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INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM CÃES

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Inseminação Artificial 
em Cães 
Limitações da IA: 
Método exige mão de obra especializada – 
para ser feito todo o procedimento de 
controle da cadela até o momento ideal de 
fazer a inseminação artificial e o 
procedimento de inseminação artificial que 
engloba colheita do sêmen, analise do 
sêmen, a preparação deste sêmen e a 
técnica de inseminação é necessário que 
tenha um médico veterinário especializado, 
com conhecimento para poder executar a 
técnica e conseguir bons resultados. 
 
Inseminação Artificial 
→ É a operação que tem por finalidade 
introduzir o sêmen puro ou diluído, nas vias 
genitais das fêmeas em condições que 
permitam aos sptzs encontrar o óvulo e 
fecundá-lo (Mies Filho, 1987) 
→ É o método pelo qual auxiliamos os cães 
que não conseguem fazer a monta natural 
a se reproduzirem (Crusco, 2009) 
 
Indicações 
Fêmeas 
v Erros de manejo – principalmente do 
proprietário 
v Inexperiência das fêmeas – onde elas 
ainda são novas, e não consegue ser 
feito a monta 
v Estenose e hiperplasia vaginais – por 
excesso de estrógeno, sabendo que 
a fase de período fértil o estrógeno 
tende estar em níveis elevados. As 
vezes cadelas que tem um nível 
elevado de estrógeno elas podem 
sofrer uma hiperplasia de vagina e de 
vulva, onde estas partes ficam muito 
edemaciadas, podendo promover 
uma estenose, com isso o cachorro 
(macho) não consegue fazer a 
penetração pela via vaginal, 
encontrando dificuldades, assim não 
acontece o acasalamento. 
Machos 
v Inexperiência – quando muito novos 
v Ausência de libido – por medo da 
fêmea, ambientes diferentes, 
presença do dono. 
v Ejaculação precoce – por ter um 
libido muito exacerbado, onde 
ejaculam antes de fazer a 
penetração no fundo de vagina. 
v Alterações conformação – tanto do 
macho quanto da fêmea podem 
dificultar a côpula. 
 
➢ Alterações comportamentais – é dito 
para as duas categorias, tanto 
machos quanto fêmeas, onde 
animais muito bravos e agressivos 
podemos encontrar dificuldades de 
fazer o acasalamento de forma 
natural. Animais muito medrosos 
também podem se comportar de 
uma forma alterada e por medo as 
vezes não aceitar a monta 
➢ Tamanho desproporcional parceiros – 
havendo dificuldade de executar a 
cópula. 
 
Vantagens 
❖ Segurança – tanto para os animais 
quanto para o proprietário a técnica 
de inseminação. 
❖ Transporte/comercialização sêmen – 
cada vez mais usado o sêmen 
refrigerado, assim, sendo uma 
vantagem de usar sêmen que 
estejam longe, outros estados. Assim, 
também é possível um melhor 
aproveitamento dos reprodutores, 
podendo dividir a dose e usar em 
mais cadelas. Pode usar o sêmen 
refrigerado e o congelado. 
❖ Melhor aproveitamento de 
reprodutores. 
 
Sucesso – para ter é necessário avaliar duas 
coisas: 
❖ Viabilidade dos Espermatozóides – 
usar um sêmen de alta fertilidade, 
boa qualidade, e que estes 
espermatozóides no momento da 
fertilização eles estejam viáveis e isto 
vai depender do momento que fizer 
a inseminação porque os 
espermatozóides tem um tempo de 
vida dentro do trato reprodutivo da 
fêmea. E esta fêmea também tem 
que estar no período fértil no 
momento que os óvulos já estão na 
tuba uterina prontos para serem 
fertilizados. Resumindo, tem que 
avaliar muito bem o momento que 
vai ser feito a inseminação na 
cadela, visando a viabilidade dos 
espermatozóides e dos óvulos. 
❖ Período Fértil das Cadelas 
 
