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101 hemogramas - completo rev1.indd 1 05/02/2018 14:06:13 C M Y CM MY CY CMY K 101 Hemogramas (Folha de Rosto).pdf 1 02/02/2018 17:41:57 101 hemogramas - completo rev1.indd 2 05/02/2018 14:06:13 C M Y CM MY CY CMY K 101 Hemogramas (Folha de Rosto).pdf 1 02/02/2018 17:41:57 101 hemogramas - completo rev1.indd 3 05/02/2018 14:06:13 101 Hemogramas: Desafios Clínicos para o Médico Leandro Lima Felipe Cerqueira Xavier Carla Piaggio, Thalita Amorim Rafael Bacellar Aline Duarte Gomes Caio Vinicius Menezes Nunes Paulo Costa Lima Sandra de Quadros Uzêda Sheila de Quadros Uzêda Silvio José Albergaria da Silva Editora Sanar Ltda. Av. Prof. Magalhães Neto, 1856 - Pituba, Cond. Ed. TK Tower, sl. 1403. CEP: 41810-012 - Salvador - BA Telefone: 71.3497-7689 atendimento@editorasanar.com.br www.editorasanar.com.br © Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora. 2018 Título | Editor | Projeto gráfico | Editoração | Capa | Revisor Ortográfico | Conselho Editorial | Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Elaboração: Fábio Andrade Gomes - CRB-5/1513 C397 101 hemogramas : desafios clínicos para o médico / Ana Flávia de Holanda Veloso ... [et al.], autores ; Herivaldo Ferreira da Silva, coordenador. – Salvador : SANAR, 2018. 260 p. : il. ; 16x23 cm. ISBN 978-85-5462-015-8 1. Hemograma. 2. Sangue - Exame. 3. Sangue - Doenças - Diagnóstico. 4. Estudo de caso. I. Veloso, Ana Flávia de Holanda. II. Silva, Herivaldo Ferreira da, coord. III. Título: Desafios clínicos para o médico. CDU: 616.15-076 101 hemogramas - completo rev1.indd 4 05/02/2018 14:06:13 Autores Herivaldo Ferreira da Silva (Autor-coordenador) Doutor em Hematologia pela Universidade de Sāo Paulo. Professor de Semiolo- gia e de Hematologia do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Cea- rá. Preceptor do Internato e da Residência Médica do Hospital Geral César Cals de Oliveira. Médico do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio. Médico hematologista do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará. Ana Flávia de Holanda Veloso Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Danielle Souza Carvalho Maciel Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Deivide de Sousa Oliveira Médico graduado pela Universidade Estadual do Ceará. Residência de Clínica Mé- dica do Hospital Geral César Cals de Oliveira. Felipe Guedes Bezerra Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Filipe Marques de Oliveira Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Francisco Eliézio Tomaz Filho Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Gabriel Pinheiro Martins de Almeida e Souza Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. 101 hemogramas - completo rev1.indd 5 05/02/2018 14:06:13 Gisele Nogueira Bezerra Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Jéssica Bezerra Custódio Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Matheus Martins de Sousa Dias Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Melissa Lou Fagundes de Deus e Silva Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Paulo Esrom Moreira Catarina Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Paulo Reges Oliveira Lima Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Rafaell da Silva Lima Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. Saymon Medeiros Távora Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da Uece. 101 hemogramas - completo rev1.indd 6 05/02/2018 14:06:13 Dedico este livro à minha família, em especial a minhas duas filhas Raíssa e Ivna, espero que esta minha conquista seja um exemplo para suas vidas futuramente. Além de agradecer aos meus amigos sempre presentes e ao Prof. Dr. José Mu- rilo de Carvalho Martins pelo início da minha for- mação em Hematologia. 101 hemogramas - completo rev1.indd 7 05/02/2018 14:06:13 101 hemogramas - completo rev1.indd 8 05/02/2018 14:06:13 Prefácio Existem poucos livros sobre a abordagem clínica do hemograma, e esse as- sunto não é devidamente discutido na graduação. Durante o internato e a resi- dência médica, várias gerações entram em diversos serviços hospitalares com as mesmas dificuldades na interpretação clínica do hemograma e ainda com muitos dos vícios da graduação: anemia microcítica é sinônimo de carência de ferro; ma- crocítica é carência de B12 ou de folato ou dos dois; leucocitose ou é curada por algum antibiótico ou é uma leucemia; eosinofilia é igual à alergia ou a alguma pa- rasitose; plaquetopenia é indicação de corticoterapia; pancitopenia é indicação irrevogável de mielograma e, às vezes, até biópsia de medula óssea; dependendo do seu valor, citopenias indicam inquestionável suporte hemoterápico. Anemia, leucocitose, eosinofilia, plaquetopenia e pancitopenia não são doenças, mas sim síndromes clínicas, guardiãs de numerosos diagnósticos! Muitos médicos creem que a história clínica e os exames simples tornaram-se obsoletos pela revolução dos exames de ponta em imunologia, em citogenética, em biologia molecular e em radiologia. A verdade é que, mesmo com o avanço expo- nencial da Medicina, a arte do diagnóstico mantém-se a mesma desde tempos ime- moriais. Os autores deste livro almejam que o leitor saiba aliar a história clínica de- talhada com as vantagens que a interpretação do hemograma pode proporcionar. Em julho de 2015, a fase final da confecção desta obra se iniciou no Campus Itaperi, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), a partir da realização de um evento denominado “Interpretação Clínica do Hemograma” junto com a Liga e com outros profissionais da área médica. A partir daí, foram estudados 98 casos reais oriundos de pacientes do Hospital Geral Dr. César Cals de Oliveira, do Hos- pital Universitário Walter Cantídio e do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará, aos quais você terá acesso nas próximas páginas. No transcorrer de um ano, vi a evolução de meus alunos colaboradores na abordagem dos casos aqui relacionados, e você, caro leitor, também poderá desfrutar dessa experiência ao ler o livro. Espero que, no final da última página, qualquer leitor seja capaz de perceber o quão mágico e inspirador pode ser se deparar com todas as possibilidades que um simples hemograma pode ensejar. Desenvolver este material não seria possível sem a colaboração de todos. Uma boa leitura! Herivaldo Ferreira da Silva Doutor em Hematologia pela Universidade de Sāo Paulo Professor de Semiologia e de Hematologia do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará Preceptordo Internato e da Residência Médica do Hospital Geral César Cals de Oliveira Médico do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio Médico hematologista do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará 101 hemogramas - completo rev1.indd 9 05/02/2018 14:06:13 101 hemogramas - completo rev1.indd 10 05/02/2018 14:06:13 Carta aos leitores A Liga de Oncologia e Hematologia da UECE (LOUECE) foi fundada em 2005 com o nome Liga de Oncologia da UECE. A Liga Acadêmica desenvolvia ativi- dades de ensino, pesquisa e extensão na rede pública hospitalar do Estado do Ceará com enfoque oncológico, tendo o Campus do Itaperi e o Hospital Dr. Ha- roldo Juaçaba como seus locais de encontro e de prática. Teve como primeiro orientador o Professor Dr. Antônio Wilson Vasconcelos, patologista e professor da UECE, que, infelizmente, veio a falecer em 2015, deixando eternas lembran- ças para todos os seus alunos do Curso de Medicina e, principalmente, para os membros da LOUECE. Como os propósitos da vida são imponderáveis, a Liga Acadêmica buscou uma nova engrenagem para suas atividades, tendo surgido o nome do professor Dr. Herivaldo Ferreira da Silva. A ideia se concretizou quando o hematologista aceitou o convite para ser o novo orientador das atividades desenvolvidas. O professor Herivaldo sempre foi reconhecido no curso de Medicina pela sua de- dicação inconteste à aprendizagem de seus alunos e pelo cuidado minucioso com seus pacientes, não havendo nome que melhor se encaixasse ao perfil de protagonista da Liga. Urgia a necessidade de ampliar a temática da hematologia nas diretrizes de nossos estudos. Houve, assim, várias mudanças nesse período de transição, a começar pelo nome do projeto, que passou a ser Liga de Oncologia e Hemato- logia da UECE. O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE), bem como o Hospital Dr. Haroldo Juaçaba, passaram a ser núcleos de práticas e estágio dos ligantes. No início do ano de 2015, o professor Herivaldo propôs o grande desafio de escrever um livro de interpretação clínica do hemograma para acadêmicos e médicos. À época, os ligantes não poderiam imaginar o quanto esse projeto se- ria engrandecedor para a formação acadêmica de cada membro, assim como a magnitude do trabalho que seria demandada para todos. De fato, o livro não surgiu do trabalho individual dos membros da Liga escrevendo um número li- mitado de casos clínicos. Relatos verídicos foram selecionados, escritos, reela- borados e incrementados com a presença do Dr. Herivaldo e dos ligantes por extensos e múltiplos encontros durante o período de um ano de confecção. A verdade é que alunos dos mais variados semestres do curso puderam con- tribuir com a construção desta obra. A LOUECE se orgulha deste trabalho, rati- ficando que esses casos ficarão guardados para sempre nos corações daqueles 101 hemogramas - completo rev1.indd 11 05/02/2018 14:06:13 que tiveram a oportunidade de vivenciá-los. Assim como nós, esperamos que você, leitor, possa desfrutar dos conhecimentos que a interpretação atenta do hemograma pode propiciar ao médico. Liga de Oncologia e Hematologia da UECE 101 hemogramas - completo rev1.indd 12 05/02/2018 14:06:15 Sobre a leitura deste livro O hemograma é decerto o exame laboratorial mais solicitado pelos médicos. Nesse momento, muitos pacientes estão colhendo uma alíquota de seu san- gue para processamento