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CLIQUEAQUIPARA VIRARAPÁGINAEducação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares Autor: Rita de Cassia Medeiros Gomes Tema 02 O Campo de Atuação da Educação Não Formal seç ões Como citar este material: GOMES, Rita de Cassia Medeiros. Educação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares: O Campo de Atuação da Educação Não Formal. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Tema 02 O Campo de Atuação da Educação Não Formal SeçõesSeções Tema 02 O Campo de Atuação da Educação Não Formal 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • O campo e as demandas da educação não formal. • Aprendizagens e saberes na educação não formal. • Algumas características da educação não formal. CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no Livro-Texto: Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais, da autora Maria da Glória Gohn, editora Cortez, 2010. Roteiro de Estudo: Rita de Cassia Medeiros Gomes Educação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Quais os campos de ação da educação não formal? • Como são construídas as aprendizagens e saberes na educação não formal? • Quais as características importantes da educação não formal? O Campo de Atuação da Educação Não Formal Dando continuidade ao tema anterior, pode-se perceber que a educação não formal representa mais uma perspectiva de ensino que rompe com o modelo hegemônico fundamentado nos princípios estruturantes da educação formal presente no tipo de escola que está posta. O grande avanço da educação não formal ocorreu a partir dos anos 1990 em razão de grandes modificações econômicas e tecnológicas na sociedade e, consequentemente, no mundo do trabalho. Passou-se a valorizar os processos de aprendizagens em grupos e atribuir, muitos significados aos valores culturais que articulam as ações dos indivíduos, bem como a exigência em compreender e falar de uma nova cultura organizacional que exigisse a aprendizagem de habilidades extraescolares. Um dos supostos básicos da educação não formal é o de que a aprendizagem ocorre por meio da prática social. A educação não formal é um campo que vem se consolidando desde as últimas décadas do século XX e a explicação para este fato advém das mudanças e transformações ocorridas na sociedade neste período, especialmente com a globalização. Progressivamente inúmeras mudanças de valores e práticas sociais foram se implantando no mundo do trabalho; as novas tecnologias mudaram a cena da vida cotidiana dos indivíduos no plano doméstico e fora dele, com os celulares, internet e outras formas de comunicação (GOHN, 2010, p. 34). 7 LEITURAOBRIGATÓRIA As ações interativas entre os indivíduos são fundamentais para a aquisição de novos saberes e essas ações ocorrem essencialmente no campo da comunicação oral, carregando todo um conjunto de representações e tradições culturais que as expressões orais contêm. Não é uma questão apenas para o profissional da educação, o pedagogo. No entanto, seria um grande equívoco pensar que o erro estaria em atribuir uma solução exclusivamente pedagógica a um problema cuja essência é político-social. A educação é global, é social e acontece ao longo de toda a vida. Se o objetivo da educação é capacitar para viver em sociedade e se comunicar, é preciso admitir que, em algumas ocasiões, a escola adota certa atitude de reserva frente aos conflitos e problema sociais dos alunos. (PETRUS, 2003, p. 60). Percebe-se que em algumas situações a educação não formal pode buscar suprir déficits educacionais deixados pela escola em contextos sociais em que esta não conseguiu abarcar as necessidades de seu público. Entretanto, esse repasse é desenvolvido em espaços alternativos e com metodologias e sequências cronológicas diferenciadas, com conteúdos curriculares flexíveis, adaptados segundo a realidade do grupo social a ser atendido. Em outras situações, a aprendizagem ocorre por meio da prática social. Segundo Gohn (1997), é a experiência das pessoas em trabalhos coletivos que gera aprendizado: A maior importância da educação não formal está na possibilidade de criação de conhecimentos novos. O agir comunicativo dos indivíduos voltado ao entendimento dos fatos e fenômenos sociais do cotidiano, baseia-se em convicções prático-morais, elaboradas a partir das experiências anteriores, segundo as tradições culturais e as condições histórico-sociais de um certo tempo e lugar. O conjunto desses elementos fornece o amálgama para a geração de soluções novas, construídas face aos problemas que o dia-a-dia coloca nas ações dos homens e mulheres (GOHN, 1997, p. 4). A educação não formal, segundo Gohn (1997), designa em um processo por diversas dimensões que correspondem à suas áreas de abrangência. Pode-se elencar algumas, que são: • A aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos. • A capacitação dos indivíduos para o trabalho por meio da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades. • A aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de problemas coletivos cotidianos. 