• Objetivo principal do exame é a avaliação do colo uterino. 
• A principal indicação para a realização do exame: selecionar o local mais apropriado diante de diagnóstico citológico 
de lesão pré-neoplásica ou neoplásica, obtendo assim o diagnóstico definitivo e conduta apropriada 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRACEPÇÃO 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 
Definição – Lei federal - conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, 
limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. 
Eficácia – Índice de Pearl (OMS): mede a porcentagem de falhas dos anticoncepcionais – ao fim de 1 ano/100 mulheres 
utilizando = falhas (%) 
Escolha do método – a paciente deve saber 
• Eficácia 
• Forma de uso correto 
• Efeitos colaterais 
• Riscos para saúde 
• Sinais e sintomas que exijam retorno ao médico 
• Tempo de retorno a fertilidade após a interrupção 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE DOS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS (OMS) 
• Classificação 1: usar o método em qualquer circunstância. 
• Classificação 2: em geral, usar o método. 
• Classificação 3: o uso do método não é, em geral, recomendado, a menos que outros métodos mais adequados não 
estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis. 
• Classificação 4: o método não deve ser usado. 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS: PERCENTUAL DE FALHA E CONTINUIDADE DE USO 
 
 
 
Trabalho mostram que os mais efetivo são procedimento de esterilização definitivos (laqueadura e vasectomia), seguido 
pelos DIUs e em terceiro lugar os injetáveis, pílulas, adesivos e anéis vaginais. 
Casal infértil é aquele que não engravida após 1 ano mesmo com tentativas de engravidar com relações desprotegidas. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
• Métodos comportamentais 
• Métodos de barreira 
• Dispositivos intrauterinos 
• Contracepção hormonal 
• Contracepção cirúrgica 
SEGURANÇA DOS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 
• Muito seguros: pílula combinada, laqueadura, vasectomia, implante 
• Seguros: injetáveis hormonais, DIU 
• Relativamente seguros: preservativo masculino, preservativo feminino, anel vaginal, temperatura 
• Pouco seguros: diafragma, espermicida, muco cervical, calendário, coito interrompido 
TIPOS DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
• Métodos contraceptivos naturais: baseiam-se no cálculo do período fértil da mulher e, durante esse período, 
evitam-se as relações sexuais (abstinência) 
- Método do calendário ou rítmico 
- Método da temperatura 
- Método do muco cervical ou Billing 
• Métodos contraceptivos não naturais: permitem a atividade sexual, mas impedem a fecundação ou a nidação do 
embrião 
- Através da colocação de dispositivos (métodos mecânicos) 
▪ Preservativos masculinos e femininos 
▪ Diafragma 
▪ Dispositivo intrauterino 
- Através da aplicação de produtos químicos (métodos químicos) 
▪ Espermicida 
▪ Pílula (contracepção hormonal) 
▪ Pílula do dia seguinte 
▪ Anel vaginal 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
Características: baixa eficácia, alteram o comportamento do casal, dependem de motivação e aprendizado, não previnem 
DST, estimulados principalmente quando a crença religiosa do casal condene outros métodos. São eles: 
• Tabelinha (ritmo, calendário ou Ogino Knaus) 
• Temperatura basal 
• Muco cervical (Billings) 
• Sintotérmico 
• Ejacujação extravaginal (coito interrompido) 
 
 
 
TABELINHA (RITMO, CALENDARIO OU OGINO KNAUS) 
• Baixa eficácia: 40 a 50% 
• Seis últimos ciclos devem ser conhecidos 
• Ciclos regulares 
• Cálculo do período fértil → seis dias antes e depois do 14º dia do ciclo 
menstrual 
• Abstinência nesse período 
 
 
 
TEMPERATURA BASAL 
• Após a ovulação ocorre um aumento nos níveis séricos de progesterona, que agem sobre centro termorregulador no 
hipotálamo, aumentando a temperatura corporal em 0,3 a 0,8ºC 
MUCO CERVICAL (BILLINGS) 
• Após menstruação: período de secura vaginal 
• Durante o ciclo o muco aumenta progressivamente e se torna mais escorregadio e elástico (filante) após a ovulação. 
• Regride após esse período por ação da progesterona 
 
SINTOTÉRMICO 
• Utilização conjunta da tabelinha com temperatura basal e muco cervical 
COITO INTERROMPIDO 
• Ejaculação extra-vaginal 
• Não funciona por o líquido seminal que sai antes da ejaculação já contém certa quantidade de espermatozoides 
 
MÉTODOS DE BARREIRA 
• Preservativos masculinos e femininos 
• Diafragma 
• Esponja 
• Espermicida 
 
 
A chance de engravidar em uma 
relação desprotegida, no período fértil 
da mulher, a probabilidade é de 20%. 
 
 
 
CAMISINHA 
• Preservativo masculino – usado por 45 milhões de casais em idade reprodutiva; previne DSTs 
• Preservativo feminino – bolsa de plástico leve e frouxa que se adapta à vagina; possui um anel flexível em cada 
extremidade; previne DSTs e doenças de contato HPV e herpes 
DIAFRAGMA 
• Método vaginal que consiste num capuz macio de borracha ou silicone 
• Recobre o colo do útero e geralmente é usado em associação com espermicidas 
• Variam de tamanho de acordo com a paciente 
• Não está claro se previne DSTs 
 
DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) 
• Alta eficácia 
• Tipos: DIU de cobre e DIU hormonal 
• Contraindicações 
- Processos infecciosos genitais altos 
- Neoplasias malignas ginecológicas 
- Malformações anatômicas ginecológicas 
- Sangramento vaginal irregular ou aumentado: principalmente no DIU de cobre 
- Sangramentos menstruais aumentados: principalmente no DIU de cobre 
- DST 
DIU de cobre 
• Disponível nos postos de saúde 
• Um dos métodos mais utilizados no mundo (100 milhões de usuárias) 
• Objeto pequeno de plástico flexível com revestimento ou fio de cobre 
• Inserido no útero pela vagina 
- O DIU de cobre é inserido quando a paciente está menstruada pois o colo 
uterino fica mais pérvio, facilitando a introdução do dispositivo 
• Atua impedindo a fecundação, não causa aborto 
- Mecanismo de ação: promove inflamação no endométrio 
- Paciente continua menstruando todo mês 
• Torna mais difícil a passagem do espermatozoide pelo aparelho reprodutor 
feminino, altera pH uterino 
• Pode aumentar sangramento na menstruação e causar cólicas 
- Perguntar para a paciente a ocorrência de cólicas e quantidade de sangramento durante a menstruação, pois 
o DIU acentua esses eventos 
• Aumenta chance de DIPA (doença inflamatória pélvica aguda) pois o fio fica exteriorizado, facilitando a ascensão de 
microrganismos ao trato genital 
• Validade 2 a 10 anos 
 
 
• Necessário acompanhamento com ultrassom 1x/ano para verificar se houve deslocamento do DIU 
DIU hormonal (Mirena) 
• Também conhecido por sistema intrauterino liberadorde levonorgestrel 
(progesterona de ação local) 
• Atua além do mecanismo do DIU inerte 
• Atua no muco cervical, diminuindo sua produção e aumentando sua viscosidade 
• Atua suprimindo ou atrofiando o endométrio 
• Inibe a ovulação (ação da progesterona) 
• Efeito colateral principal: spotting (sangramento mensal por flutuação hormonal, 
nem todas as pacientes possuem, e mantém a eficácia anticoncepcional) 
• Validade de 5 anos 
• DIU medicado 
- Por ser medicado serve como tratamento para doenças como mioma e endometriose 
• Paciente para de menstruar (15% ainda tem menstruações esporádicas) 
• A contracepção do Mirena só é eficaz 30 dias após a introdução do dispositivo 
• Necessário acompanhamento com ultrassom 1x/ano para verificar se houve deslocamento do DIU 
CONTRACEPÇÃO HORMONAL 
• Anticoncepcionais orais 
- O dia 1 da pílula é o dia que ocorre a menstruação, para garantir que a mulher não está gravida 
• Contraceptivos injetáveis 
• Contraceptivos na forma de implantes subdérmicos 
• Contraceptivos na forma de adesivos transdérmicos 
• Anel vaginal de etinilestradiol e etonogestrel 
• Contracepção de urgência (pílula do dia seguinte) 
- A pílula do dia seguinte não é abortiva. Dependendo do período do ciclo menstrual em que é tomada, o 
medicamento pode agir de três maneiras distintas: inibir a ovulação, dificultar o encontro do espermatozoide 
com o óvulo ou impedir a formação do endométrio gravídico, evitando que o gameta fecundado ali se fixe. 
Ela deve ser tomada imediatamente após a relação sexual desprotegida ou até 72 horas depois. Quanto mais 
depressa a mulher tomar a pílula, mais eficaz ela será. 
- Caso a gestação for confirmada, a pílula do dia seguinte não acarretará danos à saúde do feto nem à sua 
formação. Sua única atuação é no momento pré-gestacional 
MECANISMOS DE AÇÃO DOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS – PROVA 
• Bloqueiam o pico de gonadotrofinas (sem pico de LH não tem ovulação) → não promove aborto 
• Diminui motilidade das tubas uterinas (dificultando a captação e progressão de óvulo) 
• Deixam o muco cervical mais espesso (dificultando passagem dos espermatozoides) 
• Diminuem a secreção de glicogênio pelo endométrio (fundamental para a implantação do embrião) 
PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS 
• Estrógeno – aumento dos fatores de coagulação II/V/VII/VIII/IX/X/XII – atenção com trombose (quanto mais 
estrogênio maior risco de trombose – risco varia de 4 a 20/10.000) 
• Progesterona – diminuição da velocidade do sangue nos vasos (aumento da estase sanguínea) 
 