Seleção de Reprodutores 
❖ Histórico Clínico e Reprodutivo – para 
escolher os produtores tem que fazer 
um bom exame de seleção, tanto no 
macho que vai ser usado como 
reprodutor, quanto na fêmea no qual 
queremos fazer um trabalho 
reprodutivo e tirar filhotes dessa 
fêmea. Então é muito importante 
avaliar já no exame clínico e 
andrológico, fazer um bom exame 
clinico, e exame clinico reprodutivo – 
de todos os órgãos reprodutivos 
(tanto do macho, quanto da fêmea). 
❖ Exame Físico – para avaliar se não 
tem nenhum problema de membros 
locomotores, principalmente 
membros posteriores no caso do 
macho, e é importante avaliar 
algumas doenças infecciosas, como 
as citadas abaixo, que são doenças 
que atrapalham a reprodução, tanto 
a fertilização, e são causas de aborto. 
Então seria interessante também fazer 
uma sorologia nesses animais e 
também manter estes animais 
vacinados e vermifugados, com a 
parte sanitária em dia. 
❖ Brucella canis 
❖ Leptospirose 
❖ Herpesvírus 
❖ Exame andrológico – no caso do 
macho é muito importante, para ver 
se o animal esta apto para ser 
utilizado como reprodutor. 
❖ Exame ginecológico – e na fêmea 
para ver se não tem nenhuma 
patologia e nada que impeça que 
ela seja utilizada como reprodutora. 
 
Colheita do Sêmen 
❖ Eletroejaculação – colocado no reto 
do animal sedado. 
❖ Cauda do Epidídimo - Após 
castração, morte do cão. 
❖ Manipulação Digital – a mão 
posicionada atrás do bulbo do pênis, 
onde é feita uma massagem neste 
local para estimulação, e o animal 
ejacula e o sêmen fica armazenado 
no bulbo, depois este sêmen começa 
sair via gotejamento pela uretra e 
glande do pênis. Cuidado com 
choque térmico e luz. Ideal ter uma 
fêmea mansa para utilizar como 
manequim e facilitar a colheita do 
sêmen. Quando o bulbo encher 
devemos posicionar o pênis para trás, 
imitando o natural quando ocorre a 
copula na fêmea, assim facilita o 
escoamento do sêmen pela uretra 
para dentro do copo coletor. 
 
- Sabe-se que para os cães a forma mais 
utilizada de colheita de sêmen é a 
manipulação digital, para posteriormente 
fazer a avaliação do sêmen no laboratório 
para ser feita a inseminação. 
Outras formas de colheita de sêmen é a 
eletroejaculação que é uma técnica mais 
utilizada em bovinos, mas pode ser utilizada 
em algumas situações quando pretendemos 
coletar o sêmen de um animal muito 
agressivo, que não deixa fazer a colheita 
por manipulação digital. Nestes casos é 
necessário sedar o animal e fazer a colheita 
por eletroejaculação. 
Outra forma, mas não muito utilizada na 
rotina é a colheita e o congelamento dos 
espermatozóides contidos na cauda do 
epidídimo. Esta é uma técnica utilizada 
somente em duas situações, ou quando um 
animal reprodutor muito bom vêm a óbito, 
assim muito rapidamente podemos castrar 
este animal retirando o testículo e os 
epidídimos, levar para um laboratório e fazer 
a colheita desse sêmen retido na cauda do 
epidídimo e congelar o sêmen. E uma outra 
situação é quando vai castrar o animal, 
sendo assim a ultima chance depois da 
castração de aproveitamento do sêmen 
contido na cauda do epidídimo para fazer 
um congelamento. 
 
