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MÓDULO – A 05
CONCLUSÃO DO TEXTO 
DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
Instrução: Leia o texto para responder às questões 01 e 02.
 A tecnologia tem mudado a configuração do mundo 
e como as pessoas se relacionam com ele nos mais 
diversos setores, inclusive da saúde. O que poderia 
ser mais um fator para distanciar médicos e pacientes 
está, porém, revolucionando esse relacionamento, 
notadamente no que se refere ao uso da Internet. 
É incontestável que ferramentas como WhatsApp e 
Skype, bem como o contato via e-mail, estão servindo 
para aproximar médico e paciente, o qual se sente mais 
bem assistido durante a fase pós-consulta. Não obstante, 
é necessário garantir a segurança das informações e o 
sigilo dos dados nessa forma de comunicação.
 Nesse contexto, uma modalidade que tem crescido 
no Brasil é a Telemedicina, em razão da má distribuição 
de profissionais médicos nas regiões mais distantes, em 
especial no Norte e no Nordeste do país. Já há algum 
tempo, centros de excelência hospitalar, como o Albert 
Einstein, conseguem levar a expertise do médico a locais 
em que a falta de especialistas poderia trazer prejuízos 
indeléveis aos pacientes. É o caso do hospital na cidade 
de Floriano, no interior do Piauí, que atende pelo SUS e 
está conectado ao Albert Einstein a uma distância física 
de 2 500 quilômetros.
 A plataforma TelessaúdeRS é um outro exemplo de 
Telemedicina que funciona em nosso país. O projeto é 
voltado aos profissionais da atenção primária ou básica 
de saúde – médicos, enfermeiros, odontólogos, técnicos 
de enfermagem, técnicos e auxiliares em saúde bucal, 
agentes comunitários de saúde –, com TeleConsultoria, 
Teleducação e TeleDiagnóstico.
 O objetivo é qualificar o atendimento à comunidade e 
aumentar a resolutividade dos diagnósticos nos postos de 
saúde e Unidades Básicas de Saúde. E tem apresentado 
resultados bastante satisfatórios, com redução de 60% 
nas filas de espera por consulta por especialistas, segundo 
dados fornecidos pela UFRS. Para se ilustrar a importância 
de implantação da telemedicina na saúde pública, um dos 
programas do TelessaúdeRS, Respiranet, possibilitou a 
realização de 600 espirometrias por mês. Anteriormente, 
eram realizadas 200 por ano. Trata-se de um importante 
exame para diagnóstico de doenças respiratórias.
FRANCO, Sandra. Telemedicina: uma nova medicina nasce da 
tecnologia. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br>. 
Acesso em: maio 2019 (Adaptação).
01. (EBMSP–2019) Com base nas informações do texto, é 
correto concluir que
A) o uso dos avanços tecnológicos, sobretudo da 
Internet, interfere, de forma inconsistente, no 
contexto da medicina, pois nem todos os pacientes 
têm acesso ao mundo virtual.
B) o emprego de modernas tecnologias da informação 
e comunicação tem crescido no Brasil devido 
a uma distribuição desequilibrada de médicos, 
principalmente em regiões longínquas.
C) os profissionais de saúde têm a obrigação de manter 
contato online regularmente, ainda que de forma 
sigilosa, com aqueles que assistem, para favorecer o 
acompanhamento pós-consulta.
D) o projeto TelessaúdeRS é voltado exclusivamente 
aos especialistas da atenção básica, o que dificulta 
a expansão desse trabalho para outros setores, bem 
como para as diversas localidades brasileiras.
E) a importância de implantação da Telemedicina na 
saúde pública, na Região Norte do país, tem sido 
ineficiente em razão da dificuldade que se tem ao 
acesso de ferramentas indispensáveis para o sucesso 
de tal projeto.
02. (EBMSP–2019) Considerando-se os recursos linguísticos 
usados no texto, está correto o que se afirma em:
A) A locução “não obstante”, em “Não obstante, é 
necessário garantir a segurança das informações” 
pode ser substituída, sem alteração de sentido, por 
“contudo”.
B) A palavra “expertise”, em “conseguem levar a 
expertise do médico a locais’’, tem o mesmo valor 
semântico de esperteza.