 
 
PRINCIPAIS FORMULAÇÕES 
• Progesterona isolada 
• Combinados sequenciais 
- Progesterona + estrógeno (o estrógeno da pílula faz que a mulher sangre) 
• Combinados contínuos 
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS 
• Eventos tromboembólicos (tromboflebite, TVP, doença coronariana, ocular e cerebrovascular, embolia pulmonar, 
valvulopatias, hipercolesterolemia e HAS grave) 
- A cada troca de progesterona, há um pico do risco tromboembólico, que se estabiliza após alguns dias de uso 
do medicamento. Por este motivo, não se deve trocar a marca da pílula com frequência (caso a paciente não 
se adapte com determinada marca, aguardar ao menos 3 cartelas para indicar a troca) 
• Câncer de mama 
• Hepatopatias 
• Tabagismo em mulheres maiores de 35 anos (não prescrever anticoncepcional com estrógeno) 
REGRA GERAL QUANDO SE ESQUECE DE TOMAR A PÍLULA 
Esqueceu de tomar a pílula um dia, tomar duas pílulas no dia seguinte e depois segue normalmente. Esqueceu dois dias 
a pílula, o método já não é mais eficaz, orientar utilizar camisinha e esperar a próxima menstruação para voltar a tomar 
a pílula. 
OUTROS MÉTODOS 
ANEL VAGINAL 
Paciente introduz o anel da vagina, o anel libera hormônio que será absorvido pela mucosa vaginal. Deixar o anel por 21 
dias, retira por 7 dias. No 8º dia coloca o próximo anel. 
ADESIVO CONTRACEPTIVO - EVRA 
O adesivo é colocado no braço da paciente e libera hormônio que é absorvido pela pele. Não sai no banho. Evitar áreas 
de muito atrito 
Cada caixa vem 3 adesivos: um adesivo por semana completando 21 dias; fica 7 dias sem e no outro dia coloca outro 
ESSURE 
Molinha colocada via estereoscópica na tromba e impede fecundação. Caiu em desuso. 
CONTRACEPÇÃO CIRÚRGICA 
ESTERILIZAÇÃO FEMININA 
• Laqueadura 
- Critérios gerais para se fazer laqueadura (2): paciente ter mais de 25 
anos ou mais de 2 filhos 
- Método definitivo 
- Geralmente não liberada para paciente sem parceiro fixo. 
 
 
 
ESTERILIZAÇÃO MASCULINA 
• Vasectomia 
- Paciente pode solicitar em dois casos: acima de 25 anos ou mais 
de 2 filhos 
- Pode ser revertida em até 2 anos 
 
 
 
VULVOVAGINITES 
INTRODUÇÃO 
A vulvovaginite é o processo inflamatório que acomete o trato genital inferior. Em outras palavras, envolve a vulva, as 
paredes vaginais e o epitélio escamoso estratificado do colo uterino (ectocérvice). Muitas vezes, elas são mencionadas 
simplesmente como “corrimento vaginal” pelo sintoma predominante do quadro. Estas condições representam uma das 
principais causas de procura aos ginecologistas 
• Metade das consultas ginecológicas e 1/3 das consultas em geral da mulher 
• Secreção vaginal normal ≠ vulvovaginite 
- Mucorreia é a secreção vaginal fisiológica acima do normal, sem inflamação 
- Vulvovaginite envolve processo inflamatório e corrimento vaginal 
• Diagnóstico é clínico: o exame especular, somado a uma anamnese bem colhida, estabelece facilmente o diagnóstico 
• Exames complementares (?): avaliar a real necessidade de solicitar exames 
SECREÇÃO VAGINAL FISIOLÓGICA 
• O epitélio vaginal é constituído de células escamosas divididas em quatro tipos: 
- Basais 
- Parabasais 
- Intermediários 
- Superficiais 
• Microrganismos da flora vaginal normal: Lactobacillus (bacilos de Doderlein) + variados 
- Lactobacillus sp. é a espécie bacteriana que predomina na microbiota vaginal normal 
- Os Lactobacillus, por produzirem ácido lático e outros ácidos orgânicos, são os grandes responsáveis pela 
acidez do pH da vagina. 
• IgA secretora 
• A manutenção do pH vaginal entre 3,8 e 4,2 é vital para a estabilização do ecossistema vaginal. 
 
 
 
O conteúdo vaginal normal tem consistência flocular, cor transparente ou branca e geralmente está localizado no fundo 
da vagina (fórnice posterior). 
 
TIPOS DE VULVOVAGINITES 
O equilíbrio do ecossistema vaginal se deve a complexas interações entre a flora vaginal normal, os produtos metabólicos 
microbianos, o estado hormonal e a resposta imune da mulher. Quando este equilíbrio se rompe, ocorrem os processos 
inflamatórios e infecciosos. As principais causas de vulvovaginites infecciosas são: 
 
• Vaginose bacteriana 
• Candidíase 
• Tricomoníase 
VAGINOSE BACTERIANA 
• É a principal causa de corrimento vaginal 
• É uma infecção polimicrobiana causada pela diminuição dos lactobacilos presentes na flora vaginal 
• Bactérias aeróbias e anaeróbias 
- Gardnerella vaginalis predomina na patogênese da vaginose bacteriana 
- Anaeróbia: Mycoplasma / Mobilluncus / bacterioides 
• Fatores de risco: múltiplos parceiros, DIU, tabagismo (diminui a imunidade da paciente e altera a quantidade de 
Lactobacillus), ducha vaginal (nunca deve ser feita) 
• Na gestação, aumenta risco trabalho de parto prematuro e rotura prematura das membranas ovulares 
 
• Quadro clínico e diagnóstico 
- Processo inflamatório discreto e pobre: pequeno aumento dos leucócitos 
o A parede vaginal das mulheres com VB é de aparência normal e não eritematosa. 
- Corrimento branco acinzentado (leucorreia), bolhoso 
- Pouco prurido 
- Principal sintoma: odor fétido que piora após a relação sexual e após a menstruação 
o Mal cheiro = lembrar de vaginose 
- pH vaginal básico – acima de 4,5 
o O mal cheiro piora após a relação sexual e após a menstruação pois o pH torna-se mais alcalino, 
promovendo a multiplicação bacteriana e volatização das aminas (cadaverina e putrescina) 
- A vaginose bacteriana não é umaDST: relações sexuais frequentes pode ser um fator desencadeador deste 
desequilíbrio, na medida em que torna o meio mais alcalino. No entanto, a VB não tem como causa a clássica 
transmissão sexual 
- Testes das aminas (Whiff test, teste do cheiro) positivo 
o Mistura-se um pouco do conteúdo vaginal a uma gota de Hidróxido de Potássio (KOH) para realização 
do teste das aminas (whiff test). O teste é considerado positivo quando se detecta a presença de 
“odor de peixe podre” 
o O mal cheiro é causado pela produção de cadaverina e putrescina pelos patógenos 
 
 
- Presença de células-guia (clue cells) no exame microscópico 
o As clue cells são células epiteliais vaginais com sua membrana recoberta por bactérias que se aderem 
à membrana celular e tornam seu contorno granuloso e impreciso. 
 
