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Cefaleias e algia facial Miguel S Bettencourt Mateus, MD, PhD Neurologista e Neurofisiologista Professor Catedrático da FM-U.A.N Universidade Agostinho Neto Faculdade de Medicina 1 Epidemiologia e fisiopatologia das cefaleias Classificação das cefaleias Apresentação clínica das prinicpais cefaleias primárias Causas de cefaleias secundárias Abordagem terapéutica das cefaleias Sumário: 2 Que no final da aula os estudantes sejam capazes de: Identificar os principais quadros clínicos de cefaleias e orientá-los adequadamente. Objectivo Geral: 3 Que no final da aula os estudantes sejam capazes de: Descrever a epidemiologia e a classificação das cefaleias Diferenciar as cefaleias primárias das secundárias Caracterizar as manifestações clínicas dos quadros de cefaleias primárias Descrever a fisiopatologia das principais cefaleias primárias Orientar um paciente com cefaleias Objectivos específicos 4 Epidemiologia Cefaleia é um distúrbio comum, referido por 90% da população nos EUA 25% terão um ataque recorrente. 1ª causa de Consulta de Neurologia em Angola Fisiopatologia Cefaleia resulta de: Inflamação ou tracção das estruturas sensíveis a dor; Vasodilatação Contracção muscular A grande maioria das estruturas cranianas sensíveis a dor são enervadas por neurónios trigémino-vasculares Classificação das cefaleias Tipo de Cefaleias Cefaleias primárias Cefaleias secundárias Classificação Internacional das cefaleias ICHD-3 beta 2013 Cefaleias primárias 1.Enxaqueca 1.1. Enxaqueca sem aura 1.2. Enxaqueca com aura 1.2.1 Enxaqueca com aura típica 1.2.1.1 aura típica com cefaleia 1.2.1.2 aura típica sem cefaleia Classificação Internacional das cefaleias ICHD-3 beta 2013 Cefaleias primárias 1.2.2. Enxaqueca com aura do tronco cerebral 1.2.3. Enxaqueca hemiplégica 1.2.3.1 Enxaqueca hemiplégica familiar 1.2.3.1.1. Enxaqueca hemiplégica familiar tipo 1 (FHM1) 1.2.3.1.2 . Enxaqueca hemiplégica familiar tipo 2 (FHM2) 1.2.3.1.3. Enxaqueca hemiplégica familiar tipo 3 (FHM3) 1.2.3.1.4. Enxaqueca hemiplégica familiar, outros loci 1.2.3.2. Enxaqueca hemiplégica esporádica 1.2.4. Enxaqueca retiniana Classificação Internacional das cefaleias ICHD-3 beta 2013 Cefaleias primárias 1.3. Enxaqueca crónica 1.4. Complicações da enxaqueca 1.4.1. Estado de mal de enxaqueca 1.4.2. Aura persistente sem enfarte 1.4.3. Enfarte atribuído a enxaqueca 1.4.4. Crise epiléptica desencadeada por enxaqueca 1.5 Enxaqueca provável 1.6 Sindromes episódicos q podem estar associados a enxaqueca Classificação Internacional das cefaleias ICHD-3 beta 2013 Cefaleias primárias 2. Cefaleias tipo tensão 2.1 Cefaleias tipo tensão episódica pouco frequente 2.1.1 Cefaleias tipo tensão episódica pouco frequente associada a dor pericraniana 2.1.2 Cefaleias tipo tensão episódica pouco frequente não associada a dor pericraniana 2.2 Cefaleia tipo tensão episódica frequente 2.2.1 Cefaleias tipo tensão episódica frequente associada a dor pericraniana 2.2.2 Cefaleias tipo tensão episódica frequente não associada a dor pericraniana Classificação Internacional das cefaleias ICHD-3 beta 2013 Cefaleias primárias 2.3 Cefaleia tipo tensão crónica 2.3.1 Cefaleias tipo tensão crónica associada a dor pericraniana 2.3.2 Cefaleias tipo tensão crónica não associada a dor pericraniana 2.4 Cefaleia tipo tensão provável 2.4.1 Cefaleias tipo tensão episódica pouco frequente, provável 2.4.2 Cefaleias tipo tensão episódica frequente, provável 2.4.3 Cefaleias tipo tensão crónica, provável Classificação Internacional das cefaleias ICHD-3 beta 2013 Cefaleias primárias 3. Cefaleias trigémino-autonómicas 3.1 Cefaleias em salva 3.1.1 Cefaleias em salva episódicas 3.1.2 Cefaleias em salva crónicas 3.2 Hemicrania paroxística 3.2.1 Hemicrania paroxística episódica 3.2.2 Hemicranian paroxística crónica 3.3 Crises de cefaleias neuralgeniformes, unilateral, de curta duração Classificação Internacional das cefaleias ICHD-3 beta 2013 Cefaleias primárias 4. Outras cefaleias primárias 4.1 Cefaleia primária da tosse 4.2 Cefaleia primária do exercício 4.3 Cefaleia primária associada a actividade sexual 4.4 Cefaleia explosiva primária 4.5 Cefaleia por estímulo frio 4.6 cefaleia por pressão externa Cefaleias secundárias Meningite Sinusite Ocular HTA Hemorragia sub-aracnoidea Tumor cerebral Hipotensão intracraniana Arterite de células gigantes Avaliação do paciente com cefaleias História clínica adequada Exame objectivo Exame Neurológico Avaliação do paciente com cefaleias Perfil temporal da dor Características Intensidade e impacto Avaliação do paciente com cefaleias Factores que influenciam Sintomas acompanhantes Terapêuticas anteriores Sinais de Alarme Súbita após esforço Cefaleia “de novo” No idoso Sinais de Alarme Com Neoplasia ou Imunodeficiência História de traumatismo Doente anticoagulado ou com discrasia sanguínea Associadas a febre e outros sintomas de dça SNC Enxaqueca Cefaleia episódica, períodos de dor de 4 a 72 h Pulsátil, unilateral (muda de lado) Acampanhada por Foto e fonofobia Náuseas e vómitos Sintomas Neurológicos transitórios Etiopatogenia da enxaqueca Componente hereditário Factores centrais e periféricos Activação do tronco cerebral (subs cinzenta periaquedutal e núcleo aminérgico) Estimulação do núcelo sensitivo do N. trigêmio (vasodilatação, libertação neurotransmissores nociceptivos) Terapéutica Das crises AINS Triptanos (Almotriptano, naratriptano, rizatriptano, sumatriptano, zolmitriptano) Tartarato de ergotamina Preventiva Bloqueadores beta adrenérgicos (propranolol, timolol) Inibidores de canal de cálcio antidepressivos Cefaleia de Tensão Dor tipo peso ou aperto, bilateral Frontal, temporal ou occipital Muito frequente Desencadeada por stress, posturas viciadas Pode ser episódica ou crônica Patogenia; factores musculares e centrais Terapêutica: preventiva, inclui antidepres. Neuralgia do Trigémeo Causa mais comum de algia facial Afecta 3/100.000, > 40 anos Dor unilateral, envolve 2ª e 3ª divisão do Nervo Pode desencadear-se por tacto ou movimentos da face, frio, mastigação. TC ou R. Magnética deve ser realizada Terapêutica: Anti-epiléticos Tratamento cirúrgico (descompressão microvascular) Conclusões As cefaleias constituem um grupo diversificado de entidades patológicas com abordagens diferentes A abordagem do paciente com cefaleias deve implicar uma anamnese e exame neurológico cuidados
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