C) As palavras destacadas em “a falta de especialistas 
poderia trazer prejuízos indeléveis aos pacientes” são 
acentuadas pela mesma razão.
D) O verbo “qualificar”, em “O objetivo é qualificar o 
atendimento à comunidade”, quanto à transitividade, 
classifica-se como bitransitivo.
E) O vocábulo “respiratórias”, em “exame para 
diagnóstico de doenças respiratórias”, é polissílabo, 
já que possui seis sílabas.
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PORTUGUESA
LÍNGUA
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03. (EBMSP–2017) Para um professor de Medicina, como é 
o meu caso, trazer o médico de volta ao que realmente 
importa – o paciente – é um desafio diário. Mas o cinema 
tem-se mostrado um recurso eficaz para promover essa 
reflexão. Lembro-me de uma ocasião, em um congresso 
de universitários, quando projetávamos a cena da batalha 
em O Último Samurai. Aqueles homens medievais, 
valentes, enfrentam as modernas metralhadoras, com a 
coragem e a espada. A atitude de servir e chegar até o 
fim, que parece ser a motivação dos samurais, arranca 
do inimigo o reconhecimento, a veneração e até a vitória 
moral. Quando acabou a conferência e os comentários 
das cenas, antes de sair, um aluno veio até a frente, me 
segurou pelo braço e me disse com os olhos brilhando: 
“Professor, eu quero ser um samurai!”. O cinema é 
também um modo de entender, de exprimir aquilo que 
a racionalidade levaria muito tempo para explicitar, e 
acabaria resultando até enfadonho. Vale esclarecer que a 
educação através da estética, que atinge as emoções e a 
sensibilidade, não é uma tentativa de apoiar a educação 
do jovem na emotividade. Trata-se de suscitar uma 
reflexão sobre valores e atitudes. É possível incorporar um 
conhecimento técnico ou mesmo treinar uma habilidade 
sem refletir sobre eles; mas é impossível adquirir 
valores, progredir em virtudes, incorporar atitudes, sem 
um prévio processo de reflexão. Esse processo requer 
tato, habilidade, evitar precipitações, promovendo um 
aprendizado que respeite, de alguma maneira, o ritmo 
quase fisiológico da emotividade. Não se pode obrigar a 
ninguém a sentir o que não sente. Pode-se simplesmente 
mostrar, e o tempo e a reflexão sobre as emoções se 
encarregarão de aprimorar o paladar afetivo. 
BLASCO, Pablo González. A sétima arte e humanização da 
Medicina. Disponível em: <http://www. cremesp.org.br/ 
?siteAcao=Revista&id=893>. Acesso em: fev. 2017 
(Adaptação).
Para o articulista, a formação do futuro médico através 
da estética tem como objetivo
A) estimular o hábito de servir ao próximo com 
dedicação, reverência e respeito à diversidade, sendo 
sempre sensível ao sofrimento do outro.
B) desenvolver a prática da reflexão para que se 
adquiram valores e se incorporem atitudes que 
promovam o exercício de virtudes ao longo do 
processo formativo desse profissional.
C) garantir a humanização nas relações cotidianas, 
permitindo que a emotividade conduza a aquisição dos 
conhecimentos necessários à sua atuação posterior.
D) esclarecer temas e conteúdos que a racionalidade 
não dá conta nem fornece explicação plausível para 
o esclarecimento de possíveis dúvidas.
E) tornar menos enfadonha a aprendizagem de algum 
assunto específico ou o treinamento de habilidades 
em alguma área do saber caracterizado pela razão.
Instrução: Leia o texto para responder às questões 04 e 05.
 O referencial teórico herdado do modelo organizador 
da Educação Especial colocou, no passado, uma forte 
orientação nas tecnologias como suporte à ação médica 
e à reabilitação. A ação terapêutica colocava a ênfase na 
doença e nas estratégias de minimização de problemas 
decorrentes da incapacidade.
 Encontramos um entendimento do papel inclusivo 
dessas tecnologias na síntese feita pelo Prof. Antônio 
Nunes Barbosa Filho (NEAR / UFPE), que define a 
“Tecnologia Adaptada como aquela que é desenvolvida e 
orientada para buscar propiciar ao portador de deficiência 
plena autonomia às suas atividades quotidianas, sejam 
domésticas ou profissionais”.