e posterior interpretação dos valores hematimétricos. Diante do resultado, muitos médicos atentam para as variáveis e almejam obter alguma informação que direcione o diagnóstico ou que explique a sintomato- logia do paciente. A interpretação daqueles valores nem sempre é tão simples ou tão reveladora, mas pode ajudar a iluminar o caminho para o diagnóstico definitivo. Na maioria das vezes, as ferramentas para o jovem médico acessar as possi- bilidades ditadas pelo hemograma não são ensinadas nos cursos de Medicina. Deparamo-nos com o exame, tendo de retirar dele informações, apesar de não sabermos sempre a maneira adequada de enxergá-lo e como as suas variáveis funcionam. Como a própria Medicina, ler um hemograma exige técnica e arte. Na verdade, existe quase uma magia profética nesse ato, algo parecido com a quiromancia. Os dados da história clínica e do exame físico nos direcionam para as probabili- dades principais, as quais podem ser refutadas, confirmadas ou não explicadas por esse exame. O livro se propõe a expor casos desafiadores nos quais o diagnóstico pode ser acessado pela interpretação conjunta dos dados da história do paciente e da correta leitura do hemograma. Dividiram-se os casos em cinco níveis de difi- culdade, os quais vão necessitar, cada vez mais, de conhecimento das Ciências Básicas, da Semiologia, da Farmacologia e da Clínica Médica. Ao final de cada desafio, haverá um conjunto de perguntas que se propõem a aguçar o raciocínio clínico e a perspicácia do aprendiz em Medicina. Ao final do livro, estarão as respostas dos desafios. A explicação da evolução do caso e de fatos médicos a ele relacionados faz que cada hemograma apresentado se torne uma pequena lição de Clínica Médica. Os títulos de cada desafio se propõem a dar dicas a respeito dos casos. Alguns podem soar estranhos e jocosos, mas a intenção é aguçar a perspicácia e a in- tuição do leitor. Deivide de Sousa Oliveira Graduado em Medicina pela Universidade Estadual do Ceará Residência em Clínica Médica do Hospital Geral César Cals de Oliveira 101 hemogramas - completo rev1.indd 13 05/02/2018 14:06:15 101 hemogramas - completo rev1.indd 14 05/02/2018 14:06:15 Hemograma Referência Eritrograma Hemácias H: 4,5 – 6,5 / M: 4,0 – 5,0 milhões/mm³ Hemoglobina H: 13 – 18 / M: 12 – 15,5 g/L Hematócrito H: 40 – 54 / M: 36 – 45 % VCM 80 – 98 fL HCM 27 – 32 pg CHCM 32 – 36 g/dL RDW 11 – 15 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 4000 – 10000 Neutrófilos 40 – 75 1600 – 7500 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 – 1 0 – 100 Bastões 0 – 5 0 – 500 Segmentados 40 – 75 1600 – 7500 Eosinófilos 1 – 5 40 – 500 Basófilos 0 – 2 0 – 200 Linfócitos 25 – 45 1000 – 4500 Monócitos 2 – 10 80 – 1000 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 150000 - 450000 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 0,5 – 1,5 25000 – 75000 101 hemogramas - completo rev1.indd 15 05/02/2018 14:06:15 danie Realce Corrigir todos "g/L" para "g/dL" 101 hemogramas - completo rev1.indd 16 05/02/2018 14:06:15 Siglas Usadas AHAI Anemia hemolítica autoimune EDTA Ácido etilenodiamino tetraacético AHMA Anemia hemolítica microangiopática EGD Esofagogastroduodenoscopia ALIP Atypical localization of immature progenitor cells FA Fosfatase alcalina ALT Alanina aminotransferase FAN Fator antinuclear ANA Anticorpo antinuclear FR Fator reumatoide Anti-CCP Antipeptídeo citrulinado cítrico GGT Gamaglutamiltransferase AR Artrite reumatoide H Valor de referência para homens AST Aspartato aminotransferase HAS Hipertensão arterial sistêmica AVC Acidente vascular cerebral HbS Hemoglobina S AVCI Acidente vascular cerebral isquêmico HCM Hemoglobina corpuscular média BMO Biópsia de medula óssea HCV Vírus da hepatite C CHCM Concentraçāo de hemoglobina corpuscular média HELLP Hemolysis, elevated liver enzyme levels, and low platelet levels CKMB Isoenzima MB da creatina quinase HPB Hiperplasia prostática benigna CMV Citomegalovírus HPLC High performance liquid chromatography CREST Calcinose, fenômeno de Raynaud, esofagopatia, esclerodactilia e telangiectasias HPN Hemoglobinúria paroxística noturna CTD Ciclofosfamida, talidomida, dexametasona HTLV Vírus T-linfotrópico humano DMARD Disease-modifying antirheumatic drugs IAM Infarto agudo do miocárdio DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica ICC Insuficiência cardíaca congestiva DRESS Drug rash/reaction with eosinophilia and systemic symptons IgG Imunoglobulina G EBV Epstein-Barr virus IgM Imunoglobulina M ECG Eletrocardiograma LDH Lactatodesidrogenase ECO Ecocardiograma LES Lupus eritematoso sistêmico 101 hemogramas - completo rev1.indd 17 05/02/2018 14:06:15 LLC Leucemia linfocítica crônica SIDA Síndrome da imunideficiênica adquirida LRA Lesão renal aguda SMD Síndrome mielodisplásica M Valor de referência para mulheres SNC Sistema nervoso central MAT Microangiopatia trombótica TARV Terapia antirretroviral MMA Metaplasia mieloide agnogênica TC Tomografia computadorizada MMII Membros inferiores TCAR Tomografia computadorizada de alta resolução MMSS Membros superiores TEP Tromboembolismo pulmonar MO Medula óssea TGI Trato gastrointestinal MV Murmúrio vesicular THBD Trombomodulina PA Pressão arterial TMO Transplante de medula óssea PCR Proteína C reativa TP Tempo de protrombina PFC Plasma fresco congelado TSH Hormônio estimulador da tireoide PI Plaquetopenia imune UBS Unidade Básica de Saúde PSA Prostate-specific antigen UPA Unidade de Pronto Atendimento PSF Programa de Saúde da Família USG Ultrassonografia PTI Púrpura trombocitopênica imune UTI Unidade de Terapia Intensiva PTT Púrpura trombocitopênica trombótica VCD Bortezomibe, ciclofosfamida, dexametasona RCD Rebordo costal direito VCM Volume corpuscular médio RCE Rebordo costal esquerdo VDRL Venereal Disease Research Laboratory RDW Índice de anisocitose VHS Velocidade de hemossedimentação RNA Ácido ribonucleico VNI Ventilação não invasiva SHU Síndrome hemolpitica urêmica VR Valor de referência 101 hemogramas - completo rev1.indd 18 05/02/2018 14:06:15 danie Nota Adicionar nova sigla: TTPA Tempo de protrombina ativada Gabriel Nota Adicionar nova sigla: SUS - Sistema Unificado de Saúde Sumário Prefácio ______________________________________________________ 9 Carta aos leitores _____________________________________________ 11 Sobre a leitura deste livro _______________________________________ 13 Hemograma Referência ________________________________________ 15 Siglas Usadas _________________________________________________ 17 01 O mal do interno___________________________________________ _ 24 02 Do corte às plaquetas _______________________________________ 26 03 Três vacinas para três sinais __________________________________ 28 04 O estranho caso do Sr. Addison Biermer ________________________ 30 05 Algo a sempre se pensar _____________________________________ 32 06 Águas paradas não movem moinhos ___________________________ 34 07 Entre perdas e ganhos _______________________________________ 36 08 Megadieta ________________________________________________ 38 09 Idosa dengosa _____________________________________________ 40 10 Tem infecção? ______________________________________________ 42 11 Foi-se o tempo ______________________________________________ 44 12 Artralgia não reumatológica __________________________________ 46 13 Um jovem carente __________________________________________ 48 14 Cinderela do abdome ________________________________________ 50 15 Uma família premiada _______________________________________ 52 16 Da Geriatria à Hematologia ___________________________________ 54 101 hemogramas - completo rev1.indd 19 05/02/2018 14:06:15 17 Cadê minha virose? _________________________________________ 56 18 Perna ansiosa ______________________________________________ 58 19 Assim como o vinho _________________________________________ 60 20 As horas de ouro ___________________________________________ 62 21 Quanto mais alto, maior a queda ______________________________ 64 22 Anemia da ginecologista ____________________________________ _ 66 23 Aranhas gástricas ___________________________________________ 68 24 Típica atipia _______________________________________________ 70 25 Dias febris _________________________________________________ 72 26 As mil e uma hemoglobinas __________________________________ 74 27 α ou β? ___________________________________________________ 76 28 Escleras azuis, sangue pálido _________________________________ 78 29 Palidez à portuguesa ________________________________________ 80 30 Olhar suspeito _____________________________________________ 82 31 Efeito borboleta ____________________________________________ 84 32 A vegana engana ___________________________________________ 86 33 Sem delongas _____________________________________________ 88 34 Time reserva ______________________________________________ 90 35 Linfocitose na terceira idade __________________________________ 92 36 Preste atenção na prescrição _________________________________ 94 37 Calazar ou não calazar? Eis a questão! __________________________ 96 38 Te inibe! __________________________________________________ 98 39 As sete perdas ____________________________________________ 100 40 A valva esquisita __________________________________________ 102 101 hemogramas - completo rev1.indd 20 05/02/2018 14:06:15 41 Eliminando infecção________________________________________ 104 42 Nem de nenos, nem “DMARD” _______________________________ 106 43 Nos menores frascos, os piores venenos _______________________ 108 44 Picacismo ________________________________________________ 110 45 Trama plaquetária _________________________________________ 112 46 Púrpura anêmica __________________________________________ 114 47 Entre gastrites e quedas ____________________________________ 116 48 Invasores siderais _________________________________________ 118 49 A nociva rebelde __________________________________________ 