• Tratamento 
- Derivados Imidazólicos (sistêmicos e tópicos) 
o Metronidazol: 500 mg / creme 
o Tinidazol / secnidazol / clotrinazol 
- Clindamicina tópica e/ou sistêmica 
- Acidificação do meio vaginal (ácido ascórbico – vit C): restaura o equilíbrio da flora vaginal 
 
CANDIDÍASE 
• Estima-se que 75% das mulheres irão ter ao menos um episódio de candidíase vulvovaginal na vida 
• Prevalência de cerca de 30% na gestação 
• A Candida é um fungo Gram-positivo 
• Candida albicans (mais comum), Candida glabrata, Candida tropicalis 
 
• Fatores predisponentes 
- Uso de Antibiótico 
o Os antibióticos eliminam as bactérias da flora vaginal, diminuindo a competição por nutrientes, 
facilitando o crescimento do fungo 
- Uso de anticoncepcional 
- Gestação 
- Diabetes melito 
o A gravidez, o uso de anticoncepcionais orais e o diabetes propiciam aumento na concentração de 
glicogênio vaginal, com consequente acidificação do meio e proliferação de levedura. 
- Praia e piscina 
o Promovem o aumento da umidade e do calor na região vaginal, facilitando o crescimento do fungo 
- Imunodepressão (QxT/corticóides) 
- Hábitos de higiene e vestuário inadequados: diminuem a ventilação e aumentam a umidade e o calor local 
 
• Quadro clínico e diagnóstico 
- No exame especular, observa-se: corrimento branco, inodoro, grumoso, espesso, com aderência em 
paredes vaginais, aspecto caseoso (“leite coalhado”) 
- Principal sintoma: prurido intenso 
- Disúria terminal 
- Dor pélvica, processo inflamatório intenso, dispareunia (dor durante a relação sexual) 
- Se atingir a área externa da vagina, pode causar lacerações vulvares e hiperemia 
- pH vaginal ácido (entre 3,5 e 4,5) 
o A Candida é capaz de se proliferar em ambiente ácido, apesar da ação dos lactobacilos. 
- Há melhora dos sintomas durante a menstruação: a menstruação ocasiona a alcalinização do meio 
 
 
- Presença de pseudo-hifas e esporos no exame microscópico 
- Cultura de Kicherson ou Sabourand 
- Teste das aminas negativo 
 
• Tratamento não medicamentoso 
- Medidas gerais 
o Vestuário geral e íntimo adequado (evitando calças justas e tecido sintético) 
− Evitar dormir de calcinha e usar calça jeans todos os dias 
o Alcalinização do meio vaginal com solução de bicarbonato de sódio 
o Embrocação vaginal com violeta genciana a 1% 
 
• Tratamento com agentes azólicos 
- Específico: geralmente as formulações de dose única tratam efetivamente a candidíase não complicada 
o Sistêmico 
o Fluconazol VO 150 mg dose única 
o Itraconazol 200 mg 2 doses (24 hs) 
o Cetoconazol 400 mg/dia 5 dias 
- Tópicos 
o Nistatina: disponível do SUS e 
o Miconazol: disponível do SUS 
o Tioconazol 
o Isoconazol 
o Fenticonzol 
o Tioconazol 
 
• Recidivas 
- A Candidíase não é uma DST e, por isso, geralmente não é necessário o tratamento do parceiro sexual 
- Em candidíases de repetição, o tratamento também deve englobar o parceiro sexual 
- Uso de sabonete íntimo: não tem muitos benefícios, apenas não possuem fragrância 
- Tratamento de candidíase recidiva 
o Fluconazol mensal por 6 meses 
o Fluconazol semanal por 1 mês e fluconazol mensal por 5 meses 
 
TRICOMONÍASE 
• Agente etiológico: Trichomonas vaginalis – protozoário flagelado, anaeróbio 
• Protozoário oval ou piriforme 
• É a terceira causa mais comum de corrimento vaginal, correspondendo a 10 a 15% dos casos 
 
 
• A tricomoníase é uma DST, e sua via de transmissão é quase unicamente sexual. 
- Sintomático somente presentes na mulher 
• Na gestação, aumenta risco prematuridade e baixo peso 
 
• Quadro clínico e diagnóstico: 
- Corrimento abundante, amarelado ou esverdeado, bolhoso e fétido 
- Sintomas inflamatórios: colpite intensa (colo em framboesa), hiperemia 
vaginal 
- Prurido e/ou irritação vulvar discreta 
- Sintomas urinários 
- pH vaginal básico – acima de 4,5 (geralmente entre 5 e 7) 
- Flagelos móveis no exame a fresco (exame onde se pode observar microrganismos vivos em material 
biológico) 
- Teste das aminas fracamente positivo 
- Presença do protozoário no exame microscópico 
 
• Tratamento 
- Metronidazol sistêmico e tópico 
- Tinidazol 
- Secnidazol 
- Outros (nimorazol, ornidazol) 
• O tratamento dos parceiros e a abstinência sexual durante o tratamento são obrigatórios. 
• Lembrar da interação com Álcool (imidazólicos) 
 
COMPARAÇÃO DAS PATOLOGIAS 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES 
 
1. (Unicamp-2011) Mulher, 21 anos, queixa-se de secreção vaginal branca há alguns anos, sem odor e sem prurido, 
de caráter intermitente. Mantém atividade sexual regular com uso irregular de preservativo. Exame especular: 
secreção branca em pequena quantidade; teste de Wiff negativo; pH=4,5. Exame microscópico: leucócitos +/4+, 
presença de bacilos g+ e raros cocos g+. A hipótese diagnóstica é: 
a. Vaginite por candidíase 
b. Vaginite citolítica 
c. Vaginose bacteriana 
d. Conteúdo vaginal fisiológico 
 
2. Qual o diagnóstico mais provável em uma mulher de 35 anos que apresenta corrimento vaginal, cujo odor piora 
após o coito e ao exame, o pH vaginal é igual a 5? 
a. Candidíase 
b. Vaginose bacteriana 
c. Tricomoníase 
d. Leucorreia fisiológica 
e. Corrimento pós-coito normal 
 
3. Em relação à candidíase vulvovaginal, é correto afirmar que: 
a. Ela ocorre em pH vaginal maior que 4,5. 
b. O exame a fresco permite a visualização de hifas. 
c. É frequente a associação com vaginose bacteriana. 
d. É a causa mais comum de vaginite no climatério. 
e. O odor pronunciado e fétido é seu sintoma predominante. 
 
 
MIOMATOSE UTERINA 
MIOMATOSE UTERINA 
• Os leiomiomas uterinos (fibromas ou miomas) são tumores benignos formados por fibras musculares lisas do útero 
com estroma de tecido conjuntivo em proporções variáveis 
• Ocorre entre 4 a 11% das mulheres adultas – 1 em cada 10 mulheres 
• Eles representam a causa estrutural mais comum de sangramento uterino anormal 
• São tumores sensíveis ao estrogênio (promove crescimento) e à progesterona (promove redução) 
• Correspondem a 2/3 das indicações de histerectomias 
• Crescimento neoplásico benigno a partir de células musculares embrionárias remanescentes 
• Em termos histológicos, observam-se fibras musculares lisas uniformes dispostas em feixes espirais: 
- Monoclonal 
- Presença de tecido conjuntivo fibroso 
TEORIAS 
• Alterações cromossômicas: cromossomo 12 
• Estrogênios: mecacme (idade fértil), menopausa, Trh 
- Por serem sensíveis aos hormônios femininos, eles se desenvolvem durante os anos reprodutivos 
- Após a menopausa, os leiomiomas geralmente regridem e o desenvolvimento de novos tumores é raro 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
• Subseroso: externo ao miométrio (na cavidade abdominal) – é o que 
provoca menos sintomas 
• Intramural: posicionado na intimidade do miométrio 
• Submucoso: internamente ao miométrio (endométrio) – é o que 
provoca mais hemorragia devido a sua íntima relação com a mucosa 
endometrial 
• Outros: intraligamentares, paridos, cervicais (colo), pediculados 
 
 
 
DEGENERAÇÃO DOS MIOMAS UTERINOS 
Os miomas são intensamente celulares, mas, à medida que crescem, passam por transformações as quais definem os 
diversostipos de alterações degenerativas secundárias encontradas. Estas degenerações são: 
• Hialina (branca): liquefação tumoral – tumor amolecido 
- Tem sua origem na diminuição do fluxo de sangue para o mioma 
• Gordurosa (amarela): mais raro 
• Rubra ou vermelha: necrobiose asséptica: mais comum na gravidez, atenção para dosagem de GnRh 
- Mais frequente na gravidez; acompanhar o tamanho do mioma pois estrógeno promove seu crescimento 
- Pode romper → causar necrose asséptica → sepse 
- São ocasionadas por obstruções venosas devido ao rápido crescimento tumoral 
 