 A lista de discussão eletrônica da Oficina de EducaçãoInclusiva proporcionou várias possibilidades de um 
novo entendimento do papel da tecnologia assistiva, 
remetendo-a para “uma nova lógica”: a da inclusão, 
da saúde, da possibilidade e da potencialidade. Segundo 
Rita Bersh, “A reabilitação só tem sentido se orientada à 
vida independente e à inclusão. Para os profissionais da 
saúde / reabilitação, a inclusão está exigindo uma 
revisão de conceitos e práticas, que parte da valorização 
do sujeito, que não é o paciente, e sim o ator de sua 
reabilitação e, além disso, parte de seu potencial funcional 
e não de sua deficiência, explorando as potencialidades 
do indivíduo, de valorização de seus desejos e de suas 
habilidades, da saúde e da expectativa positiva”.
 A nova nomenclatura de tecnologias assistivas 
aposta em categorização baseada numa abordagem 
funcional. Descreve-se uma modalidade de recurso que 
parte da deficiência e não das dificuldades funcionais 
dela advindas. Algumas modalidades de tecnologias 
assistivas poderão ser, entre outras, os recursos de 
comunicação suplementar e alternativa; de acessibilidade 
ao computador; de mobilidade; para adequação postural; 
para acessibilidade e para adaptação de veículos; órteses 
e próteses.
PINTO, Pedro. Tecnologia assistiva no Brasil. 
Disponível em: <http://www.cnotinfor.pt/inclusiva/ 
pdf/Tecnologias_assistivas_Br_pt.pdf>. 
Acesso em: 19 set. 2012 (Adaptação).
04. (EBMSP) Assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F, 
as falsas.
De acordo com o texto, a tecnologia assistiva
( ) teve, em relação ao passado, seu papel ressignificado.
( ) visa a uma melhor qualidade de vida para seus 
usuários.
( ) pressupõe o desenvolvimento das potencialidades de 
cada um.
( ) objetiva a autonomia das pessoas que dela necessitam 
por tempo determinado ou definitivamente.
( ) amplia as habilidades funcionais dos que se 
apresentam com algum tipo de deficiência permanente 
ou não.
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A alternativa que contém a sequência correta, de cima 
para baixo, é a:
A) V V V V V.
B) V F F V F.
C) V F V F V.
D) F V F V F.
E) F V V F V.
05. (EBMSP) A leitura do texto permite afirmar que a 
humanidade
A) dispõe de novas tecnologias de apoio, o que, de um 
lado, facilita a vida de uns e, de outro, inviabiliza 
qualquer tipo de atitude discriminatória dos demais.
B) vive, hoje em dia, uma era marcada pela busca de 
inclusão, de igualdade de oportunidades e de uma 
melhor qualidade de vida.
C) tem a seu alcance os resultados de uma nova revolução 
tecnocientífica, que está voltada unicamente para o 
bem comum universal.
D) demonstra, na atualidade, total aceitação dos usuários 
da tecnologia adaptada, em quaisquer situações em 
que eles se encontrem.
E) conta com uma aparelhagem altamente sofisticada e 
capaz de solucionar todos os seus problemas.
06. (EBMSP)
Medicina paliativa e qualidade de vida
 O grande desenvolvimento da Medicina nas últimas 
décadas do século XX, junto com as melhoras das 
condições de vida, tem feito com que a expectativa 
de sobrevivência do ser humano venha aumentando 
continuadamente.
 Desafortunadamente, todos os esforços da ciência 
para aumentar a quantidade da vida humana podem ser 
inutilizados, em boa parte, se a Medicina não minimizar 
o significativo prejuízo que as doenças crônicas e 
degenerativas podem produzir na qualidade da vida.
 Evitando pessoas de adoecerem, a Medicina já estaria 
cumprindo seu papel na melhoria da quantidade e da 
qualidade de vida. Porém a pergunta intrigante é: o que 
a Medicina tem feito para aqueles que adoeceram e, 
principalmente, para aqueles que não têm cura? É nesse 
ponto que aparece a Medicina Paliativa. Ao médico cumpre 
curar sempre, em não curando, aliviar sempre e, 
em não aliviando, consolar. Por incrível que possa parecer, 
tornou-se mais comum curar que aliviar. Consolar, então, 
nem se fala, embora não faltem recursos para ambos.