120 50 Caso alfa _________________________________________________ 122 51 O triunvirato ______________________________________________ 124 52 Como diria Hobbes ________________________________________ 126 53 Fantástica hemólise ________________________________________ 128 54 “Dengue” esquisita ________________________________________ 130 55 Vestido escarlate __________________________________________ 132 56 Sangue lento _____________________________________________ 134 57 Um prurido não clássico ____________________________________ 136 58 Faça o seu julgamento ______________________________________ 138 59 Uma ligação com a infecto __________________________________ 142 60 Basta estar no Ceará _______________________________________ 144 61 Jovem tensão _____________________________________________ 146 62 Parece, mas não é! _________________________________________ 148 63 Uma bagagem febril _______________________________________ 150 64 Sopa de aveia ____________________________________________ 154 101 hemogramas - completo rev1.indd 21 05/02/2018 14:06:15 65 Chagas aberto, coração “Ferrido” _____________________________ 156 66 Oceano de plaquetas _______________________________________ 158 67 Hemorragia multinacional __________________________________ 160 68 Maquinaria da dor _________________________________________ 162 69 RO-HO __________________________________________________ 164 70 Anéis e pérolas ____________________________________________ 166 71 Manto de linfócitos _________________________________________ 168 72 MMA ____________________________________________________ 170 73 Males do Mediterrâneo _____________________________________ 172 74 Uma combinação infrutífera _________________________________ 174 75 Ele não se safou... _________________________________________ 176 76 Três em um _______________________________________________ 178 77 Uma anemia complexa _____________________________________ 180 78 Quiromancia _____________________________________________ 182 79 Nem sempre é tuberculose? _________________________________ 184 80 Esquerda ou Droit? ________________________________________ 186 81 “AVC” febril _______________________________________________ 188 82 Positividades negativas _____________________________________ 190 83 O enigma africano _________________________________________ 192 84 Esquisitos inimigos ________________________________________ 194 85 O ocaso das hemácias ______________________________________ 196 86Quente ou frio? ___________________________________________ 198 87 Combinando o teste _______________________________________ 200 101 hemogramas - completo rev1.indd 22 05/02/2018 14:06:15 88 “Chorando se foi” _________________________________________ 202 89 Duas hemoglobinas para uma mãe ___________________________ 204 90 Sangue azul ______________________________________________ 206 91 π = 3,1415… ______________________________________________ 208 92 ATRAvés do nada __________________________________________ 210 93 O mistério das plaquetas ___________________________________ 212 94 Nem tudo são flores _______________________________________ 214 95 Síndrome de Estocolmo ____________________________________ 216 96 Mosquito dá em nada! ______________________________________ 218 97 Le Festin du Macrophage ____________________________________ 220 98 Não tão normal ___________________________________________ 222 99 O último desafio __________________________________________ 224 Respostas ___________________________________________________ 226 Referências _________________________________________________ 260 101 hemogramas - completo rev1.indd 23 05/02/2018 14:06:15 CASO h e m o g r a m a 24 Apresentação do caso clínico Interno de Medicina, 24 anos, procurou preceptor com queixa de não conseguir estudar à noite por dificuldade de concentração e, às vezes, sonolência. Há cinco anos, alterou dieta por opção familiar, não fazendo ingestão de carne vermelha. An- tecedentes: sem história prévia de sangramento evidente, negou tabagismo, etilis- mo, uso de medicamentos e de drogas ilícitas. O estudante não referia alterações do hábito intestinal e do apetite. Ao exame físico, apresentava apenas discreta palidez. 1. Quais as principais alterações encontradas no hemograma? 2. Com os dados clínicos acima e as alterações do hemograma, que hipóteses diagnósticas devem ser lembradas? 3. Paciente com LDH e contagem de reticulócitos normais. Diante disso, que exames devem ser solicitados para esclarecimento diagnóstico da anemia? 4. Qual abordagem terapêutica deve ser instituída? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 01 O mal do interno 101 hemogramas - completo rev1.indd 24 05/02/2018 14:06:15 25 Eritrograma Hemácias 5,6 milhões/mm³ Hemoglobina 12,1 g/L Hematócrito 39,4 % VCM 70,3 fL HCM 21,7 pg CHCM 30,8 g/dL RDW 14,8 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 6100 Neutrófilos 67 4087 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 2 122 Segmentados 65 3965 Eosinófilos 1 61 Basófilos 1 61 Linfócitos 22 1342 Monócitos 9 549 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 241800 /mm³ Obs.: MICROCITOSE. HIPOCROMIA. NEUTRÓFILOS SEM SINAIS DEGENERATIVOS. LINFÓCITOS SEM ATIPIA. 101 hemogramas - completo rev1.indd 25 05/02/2018 14:06:15 CASO h e m o g r a m a 26 02 Do corte às plaquetas Apresentação do caso clínico Mulher, 36 anos, com diagnóstico de plaquetopenia imune há três anos. Rea- lizou vários exames laboratoriais; afastou-se LES e SAF. Abordagens terapêuticas já realizadas: corticosteroides, imunoglobulina humana, azatioprina, vincristina e dapsona. A paciente não adquiriu perfil cirúrgico adequadamente. Após trans- fusões de plaquetas e otimização da imunossupressão, uma conduta terapêuti- ca foi realizada. 1. Que medida terapêutica foi realizada? 2. Que achado no hemograma pode se esperar do paciente que realizou a me- dida terapêutica da questão 1? 3. Antes da medida terapêutica da questão 1, o paciente deve realizar imuni- zação para que agentes infecciosos? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 101 hemogramas - completo rev1.indd 26 05/02/2018 14:06:15 27 Eritrograma Hemácias 3,4 milhões/mm³ Hemoglobina 10,8 g/L Hematócrito 30,9 % VCM 89,7 fL HCM 31,4 pg CHCM 35,0 g/dL RDW 14,8 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 8950 Neutrófilos 52 4654 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 52 4654 Eosinófilos 5 447 Basófilos 2 179 Linfócitos 30 2686 Monócitos 11 984 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 14600 /mm³ Obs.: DISCRETA POLICROMASIA. PRESENÇA DE MACRÓCI- TOS. CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY. PONTILHA- DO BASOFÍLICO. PRESENÇA DE MACROPLAQUETAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 27 05/02/2018 14:06:15 CASO h e m o g r a m a 28 Três vacinas para três sinais Apresentação do caso clínico Mulher, 24 anos, há quatro dias referia cefaleia holocraniana de moderada inten- sidade, associada a náuseas, vômitos persistentes e febre (38,5ºC), sem calafrios. Fez o uso de analgésicos, antitérmicos e antieméticos, mas sem melhora. Ao exa- me físico, apresentava-se orientada, com semblante de dor, taquipneica, afebril, anictérica e pálida (+1/+4). Neurológico: paciente orientada no tempo e no espaço e com sinais de irritação meníngea (sinais de Brudzinski, Kernig e Lasègue positivos). 1. Quais são as alterações no hemograma da paciente? 2. Qual a principal hipótese diagnóstica? 3. Que exames confirmariam o diagnóstico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 03 101 hemogramas - completo rev1.indd 28 05/02/2018 14:06:15 29 Eritrograma Hemácias 3,5 milhões/mm³ Hemoglobina 10,9 g/L Hematócrito 32,8 % VCM 92,9 fL HCM 30,8 pg CHCM 33,2 g/dL RDW 14,1 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 16200 Neutrófilos 82 13284 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 1 162 Segmentados 81 13122 Eosinófilos 1 162 Basófilos 0 0 Linfócitos 8 1296 Monócitos 9 1458 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 377000 /mm³ Obs.: ANISOCROMIA. LINFÓCITOS SEM ATIPIAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 29 05/02/2018 14:06:15 CASO h e m o g r a m a 30 O estranho caso do Sr. Addison Biermer Apresentação do caso clínico Homem, 90 anos, comerciante aposentado, branco, há dois meses com adi- namia progressiva, parestesia de membros inferiores e perda de peso de 2,0 kg nesse mesmo período, motivos pelos quais procurou a UPA. Realizou hemogra- ma que revelou alterações, sendo encaminhado a um centro de referência em Hematologia. Negou tabagismo e etilismo. Ao exame físico, apresentava palidez (+2/+4) e icterícia (+1/+4). Exames complementares: Bilirrubina total: 3,2mg/dl (BD=1,1 e BI=2,1). T4 livre e TSH normais. LDH=1.208 U/L. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Quais as principais hipóteses diagnósticas? 3. Que outros exames complementares seriam úteis para a confirmação diagnóstica, sabendo que a dosagem sérica de B12 está reduzida? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 04 101 hemogramas - completo rev1.indd 30 05/02/2018 14:06:16 31 Eritrograma Hemácias 1,7 milhões/mm³ Hemoglobina 6,1 g/L Hematócrito 19,5 % VCM 109,1 fL HCM 34,4 pg CHCM 31,5 g/dL RDW 25,5 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 2820 Neutrófilos 34,2 964 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 0 0 Eosinófilos 2,0 56 Basófilos 0,5 14 Linfócitos 60,2 1699 Monócitos 3,1 87 Plaquetograma Plaquetas 76000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS MACROCÍTICAS: 34,1%. HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 7,1%. HEMÁCIAS HIPOCROMICAS: 8,6%. ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. POIQUILOCITOSE. 101 hemogramas - completo rev1.indd 31 05/02/2018 14:06:16 CASO h e m o g r a m a 32 Algo a sempre se pensar Apresentação do caso clínico Homem, 43 anos, procurou a Emergência por apresentar dor abdominal di- fusa, sem náuseas e vômitos, há aproximadamente 12 horas. Ao exame físico, apresentava sinais de irritação peritoneal. 