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A construção da identidade social

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE BACHAREL EM DIREIRO
 
JESSICA SIMÕES RAMOS PAIVA - 20102695
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL
ANALISE CRÍTICA DO TEXTO DE ODIR BERLATTO
RIO DE JANEIRO
2020
 
 O objetivo do texto é analisar o processo de construção, reconstrução e remodelação da identidade social dos indivíduos. De inicio Berger e Luckmann nos revela que identidade é resultado das diversas interações entre o individuo e o seu ambiente social, próximo ou distante. Levando a crer que a identidade social se vincula a uma classe sexual, a uma classe de idade, a uma classe social, a uma nação, etc. Explicam também que identidade social é ao mesmo tempo inclusão e exclusão, pois só fazem parte do grupo aqueles que são idênticos sob certo ponto de vista.
 O primeiro tema a ser abordado é a identidade e estigma, onde Goffman analisa que estigma está profundamente conectado as relações sociais de um individuo. Portanto, se um individuo é estigmatizado, significa que existe uma característica nele que é diferenciadora da normalidade de outros indivíduos. Por essa perspectiva, Goffman concede a existência de três grandes grupos de indivíduos estigmatizados. 
 Primeiro são os portadores de deficiências físicas. Segundo são aqueles indivíduos com caráter tido como anormal. E por fim os indivíduos pertencentes aos grupos chamados tribais, que são ligados a raça, etnia e religião . Sendo assim, o atributo do individuo que se torna evidente nas suas relações sociais é o que vai compor a sua identidade social. 
 A diferença entre a identidade social real que é a qual o individuo apresenta de fato e a identidade social virtual que é aquela identidade que os indivíduos da sociedade esperam que se apresente, é o que vai resultar em um atributo depreciativo que é o estigma, ou seja, é o elemento que em ultima analise vai desumanizar o individuo. 
 A condição do individuo estigmatizado perante a sociedade, vai ser determinada pelo grau de percepção que se tem das suas características distintivas. Quanto mais evidente aquelas características que distingue aquele individuo, mais desacreditado pela sociedade ele está. O relacionamento entre um estigmatizado e um não estigmatizado será sempre tenso e desconfortável para ambos. Como por exemplo, podemos citar as prostitutas e o “tio” da carroça que são estigmatizados justamente por não responder positivamente às expectativas da sociedade pela sua ocupação, isto é, além de estar “desempregados”, pertencem, em termos de trabalho, a uma categoria estranha e desacreditada. 
 Ao falar sobre estratégias de identidade, Odrir cita referencias tiradas do livro “A noção de cultura nas ciências sociais” de Cuche,Denys. Onde o autor explica que a cultura é algo dinâmico, suscetível a mudanças e que é possível perceber que as manifestações culturais também são. Isto é, se em determinada época alguns valores e atividades eram praticadas por determinados grupos, estes podem mudar com o passar do tempo e com o contato de outros grupos. Assim, perceber fatores intrínsecos nas manifestações culturais, requer avaliar de maneira detalhada os fatores que particularizam determinados grupos, tais como a língua, hábitos alimentares, organização social, etc.
 Couche, mostra acreditar que a noção de identidade se faz no interior de contextos sociais que determinam a posição dos agentes e por isso mesmo, orientam suas representações e suas escolhas. Além disso, a construção da identidade não é uma ilusão, pois é dotada de eficácia social, produzindo efeitos sociais reias. 
 O conceito de estratégia pode explicar as variações de identidade. Esse conceito nos faz entender que assim como a cultura, a identidade se constrói, se destrói e se reconstrói, segundo as situações da vida em sociedade. Estando sempre em movimento. Cada mudança social, os faz serem reformulados de modo diferente. 
 Sabendo que a identidade não é de forma alguma absoluta, mas relativa; estratégia indicara também que o individuo, visualizando uma determinada situação, poderá utilizar seus recursos de identidade. Ocultando uma identidade para escapar de um tipo de descriminação perante um grupo social.
 As fronteiras entre um individuo estigmatizado e um não estigmatizado, é discriminatória. A diferença deriva da sociedade, porque, em geral, antes que uma diferença seja importante, ela deve ser coletivamente conceptualizada pela sociedade como um todo. Na vida cotidiana, as pessoas categorizam umas às outras e respondem a essa categorização com diferentes tipos de interação, a depender de seu conteúdo favorável ou desfavorável. 
 Ao refletirmos sobre os pensamentos dos autores citados no texto de Odir, entendemos que o ser humano é um conjunto de identidade e sua constituição vem dês do seu primeiro elemento que é o nome. A discussão desenvolvida no texto nos faz refletir sobre as expectativas que a sociedade estabelece, levando a crer que o estigma está diretamente conectado com as relações socias de um individuo. A construção da identidade envolve diversos fatores em diferentes níveis, portanto assume um aspecto extremamente complexo a partir das identificações e compreensão adquiridas desde o nascimento determinantes e relacionadas aos fatores que influenciam na construção da identidade,embora existam opiniões divergentes sobre o assunto. Entende-se que identidade é construída no decorrer da existência a partir de experiências individuais e coletivas do individuo.

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