 Existem, infelizmente, muitas doenças e situações 
médicas cuja cura ainda não foi possível, mas, nem por isso, 
a Medicina deve se acomodar e negligenciar o muito que 
tem para ser feito. O paciente tem direito de pleitear 
sempre um alívio da dor, uma melhor qualidade de vida 
e, não obstante, uma melhor qualidade de morte.
 Segundo a Organização Mundial de Saúde, Cuidados 
Paliativos são aqueles que consistem na assistência ativa 
e integral a pacientes cuja doença não responde mais ao 
tratamento curativo, sendo o principal objetivo a garantia 
da melhor qualidade de vida, tanto para o paciente como 
para seus respectivos familiares.
 A Medicina Paliativa nasceu da necessidade de melhorar 
a qualidade de vida dos pacientes para os quais a cura 
não é mais possível e a qualidade de vida está ou estará 
em breve deteriorada. O objetivo concreto dessa área 
da saúde é aliviar os sintomas decorrentes de doenças 
degenerativas, crônicas e refratárias, favorecer o melhor 
possível as atividades do paciente, oferecer adequada 
atenção emocional e social, tanto ao paciente quanto 
à própria família.
MEDICINA paliativa e qualidade de vida. 
Disponível em: <http://virtualpsy.locaweb.com.br/ 
lindex.php?art=238&sec=35>. 
Acesso em: 05 out. 2011 (Adaptação).
É impossível comprovar no texto o que sobre ele se 
afirma em:
A) A manutenção da saúde da pessoa, uma das mais 
importantes dimensões da qualidade de vida, sempre 
foi o foco principal da atividade médica, o que não 
isenta o profissional de Medicina de adequar-se ao 
próprio ser humano, mostrando-se sensível às suas 
angústias, a seu sofrimento.
B) A busca do melhor para o paciente que não responde 
mais ao tratamento curativo deve ser constante e 
efetiva, a fim de que sua qualidade de vida seja 
mantida no nível mais alto possível e seus familiares 
se sintam confortados, recebendo também especial 
atenção do médico.
C) O médico, com o avanço da Medicina, chega ao 
diagnóstico da doença do seu paciente, pressupõe-se, 
por meio do suporte técnico e do científico, mas nem 
sempre atenta para a individualidade do doente, o 
que também é significativo para sua cura.
D) A função do médico em relação ao paciente com 
doenças que limitam sua qualidade de vida não deve 
restringir-se simplesmente ao aspecto farmacológico, 
mas abranger, inclusive, o psicológico, o social, 
o ético, o religioso, o familiar, dentre outros.
E) A fase paliativa de um doente terminal, por ser aquela 
em que o pessimismo assume o lugar da esperança, 
é a que prescinde de maior atenção à qualidade de 
vida do paciente, por ele já se encontrar em estado 
precário e irreversível.
07. (EBMSP–2019) 
Texto I
 O amor é um sentimento que está presente no âmago 
de cada ser e se manifesta de diversas formas. Mesmo 
diante dos obstáculos naturais da existência, essa força 
maior tudo supera. 
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 Os seres humanos, na sua longa caminhada evolutiva, 
estão buscando o desenvolvimento do amor, essa energia 
latente em cada ser, que, canalizada para o bem, é 
construtiva em todas as áreas das atividades humanas. 
Pode ser o caminho da sublimação, e há inúmeros seres 
que deram exemplo de vida, evidenciando-o nos gestos 
mais simples de suas existências... 
 Sob a forma de renúncia, de doação, de abnegação, 
entre outras, é uma energia criadora capaz de vencer 
nossas limitações, impulsionando-nos à superação de 
todas as dificuldades.
ZIMERMAN, Walmor. As diversas formas de amar. 
Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br>. 
Acesso em: out. 2018 (Adaptação).
Texto II 
 Para amar de verdade, em primeiro lugar, é preciso 
amar a si mesmo. Se uma pessoa não amar a si mesma, 
nunca será capaz de amar alguém de verdade, e jamais 
alguém sentirá prazer no seu amor. O ser humano que 
não ama a si mesmo, ao se relacionar com outra pessoa, 
estará apenas fingindo amá-la. Jesus disse: “Amai o 
próximo como a ti mesmo.” 