1. Quais as principais alterações do hemograma? 2. Estamos diante de um quadro de abdome agudo: que hipóteses diagnós- ticas podemos formular? 3. Nas últimas três horas, paciente relata que a dor migrou para o quadran- te inferior direito do abdome. Foi realizado USG abdominal que confir- mou a principal hipótese diagnóstica. Qual a etiologia mais provável do abdome agudo desse paciente? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 05 101 hemogramas - completo rev1.indd 32 05/02/2018 14:06:16 33 Eritrograma Hemácias 5,2 milhões/mm³Hemoglobina 15,3 g/L Hematócrito 45,9 % VCM 87,8 fL HCM 29,3 pg CHCM 33,3 g/dL RDW 12,6 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 16880 Neutrófilos 90 15192 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 2 338 Segmentados 88 14854 Eosinófilos 0 0 Basófilos 0 0 Linfócitos 6 1013 Monócitos 4 675 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 279000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS MORFOLOGICAMENTES NORMAIS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 33 05/02/2018 14:06:16 CASO h e m o g r a m a 34 Águas paradas não movem moinhos Apresentação do caso clínico Homem, 45 anos, com febre, adinamia, mialgia, exantema maculopapular e retrorbitalgia bilateral há seis dias. Negou artralgia. Relatou morar perto de ter- reno abandonado. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Qual a possível etiologia associada à atipia linfocitária identificada à he- matoscopia? 3. Cite três possíveis agentes etiológicos. QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 06 101 hemogramas - completo rev1.indd 34 05/02/2018 14:06:16 35 Leucograma Hemácias 5,1 milhões/mm³ Hemoglobina 15,2 g/L Hematócrito 42,8 % VCM 83,7 fL HCM 29,7 pg CHCM 35,5 g/dL RDW 12,2 % % /mm³ Leucócitos 2700 Neutrófilos 44 1188 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 10 270 Segmentados 34 918 Eosinófilos 4 108 Basófilos 0 0 Linfócitos 44 1188 Monócitos 8 216 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 21000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. PRESENÇA DE 15% DE LINFÓCITOS COM ATIPIAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 35 05/02/2018 14:06:16 CASO h e m o g r a m a 36 Entre perdas e ganhos Apresentação do caso clínico Mulher, 42 anos, encaminhada ao serviço de Hematologia por anemia. Rela- tava palidez, astenia progressiva e episódios de hematoquezia. Negou alterações de apetite e peso. Referiu fluxo menstrual normal. Ao exame físico, apresentava sinais vitais normais, palidez acentuada e escleras azuladas. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Que hipóteses diagnósticas devem ser lembradas? 3. Que exames devem ser realizados para confirmação de anemia ferropriva? 4. Qual a etiologia da anemia ferropriva e qual exame a confirmaria? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 07 101 hemogramas - completo rev1.indd 36 05/02/2018 14:06:16 37 Eritrograma Hemácias 4,3 milhões/mm³ Hemoglobina 6,5 g/L Hematócrito 23,2 % VCM 53,2 fL HCM 15 pg CHCM 28,1 g/dL RDW 21,4 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 7600 Neutrófilos 66,7 5069 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 66,7 5069 Eosinófilos 2,0 152 Basófilos 0,3 22 Linfócitos 20,1 1527 Monócitos 10,9 828 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 445000 /mm³ Obs.: ANISOCITOSE. MICROCITOSE. HIPOCROMIA. POIQUILOCITOSE. 101 hemogramas - completo rev1.indd 37 05/02/2018 14:06:16 CASO h e m o g r a m a 38 Megadieta Apresentação do caso clínico Mulher, 62 anos, há cinco meses com história de náuseas, vômitos, hiporexia, perda de peso (11,0 kg em cinco meses) e astenia progressiva. Referia ainda dor na língua que se exacerbava ao se alimentar e episódios de “garganta aperta- da”. Antecedentes: transfusão de sangue com dois concentrados de hemácias há dois meses. Fez dieta isenta de carne por oito anos. Ao exame físico, apresen- tava-se com moderada palidez. 1. Quais são as alterações do hemograma? 2. Que hipóteses diagnósticas podem ser lembradas? 3. Que exames laboratoriais ou complementares devem ser solicitados para esclarecimento diagnóstico? 4. Qual achado à hematoscopia é bastante sugestivo do diagnóstico da pa- ciente? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 08 101 hemogramas - completo rev1.indd 38 05/02/2018 14:06:16 39 Eritrograma Hemácias 2,0 milhões/mm³ Hemoglobina 7,8 g/L Hematócrito 21,4 % VCM 105,4 fL HCM 38,4 pg CHCM 36,4 g/dL RDW 31,2 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 3910 Neutrófilos 69,7 2725 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 66,7 5069 Eosinófilos 2,5 97 Basófilos 0,2 7 Linfócitos 26,2 1027 Monócitos 1,4 54 Plaquetograma Plaquetas 199000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS MACROCÍTICAS: 30,4% HEMÁCIAS. MI- CROCÍTICAS: 5.1%. ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. POIQUILOCITOSE. PRESENÇA DE NEUTRÓFILOS HIPERSEGMENTADOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 39 05/02/2018 14:06:16 CASO h e m o g r a m a 40 Idosa dengosa Apresentação do caso clínico Mulher, 77 anos, há sete dias com febre (38,5°C) e episódios de calafrios espo- rádicos, mialgia, artralgia, cefaleia frontal e adinamia. Antecedentes: HAS, DM2 e DPOC. Ao exame físico, encontrava-se orientada, eupneica, afebril (36,0°C), acia- nótica, anictérica e corada. Extremidades: petéquias em membros inferiores. 1. Quais são as alterações do hemograma? 2. Diante dos achados clínicos e do hemograma, que hipóteses diagnósticas devem ser levantadas? 3. Que exames são necessários para o diagnóstico definitivo? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 09 101 hemogramas - completo rev1.indd 40 05/02/2018 14:06:16 41 Eritrograma Hemácias 4,4 milhões/mm³ Hemoglobina 12,4 g/L Hematócrito 39,3 % VCM 89,4 fL HCM 28,2 pg CHCM 31,4 g/dL RDW 14,7 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 7000 Neutrófilos 40 2800 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 1 70 Segmentados 39 2730 Eosinófilos 3 210 Basófilos 0 0 Linfócitos Típicos 38 2660 Linfócitos Atípicos 15 1050 Monócitos 4 280 Plaquetograma Plaquetas 59000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 41 05/02/2018 14:06:16 CASO h e m o g r a m a 42 Tem infecção? Apresentação do caso clínico Homem, 28 anos, encaminhado ao serviço de Hematologia para tratamento de leucemia linfoide aguda T. Sorologias, inclusive para HTLV-I/II, não reagen- tes. Paciente realizou quimioterapia, evoluindo com melhora clínica nos dois ciclos iniciais. Não apresentava história pregressa relevante. 1. Comente as alterações do hemograma. 2. Justifique a importância da pesquisa de HTLV neste paciente. 3. Qual medicamento utilizado em protocolos de quimioterapia para dimi- nuir o tempo de neutropenia pode explicar os achados do leucograma? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 10 101 hemogramas - completo rev1.indd 42 05/02/2018 14:06:16 43 Eritrograma Hemácias 3,3 milhões/mm³ Hemoglobina 9,0 g/L Hematócrito 26,3 % VCM 79,8 fL HCM 27,3 pg CHCM 34,2 g/dL RDW 13,5 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 15530 Neutrófilos 85 12424 Promielócitos 5 776 Mielócitos 9 1397 Metamielócitos 15 2329 Bastões 23 3571 Segmentados 33 5124 Eosinófilos 0 0 Basófilos 0 0 Linfócitos 7 1091 Monócitos 8 1242 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 91390 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS EM ROULEAUX. ANISOCROMIA. POIQUILO- CITOSE EOSINÓFILOS EXTRACONTAGEM GRANULA- ÇÕES TÓXICAS NA MAIORIA DOS NEUTRÓFILOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 43 05/02/2018 14:06:16 CASO h e m o g r a m a 44 Foi-se o tempo Apresentação do caso clínico Jovem, 21 anos, apresentava dor abdominal difusa intensa, febre sem cala- frios, astenia e icterícia. Realizou exames que revelaram leucocitose, aumento de bilirrubina indireta e colelitíase, sendo levantada a hipótese de anemia hemolí- tica e infecção de sítio indeterminado. Nesse período, fez uso de ampicilina-sul- bactam por sete dias, obtendo melhora clínica. Antecedentes: primos maternos com história de anemia de etiologia não esclarecida. Ao exame físico, apresenta- va-se ictérica (+1/+4) e pálida (+2/+4). Exames: curva de fragilidade osmótica da hemoglobina e dosagem de glicose-6-fosfato-desidrogenase normais. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Com os achados clínicos e as alterações do hemograma, qual a principal hemoglobinopatia a ser lembrada? 3. Que exame laboratorial confirmaria o diagnóstico etiológico da anemia hemolítica? 4. Como explicar a dor abdominal difusa do paciente? 5. Como explicar a plaquetose do paciente? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 11 101 hemogramas - completorev1.indd 44 05/02/2018 14:06:16 45 Eritrograma Hemácias 2,5 milhões/mm³ Hemoglobina 8,1 g/L Hematócrito 23,8 % VCM 92,7 fL HCM 31,8 pg CHCM 34,3 g/dL RDW 15,7 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 22520 Neutrófilos 76 17115 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 2 450 Segmentados 74 16664 Eosinófilos 2 450 Basófilos 1 225 Linfócitos 15 3380 Monócitos 6 1351 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 602000 /mm³ VHS 0,4 mm/h Contagem de Reticulócitos % /mm³ 7,3 182500 Obs.: ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. POLICROMASIA. PRESENÇA DE DREPANÓCITOS E DE HEMÁCIAS EM ALVO. PRESENÇA DE 3 ERITROBLASTOS EM 100 LEUCÓCITOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 45 05/02/2018 14:06:16 CASO h e m o g r a m a 46 Artralgia não reumatológica Apresentação do caso clínico Homem, 22 anos, negro, com história de palidez progressiva e episódios de icterícia desde a infância. Relatou crises álgicas em grandes e médias articula- ções. Antecedentes: episódios frequentes de infecções respiratórias, apesar da vacinação em dia. Exame físico: ictérico (+2/+4) e pálido (+2/+4). Traube livre. 