8 • A aprendizagem dos conteúdos da escolarização formal, escolar, em formas e espaços diferenciados. • A educação desenvolvida na e pela mídia, em especial a eletrônica. Ainda, Maria da Glória Gohn (2010) ressalta que o processo político-pedagógico de aprendizagem e produção dos saberes da educação não formal apresentam várias dimensões, dentre elas: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos como cidadãos, ou aprendizagem para a cidadania; aprendizagem dos indivíduos para atuarem no mundo do trabalho, por meio da aprendizagem por habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades em oficinas e laboratórios. É importante distinguir as práticas cidadãs de outras práticas que enxergam os indivíduos apenas como mão de obra para concretizar ações que o Estado não conseguiu realizar, ou ainda, para gerar renda em trabalhos sem direitos sociais regulamentados. A aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazer uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor é fundamental na educação não formal; a aprendizagem e o exercício de práticas que capacitamos indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltados para a solução de problemas coletivos cotidianos, geradas pela participação em associações, movimentos, fóruns, conselhos e câmaras de gestão, de forma que estes cidadãos possam entender e fazer uma leitura do que está ao seu ao seu redor, quem é quem, que projetos e quais interesses cada um defende, quais são os interesses da maioria que deveriam ser definidos, quais práticas cidadãs e emancipatórias; a aprendizagem pela cultura, de conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazer uma leitura do mundo do ponto de compreensão do que se passa ao seu redor, gerada pelo acesso a recursos culturais como museus, bibliotecas, shows, palestras, a educação desenvolvida na mídia e pela mídia, em especial a eletrônica, onde são geradas aprendizados, positivos e negativos, inculcam-se valores, mas geram também resistências e saberes (GOHN, 2010, p. 35-36). São exemplos também de processos de aprendizagem de interação da educação formal com a educação não formal as visitas de alunos de escolas ao museu ou, ainda, a interação de alunos de escolas, as ONGs que oferecem atividades esportivas e ou recreativas que apresentam atividades articuladas: escola-ONG. Outro exemplo do campo de atuação da educação não formal é a educação comunitária. A educação comunitária foi associada inicialmente à educação não formal e caracterizada por processos coletivos nos anos 1980e, mais intensificadamente, na década de 1990 começa a aparecer nos contextos escolares, caracterizada pela democratização do espaço e das relações, da participação de todos os envolvidos e da melhoria da qualidade da educação. Seu objetivo é formar um “sujeito coletivo”, isto é, que se compreenda em meio à coletividade e se torne corresponsável pelas ações, relações, conflitos e decisões que ocorrem na comunidade. LEITURAOBRIGATÓRIA 9 LEITURAOBRIGATÓRIA Na educação comunitária reconhece-se a existência de outros contextos de aprendizado que fazem parte da vida dos alunos, todos eles existentes na comunidade na qual a escola se encontra inserida. Para, Trilla (1993) existem três dimensões possíveis na relação educação e cidade: 1. Aprender na cidade – museus, ONGs, parques e praças. 2. Aprender da cidade – nas relações com as pessoas (agentes informais). 3. Aprender a cidade – como utilizar a cidade e participar da sua construção. Segundo Gohn (2010), as práticas educativas não formais estão presentes em atividades, nas organizações sociais, nos movimentos sociais, nas associações comunitárias, nos programas de formação sobre direitos humanos, cidadania, práticas identitárias, lutas contra a desigualdades e exclusões sociais. Já para Gadotti (2005) citado por Gohn (2010): A educação não formal é mais difusa, menos hierárquica e menos burocrática. Seus programas, quando formulados, podem ter duração variável, a categoria espaço é tão importante quanto a categoria tempo, pois o tempo da aprendizagem é flexível, respeitando-se diferenças biológicas, culturais e históricas. A educação