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APx1- Práticas Repressivas- 2020 1 (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE AVALIAÇÃO PRESENCIAL 1 – Referente 2020.1
Consórcio CEDERJ
Curso: Tecnólogo em Segurança Pública e Social
Disciplina: PRÁTICAS REPRESSIVAS E SEGURANÇA PÚBLICA
Data: 26-04-2020	Pólo: Campo Grande
Nome do aluno: Nivea Marion Dantas Petersen de Sá
Desenvolva, com suas palavras, as seguintes questões:
1 - No conteúdo da aula 1 foram abordadas as principais características dos meios de atuação das forças policiais. Assim, considerando as leituras realizadas e o conteúdo da aula 1, diferencie quais são as principais características de diferenciação entre policiamentos privados X polícia X forças armadas. Caracterize elas a partir de: formas de uso da força física; quais seus campos de atuação, quais seus tipos de subordinação e a sua natureza de atuação. 
O policiamento privada possuem concessão do Estado para comercializarem serviços de proteção ao patrimônio e às pessoas (empresas de segurança privada especializadas), quanto as empresas e organizações das mais variadas que organizam departamentos internos para promoverem sua própria segurança (empresas com segurança orgânica). O segmento comercial abrange as empresas especializadas que oferecem em bases contratuais os serviços de “vigilância patrimonial”, “transporte de valores”, “escolta armada” e “segurança pessoal privada” e tem natureza parapolicial. Promovendo proteção às pessoas e/ou propriedades costuma ser apenas uma preocupação mais geral que a segurança privada tem com a prevenção de perdas e a satisfação de interesses os mais diversos por parte dos empregadores, é resultado de um policiamento menos especializado do que o executado pela polícia.
O policiamento privado quando comparada à polícia, se diferencia de maneira marcante em pelo menos três aspectos: o mandato e as missões são definidos pelos empregadores; tem mentalidades e práticas mais instrumentais e preventivas, ao invés de morais e repressivas; suas atividades têm um caráter menos especializado. Diferentemente da polícia, orientada pela idéia de contrato social, a segurança privada age sob o modo do mandato ou contrato privado. Ao invés de servir ao interesse público, que fundamenta as atividades da polícia, a segurança privada existe essencialmente para servir aos interesses daqueles que a emprega. A obrigação do policiamento público é servir igualmente a todos com base na idéia de cidadania. Já o policiametno privado visa suprir apenas a necessidade de segurança de seus clientes. A lealdade da segurança privada é devida apenas aos seus empregadores, e não ao público em geral. Alias, é nesse sentido que pode se afirmar que os provedores de policiamento não-estatais empreendem um policiamento privado ao invés de público. Este foco no cliente tem implicações sobre a mentalidade e práticas da segurança privada, que diferem das mentalidade e práticas da polícia por serem mais instrumentais e preventivas do que morais e repressivas, e também menos especializadas. 
No contexto do sistema de justiça criminal em que a polícia atua, o policiamento é exercido tendo em vista preocupações morais relacionadas à preservação da ordem pública instituída.
A polícia age para garantir o consenso moral e o acatamento às regras públicas, seja pela ameaça ou uso de sanções para inibir comportamentos desviantes em relação à lei. É a repressão e não a prevenção que ocupa o papel mais destacado nesse tipo de policiamento, que tem um caráter “especializado” porque voltado prioritariamente para a promoção de segurança através da ameaça ou uso da força física. A segurança privada, ao contrário, normalmente atua no interior de um “sistema de justiça privado” onde exerce um policiamento instrumental que prioriza o interesse dos empregadores enquanto vítimas potenciais de atividades criminosas. Geralmente suas atividades são voltadas para a preservação de uma ordem privada. Assim, a segurança privada costuma atribuir maior importância à restituição e satisfação dos interesses dos clientes do que à punição e reafirmação do consenso moral. A ênfase de seu trabalho é colocada na prevenção e não na repressão. A preocupação geralmente não é descobrir, prender e punir transgressores da lei, mas regular comportamentos e circunstâncias de modo a evitar ou minimizar as possibilidades de ocorrência criminal, prática conhecida no universo da segurança privada como “gerenciamento de risco”.
 A preocupação da segurança privada não é somente a de repelir ou prevenir ações criminais, mas também perdas e danos decorrentes de sinistros, comportamentos incivis, sabotagem e outros infortúnios. Assim, o policiamento privado costuma ter um caráter menos especializado do que o policiamento público. 
As forças armadas constituem o instrumento militar responsáveis pela defesa do Brasil são compostas pela Marinha do Brasil, pelo Exército Brasileiro e pela Força Aérea Brasileira. 
São instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas sob a égide da hierarquia e da disciplina, as forças armadas atuam sob a autoridade suprema do Presidente da República. 
São funções das forças armadas as instituições militares: assegurar a integridade do território nacional; defender os interesses e os recursos naturais, industriais e tecnológicos brasileiros; proteger os cidadãos e os bens do país; garantir a soberania da nação. Também é missão das Forças Armadas a garantia dos poderes constitucionais constituídos e, por iniciativa destes, atuar na garantia da lei e da ordem para, em espaço e tempo delimitados, preservar o exercício da soberania do Estado e a indissolubilidade da Federação. 
As Forças Armadas atuam sob a direção superior do Ministério da Defesa (MD), que tem a incumbência de orientar, supervisionar e coordenar as atividades desenvolvidas por essas instituições. Em ações conjuntas, atuam sob a coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), órgão responsável pelo assessoramento do ministro da Defesa em operações e exercícios militares conjuntos e na atuação de forças nacionais em operações de paz. Cabe ao EMCFA coordenar programas de interoperabilidade entre as Forças Singulares, a fim de otimizar os meios militares na defesa do país, na segurança de fronteiras e em operações humanitárias e de resgate. Cada um dos três Comandos Militares desempenha funções específicas na defesa da integridade territorial e dos interesses da nação. E tem por natureza são destinados historicamente, profissionalmente e legalmente voltados para a guerra.
2- Disserte acerca de quais são os principais elementos que caracterizam o mandato policial nas sociedades modernas e, a partir deles, comente quais são os principais desafios frente à realidade brasileira.
Os principais elementos que caracterizam o mandato policial nas sociedades modernas é a utilização da força física de forma que é aprovado pelo Estado, e essa possibilidade de emprego de uma força coerciva não negociável torna-se uma importante característica do mandato policial, que o distingue de outras formas de prestação de serviço parecem incontroversas a respeito da polícia dos dias atuais é a sua condição de agência capaz de fazer uso da força, estando legalmente amparada para isso. 
O mandato policial consiste quando a sociedade delega poderes para o Estado, em nome da segurança de todos, para produzir alternativas pacíficas de obediências ao pacto social estabelecido, fazendo o uso do recurso coertivo da força em sofrer ações policiais visando manutenção da ordem pública e a paz social. 
Assim, compreendemos que a finalidade da segurança pública é zelar pela ordem pública, contudo, quando se evoca o mandato policial, concluímos que estamos no chamando Estado de Direito, quando o ordenamento jurídico é construído de forma democrática, ou seja, as leis são votadas pelo legislativo e sancionadas pelo chefe do executivo, ambos eleitos democraticamente. Tendo como fundamento primeiro a sustentação do pacto político de uma sociedade nos termos definidos por esta mesma sociedade. 
Os principais desafios frentea realidade brasileira no mandato policial é justamente na dosagem no uso força fisica na atuação policial no desempenhar do mandato policial é o equilibrio do uso correto da força, pois ao considerar o uso da força uma caracteristica generalizante é importante estabelecer de que forma essa força é exercida e se ela consiste em um fim em si mesmo ou apenas um meio para outros propósitos. O mandato policial resulta da confluencia de delegações, hamoniosas ou não, concedidas pela sociedade e Estado. Sendo a polícia um instrumento de poder, cuja intervenção produz obediencia pelo uso apropriado de força sempre que necessario, nos termos e formas das pactuações sociais em suas expressões e legais.
A  autorização  socialmente  conferida  para  o  uso  de  força  pela  polícia  é  objeto  de  constante negociação  entre  as  distintas  expressões  de  ordem  que  conformam a  realidade social, mesmo com os consentimento prévio, oriundo do pacto social operado numa dada forma de governança. Essa autorização social resulta do embate continuado os múltiplos campos e dinamicas políticas da legitimação do mandato policial, os quais se alimentam das representações dos diversos grupos sociais acerca da polícia e da lógica em uso do fazer policial. A autorização da polícia para vigiar, investigar, intervir e usar da força para produzir obediencia se encontra, ela mesma sob o controle coletivo, submetida a aprovação dos olhares dos atores sociais. Desta forma o mandato policial para ser legitimo e licito tem que ter o consentimento e a aprovação da sociedade policiada, desta forma por haver essa confiança negociada, é que os cidadãos não autorizem que usem contra eles de forma opressiva, pois a polícia esta como procuradora do interesse público. Assim, para poder, de fato, policiar é necessário o consentimento da sociedade policiada. É esta autorização pactuada politicamente, e cuja tradução instrumental é a legalidade e a legitimidade do agir e no curso da própria ação  policial, que distingue a polícia.

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