1. Quais as alterações no hemograma? 2. Diante da história clínica pretérita, trata-se de uma afecção adquirida ou congênita? 3. Qual exame laboratorial e achado à hematoscopia levanta a hipótese de células imaturas eritrocitárias no sangue periférico? 4. De acordo com as respostas das questões 1 e 2, qual exame laboratorial confirma o diagnóstico? 5. A presença de plaquetose em um paciente adulto com provável hemólise nos leva a pensar em um tipo específico de hemoglobinopatia. Cite-a. QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 12 101 hemogramas - completo rev1.indd 46 05/02/2018 14:06:16 47 Eritrograma Hemácias 3,1 milhões/mm³ Hemoglobina 10,8 g/L Hematócrito 31,9 % VCM 101,9 fL HCM 34,6 pg CHCM 34,0 g/dL RDW 22,6 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 10820 Neutrófilos 66,1 7150 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 66,1 7150 Eosinófilos 1,7 180 Basófilos 0,8 90 Linfócitos 23,1 2500 Monócitos 8,2 890 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 652000 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 25,5 790500 Obs.: ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. POLICROMASIA. DRE- PANÓCITOS. HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 3,4%. HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS: 8,7%. PRESENÇA DE 3 ERITROBLASTOS ORTOCROMÁTICOS EM 100 LEUCÓ- CITOS. AUSÊNCIA DE GRANULAÇÕES TÓXICAS NOS NEUTRÓ- FILOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 47 05/02/2018 14:06:17 CASO h e m o g r a m a 48 Um jovem carente Apresentação do caso clínico Homem, 22 anos, internado para investigação de bicitopenia. Relatava aste- nia progressiva, adinamia, plenitude gástrica e episódios diarreicos. Ao exame físico, mostrou-se anictérico, pálido, com glossite. 1. Quais os achados do hemograma? 2. Os exames laboratoriais demonstraram LDH 4000 U/L, Coombs não rea- gente e contagem de reticulócitos normal. À hematoscopia, houve presen- ça de neutrófilos hipersegmentados. Qual o diagnóstico mais provável? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 13 101 hemogramas - completo rev1.indd 48 05/02/2018 14:06:17 danie Realce Substituir por: Coombs direto 49 Eritrograma Hemácias 1,9 milhões/mm³ Hemoglobina 7,4 g/L Hematócrito 22,3 % VCM 113,8 fL HCM 37,8 pg CHCM 33,2 g/dL RDW 23,3 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 2190 Neutrófilos 32,7 716 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 32,7 716 Eosinófilos 0,1 17 Basófilos 0,7 15 Linfócitos 63,2 1386 Monócitos 2,3 56 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 126000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS ANISOCÍTICAS. HIPOCRÔMICAS MACRO- CÍTICAS. POIQUILOCITOSE. AUSÊNCIA DE DEGRANULAÇÃO LEUCOCITÁRIA. 101 hemogramas - completo rev1.indd 49 05/02/2018 14:06:17 CASO h e m o g r a m a 50 Cinderela do abdome Apresentação do caso clínico Homem, 34 anos, hipertenso, diabético (DM2), colecistectomizado há um ano. Há dois dias evoluindo com náuseas, vômitos incoercíveis, dor difusa em andar superior do abdome com irradiação para dorso e febre. Já havia apresentado episódio clínico semelhante por 10 vezes ao longo de três anos. Negou etilismo e tabagismo. Ao exame físico, apresentava-se eupneico, afebril, ictérico (+1/+4) e com sinais vitais normais. 1. De acordo com o quadro clínico e o hemograma, quais os principais diag- nósticos diferenciais? 2. Quais os exames necessários para elucidar o diagnóstico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 14 101 hemogramas - completo rev1.indd 50 05/02/2018 14:06:17 51 Eritrograma Hemácias 6,0 milhões/mm³ Hemoglobina 16,2 g/L Hematócrito 48,1 % VCM 80,0 fL HCM 26,9 pg CHCM 36,6 g/dL RDW 13,3 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 20400 Neutrófilos 85 17340 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 1 204 Segmentados 84 17136 Eosinófilos 0 0 Basófilos 0 0 Linfócitos 8 1632 Monócitos 7 1428 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 318000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. LINFÓCITOS SEM ATIPIAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 51 05/02/2018 14:06:17 CASO h e m o g r a m a 52 Uma família premiada Apresentação do caso clínico Mulher, 60 anos, procurou o Centro de Saúde referindo palidez e episódios de icterícia desde a infância. Realizou hemograma que revelou anemia, sendo enca- minhada ao serviço de Hematologia da região. Antecendentes: relatava história de esplenectomia e colecistectomia precoces na família. Ao exame físico, apre- sentava-se orientada, eupneica, afebril, ictérica (+1/+4) e pálida. Abdome: plano, flácido, indolor à palpação superficial e profunda. Discreta hepatomegalia. Baço palpável a 3,0 cm abaixo do RCE. Traube ocupado. No serviço de referência, rea- lizou novo hemograma e teste de Coombs, o qual foi negativo. 1. Comente os exames e o tipo de anemia. 2. Entre as anemias hemolíticas hereditárias e adquiridas, qual é a mais pro- vável? Por quê? 3. Para confirmar a hipótese de esferocitose hereditária, que exame deve ser solicitado? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 15 101 hemogramas - completo rev1.indd 52 05/02/2018 14:06:17 53 Eritrograma Hemácias 2,4 milhões/mm³ Hemoglobina 7,6 g/L Hematócrito 20,1 % VCM 81,9 fL HCM 31,0 pg CHCM 37,8 g/dL RDW 23,7 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 15110 Neutrófilos 80 12088 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 3 453 Bastões 7 1057 Segmentados 70 10577 Eosinófilos 1 151 Basófilos 0 0 Linfócitos 15 2268 Monócitos 4 604 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 202700 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 9,5 228000 Obs.: PRESENÇA DE ESFERÓCITOS. ANISOCITOSE. PO- LICROMASIA E POIQUILOCITOSE. PRESENÇA DE 4 ERITROBLASTOS EM 100 LEUCÓCITOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 53 05/02/2018 14:06:17 CASO h e m o g r a m a 54 Da Geriatria à Hematologia Apresentação do caso clínico Mulher, 86 anos, encaminhada da Geriatria para o ambulatório de Hemato- logia devido à alteração no hemograma. Negou outras queixas constitucionais importantes. Possuía antecedente de esplenectomia e avó natural de Portugal. 1. Que alterações podem ser encontradas no hemograma? 2. Quais as principais hipóteses diagnósticas? 3. Quais os principais exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 16 101 hemogramas - completo rev1.indd 54 05/02/2018 14:06:17 55 Leucograma Hemácias 5,7 milhões/mm³ Hemoglobina 11,9 g/L Hematócrito 34,9 % VCM 61,2 fL HCM 20,8 pg CHCM 34,0 g/dL RDW 15,9 % % /mm³ Leucócitos 8400 Neutrófilos 53 4452 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 1 84 Segmentados 52 4368 Eosinófilos 4 336 Basófilos 1 84 Linfócitos 32 2688 Monócitos 10 840 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 200000 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 2,3 131100 Obs.: ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. MICROCITOSE. POI- QUILOCITOSE. HEMÁCIAS EM ALVO. LINFÓCITOS SEM ATIPIAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 55 05/02/2018 14:06:17CASO h e m o g r a m a 56 Cadê minha virose? Apresentação do caso clínico Mulher, 69 anos, advogada, há sete dias com febre (38,9oC), calafrios, hiporex- ia, mialgia, astenia e episódios de diarreia aquosa sem sangue e sem muco. Ao exame físico, apresentava-se febril (38,2oC) e levemente desidratada. Não apre- sentava linfadenomegalias palpáveis. Pele: exantema maculopapular dissemi- nado em troncos, MMSS e MMII. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Diante dos achados clínicos, das alterações do hemograma e da hematos- copia, pode-se pensar em dengue? Por quê? 3. Que outras duas etiologias virais devem ser lembradas? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 17 101 hemogramas - completo rev1.indd 56 05/02/2018 14:06:17 57 Eritrograma Hemácias 4,3 milhões/mm³ Hemoglobina 12,7 g/L Hematócrito 36,4 % VCM 84,3 fL HCM 29,3 pg CHCM 34,8 g/dL RDW 14,1 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 11800 Neutrófilos 36 4248 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 6 708 Segmentados 30 3540 Eosinófilos 0 0 Basófilos 0 0 Linfócitos 59 6962 Monócitos 5 590 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 22000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. LINFÓCITOS ATÍPICOS EM TORNO DE 28%. AUSÊNCIA DE GRANULAÇÕES TÓXICAS NOS NEUTRÓ- FILOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 57 05/02/2018 14:06:17 CASO h e m o g r a m a 58 Perna ansiosa Apresentação do caso clínico Homem, 54 anos, branco, referia dor progressiva em MMII há dois anos, acom- panhada de “inquietude”. Apresentava ainda palidez, astenia, diminuição do apetite e perda de peso nos últimos seis meses. História de etilismo desde os 19 anos de idade. Exame físico: taquidispneico, taquicárdico, ictérico (+1/+4) e páli- do (+4/+4). Língua despapilada e queilite angular bilateral. À ausculta cardíaca, sopro sistólico pancardíaco (+1/+4). 1. Quais as principais alterações do hemograma? 2. Quais os possíveis diagnósticos diferenciais de macrocitose? 3. Que exames confirmariam a principal hipótese diagnóstica? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 18 101 hemogramas - completo rev1.indd 58 05/02/2018 14:06:17 59 Eritrograma Hemácias 1,6 milhões/mm³ Hemoglobina 5,9 g/L Hematócrito 16,0 % VCM 95,1 fL HCM 34,9 pg CHCM 36,7 g/dL RDW 30,5 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 2996 Neutrófilos 67 1947 Promielócitos 2 59 Mielócitos 2 59 Metamielócitos 4 119 Bastões 8 239 Segmentados 51 1527 Eosinófilos 0 0 Basófilos 0 0 Linfócitos 31 934 Monócitos 2 59 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 76770 /mm³ Obs.: PRESENÇA DE 4 ERITROBLASTOS EM 100 LEUCÓCI- TOS. POLICROMASIA. MACRÓCITOS. MICRÓCITOS. RAROS LINFÓCITOS ATÍPICOS. PRESENÇA DE PONTI- LHADO BASÓFILICO. EOSINÓFILOS EXTRACONTAGEM. 