Análise do Sêmen: 
 
❖ Macroscópica – olhando: 
✓ Volume – que o animal ejaculou, visto 
que o túbulo que usamos já 
graduado 
✓ Cor – se não tem sangue, pus, urina 
✓ Odor – também para saber se não 
tem algo que possa alterar a 
qualidade desse sêmen 
 
❖ Microscópica 
✓ Motilidade/Vigor 
✓ Concentração – na câmara de 
neubauer, saber quantos sptz por ml 
✓ Morfologia – analise das patologias 
espermáticas 
✓ Outros – outros exames que achamos 
que deve ser feito caso ache alguma 
alteração 
 
Colheita do Sêmen 
1 fração 0,1 a 2mL 30 a 60 seg 
2 fração 0,1 a 4mL 1 a 2 min 
3 fração 1 a 25 mL 3 a 35 min 
 
- O cão ejacula em três frações: a primeira 
fração que é o inicio do ejaculado, sai um 
pouco do liquido já com espermatozoide, é 
o liquido que sai para limpar a uretra que 
varia de 0,1-2 ml, que sai nos primeiros 30-60 
segundos de coleta, já tem liquido seminal e 
um pouco de espermatozoide. A segunda 
fração tem uma coloração mais 
esbranquiçada, que é a fração que mais 
tem espermatozoide, sendo a principal 
fração ela contem de 0,1 a 4 ml (depende 
do animal e quantidade de liquido seminal 
ejaculado), e ela vai demorar de 1 a 2 
minutos para sair por gotejamento. E a 
terceira fração não contémmais 
espermatozóides, contém apenas liquido 
seminal. 
Assim, na coleta, quando chega nesta 
terceira fração, pode retirar o tubo pois não 
contém mais espermatozóides. Desta forma, 
é importante analisar as gotinhas que saem 
do pênis do animal durante a coleta. 
 
IMPORTANTE 
Espermatozóide na tuba uterina ➔ 25 
segundos 
 Espermatozóides na tuba uterina ➔ 6 – 
12 h 
Capacitação espermatozóide canino ➔ 7 h 
 
- Quando formos proceder a inseminação 
artificial ou a monta natural, a partir de 25 – 
30 segundos, os primeiros espermatozóides 
já começam chegar na tuba uterina – eles 
tem uma motilidade e vigor alto, assim 
rápido penetram no útero, indo em direção 
a tuba uterina. Porém, a concentração 
maior de espermatozóides de boa 
qualidade vai conseguir chegar na tuba 
uterina no período de 6-12 horas (lembrar 
que nesse período de 6-12 horas vai ter a 
capacitação espermática). Lembrando que 
no cão a capacitação espermática dura 
em média 7 horas – que vai ter na 
membrana plasmática dos sptz uma 
ativação da motilidade e do vigor, assim 
fiquem aptos a fertilizar os óvulos. 
 