não formal desenvolvida em ONGs e outras instituições é um setor em construção, mas constitui um dos poucos espaços de mercado de trabalho com vagas para profissionais da área da educação (GOHN, 2010, p. 38). As propostas da educação não formal têm como foco central, enriquecer a biografia dos indivíduos, ampliando a gama de vivências e experiências formativas de crianças, jovens, adultos e idosos. Nela, destaca-se o encontro de gerações, a mistura de idades, a não obrigatoriedade de frequência e a ocorrência de ações e experiências em espaços e tempos mais flexíveis, não restritos ou fixados por órgãos reguladores. No entanto, em hipótese alguma a educação não formal substitui ou compete com a Educação Formal, escolar. Pode, sim, contribuir na complementação desta última, via programações específicas, articulando escola e comunidade educativa, localizada no território ao redor da escola. A educação não formal apresenta alguns objetivos próximos da educação formal, como formação de um cidadão pleno, mas ela também pode oferecer a possibilidade de desenvolver alguns objetivos que lhes são específicos, via a forma e espaços onde ocorrem suas práticas, a exemplo de um conselho ou a participação em uma luta social contra as discriminações. 10 Assim, para alcançar tais objetivos, necessita ter como foco a concepção clara de Educação não formal, como: um espaço concreto de formação com a aprendizagem de saberes para a vida em coletivos, para a cidadania; Relativa ao plano emocional e cognitivo das pessoas, como aprendizagem de habilidades corporais, técnicas, manuais, dentre outras, que os capacitam para o desenvolvimento de uma atividade de criação, resultando um produto como fruto do trabalho realizado. Estes saberes não podem ser valores impostos, de coma para baixo, desconsiderando a autonomia de cidadãos (ãs). A contextualização do lugar e tempo onde ocorrem processos de educação não formal é algo de suma importância para entender seu caráter, sentido e significado também (GOHN, 2010, p. 40). Veja-se a ideia da autora a partir das aprendizagens e saberes na educação não formal. Para esta, a aprendizagem somente acontece quando as informações trabalhadas fazem sentido para os indivíduos inseridos em determinado contexto social. Quanto a questão metodológica, é um dos pontos mais polêmicos na educação não formal, pois, de acordo com muitos pesquisadores, existe uma determinada flexibilidade nos processos de educação não formal. Ou seja, muitos acreditam que a educação não formal não possui métodos e metodologias. Outros afirmam que se ela vier acompanhada de métodos e metodologias deixaria de ser não formal. De toda forma, na educação formal as metodologias são usualmente planificadas previamente segundo conteúdos prescritos nas leis. As metodologias de desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem são compostas por um leque grande de modalidades, temas e problemas e não vamos adentrar neste debate porque não é nossa área de conhecimento. Na educação as metodologias operadas no processo de aprendizagem partem da cultura dos indivíduos e dos grupos. Há metodologias, em suma, que precisam ser desenvolvidas, codificadas, ainda que com alto grau de provisoriedade, pois o dinamismo, a mudança, o movimento da realidade, segundo o desenrolar dos acontecimentos, são as marcas que singularizam a educação não formal (GOHN, 2010, p. 46-47). Qualquer que seja a trajetória metodológica construída ou reconstruída é necessário atentar-se para o papel dos agentes mediadores no processo (os educadores, mediadores, facilitadores, monitores e demais profissionais). Estes são fundamentais para delimitar os referenciais no ato de aprendizagem, pois carregam consigo: visão de mundo, projetos societários, ideologias, propostas, conhecimentos, dentre outros. Se destacam no conjunto e por meio deles pode-se conhecer o projeto socioeducativo do grupo, os valores definidos e os que são negados. LEITURAOBRIGATÓRIA 11 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia o artigo: FRANTZ, Walter. Educação e cooperação: práticas que se relacionam. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/sociologias/article/viewFile/5772/3378>. Acesso em: 5 dez. 2013. É um artigo que o autor Walter Frantz procurou abordar para fins de debate no Seminário sobre Cooperativismo e Educação, relacionando os dois fenômenos: a cooperação e a educação. Apresenta, ainda, a concepção entre educação e cooperação e a relação de ambas com práticas cooperativas. Leia o artigo: CARVALHO, Josué de Oliveira; CARVALHO, Lindalva, R. S. O.. A educação social no Brasil: contribuições para o debate. Revista Scielo. Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006000 100024&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 5 dez. 2013. O presente artigo discute o surgimento do termo Educação Social no contexto brasileiro. Partindo da problematização do termo em si pelo pleonasmo que representa, demonstra como este conceito tem sido concebido como um conjunto de ações que atribuem à educação não formal a tarefa de minimizar as consequências de um quadro social que multiplica a população de miseráveis no país desde as duas últimas décadas do século XX. Discorre, também, sobre as novas formas de articulação da sociedade civil com o poder público que, numa relação de parceria, se associam na busca de uma solução comum. Finalmente, apresenta as medidas socioeducativas como pertencentes ao escopo da educação social e como estas vêm sendo executadas no Estado de Minas Gerais por meio de parcerias do poder público com a sociedade civil. http://seer.ufrgs.br/sociologias/article/viewFile/5772/3378 http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006000100024&script=sci_arttext&tlng=pt http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006000100024&script=sci_arttext&tlng=pt 12 Leia o artigo: MACHADO, Evelcy Monteiro. A Pedagogia Social: Diálogos e Fronteiras com a Educação não formal e educação sócio comunitária. Disponível em: <http://www.am.unisal.br/pos/stricto-educacao/pdf/mesa_8_texto_evelcy. pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013. O presente artigo procura fazer um resgate histórico do conceito e da prática da Pedagogia Social e a apresenta a partir de sua diversificada forma como se efetiva em vários países, destacando não haverconsenso em relação à sua organização e concepção. Trata, também, da presença da Pedagogia Social na América Latina, onde ainda é pouco conhecida como abordagem teórica e qualificação profissional regular e afirma que Paulo Freire é seu representante nacional, sendo sua obra reconhecida internacionalmente nesta perspectiva. Apesar das diferenças observadas entre educação formal, não formal e sociocomunitária, o texto afirma que o mais relevante é o compromisso assumido na busca da utopia da construção de uma sociedade includente, mais humana, ética e justa política e socialmente. Leia o artigo: SCHAFRANSKI, Marcia Derbili. Educação formal e alfabetização de adultos: um relato de experiência. Disponível em: <http://www.uepg.br/revistaconexao/revista/edicao03/artigo5.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013. O presente texto relata uma experiência educativa que vem sendo desenvolvida numa Organização Não Governamental da cidade de Ponta Grossa, estado do Paraná, que presta assistência à pessoas com neoplasia. Considerando que algumas dessas pessoas não tiveram condições de acesso ou de permanência no sistema regular de ensino, as ações extensionistas visam oportunizar-lhes a possibilidade de serem alfabetizadas, contribuindo, consequentemente, para a sua maior autonomia. O trabalho desenvolvido visa, também, propiciar aos acadêmicos do curso de Pedagogia a atuação na educação não formal, tendo em vista a ampliação de sua formação profissional. Vídeos Assista a reportagem: Escola e Museu: Educação formal e não formal. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qZzR0G0Bt-ch>. Acesso em: 5 dez. 2013. O vídeo é uma reportagem sobre o trabalho da educação não formal e formal em museus. Ainda mostra e discute a importância de se trabalhar a formação dos jovens com visão crítica e reflexiva a partir de obras de artes, aliando as duas modalidades de ensino: formal e não formal. LINKSIMPORTANTES http://www.am.unisal.br/pos/stricto-educacao/pdf/mesa_8_texto_evelcy.pdf http://www.am.unisal.br/pos/stricto-educacao/pdf/mesa_8_texto_evelcy.pdf http://www.uepg.br/revistaconexao/revista/edicao03/artigo5.pdf https://www.youtube.com/watch?v=qZzR0G0Bt-ch 13 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: Qual é o foco central das propostas da edu- cação não formal segundo a temática de- senvolvida? Questão 2: Verifique as questões abaixo e assinale a correta: I. A questão metodológica é um dos pontos mais polêmicos na educação não formal, pois, de acordo com muitos pesquisadores, existe uma determinada flexibilidade nos processos de educação não formal. II. Qualquer que seja a trajetória metodológica construída ou reconstruída, fica necessário atentar-se para o papel dos agentes mediadores no processo (os educadores, mediadores, facilitadores, monitores e demais profissionais). III. A aprendizagem somente acontece quando as