101 hemogramas - completo rev1.indd 59 05/02/2018 14:06:17 CASO h e m o g r a m a 60 Assim como o vinho Apresentação do caso clínico Homem, 82 anos, referia perda de peso (5,0 kg nos últimos 30 dias). Há três semanas, sentia dor na região lombo-sacra de moderada intensidade e diminui- ção da diurese, com piora da dor nos últimos três dias. Procurou odontólogo por apresentar lesão oral, sendo solicitado hemograma, o qual revelou plaquetope- nia. Antecedentes: história de doença prostática. Negou etilismo e tabagismo. Em consequência da plaquetopenia, procurou serviço de Emergência. Ao exame físico, apresentava-se orientado, eupneico, afebril, acianótico, anictérico e páli- do (2+/4+). Pele: sufusões hemorrágicas em MMSS e MMII. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Com base nos achados clínicos e no hemograma, qual hipótese diagnós- tica deve ser considerada? 3. Deve-se solicitar mielograma e biopsia óssea? Por quê? 4. Que exames confirmariam o diagnóstico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 19 101 hemogramas - completo rev1.indd 60 05/02/2018 14:06:17 61 Eritrograma Hemácias 4,3 milhões/mm³ Hemoglobina 11,4 g/L Hematócrito 34,3 % VCM 79,4 fL HCM 26,4 pg CHCM 33,2 g/dL RDW 14,3 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 11140 Neutrófilos 30 3342 Promielócitos 1 111 Mielócitos 1 111 Metamielócitos 2 222 Bastões 7 779 Segmentados 19 2116 Eosinófilos 1 111 Basófilos 0 0 Linfócitos 57 6354 Monócitos 7 779 Blastos 5 557 Plaquetograma Plaquetas 13000 /mm³ Obs.: ANISOCROMIA. PRESENÇA DE 5 ERITROBLASTOS ORTOCROMÁTICOS EM 100 LEUCÓCITOS. PRESENÇA DE DACRIÓCITOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 61 05/02/2018 14:06:17 CASO h e m o g r a m a 62 As horas de ouro Apresentação do caso clínico Mulher, 26 anos, há quatro dias com febre alta, calafrios e polaciúria. Encon- trava-se no terceiro dia de antibioticoterapia (ciprofloxacino), mas sem melho- ra clínica. Além disso, tinha história prévia de infecções urinárias de repetição e urinocultura positiva para S. aureus, realizada há quatro meses. Ao exame físico, apresentava-se febril e taquicárdica. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Diante de paciente taquicárdica, FC 120 bpm, febril (38,9 ºC), leucocitose e foco bacteriano urinário, qual o diagnóstico principal? 3. Paciente evoluiu com sangramento incontrolável, plaquetopenia, alar- gamento de TAP e TTPA e consumo de fibrinogênio. Qual o diagnóstico? 4. Em quais condições podem ser observadas granulações tóxicas nos neu- trófilos à hematoscopia? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 20 101 hemogramas - completo rev1.indd 62 05/02/2018 14:06:17 63 Eritrograma Hemácias 4,5 milhões/mm³ Hemoglobina 12,7 g/L Hematócrito 38,9 % VCM 85,7 fL HCM 28,0 pg CHCM 32,6 g/dL RDW 14,4 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 26150 Neutrófilos 0 0 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 9 2354 Segmentados 82 21443 Eosinófilos 0 0 Basófilos 0 0 Linfócitos 5 1308 Monócitos 4 1046 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 275000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. GRANULAÇÕES TÓXICAS GROSSEIRAS EM NEUTRÓFI- LOS. AUSÊNCIA DE EOSINÓFILOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 63 05/02/2018 14:06:17 CASO h e m o g r a m a 64 Quanto mais alto, maior a queda Apresentação do caso clínico Homem, 28 anos, médico, apresentou dispneia, cefaleia e tontura ao esquiar no Valle Nevado, no Chile. Ao descer, os colegas médicos que o acompanhavam obser- varam taquidispneia, palidez e discreta icterícia. Além disso, o paciente apresentava dor abdominal difusa e febre. Procurou serviço de assistência médica local, onde realizou diversos exames laboratoriais, inclusive hemograma e TC de abdome. Ao hemograma, evidenciou-se Hb 10,9g/dL; Ht 30,1%; VCM 88,8fL; CHCM 36,2 g/dL; RDW 13%; leucócitos 14210/mm³; plaquetas 79000/mm³. A TC de abdome revelou esplenomegalia. Retornou ao Brasil após seis dias e procurou, novamente, assis- tência médica. Foi solicitado novo hemograma com contagem de reticulócitos. 1. Quais as alterações do novo hemograma? 2. Sabendo que o evento ocorrido está relacionado a uma hemoglobinopa- tia, qual o melhor exame para o diagnóstico definitivo? 3. Como explicar a diferença de hemoglobina entre o primeiro e o segundo hemograma realizados no Chile e no Brasil, respectivamente? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 21 101 hemogramas - completo rev1.indd 64 05/02/2018 14:06:17 65 Eritrograma Hemácias 4,0 milhões/mm³ Hemoglobina 12,5 g/L Hematócrito 37,7 % VCM 93,4 fL HCM 31,1 pg CHCM 33,3 g/dL RDW 13,8 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 7072 Neutrófilos 79 5586 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 1 70 Segmentados 78 5516 Eosinófilos 0 0 Basófilos 0 0 Linfócitos 13 921 Monócitos 8 565 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 253100 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 7,0 280000 Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. EOSINÓFILOS EXTRACONTAGEM. 101 hemogramas - completo rev1.indd 65 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 66 Anemia da ginecologista Apresentação do caso clínico Mulher, 46 anos, compareceu ao serviço de Emergência com história de fadi- ga, astenia progressiva, cefaleia holocraniana e episódiosde tontura que vinham progredindo em intensidade há um mês. Referia ainda, há 15 meses, sangramen- to transvaginal, com hipermenorreia e episódios de sangramento transvaginal sem correlação com ciclo menstrual. Antecedentes: G3P3A0. Negou etilismo, ta- bagismo e transfusões prévias. No interrogatório por órgãos e aparelhos, relatava perversão do apetite (amidofagia). Ao exame físico, paciente orientada, eupneica, afebril, acianótica, pálida (+2/+4), com escleras azuladas. Extremidades: discreto edema de MMII. 1. Ao analisar o hemograma, como definir a anemia? 2. Que outras alterações podem ser encontradas no hemograma? 3. O que você espera do resultado da dosagem do ferro sérico, do índice de saturação de transferrina e da ferritina, diante dos dados clínicos e das alterações do hemograma? 4. Qual é a primeira categoria etiológica a ser pesquisada para a origem da anemia ferropriva? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 22 101 hemogramas - completo rev1.indd 66 05/02/2018 14:06:18 67 Eritrograma Hemácias 3,8 milhões/mm³ Hemoglobina 8,9 g/L Hematócrito 28,3 % VCM 72,9 fL HCM 22,9 pg CHCM 31,4 g/dL RDW 16,3 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 3510 Neutrófilos 69 2422 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 1 35 Segmentados 68 2387 Eosinófilos 1 35 Basófilos 0 0 Linfócitos 22 772 Monócitos 5 176 Blastos 3 105 Plaquetograma Plaquetas 120000 /mm³ Obs.: HIPOCROMIA. MICROCITOSE ANISOCITOSE. PRESEN- ÇA DE LINFÓCITOS ATÍPICOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 67 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 68 Aranhas gástricas Apresentação do caso clínico Mulher, 84 anos, relatava episódios de melena, perda de peso e astenia im- portante. Negou história de neoplasias de TGI na família. Apresentou apenas pa- lidez no exame físico. 1. Quais achados do hemograma? 2. Qual o próximo exame mais importante a ser realizado? 3. Qual doença deve ser considerada como principal hipótese diagnóstica? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 23 101 hemogramas - completo rev1.indd 68 05/02/2018 14:06:18 69 Leucograma Hemácias 3,8 milhões/mm³ Hemoglobina 9,4 g/L Hematócrito 30,3 % VCM 78,7 fL HCM 24,4 pg CHCM 31,0 g/dL RDW 16,9 % % /mm³ Leucócitos 8700 Neutrófilos 74,9 6516 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 74,9 6516 Eosinófilos 2,4 209 Basófilos 0,1 9 Linfócitos 14,0 1218 Monócitos 8,6 748 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 373000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS MICROCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS. ANISO- CITOSE. ANISOCROMIA. 101 hemogramas - completo rev1.indd 69 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 70 Típica atipia Apresentação do caso clínico Homem, 74 anos, há cinco meses realizou gastrectomia total por adenocarci- noma gástrico. Após três dias de quimioterapia adjuvante, passou a apresentar episódios de diarreia líquida, sem sangue e sem muco por sete dias. Negou febre, calafrios, HAS, DM2 e doença prostática. Estava em uso de loperamida e capeci- tabina. Exame físico: orientado, eupneico, febril (37,9ºC), acianótico, anictérico, corado. Abdome: cicatriz cirúrgica ao nível da linha alba, plano, flácido, indolor à palpação superficial e profunda, sem hepatoesplenomegalia, Traube livre. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Como explicar o hemograma e o quadro clínico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 24 101 hemogramas - completo rev1.indd 70 05/02/2018 14:06:18 71 Eritrograma Hemácias 4,1 milhões/mm³ Hemoglobina 13,0 g/L Hematócrito 37,8 % VCM 92,0 fL HCM 31,6 pg CHCM 34,4 g/dL RDW 18,7 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 1540 Neutrófilos 16 246 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 2 31 Bastões 7 168 Segmentados 16 246 Eosinófilos 1 15 Basófilos 0 0 Linfócitos 39 600 Monócitos 35 539 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 84000 /mm³ Obs.: ANISOCITOSE. 101 hemogramas - completo rev1.indd 71 05/02/2018 14:06:18 danie Nota Adicionar: LINFÓCITOS ATÍPICOS EM TORNO DE 25%. CASO h e m o g r a m a 72 Dias febris Apresentação do caso clínico Mulher, 27 anos, há sete dias apresentando náuseas, vômitos e dor epigástri- ca de moderada intensidade. No terceiro dia de sintomas, referiu artralgia, febre de 38,0ºC sem calafrios e presença de mialgia. PA de 140/90 mmHg, pulso de 72 bpm, temperatura de 36,0ºC, SATO2 98%. Pele: exantema maculopapular. Abdo- me: plano, flácido, doloroso à palpação profunda na região epigástrica e fossa ilíaca esquerda, discreta hepatomegalia, sem esplenomegalia, Traube livre. Ao exame físico, apresentava-se orientada, eupneica, apática, afebril, acianótica, anictérica e corada. Exames: AST, ALT, FA e GGT aumentadas, bilirrubina total e frações normais. USG de abdome revelou discreta hepatomegalia homogênea. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Diante do quadro clínico-laboratorial e do hemograma, quais as possí- veis hipóteses? 3. Foi realizada a dosagem de um componente associado à doença da pa- ciente no terceiro dia de sintomas. Que exame foi solicitado? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 25 101 hemogramas - completo rev1.indd 72 05/02/2018 14:06:18 73 Eritrograma Hemácias 4,8 milhões/mm³ Hemoglobina 12,7 g/L Hematócrito 39,1 % VCM 80,3 fL HCM 26,1 pg CHCM 32,5 g/dL RDW 15,8 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 2619 Neutrófilos 47 1242 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 1 27 Segmentados 46 1215 Eosinófilos 1 27 Basófilos 0 0 Linfócitos 43 1134 Monócitos 8 216 Plaquetograma Plaquetas 100000 /mm³ Obs.: ANISOCITOSE. PRESENÇA DE RAROS LINFÓCITOS ATÍPICOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 73 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 74 As mil e uma hemoglobinas Apresentação do caso clínico Homem, 28 anos, referiu histórico de palidez e adinamia desde a infância, asso- ciado a episódios de artralgia. Relatou vários internamentos pelo quadro álgico. Antecedentes: dois irmãos com história de “anemia falciforme”. Ao exame físico, encontrava-se eupneico, afebril, acianótico, anictérico, pálido (+2/+4). Coração: sopro sistólico mais audível em foco aórtico (+2/+4). Traube livre. Extremidades: cicatrizes maleolares em MMII, sem edema. 1. Quais as principais alterações do hemograma? 2. Quais os possíveis diagnósticos? 3. Que exame solicitar para confirmar o diagnóstico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 26 101 hemogramas - completo rev1.indd 74 05/02/2018 14:06:18 75 Eritrograma Hemácias 2,9 milhões/mm³ Hemoglobina 8,0 g/L Hematócrito 23,2 % VCM 78,9 fL HCM 27,4 pg CHCM 34,7 g/dL RDW 21,7 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 7900 Neutrófilos 39 3081 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 1 79 Bastões 1 79 Segmentados 37 2923 Eosinófilos 2 158 Basófilos 1 79 Linfócitos 51 4029 Monócitos 7 553 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 475000 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 8,1 234900 Obs.: ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. MICROCITOSE. HEMÁCIAS EM ALVO. POIQUILOCITOSE. POLICROMA- SIA. PRESENÇA DE DREPANÓCITOS. PRESENÇA DE 1 ERITROBLASTO EM 100 LEUCÓCITOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 75 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 76 α ou β? Apresentação do caso clínico Mulher, 32 anos, com história de palidez e episódios de icterícia desde a in- fância. Antecedentes de colecistectomia aos 31 anos de idade. Ao exame físico, encontrava-se orientada, eupneica, afebril, ictérica (+2/+4), pálida (+3/+4). Ab- dome: cicatriz cirúrgica em hipocôndrio direito. Baço palpável a nível do RCE, Traube ocupado. 1. Quais são as alterações do hemograma? 2. Com os dados clínicos e as alterações do hemograma, que exames labora- toriais devem ser solicitados para esclarecimento diagnóstico? 3. Qual é o diagnóstico mais provável? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 27 101 hemogramas - completo rev1.indd 76 05/02/2018 14:06:18 77 Eritrograma Hemácias 4,1 milhões/mm³ Hemoglobina 6,7 g/L Hematócrito 24,9 % VCM 60,4 fL HCM 16,4 pg CHCM27,2 g/dL RDW 23,2 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 6478 Neutrófilos 62 4016 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 62 4016 Eosinófilos 0 0 Basófilos 1 64 Linfócitos 28 1815 Monócitos 9 583 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 285400 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 12,8 524800 Obs.: POIQUILOCITOSE. ANISOCITOSE. POLICROMASIA. PRESENÇA DE HEMÁCIAS EM ALVO. LINFÓCITOS SEM ATIPIAS. EOSINÓFILOS EXTRACONTAGEM. 101 hemogramas - completo rev1.indd 77 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 78 Escleras azuis, sangue pálido Apresentação do caso clínico Mulher, 40 anos, engenheira civil, procurou serviço de referência em Hema- tologia com queixa de “anemia”. Referiu que há dois meses foi realizar exames admissionais para concurso, nos quais a anemia foi evidenciada. Relatou ter re- alizado cirurgia bariátrica há 18 meses. Sem comorbidades, negou tabagismo e etilismo, não fazia uso de medicamentos e tinha ciclos menstruais regulares (cerca de cinco dias de fluxo), sem presença de coágulos. Queixava-se de astenia e perda de 37,0 kg em consequência da cirurgia. No exame físico, encontrava-se eupneica, afebril, anictérica e pálida (+3/+4). Escleras azuladas. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Que hipóteses diagnósticas podem ser levantadas? 3. Que exames laboratoriais devem ser solicitados para confirmação do diagnóstico? 4. Qual é a via de reposição preferencial de componente deficitário? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 28 101 hemogramas - completo rev1.indd 78 05/02/2018 14:06:18 79 Eritrograma Hemácias 3,7 milhões/mm³ Hemoglobina 6,8 g/L Hematócrito 24,3 % VCM 65,5 fL HCM 18,3 pg CHCM 27,9 g/dL RDW 17,2 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 5430 Neutrófilos 63,1 3430 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 63,1 3430 Eosinófilos 1,2 70 Basófilos 0,7 40 Linfócitos 30,7 1660 Monócitos 4,3 230 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 312000 /mm³ Obs.: ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS: 77,5%. HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 25,4%. 101 hemogramas - completo rev1.indd 79 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 80 Palidez à portuguesa Apresentação do caso clínico Mulher, 20 anos, com história de palidez desde a infância, por diversas vezes procurou assistência médica, tendo realizado vários hemogramas. Fez reposição de ferro oral por tempo prolongado, mas persistia pálida e astênica. Negou al- teração do fluxo menstrual e icterícia. Antecedentes: avó de descendência por- tuguesa. Ao exame físico, apresentava apenas discreta palidez, sem icterícia e hepatoesplenomegalia. Traube livre. 1. Quais as alterações dos exames laboratoriais? 2. Com base nos dados clínicos acima e no hemograma, deve-se pensar em que hipótese diagnóstica? 3. Que exame laboratorial confirma o diagnóstico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 29 101 hemogramas - completo rev1.indd 80 05/02/2018 14:06:18 81 Eritrograma Hemácias 5,9 milhões/mm³ Hemoglobina 10,6 g/L Hematócrito 37,3 % VCM 62,5 fL HCM 17,9 pg CHCM 28,6 g/dL RDW 13,9 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 8398 Neutrófilos 71 5962 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 1 83 Segmentados 70 5878 Eosinófilos 1 83 Basófilos 0 0 Linfócitos 21 1767 Monócitos 7 587 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 255200 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 2,9 171100 Obs.: MICROCITOSE. HIPOCROMIA. POIQUILOCITOSE. PRESENÇA DE HEMÁCIAS EM ALVO. 101 hemogramas - completo rev1.indd 81 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 82 Olhar suspeito Apresentação do caso clínico Homem, 39 anos, acompanhado no serviço de Gastroenterologia devido à hepatite crônica por vírus C e litíase biliar com colecistectomia prévia. Foi enca- minhado à Hematologia por apresentar reticulocitose e aumento de bilirrubina indireta, sem anemia. Antecedentes: pais consanguíneos; mãe e prima com his- tórico de litíase biliar; realizou transfusão sanguínea na infância. Exame físico: paciente ictérico (+1/+4), sem hepatoesplenomegalia palpável, Traube ocupado. 1. Quais dados da história clínica e dos exames laboratoriais falam a favor de hemólise? 2. Baseado no histórico do paciente, seu quadro hemolítico seria constitu- cional ou adquirido? Por quê? 3. O hematologista, devido a sua suspeita diagnóstica, solicitou uma revisão da hematoscopia. O que deve ser feito para confirmar a etiologia da hemólise? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 30 101 hemogramas - completo rev1.indd 82 05/02/2018 14:06:18 83 Eritrograma Hemácias 4,3 milhões/mm³ Hemoglobina 13,7 g/L Hematócrito 41,1 % VCM 95,6 fL HCM 31,9 pg CHCM 33,4 g/dL RDW 14,8 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 6403 Neutrófilos 66 4225 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 3 192 Segmentados 63 4033 Eosinófilos 1 64 Basófilos 0 0 Linfócitos 26 1666 Monócitos 7 448 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 206300 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 5,3 227900 Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 83 05/02/2018 14:06:18 CASO h e m o g r a m a 84 Efeito borboleta Apresentação do caso clínico Mulher, 49 anos, há três meses apresenta palidez, adinamia, astenia progres- siva e artralgia. Há um mês notou escleras amareladas, aftas indolores em ca- vidade oral, alopécia e cicatriz atrófica no couro cabeludo e no dorso do nariz. Ao exame físico, apresentava-se afebril, taquicárdica (110 bpm), pálida (+3/+4) e ictérica (+2/+4). Abdome: esplenomegalia a 3,0 cm abaixo do RCE. Sem hepato- megalia. Exames: ECG com alternância de amplitude de QRS, VDRL 1:4. 1. Quais as alterações no hemograma? 2. Sabendo que a contagem de reticulócitos está elevada, qual exame, dian- te da constatação de sinais e sintomas da paciente, deve ser solicitado obrigatoriamente para definir que tipo de hemólise está em questão? 3. Cite quatro exames laboratoriais imprescindíveis para selar o diagnóstico. 