Considerações sobre as FÊMEAS 
 
Cadela no cio não aceita o macho 
• Raras cadelas podem aceitar monta 
fora do período de cio, é uma 
situação excepcional, mas existem – 
existem algumas cadelas que mesmo 
fora do cio aceitam os machos, e 
esta aceitação não quer dizer que 
ela esteja no cio ou período fértil. 
• A cadela pode não estar no 
momento ideal de aceitação – as 
vezes a cela esta no cio mas não esta 
no momento ideal para aceitar, as 
vezes ela esta no inicio do cio, no 
proestro. 
• Existem cadelas (± 10%) que aceitam 
o macho antes do 9º dia do cio – no 
proestro, na fase inicial onde a 
cadela tem o sangramento, e o 
proestro dura em média 9 dias. Assim 
alguns criadores contam 9 dias e 
colocam as cadelas para cobrir do 
10 ao 13 dia. Essas cadelas que 
aceitam o macho antes, elas são 
mais rápidas, aceitando o macho 
mesmo tendo sangramento, assim 
elas chegam no período fértil 
também mais cedo, e se esperarmos 
o 10 e 13 dia, as vezes a cadela já 
ovulou e vamos inseminar ela tarde. 
• 40% das ♀ aceitam o ♂ entre o 10º e 
o 13º dia – mas apenas essa 
porcentagem de cadelas que ciclam 
desta forma. 
• 40% aceitam a partir do 13º dia – 
assim percebemos uma variação 
fisiológica entre as cadelas, onde 
umas são mais rápidas, outras tem 
ciclo médio e outras com ciclo mais 
longo. Por isto da técnica de IA temos 
que acompanhar o ciclo da cadela 
para saber o momento ideal para 
inseminar. 
• Levar a cadela entre o 9º e o 13º dia 
tem 40% de acerto e 60% de erro – 
porque 40% somente de cadelas que 
ciclam neste período, onde ao 
inseminar ou cobrir a cadela não 
emprenha ou até emprenha dando 
poucos filhotes. 
• Alguns proprietários esperam 
terminar o sangramento acreditando 
que nesse momento a cadela estará 
fértil. Grande engano! – porque 
algumas cadelas tem cio silencioso 
não mostrando que as vezes esta no 
período fértil, e tem outras cadelas 
que sangram até terminar o cio, elas 
continuam sangrando durante o 
estro, ovulam e continuam ainda 
com sangramento. Por isto estes 
parâmetros apenas de dias e de 
sangramento não são muito precisos, 
tendo outras formas mais seguras de 
saber o momento ideal. 
• Existem cadelas que tem cio 
silencioso e não sangram e outras 
que sangram até poucos dias 
passado o cio. 
• Cadelas ou machos submetidos ao 
estresse podem recusar o 
acasalamento – por exemplo levar o 
macho para cobrir na casa da 
cadela, o animal ser muito apegado 
com o dono. Assim, a IA é indicada 
para fazer inseminação destes 
animais. 
• O ideal é que o cio da cadela seja 
acompanhado com citologia vaginal 
(mudança dos tipos celulares durante 
as fases do ciclo hormonal) e 
dosagem hormonal (de 
progesterona, sabendo que quanto 
mais próximo das ovulações a 
progesterona vai aumentando, e pós 
a ovulação ela aumenta muito, 
sabendo que é o momento ideal 
para fazer esta inseminação), para 
diagnosticar se ela deveria ou não 
aceitar o macho, uma vez que está 
no momento ideal para isso – outra 
forma que pode ser usada também é 
a ultrassonografia, onde a cadela vai 
tendo crescimento foliculares, depois 
vamos ver estes folículos rompendo, 
ovulando e formando corpos lúteos. 
 
Citologia vaginal 
É um dos métodos que indica em que fase 
do ciclo estral a cadela se encontra. E estas 
células vão mudando durante essas fases. 
A análise e os resultados são imediatos. 
- Para fazer a citologia podemos usar um 
especulo vaginal, ou apenas abrir a vagina, 
usamos uma escova citológica ou também 
pode ser utilizado um swab. Depois 
passamos a escova na lâmina para soltar o 
material, posteriormente quando a lâmina 
secar, coramos ela no panótico, depois 
vamos avaliar a lâmina. 
Momento ideal: lâmina com células 
superficiais, indicando final do estro, período 
fértil, e os núcleos são chamados de núcleos 
fantasmas, ou seja, estes núcleos vão 
sumindo. Onde as células estão entrando 
em fase de morte celular, assim percebemos 
algumas células com núcleo picnótico e 
outras sem núcleo – que é o momento ideal 
de fazer a primeira inseminação artificial. 
✓ Proestro – fase inicial onde maioria 
das cadelas estão sangrando, já 
começa aumento de estrógeno, a 
vulva e vagina ficam edemaciadas. 
Nesta fase, as células estarão 
agrupadas, notando vários tipos 
celulares diferentes. Mas as células 
principais de descamação estarão 
agrupadas, com núcleo mais 
pigmentado. ASSOCIADA A 
GRANOLA. 
✓ Estro – é a fase onde as células estão 
se soltando, passando a ser 
chamadas de células superficiais. 
Assim, esperamos o final do estro 
quando estes núcleos vão sumindo 
(núcleos fantasmas), e quando estes 
núcleos estiverem sumindo, 
representa final do estro, e é quando 
deve ser feita a IA. ASSOCIADA A 
SUCRILIOS. 
✓ Diestro – é pós a cadela ovular, 
havendo presença de células novas, 
pequenas, com núcleo proeminente 
(grandes) – significando que a 
cadela já ovulou. ASSOCIADO AO 
OVO FRITO. 
✓ Anestro – antes da cadela começar a 
ciclar, as células ficam todas 
agrupadas assemelhando a um 
cacho de uva, com núcleos grandes 
e proeminentes. ASSOCIADO A 
FRAMBOESA, AMORA, CACHO DE 
UVA. 
 