 
 
• Sarcomatosa (leiomiossarcoma) 
- Degeneração maligna, muito rara (0,1 a 0,6%) 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
• Subseroso: dor abdominal e aumento do volume abdominal 
- Na maior parte dos casos, é assintomático 
- Se houver um crescimento exacerbado, pode causar dor abdominal e aumento do volume abdominal 
 
• Intramural: hipermenorragia 
- Aumento da superfície sangrante 
- Prejuízo da contratilidade uterina 
- Modifica a estase venosa no endométrio 
- Maior produção de prostaglandinas e prostaciclinas 
• Submucoso: metrorragia (o que mais causa sangramento – relacionado com a loalização do mioma, não com o seu 
tamanho) 
- Erosão na superfície tomada pelo nódulo 
- Parido 
• Outros sitomas 
- Sintomas urinários ou gastrintestinais 
- Infertilidade 
- Abortamentos de repetição: nos leiomiomas submucoso 
DIAGNÓSTICOS 
O diagnóstico do leiomioma uterino é realizado pela associação de dados da história clínica, do exame físico ginecológico 
e de achados nos exames de imagem. 
• Exame ginecológico 
- Palpação abdominal 
- Exame especular 
- Toque bimanual (consistência fibroelastica – semelhante a gravidez) 
 
• Ultrassonografia transvaginal e pélvico 
- Volume de 100mm2 é o normal para o útero 
- Acima de 
- Transvaginal se a paciente já iniciou relações sexuais 
- Pélvico se a paciente não tiver iniciado relações sexuais 
 
• Ressonância nuclear magnética 
- Geralmente não é necessário 
- Solicitado quando o útero estiver muito grande 
- Acompanhamento pós embolização (impedir o fluxo sanguíneo para o mioma, infartando-o). 
 
TRATAMENTO 
 
• Clínico 
- Expectante: observar 
 
 
o Quando a doença for assintomática ou oligossintomática 
o Próximo a menopausa (aproximadamente > 50 anos) 
o Desejo de gestação 
o Acompanhar com exame ginecológico e ultrassom semestral 
 
- Medicamentoso: em pacientes sintomáticas 
o Anti-inflamatórios não hormonais (AINEs) durante a menstruação 
▪ Inibem prostaciclinas 
▪ Controle do sangramento em 30% dos casos e diminui a dor 
▪ Ex.: Diclofenaco, piroxicam, cetoprofeno 
 
o Agentes anti-fibrinolíticos 
▪ Diminuem o sangramento: inibem a fibrinólise 
▪ Ex.: Ácido tranexânico 
 
o Progesterona 
▪ Simular a 2ª fase do ciclo 
▪ Reduz sangramento 
▪ Diminui o volume miomatoso ou mantem estável? Geralmente mantém o volume 
 
o Análogo ao GnRh 
▪ Diminuição do volume uterino 
▪ Diminuição dos miomas 
▪ Uso na perimenopausa 
▪ Uso pré-operatório 
▪ Uso limitado (no máximo 6 meses de tratamento) – mais que isso pode causar osteoporose 
▪ Causa “menopausa” durante o período de uso 
- Cirúrgico radial 
o Histerectomia total 
o Histerectomia sub-total (não retira o colo do útero): realizada em casos de dificuldade operatória, 
obesidade, anemia 
o Vias: histerectomia vaginal, videolaparoscópica 
 
- Cirúrgico conservador 
o Miomectomia 
▪ Risco de sangramento, sendo necessário histerectomia 
▪ Alternativa para paciente que deseja engravidar 
▪ Não retirar mioma se encontrar no momento do parto 
o Ablação endometrial (alça térmica ou histeroscópica) 
o Embolização das artérias uterinas: causa infarto no mioma 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – 
DSTS 
 
No Brasil, as DSTs acometem 10.3 milhões de pessoas. Porém, 50% não sabe que tem. As DSTs mais comuns são: 
1. Gonorreia (Pingadeira ou 
Esquentamento) 
2. Cancro Mole (Cavalo) 
3. Sífilis (Cancro Duro) 
4. Herpes 
5. Hepatite (B e C) 
6. Linfogranuloma venéreo (Mula) 
7. Chlamydia 
8. Condiloma Acuminado 
9. Tricomoníase 
10. AIDS 
GONORREIA 
• Agente etiológico - Neisseria gonorrhoeae 
• Sintomas 
- Pus na uretra 
- Pus no colo do útero 
- Disúria 
- Dispareunia 
DIAGNÓSTICO 
• Quadro clínico (corrimento) 
• Coleta de secreção (swab) 
TRATAMENTO 
• O tratamento deve ser feito para o portador e o parceiro (a). Se não tratar o parceiro há reinfecção 
• Azitromicina 1g VO, DU 
• Doxiciclina 100mg, VO, 12/12, 7 dias 
• Ciprofloxacina 500 mg, VO, DU 
• Ceftriaxona 250mg, IM, DU 
 
 
TRICOMONÍASE 
• Agente etiológico - Thichomonas vaginalis 
• Sintomas 
- Corrimento amarelo esverdeado, bolhoso 
- Odor fétido 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Tricomonas na microscopia 
• pH vaginal levemente básico 
TRATAMENTO 
• O tratamento deve ser feito para o portador e o parceiro (a). 
• Metronidazol 2g, VO, DU 
• Metronidazol 400mg, 12h12hs, 7d 
• Secnidazol 2g, VO, DU 
• Tinidazol, 2g, VO, DU 
 
HPV (CONDILOMA ACUMINADO) 
• Agente etiológico: Papilomavírus humano (HPV) 
 
• Mais de 120 tipos da doença 
• Tipos 16, 18, 45, 56: oncogênicos 
• Geralmente o que causa verruga não causa câncer e vice-versa 
 
• 3 formas clínicas 
- Clínica: presença de verrugas 
- Subclínica: não há lesões visíveis a olho nu. Só é diagnosticado por exames 
- Latente: não há lesão, o vírus encontra-se dentro da célula de forma silenciosa. Só diagnosticado com 
análise de DNA 
 DIANÓSTICO 
• Papanicolaou (mulher) 
• Colposcopia (mulher) 
• Peniscopia (homem) 
TRATAMENTO 
• Remover a lesão: ácido, cauterização, retirada cirúrgica 
• Vacina em meninas de 9 a 26 anos, 3 doses 
 
 
 
HERPES 
• Agente etiológico - herpes vírus tipo 1 ou 2 
• Sintomas 
- Vesículas agrupadas 
- Dor 
- Ardência 
- Coceira 
• 60-90% são reativados: baixa imunidade ou estresse 
• Não tem cura 
 
DIAGNÓSTICO 
• Exame físico 
TRATAMENTO 
• É autolimitado desde que o paciente seja imunocompetente. Desaparece geralmente em duas semanas 
• Aciclovir 200mg, 5x dia, 7 dias – acelera a cura 
• Água boricada – alivia os sintomas 
• O ideal é que se aplique o aciclovir antes que as vesículas estourem 
SÍFILIS (CANCRO DURO) 
• Agente etiológico - Treponema pallidum 
• Possui três fases 
- Primária 
o 2-3 semanas, aparece úlcera com borda alta, indolor e fundo limpo 
o Na mulher, a lesão é localizada no colo do útero: geralmente diagnosticada no 
exame de rotina 
 
- Secundária 
o Manchas vermelhas de diferentes formatos: geralmente localizados nas 
plantas dos pés, mãos, boca e dorso das costas 
o Parece alergia 
o Dura em média de 2 a 3 semanas 
 
- Terciária 
o Lesões gomosas (coração, nervo, osso, cérebro) 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• FTA-abs 
- Teste treponêmico: específico 
- O resultado negativo significa que a pessoa nunca entrou e contato 
com o treponema 
- O resultado positivo significa que pegou treponema alguma vez na 
vida, não necessariamente no momento da consulta. Pode ter tido e 
tratado 
 
• VDRL 
- Quantitativo 
- Teste não treponêmico 
- Se FTA-abs for positivo, fazer o VDRL para saber se o treponema está ativo ou não 
- Não vem positivo ou negativo e sim frações numéricas: 1/2, 1/4, 1/8 .... 1/256 
o Quanto menor o denominador mais ativo está o treponema, maior a quantidade de bactéria 
presente 
- Pode ser positivo também em outras doenças; ex.: lúpus 
 