4. Sabendo que, dos exames laboratorias solicitados na questão anterior, três foram positivos e um consumido, qual o diagnóstico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 31 101 hemogramas - completo rev1.indd 84 05/02/2018 14:06:18 85 Eritrograma Hemácias 1,1 milhões/mm³ Hemoglobina 4,6 g/L Hematócrito 15,5 % VCM 134,2 fL HCM 40,0 pg CHCM 29,8 g/dL RDW 15,9 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 3520 Neutrófilos 64,0 2256 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 64,0 2256 Eosinófilos 1,7 59 Basófilos 0,9 31 Linfócitos 29,2 1030 Monócitos 4,1 144 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 268000 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 17,9 196900 Obs.: HEMÁCIAS MACROCÍTICAS: 69,7%. HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS: 43,2%. 101 hemogramas - completo rev1.indd 85 05/02/2018 14:06:19 CASO h e m o g r a m a 86 A vegana engana Apresentação do caso clínico Mulher, 42 anos, vegana, encaminhada da UBS ao serviço de Clínica Médica de hospital terciário por relatar história, há quatro meses, de palidez, astenia, adinamia, dispneia aos moderados esforços, episódios de fezes pastosas, ano- rexia e perda de peso (5,0 kg nos últimos três meses). Antecedentes: enxaquecas frequentes, fazendo uso de dipirona e paracetamol. Sinais vitais: Pulso: 120 bpm; PA: 100x60 mmHg; FR: 18 irpm; T: 36,0ºC. Paciente orientada, eupneica, afebril, acianótica, anictérica, pálida (+4/+4), taquicárdica. Coração: discreto sopro aór- tico ejetivo (+2/+6); FC: 120 bpm. Neurológico: paciente orientada no tempo e no espaço, bastante ansiosa. 1. Quais as principais alterações do hemograma? 2. Qual índice do eritrograma mais direciona a investigação diagnóstica? 3. A EGD é indicada? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 32 101 hemogramas - completo rev1.indd 86 05/02/2018 14:06:19 87 Eritrograma Hemácias 1,3 milhões/mm³ Hemoglobina 4,9 g/L Hematócrito 15,4 % VCM 115,8 fL HCM 36,8 pg CHCM 31,8 g/dL RDW 28,5 % Leucograma% /mm³ Leucócitos 9110 Neutrófilos 56,3 5128 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 56,3 5128 Eosinófilos 3,3 300 Basófilos 0,8 72 Linfócitos 34,5 3146 Monócitos 5,1 464 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 242000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS MACROCÍTICAS: 50%. HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 8,6%. HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS: 13,1%. ANISOCITOSE. POLIQUILOCITOSE. POLICROMASIA. PRESENÇA DE 1 ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO EM 100 LEUCÓCITOS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 87 05/02/2018 14:06:19 CASO h e m o g r a m a 88 Sem delongas Apresentação do caso clínico Mulher, 38 anos, relatou episódios de artralgia e infecções respiratórias de repe- tição desde a infância. Por várias vezes, procurou a emergência devido a episódios frequentes de artralgia. História familiar: pai, irmãos e sobrinhos diagnosticados com “anemia falciforme”. Ao exame físico, apresentou discreta palidez (+1/+4) e icterícia (+1/+4). Abdome: plano, flácido, sem hepatoesplenomegalia. Traube livre. 1. Quais as alterações do hemograma? Baseando-se nelas, qual o possível diagnóstico? 2. Como confirmar o diagnóstico? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 33 101 hemogramas - completo rev1.indd 88 05/02/2018 14:06:19 89 Eritrograma Hemácias 3,3 milhões/mm³ Hemoglobina 10,3 g/L Hematócrito 30,7 % VCM 92,3 fL HCM 31,0 pg CHCM 33,6 g/dL RDW 14,4 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 18870 Neutrófilos 81,4 15373 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 81,4 15373 Eosinófilos 0,1 28 Basófilos 0,7 144 Linfócitos 13,7 2601 Monócitos 3,8 724 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 674500 /mm³ Contagem de Reticulócitos % /mm³ 3,5 115500 Obs.: POIQUILOCITOSE. PRESENÇA DE HEMÁCIAS EM ALVO. PRESENÇA DE DREPANÓCITOS. NEUTRÓFILOS SEM SINAIS DEGENERATIVOS. LINFÓCITOS SEM ATIPIAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 89 05/02/2018 14:06:19 CASO h e m o g r a m a 90 Time reserva Apresentação do caso clínico Homem, 45 anos, esplenectomizado há três dias por uma ruptura traumática de baço, devido a acidente automobilístico. Observe o hemograma e responda: 1. Quais as alterações do hemograma secundárias à esplenectomia? 2. Dessas alterações, quais devem desaparecer no pós-operatório tardio? 3. Que profilaxia deve ser enfatizada nesse caso? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 34 101 hemogramas - completo rev1.indd 90 05/02/2018 14:06:19 91 Eritrograma Hemácias 5,5 milhões/mm³ Hemoglobina 14,3 g/L Hematócrito 43,5 % VCM 88,4 fL HCM 28,9 pg CHCM 34,4 g/dL RDW 13,6 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 13000 Neutrófilos 70 9100 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 70 9100 Eosinófilos 1 130 Basófilos 0 0 Linfócitos 20 2600 Monócitos 9 1210 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 900000 /mm³ Obs.: PRESENÇA DE CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY. 101 hemogramas - completo rev1.indd 91 05/02/2018 14:06:19 CASO h e m o g r a m a 92 Linfocitose na Terceira Idade Apresentação do caso clínico Mulher, 78 anos, encaminhada para o setor de Clínica Médica de hospital ter- ciário para investigação de alterações hematológicas. Queixava-se apenas de astenia e adinamia há um mês. 1. Qual alteração do leucograma chama mais atenção? 2. Nessa faixa etária, qual a condição que melhor explica os achados da pa- ciente? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 35 101 hemogramas - completo rev1.indd 92 05/02/2018 14:06:19 93 Eritrograma Hemácias 2,8 milhões/mm³ Hemoglobina 8,4 g/L Hematócrito 27,4 % VCM 97,9 fL HCM 30,0 pg CHCM 30,7 g/dL RDW 19,9 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 51120 Neutrófilos 15 7668 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 15 7668 Eosinófilos 1 511 Basófilos 0 0 Linfócitos 83 42430 Monócitos 1 511 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 103000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS ANISOCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 93 05/02/2018 14:06:19 CASO h e m o g r a m a 94 Preste atenção na prescrição Apresentação do caso clínico Mulher, 32 anos, internada na UTI por insuficiência respiratória aguda as- sociada a SIDA. Estava em tratamento empírico para pneumocistose com sul- fametoxazol-trimetoprima (SMX-TMP) e ácido folínico. Medicamentos em uso: vancomicina, meropenem e prednisona. Evoluiu com importantes alterações no hemograma. 1. Descreva o hemograma. 2. Qual dos fármacos pode ser responsável pelas alterações hematológicas? 3. Que outro medicamento relacionado a SMX-TMP está associado à mete- moglobinemia? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 36 101 hemogramas - completo rev1.indd 94 05/02/2018 14:06:19 95 Eritrograma Hemácias 2,1 milhões/mm³ Hemoglobina 5,9 g/L Hematócrito 17,0 % VCM 79,8 fL HCM 27,7 pg CHCM 34,7 g/dL RDW 15,1 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 200 Neutrófilos 42,6 85 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 42,6 85 Eosinófilos 1,8 3 Basófilos 0,6 1 Linfócitos 44,7 91 Monócitos 10,3 20 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 26000 /mm³ Obs.: HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS. 101 hemogramas - completo rev1.indd 95 05/02/2018 14:06:19 CASO h e m o g r a m a 96 Calazar ou não calazar? Eis a questão! Apresentação do caso clínico Homem, 24 anos, admitido na Hematologia para investigação de pancitope- nia febril. Vinha encaminhado de área endêmica de leishmaniose visceral. Re- latou que há três semanas evoluiu com pródromo gripal associado a dor abdo- minal difusa, dor torácica, evacuações diarreicas e urina “escurecida”. Relatou também disfagia desde o início dos sintomas. 1. Descreva o hemograma. 2. Sabe-se que o Coombs direto foi não reagente, a vitamina B12 normal, LDH elevada (2000 U/L), haptoglobina consumida, hemoglobinúria (2+/4+) e aspirado medular com hiperplasia eritroide. Solicitou-se D-dímero para avaliar o risco de trombose. Diante do caso, a conduta foi adequada? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 37 101 hemogramas - completo rev1.indd 96 05/02/2018 14:06:19 97 Eritrograma Hemácias 2,2 milhões/mm³ Hemoglobina 7,0 g/L Hematócrito 24,4 % VCM 107,0 fL HCM 30,7 pg CHCM 28,7 g/dL RDW 21,0 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 800 Neutrófilos 55,2 441 Promielócitos 0 0 Mielócitos 0 0 Metamielócitos 0 0 Bastões 0 0 Segmentados 55,2 441 Eosinófilos 1,9 15 Basófilos 0,2 9 Linfócitos 37,6 303 Monócitos 4,1 32 Blastos 0 0 Plaquetograma Plaquetas 19000 /mm³ Obs.: ANISOCITOSE. HIPOCROMIA. MACROCITOSE. 101 hemogramas - completo rev1.indd 97 05/02/2018 14:06:19 CASO h e m o g r a m a 98 Te inibe! Apresentação do caso clínico Homem, 48 anos, há oito meses evoluindo com aumento de volume abdominal e, nos últimos três meses, com plenitude gástrica e episódios de sudorese, hipo- rexia e perda de 3,0 kg. No exame físico, apresentava-se orientado, eupneico, afe- bril, acianótico e pálido (+1/+4). Abdome assimétrico, discreto abaulamento a nível de hipocôndrio e de flanco esquerdos, doloroso à palpação profunda no hipocôn- drio esquerdo e acentuada esplenomegalia. Traube ocupado. Sem hepatomegalia. 1. Quais as alterações do hemograma? 2. Diante dos achados clínicos e do hemograma, em que doença hematoló- gica deve-se pensar? 3. Como confirmar o diagnóstico sugerido? 4. Qual terapia-alvo modificou o tratamento da doença? QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO ? 38 101 hemogramas - completo rev1.indd 98 05/02/2018 14:06:19 99 Eritrograma Hemácias 4,3 milhões/mm³ Hemoglobina 11,0 g/L Hematócrito 35,4 % VCM 80,8 fL HCM 25,1 pg CHCM 31,1 g/dL RDW 14,2 % Leucograma % /mm³ Leucócitos 136000 Neutrófilos 78 106080 Promielócitos 3 4080 Mielócitos 14 19040 Metamielócitos 7 9520 Bastões 10 13600 Segmentados 47 63920 Eosinófilos 0 0 Basófilos 2 2720 Linfócitos 5 6800 Monócitos 8 10880 Blastos 4 5440 Plaquetograma Plaquetas 110000 /mm³ Obs.: ANISOCROMIA. HIPOCROMIA. POIQUILOCITOSE. DISCRETA POLICROMASIA. 101 hemogramas - completo
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