TIPOS CELULARES 
✓ Células superficiais sem núcleo 
✓ Células superficiais núcleo fantasma 
✓ Células superficiais com núcleo 
picnótico 
✓ Células intermediárias grandes 
✓ Células intermediárias pequenas 
✓ Células parabasais 
✓ Células basais 
✓ Estroma 
 
✓ Hemácias, Leucócitos e Bactérias 
 
➢ Diferenciação e morte celular 
➢ Estrógeno 
- TABELA: mostra que a citologia vaginal vai 
ser em cima da diferenciação e morte 
celular. Então conforme a um aumento do 
nível de estrógeno, ocorre a mudança dos 
tipos celulares, onde elas fazem a 
diferenciação e no final ocorre a morte 
celular. 
- Proestro: vemos células de estroma, basais, 
parabasais, intermediárias pequenas e 
grandes (presença de vários tipos celulares). 
- Conforme aumenta o estrógeno a cadela 
entra no... 
- Estro: vamos observar células superficiais 
com núcleo picnótico (muito roxo), isto 
indica que a cadela esta no cio, mas não é 
o momento de inseminação. Temos que 
esperar a cadela entrar no final do estro, 
onde elas começam apresentar células 
superficiais com núcleo fantasma e no final 
ela vai apresentar células superficiais já sem 
núcleo, que é a fase final de morte celular, 
sendo momento ideal de proceder a 
inseminação, que é quando a fêmea 
começa ter as primeiras ovulações. 
- Outra coisa que seria normal encontrar na 
citologia são hemácias, leucócitos e 
bactérias. As hemácias porque usamos 
escova para coletar a citologia, que pode 
irritar um pouco da parede vaginal e vai sair 
sangue. Vamos ver leucócitos porque nesta 
fase do estro é normal ter uma quantidade 
de neutrófilosna vagina. E bactérias porque 
é normal ter uma flora na vagina, 
microbiológica natural. 
Ciclo Reprodutivo da Cadela 
❖ Idade ideal para cobertura - 2 a 6 
anos – onde esperamos este período 
de 1 ano e meio para que a cadela 
atinja a maturidade sexual, até 7 
anos. A partir desta idade a cadela é 
considerada mais madura/velha, 
começando ter menores índices de 
fertilidade. 
❖ Final da reprodução (“menopausa”) 
– algumas cadelas mais velhas 
chegam no final da reprodução e 
param de ciclar, chegando no 
período de menopausa e parando 
de ter ciclos estrais. 
❖ Intervalo entre ciclos ovarianos 5 a 11 
meses (3,5 a 13 meses) – ele é muito 
variado, havendo cadelas mais 
rápidas e outras mais tardias. 
❖ Intervalo entre gestações – em média 
neste mesmo período. 
 
PUBERDADE 
❖ Lembrar primeiramente que 
puberdade não é maturidade sexual, 
é quando as cadelas começam a 
ciclar. E maturidade sexual é quando 
as cadelas estão aptas, com 
aparelho genital formado, prontas 
para entrar em um programa de 
reprodução. 
❖ Isto varia de acordo com a raça/Peso 
(Variação inter e intra-racial – ou seja, 
mesmo na mesma raça vai ter as 
variações individuais) 
❖ Experiência do proprietário (Cio 
silencioso) – por isto importante o 
acompanhamento com médico 
veterinário 
❖ Presença do macho – fêmeas que 
convivem com o macho vai ter 
estimulo maior para ter a puberdade 
mais cedo e a maturidade sexual 
mais cedo também. 
❖ Máximo 24 meses – para puberdade/ 
maturidade sexual. 
 