• Pesquisa campo escuro 
- Busca de bactérias no sangue 
 
• Cultura da lesão 
TRATAMENTO 
• Penicilina G benzatina, 2.4 milhões U, IM, DU (1,2 milhão em cada nádega) – sífilis precoce primária 
- Sífilis tardia (mais de um ano de contágio): repetir esse tratamento com Penicilina por 3 semanas – totalizando 
7,2 milhões U 
- Tratar parceiro concomitantemente, recomendar que evitem relações sexuais e se houver, fazer uso de 
preservativo 
• Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 14 dias ou até cura clínica 
• Alergia à penicilina:estearato de eritromicina 500mg, VO, 6/6h, 15 dias 
CANCRO MOLE 
• Agente etiológico - Haemophilus Ducrey 
• Sintomas 
- Lesões múltiplas dolorosas com pus e cheiro ruim, 
geralmente lesões em espelho 
- Não é autolimitado: vai aumentando conforme a 
evolução da doença 
DIAGNÓSTICO 
• Quadro clínico 
• Cultura por coloração de Gram ou Giemsa 
- Cocobacilos curtos, Gram negativos 
- Em cardume de peixes, em impressão digital, em paliçada 
FTA-abs positivo e VDRL positivo, 
mas em títulos baixos (½ e ¼): 
cicatriz sorológica – na dúvida 
faz o tratamento novamente da 
paciente e do parceiro 
 
 
 
TRATAMENTO 
1. Azitromicina 1g VO DU 
2. Ceftriaxone 250mg IM DU 
LINFOGRANULOMA VENÉREO (BUBÃO INGUINAL) 
• Agente etiológico - Clamydia Tracomatis 
• Sintomas 
- Pápula ou pústula: geralmente não percebe 
- Gota matinal – secreção em clara de ovo, mais clara que a da gonorreia 
- Nódulos inguinais dolorosos 
 
DIAGNÓSTICO 
• Quadro clínico 
• Cultura em células vivas (McCoy) 
• PCR 
TRATAMENTO 
• Azitromicina 1g, VO, DU 
• Doxiciclina, 100mg, VO, 12/12h, 14 dias 
DONOVANOSE (GRANULOMA INGUINAL) 
• Agente etiológico: Calymmatobacterium granulomatis 
• Sintomas 
- Granulomas grandes e indolores 
- Úlcera vermelho vivo e sangrante (lembra 
câncer ulcerado) 
 
DIAGNÓSTICO 
• Quadro clínico 
• Biópsia da lesão 
TRATAMENTO 
• Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 21 dias 
HIV/AIDS 
• Pode vir acompanhado de todas as DSTs 
• Assintomático no início 
• Fazer exame de rotina (sangue) 
HEPATITE B 
• Gripe, vômitos, cansaço, febre 
• Geralmente autolimitada, mas 10% evolui para hepatite crônica e até câncer de fígado. 
 
 
• Prevenção: vacinação 
- Todos os profissionais da saúde devem ser vacinados 
HEPATITE C 
• Dor de cabeça, dor no corpo 
• 50% cronifica 
• Não tem cura nem vacina 
 
 
 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
INTRODUÇÃO 
A doença inflamatória pélvica é causada pela infecção polimicrobiana do trato genital superior, ou seja, o que está acima 
do orifício interno do colo uterino 
A DIP ocorre pela penetração e multiplicação de microrganismos da vagina e da porção externa do colo uterino no 
endométrio, nas trompas, nos ovários, no peritônio e nas estruturas contíguas. 
É uma infecção ascendente e constitui a complicação mais comum e grave das doenças sexualmente transmissíveis. 
 
CONCEITO 
Complicação mais comum das doenças sexualmente 
transmissíveis, principalmente Chlamydia 
trachomatis e Neisseria gonorrhoea 
Pode levar a sérias complicações, incluindo: 
• Infertilidade 
• Gravidez ectópica 
• Abscessos pélvicos 
• Dor pélvica crônica 
EPIDEMIOLOGIA 
• Maioria dos casos é subclínica (60%) 
- Geralmente os casos subclínicos ocorrem por infecção por Chlamydia 
• Maior prevalência em mulheres sexualmente ativas entre 15 e 24 anos de idade 
 
 
• Após 1 episódio a prevalência de gravidez ectópica é de 15%, dor pélvica crônica de 18% e infertilidade por obstrução 
tubária de 50%. 
• Aproximadamente 12% das adolescentes sexualmente ativas têm no mínimo um episódio antes dos 20 anos de idade 
ETIOLOGIA 
• Entre os microrganismos sexualmente transmissíveis, merecem destaque Neisseria 
gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis (40%-60% das vezes). 
 
• Frequentemente é uma infecção polimicrobiana. 
 
• Outros 
- Micoplasmas genitais, bactérias anaeróbicas e aeróbicas 
- Estreptococos 
- Mycobacterium tuberculosis 
- Outras doenças sexualmente transmissíveis 
A DIP normalmente inicia com a infecção cervical por Chlamydia trachomatis e/ou por Neisseria gonorrhoeae, que 
ascende ao trato genital superior e, na maior parte dos casos, conduz à infecção polimicrobiana. 
 
FATORES DE RISCO 
• Atividade sexual precoce 
• Promiscuidade 
• Ectopia cervical 
• Parceiro com Doenças Sexualmente Transmissíveis 
• Uso de Dispositivo Intrauterino (DIU) 
- interferência mecânica nos mecanismos de defesa do endométrio 
• Manipulação do canal cervical ou endométrio 
- Pós procedimentos cirúrgicos com má esterilização 
• Baixo nível sócio econômico 
• Duchas vaginais 
• Pós-parto 
- O colo do útero está muito pérvio. Por isso não pode haver relação sexual nos 40 dias seguintes ao parto 
(resguardo) 
 
MECANISMO DE DEFESA 
• Lactobacilos que acidificam o meio vaginal (3,8 - 4,2) 
• Trofismo vaginal, quando estrogenizado 
• Colo apresentando o muco em endocérvice, quando não há lesões 
- A ducha vaginal desequilibra todo esse mecanismo 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Valor de predição positiva do diagnóstico clínico da doença em sua forma aguda é de 65-90% 
• Maioria dos episódios assintomático, ou oligossintomáticos → infecção por Chlamydia 
• Pode haver sangramentos intermenstrual 
 
 
 
Para memorizar os principais 
fatores de risco envolvidos, 
basta pensar em todas as 
condições e situações que 
facilitem a aquisição de uma DST 
 
 
 
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS 
• Dor à mobilização do colo (“grito de Douglas”) 
• Dor abdominal: com ou sem descompressão brusca 
• Dor à palpação anexial 
• Dispareunia: dor de profundidade 
• Corrimento vaginal mucopurulento 
• Sangramento intermenstrual: na infecção por Chlamydia 
• Anorexia, náuseas, vômitos: sinais de irritação peritoneal 
• Febre maior que 38°C (20-30% dos casos) 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Outras causas de dor abdominal 
- Apendicite 
- Gravidez ectópica 
 
• Outras causas de sangramento intermenstrual 
- Alterações locais 
- Alterações hormonais 
 
• Outras causas de dispareunia 
- Endometriose 
- Vaginites 
- Cervicites 
 
DIAGNÓSTICO 
ANAMNESE 
• Mulheres sexualmente ativas 
- Atenção: nunca pensar em DIP em mulheres virgens: DIP é necessariamente uma complicação de DST 
• Ausência de atraso menstrual 
• Histórias de múltiplos parceiros 
• Ausência de anticoncepção de barreira 
• História de DIP prévia 
SINAIS MAIORES 
• Dor abdominal 
• Dor à palpação dos anexos 
• Dor ao toque vaginal (dor à mobilização do colo uterino) 
SINAIS MENORES 
• Temperatura oral acima de 38°C 
• Corrimento mucopurulento 
• Aumento do PCR ou VHS 
• Massa pélvica 
• Leucocitose 
 
− Sinal: exame físico 
− Sintomas: anamnese 
 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
• Hemograma: leucocitose em até 70%, sem desvio para esquerda (achados de infecções bacterianas). A 
hemossedimentação está elevada até 75% dos casos e frequentemente mantêm valores altos. 
• Ecografia: pode revelar líquido livre ou identificar abscesso ovariano. 
• Culdocentese: usada excepcionalmente 
• Bacterioscopia: demonstra a presença de germes aeróbios e anaeróbios, material 
obtido da endocérvice. 
• Urina Rotina e Gram de Gota: afastar infecção urinária. (diagnóstico diferencial) 
• Dosagem de β-HCG: afastar gravidez (diagnóstico diferencial) 
• Laparoscopia: casos de emergência como rotura de abscesso tubo-ovariano. 
 