informações trabalhadas fazem sentido para os indivíduos inseridos em determinado contexto social. IV. A educação não formal apresenta alguns objetivos próximos da educação formal, como a formação de um cidadão pleno, mas ela também pode oferecer a possibilidade de desenvolver alguns objetivos que lhes são específicos, via a forma e espaços onde ocorrem suas práticas, a exemplo de um conselho ou a participação em uma luta social, contra as discriminações. AGORAÉASUAVEZ 14 Estão corretas: a) Todas as alternativas. b) Somente a I. c) Somente a I e II. d) Somente a III e IV. e) Somente a II e a III. Questão 3: Em relação a metodologia desenvolvida na Educação formal, pode-se dizer que: a) A questão metodológica é um dos pontos mais polêmicos na educação não formal, pois, de acordo com muitos pesquisadores, existe uma determinada flexibilidade nos processos de educação não formal. b) Muitos acreditam que a educação não formal possui planejamento, cronograma, métodos e metodologias. Outros afirmam que, se ela não vier acompanhada de métodos e metodologias, deixa de ser não formal. c) As metodologias são usualmente planificadas previamente, segundo conteúdos prescritos nas leis. d) As metodologias de desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem não são compostas por um leque grande de modalidades, temas e problemas. Questão 4: Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) quan- to ao campo de atuação da educação não formal. É possível dizer que: ( ) A contextualização do lugar e tempo onde ocorrem processos de educação não formal é algo de suma importância para entender seu caráter, sentido e significado também. ( ) As visitas de alunos de escolas ao museu ou, ainda, a interação de alunos de escolas com as ONGs que oferecem atividades esportivas e ou recreativas que apresentam atividades articuladas (es- cola-ONG) são consideradas campos de atuação e interação entre a Educação não formal e a Educação formal. ( ) A educação comunitária foi associa- da, inicialmente, à educação não formal e caracterizada por processos coletivos nos anos 1980 e mais intensificadamente na década de 1990 começa a aparecer nos contextos escolares. Caracterizada pela democratização do espaço e das relações, da participação de todos os envolvidos e da melhoria da qualidade da educação. ( ) Na educação comunitária reconhece-se a existência de outros contextos de apren- dizado que fazem parte da vida dos alunos, todos eles existentes na comunidade na qual a escola se encontra inserida. AGORAÉASUAVEZ 15 AGORAÉASUAVEZ Questão 5: Assinale a questão que não está correta. Na Educação não formal, pode ser equa- cionado, segundo os seguintes tipos de aprendizagem: a) Prática: diz respeito a como se organizar, como participar, como unir-se e quais eixos selecionar. b) Simbólica: quais são as representações que existem entre os pares, demandatários. c) Linguística: refere-se à construção de uma linguagem comum que permite acesso à leitura do mundo, decodificar temas e problemas, perceber, descobrir, entender e compreender seus interesses no meio de muitas propostas com que se deparam. d) Teórica: questiona-se a teoria e prática da atuação do docente. Questão 6: Segundo a autora Maria da Glória Gohn, em quais atividades as práticas educativas não formais estão presentes? Questão 7: Disserte sobre o tema: “Educação não for- mal e os diversos campos de atuação”. Questão 8: Qual é o papel do agente mediador no pro- cesso da construção de saberes na educa- ção não formal? Questão 9: Qual é a necessidade da metodologia na educação não formal? Justifique a sua res- posta. Questão 10: Elenque pelo menos duas dimensões que correspondem às áreas de abrangência da educação não formal e discorra sobre. 16 Espera-se que você tenha tido uma visão mais ampla sobre o campo de atuação da educação não formal e que os assuntos abordados a partir deste tenham possibilitado reflexão para repensar no papel do educador dentro deste campo de atuação. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! GOHN, Maria da Glória. Educação Não-Formal no Brasil: anos 90. Cidadania/Textos n. 10. p. 1-138, novembro, 1997. _________________. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvi- mento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010. PETRUS, A. Novos âmbitos em educação social. In: ROMANS, M.; PETRUS, A.; TRILLA, J. Profissão: educador social. Porto alegre: Artemed, 2003. SILVA, Ana Margareth. Educação em outros espaços de aprendizagem: entrelaçando saberes. Revista AGB- Associação dos GeógrafosBrasileiros, Anais: Crise, práxis e auto- nomia: espaços de resistências e desesperanças- Espaços de diálogos e práticas, 2010. TRILLA, J. La educación fuera de la escuela: âmbitos no formales y educación social. Bar- celona: Ariel, 1993. FINALIZANDO REFERÊNCIAS 17 Pedagogo: é um educador profissional capaz de atuar em espaços escolares e não escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases de desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo. Sua função é planejar, executar, coordenar, acompanhar e avaliar tarefas próprias do setor da educação como a docência do ensino infantil e fundamental, coordenação pedagógica, orientação educacional e gestão e, ainda, acompanhar e avaliar projetos e experiências educativas em ambientes não escolares como empresas, ONGs, sindicatos, movimentos sociais, hospitais e outros. Processo de aprendizagem: são saberes construídos a partir das informações trabalhadas, fazendo, assim, sentido para os indivíduos inseridos num contexto social. Projeto político-pedagógico: é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita resignificar a ação de todos os agentes da instituição. Saberes: conhecimentos construídos por meio de vivências. Metodologia: caminho delineado para desenvolver determinado tema ou assunto. GLOSSÁRIO 18 Questão 1 Resposta: Enriquecer a biografia dos indivíduos, ampliando a gama de vivências e experiências formativas de crianças, jovens, adultos e idosos. Nela, destaca-se o encontro de gerações, a mistura de idades, a não obrigatoriedade de frequência e a ocorrência de ações e experiências em espaços e tempos mais flexíveis, não restritos ou fixados por órgãos reguladores. No entanto, em hipótese alguma a educação não formal substitui ou compete com a Educação Formal, escolar. Pode, sim, contribuir na complementação desta última, via programações específicas, articulando escola e comunidade educativa, localizada no território ao redor da escola. Questão 2 Resposta: Alternativa A. Questão 3 Resposta: Alternativa A. Justificativa: porque a questão metodológica é um dos pontos mais polêmicos na educação não formal, pois, de acordo com muitos pesquisadores, existe uma determinada flexibilidade nos processos de educação não formal. As demais alternativas ressaltam grande rigor com o planejamento e restrição ao campo de atuação. Questão 4 Resposta: V, V, V, V. Justificativa: pois todas estão de acordo com os assuntos desenvolvidos no tema. Todas as ideias estão no texto desenvolvido. Questão 5 Resposta: Alternativa D. Justificativa: pois a aprendizagem teórica questiona quais os conceitos-chave que mobilizam as forças sociais em confronto (solidariedade, inclusão social, participação, cidadania, emancipação, dentre outros) e como adensá-los em práticas concretas e não na teoria e prática da atuação do docente. GABARITO 19 GABARITO Questão 6 Resposta: As práticas educativas não formais estão presentes em atividades, nas organizações sociais, nos movimentos sociais, nas associações comunitárias, nos programas de formação sobre direitos humanos, cidadania, práticas identitárias, lutas contra as desigualdades e exclusões sociais. Questão 7 Resposta: O aluno deverá dissertar sobre os diversos campos de atuação da Educação não formal pesquisando várias fontes de pesquisa. Aqui, o objetivo é proporcionar, para o aluno, condições para que este possa ter contato com outras informações sobre o campo de atuação desta área, mas que, além disso, possa formular conhecimentos sobre o vasto campo de atuação da Educação não formal e apresentá-lo no texto elaborado de forma coesa. Questão 8 Resposta: O papel do agente mediador é delimitar os referenciais no ato de aprendizagem, pois carrega consigo: visão de mundo, projetos societários, ideologias, propostas, conhecimentos, dentre outros. Questão 9 Resposta: Não é tão importante no aspecto de cumprimento de etapas, mas não deixa de ser repensada de forma significativa para desenvolver as atividades propostas. Questão 10 Resposta: Caso o aluno elenque duas das dimensões abaixo e discorra sobre o assunto, estará correto. A educação não formal designa em um processo por diversas dimensões que correspondem às suas áreas de abrangência. Pode-se elencar algumas, que são: a) A aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos. b) A capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades. c) A aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de problemas coletivos cotidianos. d) A aprendizagem dos conteúdos da escolarização formal, escolar, em formas e espaços diferenciados. e) A educação desenvolvida na e pela mídia, em especial a eletrônica.
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