Início da puberdade 
Tamanho da cadela: 
Porte pequeno: 6-10 meses 
Porte médio: 7-13 meses 
Porte grande: 12-24 meses 
 
Controle Endócrino do Ciclo Estral 
- Quando a cadela começar a ciclar a uma 
produção de GnRH pelo hipotálamo, que 
chega na hipófise através do sistema porta 
hipofisário, que estimula a hipófise a produzir 
as gonadotrofinas que são o FSH e o LH 
(lembrando que o FSH age mais na fase 
inicial de crescimento folicular), e depois 
que os folículos atingem um tamanho ideal 
depois da divergência folicular, chegando 
ao ponto de folículo pré ovulatório, vai ter a 
inibina que vai causar um bloqueio do FSH e 
consequentemente haverá um aumento do 
LH para que ocorra a fase final de 
maturação dos folículos e das ovulações. 
Nesta fase então o FSH e o LH vai agir nos 
ovários, onde na fase inicial há um aumento 
de estrógeno devido a um aumento do 
liquido folicular, e depois com as ovulações 
vai ter um aumento da progesterona. 
 
Maturação Ovocitária (dos óvulos) 
 
Maioria dos mamíferos → maturação 
ovocitária nos folículos pré-ovulatórios → 
ovulação → ovócito maturo. 
 
- Na maioria dos mamíferos sabe-se que a 
maturação desses ovócitos ocorre dentro 
dos folículos pré-ovulatórios, ou seja, antes 
da ovulação. Então quando ocorre 
ovulação, o ovulo chega na tuba uterina já 
maduro, ou seja, pronto para ser fertilizado. 
Se tiver espermatozóides capacitados/ 
viáveis, estes já começam o processo de 
fertilização. 
 
Cadela → ovulação → ovócito imaturo → 
maturação ovocitária na tuba uterina → 
ovócito maturo. 
- Na cadela a maturação completa não 
acontece dentro dos folículos pré 
ovulatórios. Então a cadela vai ovular, os 
ovócitos chegam na tuba uterina ainda 
imaturos, ou seja, eles ainda não tiveram 
aquela ultima fase de maturação, então 
eles não estão prontos para serem 
fertilizados. Esta maturação dos ovócitos vai 
ocorrer na tuba uterina e isto pode durar de 
2 a 5 dias. Então estes óvulos somente vão 
chegar no ponto de fertilização, na fase de 
ovócito maduro depois de 2 a 5 dias que 
ocorrerem as primeiras ovulações. Por este 
motivo não adianta inseminar a cadela no 
inicio do estro porque sabemos que o 
sêmen do cachorro dura em média de 48 a 
72 horas dentro da tuba uterina. Então se as 
primeiras coberturas ou inseminações forem 
feitas no inicio do cio, quando ocorrer a 
maturação desses ovócitos não vai ter mais 
espermatozoide viável para fertilizar estes 
óvulos. Por isto esperamos começar ocorrer 
as ovulações para proceder a primeira 
inseminação. E geralmente fazemos a 
primeira inseminação quando começa as 
ovulações e depois de dois dias repetimos 
uma segunda inseminação. 
 
Citologia vaginal 
 
Proestro: 
 
 
- Começo do proestro quando começa o 
sangramento, células agrupadas, vários 
tipos celulares – sendo as principais as 
células intermediarias, que tem citoplasma e 
o núcleo grande, mas elas todas agrupadas 
no centro da lâmina. 
- Depois no final do proestro e inicio de estro, 
onde percebemos que as células começam 
se tornar superficiais, mas ainda temos 
outros tipos celulares. E as células superficiais 
começando a ficar com o núcleo picnótico. 
Estro: 
 
- Esta lâmina mostra o momento ideal de 
inseminação, onde a cadela esta próxima 
as ovulações. Onde vemos a maioria das 
células superficiais sem núcleo ou células 
superficiais com núcleo fantasma. E 
provavelmente a cadela nesta fase no dia 
seguinte ou dois dias depois que formos 
inseminá-la novamente vamos fazer a 
citologia e encontrar a lâmina de diestro. 
 
Diestro: 
 
- Encontramos a lâmina de diestro após dois 
dias de inseminar a primeira vez, pois, a 
maioria dos folículos já ovularam. Sendo 
ideal inseminar novamente nesta fase. 
Na lâmina de diestro vemos células novas 
com citoplasma pequeno e núcleo grande 
significa que esta inseminando no momento 
correto. 
 