SINAIS LAPAROSCÓPICOS 
• Hiperemia da superfície tubária 
• Edema da parede tubária 
• Exsudato purulento cobrindo a superfície tubária ou extravasando pela extremidade fimbriada quando está pérvia 
LOCALIZAÇÕES E DENOMINAÇÕES 
• Endometrite (endométrio) 
• Salpingite (tubas uterinas) 
• Piossalpingite (pus), hidrossalpingite (edema) 
• Pelviperitonite (abdome agudo) 
- Abscesso no fundo de saco 
- Abscesso no tubo-ovariano 
- Peri-hepatite causada pela DIP (Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis) 
IMAGENS DE PEÇAS CIRÚRGICAS 
 
COMPROMETIMENTO TUBÁRIO 
• Comprometimento sistêmico 
• Massa abdominal palpável nas regiões ilíacas (50% dos casos) 
• Sinais de defesa abdominal 
 
 
PERITONITE 
• Na presença de um abscesso ovariano, ou da permeabilidade tubária, o processo infeccioso polimicrobiano atinge a 
região pélvica e posteriormente todo o abdômen (peritonite) 
ESTÁDIO E TRATAMENTO 
O tratamento deve ser eficaz contra microrganismos gram +, gram - e anaeróbios 
Estádio Tratamento 
• Estágio I: Salpingite aguda sem 
peritonite 
• Tratamento a nível ambulatorial, 
• Se usuária de DIU, esse deve ser retirado (controverso) 
• Tratamentodo parceiro 
• Antibioticoterapia: 
▪ Ceftriaxona 250 mg IM e Doxicilina 100 mg a cada 12 horas por 
14 dias, 
▪ Tiafenicol 2,5 g VO e Doxiclina 100 mg de 12/12 horas por 14 
dias. 
• Estágio II: Salpingite aguda com 
peritonite 
• Internação 
▪ Os sinais de peritonite e/ou a presença de abscesso tubo-
ovariano justificam a internação. 
• Terapia dupla: 
▪ Doxiciclina 200mg VO como dose de ataque, seguidos de 100 mg 
a cada 12 horas, associado a cefoxitina – 2g EV como dose de 
ataque seguidos de 1g a cada 6 horas 
▪ Alta Hospitalar: manutenção do tratamento em nível 
ambulatorial com Doxiciclina 100 mg VO a cada 12 horas até se 
completar 10 dias de tratamento. 
• Estágio III: Salpingite aguda com 
sinais de oclusão tubária ou 
abscesso tubo-ovariano 
• Estágio IV: sinais clínicos de 
ruptura de abscesso tubo-
ovariano (queda acentuada do 
estado geral, refratariedade ao 
tratamento clínico, febre 
persistente, comprovação 
ultrassonográfica) e abscesso 
acima de 10 cm 
• Internação e cirurgia 
▪ Antibioticoterapia venosa 
▪ Drenagem de Abscesso 
▪ O tratamento cirúrgico envolve a remoção cirúrgica do abscesso, 
preservando os ovários sempre que possível. 
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO 
• Queda do estado geral 
• Abscesso tubo-ovariano 
• Gravidez 
• Má resposta aos antibióticos orais 
• Apendicite (não pode ser excluída) 
• Impossibilidade de tratamento oral 
PREVENÇÃO 
• Uso de preservativo 
• Monogamia 
• Abstinência sexual 
• Tratamento precoce das DST´s 
• Teste anual para Clamídia 
• Tratamento dos parceiros 
 
 
RESUMO 
• Infecção polimicrobiana do trato genital superior 
• Agentes etiológicos: Neisseria e Chlamydia 
• São processos infecciosos, DSTs facilmente evitáveis (camisinha) 
• Dor abdominal e à mobilização do colo (grito de Douglas) 
• Uma das principais causas de esterilidade 
 
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA 
 
ALTERAÇÕES BENIGNAS DA MAMA MAIS COMUNS 
• Dor 
• Neoplasias benignas 
• Fluxos papilares 
• Alterações fibrocísticas 
• Procedimentos infecciosos 
INCIDÊNCIA DE DOENÇAS MAMÁRIAS 
• A dor na mama é uma queixa muito frequente 
• Dor mais frequente em pacientes mais jovens (50 anos) 
• Câncer não dói (existem exceções, geralmente mais avançados 
que atingiram nervo intercostal) 
• Se quase toda mulher chegasse aos 100 anos de idade, (quase) 
todas teriam CA de mama, assim como todo homem teria CA 
de próstata 
• Quanto mais jovem o acometimento por câncer de mama, pior 
o prognóstico 
 
MASTALGIA – DOR MAMÁRIA 
 
• A mastalgia é um sintoma e não uma doença 
IMPORTÂNCIA DA DOR MAMÁRIA 
• Frequência 
• Acomete muitas mulheres jovens 
• Propedêutica complementar é desnecessária – USG geralmente é 
solicitado para acalmar a paciente 
• Terapêutica empírica 
• Cancerofobia 
- Importante tranquilizar a paciente 
- Deixar claro para a paciente que câncer de mama não dói (o 
parênquima da mama não é inervado) 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE MASTALGIA 
• Cíclica 
- Dor bilateral, difusa, relacionada com o ciclo menstrual, causa hormonal (estrogênio e progesterona) 
- Conduta: inibir a menstruação com pílula contínua ou mirena 
 
- Classificação 
o Leve: 2 a 3 dias (antes da menstruação) 
o Lobulite: inflamação dos lóbulos mamários 
o Moderada: 7 a 15 dias 
o Acentuada: > 15 dias 
 
- Fisiopatologia 
o Lobulite (inflamação dos lóbulos mamários) 
o Atrofia lobular (ocorre por estímulos hormonais) 
 
• Acíclica 
- Dor localizada, não relacionada com o ciclo menstrual, mas sim a esforço físico (dor muscular) 
- Acometimento do m. peitoral, com irradiação para mama 
- Etiologia da dor acíclica 
o Trauma 
o Cicatricial 
o Alteração fibrocíscitca 
o Inflamatória (mastite) 
o Carcinoma (muito raro ou avançado) 
 
• Dor extramamária 
- Mionevralgia intercostal 
o Dor constante, não piora com esforço físico e não melhora com anti-inflamatório 
- Contratura muscular 
- Neurite intercostal 
TERAPÊUTICA PARA DOR MAMÁRIA 
• Orientação verbal 
- Cancerofobia (exclusão de preocupação com câncer), atividade física 
- A maioria dos casos de mastalgia não requer tratamento medicamentoso 
• Medicamentosa 
- Analgésicos 
- Diuréticos: TPM 
- Placebo (vitaminas, óleos de prímula): tem o seu efeito 
- Hormonal: pílula contínua, cessando a menstruação; tamoxifeno (fármaco antiestrogênico - age inibindo a 
ação estrogênica na mama); análogos do GnRH (reduz a mastalgia, mas possui efeitos colaterais importantes) 
• Cirúrgicos: pacientes pedem, mas evidências sugerem que a cirurgia não possui um papel importante no tratamento 
da mastalgia 
 
 
 
FLUXOS PAPILARES 
A presença de derrame papilar não necessariamente representa um sinal de malignidade. Pelo contrário, em 95% dos 
casos, os derrames são de origem benigna. 
 