Guia para interpretação da concentração 
de progesterona na cadela por RIA 
Progesterona 
(ng/ml) 
Dia 
estimado 
Da 
ovulação 
Melhor dia 
para o 
acasalamento 
1,0-1,9 2 dias +4 dias (3-6) 
2,0-3,9 1 dia +3 dias (2-5) 
4,0-10,0 0 dia +2 dias (1-4) 
>10,0 <5 dias se o 
esfregaço é 
cornificado 
Imediatamente 
 
- A dosagem normal de progesterona seria 
um outro parâmetro que podemos utilizar, 
dependendo do lugar que estivermos pode 
haver um pouco de dificuldade. 
- A progesterona é medida em nanogramas 
por ml, vamos ter uma tabela com os níveis 
de progesterona, os dias estimados para 
ovulação (quanto tempo depois ela vai 
ovular) e o melhor dia para ser feito o 
acasalamento. 
Então a progesterona variando de 1 a 2 
ng/ml significa que a cadela pode demorar 
ainda mais 2 dias para ovular. 
A progesterona de 2-4 ng/ml seria o final do 
cio e provavelmente mais 1 dia a cadela já 
estará ovulando. 
E a progesterona de 4-10 ng/ml é 
justamente no dia que se inicia as 
ovulações. Sendo o dia ideal para ser feita a 
primeira inseminação. Neste período vemos 
que o melhor dia para o acasalamento seria 
de 1 a 4 dias, por isto fazemos a 
inseminação neste momento e dois dias 
depois é feita a repetição da inseminação. 
Tendo espermatozóides viáveis por 4 dias 
dentro da tuba uterina, para poder ter um 
índice melhor de fertilização. 
E acima de 10 ng/ml significa que a cadela 
já ovulou, sendo necessário inseminar o mais 
rápido possível, porque pode passar do 
tempo e perder o cio e não conseguir mais 
prenhez. 
 
Vaginoscopia 
A: Proestro; B: Início do Estro; C: Metade do 
Estro; D: Início do Diestro; E: Diestro 
- Pode ser feito também quando fizer a 
citologia ou quando for fazer a 
inseminação. Colocando o vaginoscopio no 
fundo de vagina vamos ver varias fases 
diferentes para nos certificarmos que 
estamos inseminando no momento certo. 
A- proestro, vemos aumento de estrógeno, 
fundo de vagina hiperemico, mas cervix 
fechada – inicio de proestro, avemelhado 
pelo sangramento e estrógeno. 
B- inicio do estro, mucosa começa ficar mais 
clara, e a cervix começa abrir, porém ainda 
não tem o edema ideal. 
C- é a metade do estro, vemos a cervix mais 
aberta, porém as dobras ainda não estão 
tão edemaciadas como o período que 
esperamos no final do estro. 
D- É o ponto ideal para ser feita a primeira 
inseminação, no inicio do diestro quando 
ela começa ovular. Vemos a cervix bem 
aberta e as dobras bastanteedemaciadas – 
que é a imagem que vamos ver no 
momento da inseminação. 
E- fêmea em diestro, dois dias depois dela 
ovular, vemos as dobras reduzindo de 
tamanho e a cérvix se fechando. 
Provavelmente na segunda inseminação 
feita para garantir a fertilização dos óvulos 
que vão maturar mais tardiamente, a cervix 
já vai ser encontrada mais fechada por 
estar em fase de diestro. 
 
Detecção do Estro nas Cadelas 
❖ Sinais clínicos e Comportamento – 
podemos observar mas isto não pode 
ser usado como o principal método 
porque existe muitas variações nas 
cadelas de ciclos e assim não vamos 
saber o momento ideal, existem 
cadelas que tem o cio silencioso, 
algumas tem medo e por isto não 
aceitam o macho. Assim, essa forma 
não é o melhor método para 
avaliarmos o cio. 
❖ Citologia vaginal – é um método 
excelente e o mais utilizado por ser 
um método prático e barato, 
funciona muito bem e com resultados 
muito bons. 
❖ Dosagem progesterona – também é 
um método excelente porém tem o 
custo da dosagem e há 
inconveniente que em algumas 
cidades não tem nenhum laboratório 
que dose no mesmo dia e manda o 
resultado. 
❖ Vaginoscopia – pode associar a 
citologia vaginal, a dosagem de 
progesterona e até mesmo com a US. 
Para saber que esta fazendo a 
inseminação no momento correto. 
❖ Ultrassonografia – avaliamos 
principalmente o crescimento 
folicular nos ovários e depois o inicio 
das ovulações, para saber o 
momento de proceder a IA. 
 