Fluxo papilar benigno Fluxo papilar maligno 
Perguntas a serem feiras a paciente 
− Cor da secreção? 
− Acomete as duas mamas? 
− Suja o sutiã? 
− Descarga provocada 
− Multiductal 
− Bilateral 
− Multicolorida 
− Esporádica 
− Descarga espontânea 
− Monoductal 
− Unilateral 
− Água de rocha; sanguinolenta 
− Profusa e persistente 
− Sinal do “ponto de gatilho” 
 
Fluxo que indica malignidade: derrame monoductal, unilateral, espontâneo, sanguinolento 
ou em água de rocha, sinal do “Ponto de Gatilho” – encaminhar para especialista 
(mastologista) 
 
ETIOLOGIA DOS FLUXOS PAPILARES 
• Neoplásica 
- Papiloma intraductal 
- Carcinoma: papilífero ou intraductal – fluxos papilares em água de rocha ou sanguinolento 
 
• Não neoplásica 
- Ectasia: dilatação dos ductos e a estagnação de secreção nos mesmos. 
- Traumática 
- Endócrina 
SINAL DO PONTO DE GATILHO 
• A expressão radiada é uma etapa fundamental no exame físico 
• Consiste na palpação no sentido periferia-centro, seguida de pressão firme sobre a aréola 
na tentativa de reproduzir o derrame no chamado “ponto de gatilho” 
• Descrever a localização do fluxo papilar em horas 
- Ex.: Expressão positiva sanguinolenta com ponto de gatilho em 5 horas 
MANEJO DO FLUXO PAPILAR 
• Quando investigar? 
- Fluxos espontâneos, hemorrágicos e/ou monoductais 
- O derrame papilar fisiológico não requer investigação e nem tratamento: a orientação, tranquilização e 
explicação minuciosa do quadro para a paciente são normalmente suficientes. 
 
• Como investigar? 
- Citologia do derrame: 95% de falso negativo 
- USG e mamografia: inespecíficos → mesmo que ambos os exames sejam normais, pode ser necessário 
continuar a investigação do derrame suspeito. 
- Biópsia excisional: obrigatório → por mais que seja raro, pode ser um câncer. Se for câncer, ainda estará em 
estágio inicial, favorecendo o tratamento da paciente. 
 
 
 
 
NEOPLASIAS BENIGNAS 
CLASSIFICAÇÃO HISTOPATOLÓGICA 
• Neoplasias epiteliais 
- Papiloma intraductal 
- Adenoma 
• Neoplasias mistas (epiteliais e conjuntivas) 
- Fibroadenoma 
- Tumor filoide 
• Neoplasias diversas 
- Lipoma 
FIBROADENOMA 
• Importância clínica - tumor benigno mais prevalente da mama feminina 
• Principal causa de nódulo palpável 
• Faixa etária mais acometida é de mulheres entre 20 e 40 anos 
• Segunda causa de indicação de biópsia 
• Etiologia idiopática 
INCIDÊNCIA 
• Necrópsia: 9% 
• Múltiplos: 15% (sincrônico ou metacrônico) 
• Bilateralidade: 9,9% 
• Raro em homens 
• Incidência de carcinoma: 0,02 a 0,1% 
- Fibroadenoma pode virar câncer? Não! 
QUADRO CLÍNICO 
• Crescimento lento 
• Fibroelastico 
• Esféricos: bem delimitados 
• Indolores 
• Móveis 
CONDUTA 
• Acompanhamento semestral 
• Não responde a hormônios – a pílula causa e não interfere no crescimento 
HORMONIODEPENDÊNCIA 
• O fibroadenoma é hormônio independente, ou seja, caso a paciente queira ela pode tomar pílula sem problema 
nenhum 
• Menacme (idade reprodutiva da mulher) 
• Gestação 
• Pós-menopausa 
• Hormonioterapia 
 
 
 
 
COMPORTAMENTO BIOLÓGICO 
• Crescem até 2 cm (6 a 12 meses) – maioria dos casos 
- Nódulos mamários são palpáveis, em média, apartir de 1cm 
- Fibroadenoma > 2cm: operar 
- Fibroadenoma < 2cm: não operar 
 
• Regressão: 30 - 52 % dos casos (fibroadenomas menores de 2cm) 
• Crescimento: 15% - cirurgia quando o fibroadenoma for > 2cm, causando abaulamento 
• Inalterados: 50% 
ASPECTOS MICROSCÓPICOS E CLASSIFICA ÇÃO 
• Simples e hipercelular: OMS (1981) 
- Intracanalicular 
- Pericanalicular 
• Simples e complexos: Page (1994) 
 
VARIAÇÕES 
• Gigante ou juvenil 
• Hipercelular 
DIAGNÓSTICO MAMOGRÁFICO 
• Rastreamento 
• Classificação BIRADS – categorias: 
- II (Tipicamente benignos): acompanhamento anual 
- III (Provável benigno): acompanhamento semestral 
- IV (Suspeitos): biopsia 
• Calcificação em pipoca: nas pacientes de maior faixa etária, pode 
haver deposição de calcificação no nódulo, e o nódulo passa a ter 
consistência endurecida 
 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO 
• Largura > altura: caráter benigno 
• Ecos internos: homogêneos 
• Sombra lateral: fina e simétrica 
• Reforço acústico posterior 
 
 
 
TERAPÊUTICA 
• Conservadora (acompanhamento semestral) 
- Jovens (< 2cm) 
- Múltiplos 
- Estáveis (citologia negativa, >35 anos) 
- BIRADS II e III 
 
• Cirúrgica 
- Cancerofobia 
- Alterações cito ou imagem (BIRADS IV) 
- Crescimento 
TUMOR FILOIDE 
• Tumor raro (incidência < 1%) 
• Crescimento rápido: benigno e maligno 
- Tumor classificado como benigno, mas se comporta como maligno 
- Evolução rápida: meses 
• Idade: principalmente pacientes > 40 anos 
• Recidiva local frequente (15 a 60% dos casos) – acompanhamento após a excisão é importante 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Fibroadenoma: consistência semelhante 
• Sarcoma 
• Carcinoma: diferenciar pela velocidade de crescimento 
TERAPÊUTICA 
• Tumorectomia com margem de segurança (evitar recidiva) 
• Mastectomia: tumores muito volumosos 
EVOLUÇÃO 
 
 
 
ALTERAÇÕES FIBROCÍSTICAS BENIGNAS DA MAMA (AFBM) 
Espectros clínicos relevantes nas Alterações Funcionais Benignas das Mamas (AFBM): mastalgia (detalhado 
anteriormente), cistos mamários e massas indefinidas 
CISTOS MAMÁRIOS 
• Cisto simples: bolinha de água – não é nada (não é câncer, não vira câncer), não merece atenção especial 
• Cisto complicado: conteúdo mais espesso; sangue, pus – não é nada 
- Se estiver muito volumoso: puncionar e esvaziar o cisto 
• Cisto complexo: formação líquida com coleção sólida no interior – pode ser câncer (carcinoma papilífero) 
- Necessário mamotomia (biópsia) ou exérese (remoção cirúrgica) 
ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS 
Pela impossibilidade da diferenciação dos cistos no exame 
físico, é importante solicitar USG 
• Cisto simples: conteúdo anecóico (preto) + reforço 
acústico posterior (branco) 
• Cisto complicado: hipoecogênico (cinza) 
• Cisto complexo: hipoecogênico (cinza) 
- Benigno: + reforço (branco) 
- Maligno: + sombra (preto) 
 
 
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA 
• Macrocistos: > 35 anos 
• Microcistos 
CLASSIFICAÇÃO DO CONTEÚDO SÓLIDO 
• Fibroesclerose: > 20 anos 
• Adenose: simples e esclerosante 
CONDUTA 
• Punção aspirativa quando cisto > 2cm 
• Expectante: microcistos 
• Cirúrgica (exérese): área sólida – cisto complexo 
RISCO DE CÂNCER DE MAMA 
• Encaminhar para mastectologista: 
- Carcinoma lobular in situ 
- Hiperplasia atípica 
- Lesões papilíferas 
• Acompanhamento ambulatorial 
- Adenose esclerosante 
- Fibroadenomas complexos 
- Fibrose, adenose simples 
 
 
 
CONDUTA PARA LESÕES DE ALTO RISCO 
• Ressecção ampliada seguimento (clínco-mamográfico): hiperplasia atípica e carcinoma lobular in situ 
• Tamoxifeno 
• Atividade física 
• Mastectomia profilática – mutação nos genes BRCA-1 e BRCA-2 
MASTITES 
Mastite é a inflamação dolorosa do tecido mamário, geralmente acompanhada por infecção 
MASTITE LACTACIONAL 
• Puerperal (lactantes) 
• 21ª Semana puerperal 
• Agentes etiológicos: Staphylococcus (aureus e epidermidis) ou Streptococcus Gram positivos – bactérias da 
microbiota da pele da mãe 
o Em geral, a presença de fissuras mamárias resulta em quebra dos mecanismos de defesa do organismo 
e em aumento do número de bactérias sobre a pele da mama 
• Nas formas graves, associam-se bactérias anaeróbias 
• Tratamento empírico: cefalexina e reavaliação em 7 dias 
• Orientação: continuar amamentando com a mama não acometida. Ordenhar a mama acometida 
MASTITE NÃO LACTACIONAL 
• Mastite periductal 
• Acomete principalmente fumantes (tabaco → metaplasia das células ductais → obstrução dos ductos → acúmulo 
de secreção → proliferação de bactérias anaeróbicas) 
o Simples 
o Fistulizada 
• Tratamento empírico: metronidazol ou clindamicina e reavaliação em 7 dias 
• Indicar a cessação de tabagismo 
 
 
 
 
 
 
 Forma aguda Forma subaguda Forma crônica fistulizada 
Forma crônica (idiopática) 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: sinais clínicos de infamação (dor, calor, eritema, edema), dor intensa, estase lática 
• Ultrassom: em suspeita de abscesso 
• Punção 
• Cultura: em casos graves ou recidivas 
• Evitar mamografia 
TRATAMENTO 
• Calor local (suave) 
• Analgésicos ou anti-inflamatórios 
• Antibioticoterapia 
• Drenagem cirúrgica 
• Dreno: se necessário, no período de 36-72hs 
• Biópsia eventual: em casos crônicos e recidivas 
DERMATOSE 
• Doença da pele da mama – encaminhar para dermatologista 
• Tratamento: corticoide 
 
 
 
BIRADS – BREAST IMAGING-REPORTING AND 
DATA SYSTEM 
 
• É uma maneira de objetivar todos os exames de mama – padronizou os laudos 
• Todos os exames de mama devem ter o BIRADS em sua conclusão 
• Importância de diagnosticar os tumores de tamanhos pequenos, pois há uma maior sobrevida 
• O nódulo é palpável a partir de 1cm 
MAMOGRAFIA DIGITAL 
É o método principal e seguro de auxílio ao exame clínico no câncer de mama. Definitivamente, é o método 
propedêutico mais importante no diagnóstico das lesões subclínicas 
 
 
INDICAÇÕES 
• Mamas densas 
• Alto risco 
• Calcificações 
• Seguimento 
 
DENSIDADE DA MAMOGRAFIA – DENSIDADE MAMÁRIA 
 
• 4 densidades mamárias 
- Mamas adiposas 
- Mamas predominantemente adiposas 
- Mamas predominantemente densas 
- Mamas densas (pacientes jovens – mais glândulas) 
 
 
• Quanto mais densa a mama, menor a sensibilidade da mamografia 
- É mais fácil observar o nódulo em mamas adiposas 
- Pacientes idosas têm mamas mais adiposas (liposubstituição) 
 
• Mamografia em céu de brigadeiro: fácil identificação para qualquer alteração na mama 
 
CLASSIFICAÇÃO BIRADS 
 
• VPP: valor preditivo positivo (chance de ser câncer) 
Categoria BIRADS 
Categoria Interpretação VPP Conduta 
0 Inconclusivo - Exame adicional, complementar 
1 Benigno 0% Controle anual a partir dos 40 anos 
2 Benigno 0% Controle anual a partir dos 40 anos 
3 Provavelmente benigno < 2% Seguimento em 6 meses 
4 Suspeito 2 – 95% Biopsia 
5 Provavelmente maligno > 95% Biopsia 
6 Lesão maligna (biopsiada ou 
diagnostivada), não submetida a 
terapia definitiva 
100% 
 
 
 
 
• BIRADS 0: inconclusivo 
- Necessário exame complementar (geralmente USG) para chegar a alguma conclusão 
 
• BIRADS 1: normal, sem alteração 
- 0% de chance de ser câncer 
- Conduta: controle anual a partir dos 40 anos 
 
• BIRADS 2: achados benignos (ex.: cisto) 
- 0% de chance de ser câncer 
- Conduta: controle anual a partir dos 40 anos 
 
• BIRADS 3: achados provavelmente benignos, poucas chances de ser câncer 
- Baixo risco de ser câncer (< 2%) 
- Conduta 
o Controle após 6 meses 
o Se continuar estável, repetir mais uma vez após 6 meses 
o Se estiver estável após 2 anos, abaixar para BIRADS 2 
o B3 → 6 meses (B3 – estável) → 6 meses (B3 – estável) → 12 meses (B2 – estável) → Acompanhamento 
anual 
o Se houver crescimento da alteração após 6 meses que repetiu o exame, classificar como B4 
 
• BIRADS 4: achados suspeitos 
- Chance de ser câncer: entre 2 a 95% - inespecífico, grande leque de possibilidades 
- Conduta: investigar com biopsia (estudo histopatológicoda lesão) 
 
• BIRADS 5: achados provavelmente malignos 
- Alterações altamente sugestivas de malignidade 
- Chance de ser câncer: 95% 
- Conduta: investigar com biopsia ou operar direto 
 
• BIRADS 6: achados malignos confirmados (quando já houve a biopsia) 
- Por que fazer o exame? → acompanhamento 
- Chance de ser câncer: 100% 
ALTERAÇÕES NOS EXAMES DE IMAGEM 
BIRADS 2 
• Mamografia (primeira foto) 
- É possível visualizar duas bolas, mas não se sabe trata-se de câncer ou água = BIRADS 0 
• USG (exame complementar) 
- Visualiza-se um cisto anecoico, preto, com reforço acústico posterior = cisto (benigno: B2) 
 
 
 
BIRADS 3 
• Risco de câncer: < 2% 
• Conduta: rotina (< 45 anos) 
• Não indicar PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina) 
• Seguimento após 6 meses (< 45 anos), com USG ou mamografia 
• Mamografia 
- Calcificações agrupadas e monomórficas: 3 ou mais com menos de 1 cm de distância 
• USG 
- Cisto hipoecogênico (sólido), circunscrito, bem delimitado, ovalado, mais largo que alto (horizontalizado), 
paralelo a pele 
 
BIRADS 4 
• Mamografia 
- Microcalcificações agrupadas, pleomórficas (indicam malignidade) 
o Quanto menor, pior 
 
• USG 
- Cisto de contorno lobulado, mais alto que largo (verticalizado), sem efeito acústico posterior 
- Pode ser tanto um fibroadenoma quanto um câncer 
- Conduta: fazer biopsia 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIRADS 5 
• Invade o tecido adjacente 
• O tumor tem conteúdo branco 
• Mamografia 
- Nódulo espiculado (forma de aranha, estrela – denota malignidade) 
- Microcalcificações agrupadas, pleomorfismo 
o Letras gregas: microcalcificações BIRADS 5 
 
 
 
MAMAS DENSAS 
• Quanto maior a densidade, menor a sensibilidade do exame 
• Mamografia 
- Mamas densas não é BIRADS 0 (B0 é quando há alteração, mas não se sabe que é) 
- Se não apresentar alteração no exame é BIRADS 1 
- Pelo fato de a mama ser densa, realizar uma USG 
• USG 
- Lobulado, sem reforço acústico posterior, hipoecogênico, verticalizado = BIRADS 4 
- Conduta: biopsia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA DA MAMA 
• Leva em consideração 
- Caracteristica do nódulo 
- Como ele se comporta após contraste 
 
• Curvas 
- Curva tipo I: benigna 
o Sobe devagar e desce devagar 
 
- Curva tipo II: platô 
o Sobe rápido, mas se mantém estável 
 
- Curva tipo III: maligno 
o O nódulo é bem vascularizado (neovascularização), logo o sangue 
+ contraste entra e sai rapidamente 
o Curva de wash out: efeito de lavagem 
 
 
 
 
 
- Para o BIRADS, levar em consideração o formato e o gráfico do contraste 
 
 
 
INDICAÇÕES 
• Próteses 
- Mostra se a prótese está integra ou rota, mesmo sem extravasamento de silicone 
• Mamas densas 
• Pacientes de alto risco 
- Radioterapia de mediastino – aumenta incidência de câncer 
- Alterações genéticas 
• Carcinoma oculto 
- Câncer no linfonodo, mas não há alterações na mamografia ou USG 
• Planejamento cirúrgico 
• Após quimioterapia neoadjuvante 
• Não recomendada para rastreamento: sensibilidade de 35 a 95% - inespecífico 
I- II- 
III- 
 
 
CONCLUSÕES SOBRE O RASTREAMENTO DE BAIXO RISCO 
• Mamografia 
- Anual a partir dos 40 anos (Sociedades) 
- Anual a partir dos 50 anos (SUS) 
 
• Periodicidade: 1 ano, incluindo 
- Exame clínico 
- Mamografia 
- Se houver alterações, solicitar USG

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