Sinais Clínicos e Comportamento – os sinais 
clínicos inicialmente seria o edema de vulva 
e o sangramento que começa no proestro – 
que é a fase que antecede o estro, quando 
começa haver um aumento de estrógeno. 
Outro sinal é a aceitação do macho 
normalmente, indica que ela esta no cio. 
Mas não podemos usar somente os sinais 
para determinar o melhor momento para a 
inseminação. 
 
Ultrassonografia - trans-abdominal, onde 
iremos avaliar os dois ovários. 
 
Inseminação Artificial 
Local de Deposição do Sêmen – podemos 
depositar o sêmen em duas partes, ou no 
fundo de vagina ou no útero. A cadela tem 
uma anatomia que dificulta a colocação 
de algum material dentro do útero – assim, a 
inseminação intra-uterina é mais 
complicada de ser feita e é necessário um 
material mais apropriado. 
A inseminação no fundo de vagina quando 
é feita a cobertura, há um porcentual alto 
de prenhez. Então para sêmen fresco e 
refrigerado, normalmente usa a 
inseminação em fundo de vagina, com 
chances de 90% de fertilização se 
inseminarmos no momento ideal. 
 
v Fundo Vaginal 
 Pipeta de cadelas – de diversos 
tamanhos. Se utilizar esta o importante é 
colocar ela no fundo da vagina, próximo a 
cervix e fazer a deposição do sêmen. Como 
a pipeta não tem balonete, se deixar a 
fêmea numa posição normal o sêmen pode 
refluir uma parte, então após a inseminação 
é necessário colocar a fêmea em posição 
de carriola em 45 graus (membros pélvicos 
para cima), e ficar de 10 a 15 minutos assim, 
para o sêmen fluir para o útero. 
 Sonda de Osíris – vem com balonete 
atrás, inflamos este para evitar que tenha 
refluxo de sêmen. 
- Para fazer a inseminação no fundo de 
vagina precisamos dos itens acima. 
Dificuldade anatomia – a cervix da cadela 
e o útero é perpendicular ao fundo de 
vagina, assim não consegue somente com 
a pipeta fazer ela entra dentro da cérvix, 
porque não tem a mesma angulação. Por 
isto depositamos o sêmen no fundo de 
vagina (vagina anterior, antes da cérvix). 
Depois erguemos a cadela em 45 graus, e 
este sêmen flui para o útero. Esta técnica é 
utilizada para sêmen fresco ou semi 
refrigerado. Técnica mais utilizada no dia a 
dia para inseminação das cadelas. 
- Diluente para cães geralmente tem gema 
de ovo, por este motivo ele fica mais 
amarelado. 
 
v Uterina 
Transcervical – é uma técnica mais 
utilizada para sêmen congelado 
(porque sabemos que tem uma 
fertilidade menor). E inseminação 
intra uterina com sêmen congelado 
podemos usar uma dose menor. 
Também pode ser feito no fundo de 
vagina mas é necessário usar uma 
dose maior. 
 Vaginoscopia 
 Endoscopia 
- A inseminação uterina é feita através da 
endoscopia para chegar no útero e fazer a 
inseminação intra-uterina. 
- Intra uterina transcervical: neste caso 
usamos a sonda norueguesa que vai passar 
a cervix, hoje em dia essa sonda não é 
muito mais utilizada. Com o avanço da 
tecnologia usa-se mais a endoscopia para 
visualizar a passagem da sonda dentro da 
cervix. 
Na endoscopia enchemos a vagina de ar, 
para mudar a angulação e conseguirmos 
colocar a sonda dentro do útero.

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