 Mas, neste mundo, a maioriados humanos nunca é 
educada para entender que a primeira pessoa que se 
deve amar é a si mesmo! Não veem sentido nisso e se 
perguntam: “Amar a si mesmo?” Pensam que para amar 
precisam de outra pessoa. Porque não conseguem amar, 
elas têm que acreditar de alguma maneira, através da 
poesia, da canção, que amam. 
 Para que se amem, o primeiro passo é aceitar-se como 
são. A pessoa deve ser simplesmente ela mesma. 
 Aceite-se e, dentro de você, não haverá qualquer 
conflito, qualquer desamor. Tudo na natureza segue em 
harmonia, porque nenhum ser está tentando competir 
com o outro. O melhor que uma pessoa pode ser é ela 
mesma. 
 Isso é o mais perfeito amor! 
CARMO, Edson. Quem não se ama não pode amar mais 
ninguém! Disponível em: <http://edsoncarmo-amor.blogspot.
com>. Acesso em: out. 2018 (Adaptação).
Texto III
 O amor como dedicação se baseia na bondade. 
É desinteressado e há mais alegria em dar do que em 
receber. Eunoia é o amor que faz de servir sinônimo de 
amar. Trata-se de uma expressão grega que significa belo 
pensamento e indica a benevolência. É o amor do tipo 
bondade, que não se sustenta com necessidade, demanda 
ou desejo, e sim pela doação, em que servir não tem a 
intenção de ser recompensado. 
 O amor é o único tesouro que cresce à medida que é 
gasto. Essa generosidade, essa compaixão em relação 
a todos os seres vivos, exprime apenas o dom que se 
encontra no próprio fundo do ser daqueles que são 
chamados “servos”, título que é, para eles, preferível ao 
de mestre, sábio ou santo, os quais ameaçam confiná-los 
em uma imagem em que seriam idolatrados. 
 Assim, esse amor não pede favores, é espontâneo, 
não vê distância a ser percorrida nem obstáculos a serem 
transpostos para o exercício do amar. 
MOTTA, Paulo Rogério da. Eunoia, o amor-dedicação. 
Disponível em: <https://paulorogeriodamotta.com.br/eunoia-
o-amor-dedicacao/>. Acesso em: out. 2018 (Adaptação).
A partir da leitura dos textos motivadores e com base na 
reflexão que propiciam a respeito dos posicionamentos 
apresentados, produza, na norma-padrão da Língua 
Portuguesa, uma dissertação argumentativa sobre a 
importância das variadas dimensões do amor na 
existência do ser humano, fundamentando suas 
afirmativas e destacando o poder singular que esse 
sentimento possui tanto na vida pessoal quanto na 
profissional, além dos efeitos benéficos dele resultantes, 
principalmente quando espontâneo e associado ao 
suporte social, voltado para o bem-estar do outro, sem 
nada exigir em troca.
08. (EBMSP–2017)
Leia, com atenção, o tema proposto e elabore a sua 
redação, contendo entre quinze e trinta linhas. 
• Redação com menos de quinze linhas não será 
avaliada. 
• Se desejar, coloque um título para a sua redação. 
•	 Evite	utilizar	letra	de	forma,	se	assim	o	fizer,	destaque	
as letras maiúsculas. 
Será anulada a redação 
• redigida fora do tema proposto; 
• apresentada em forma de verso; 
• assinada fora do local apropriado ou com qualquer 
sinal	que	a	identifique;	
• escrita a lápis, no todo ou em parte, de forma ilegível, 
ou não articulada verbalmente; 
• redigida em folha que não seja a de Redação; 
• pré-fabricada, ou seja, que utilize texto padronizado, 
comum a vários candidatos; 
• redigida, apresentando cópia, parcial ou integral, dos 
textos desta prova. 
Textos Motivadores
Texto I
 Como não há homem sem mundo, nem mundo sem 
homem, não pode haver reflexão e ação fora da relação 
homem-realidade. Essa relação homem-realidade, 
homem-mundo, ao contrário do contato animal com 
o mundo, implica a transformação do mundo, cujo 
produto, por sua vez, condiciona ambas, ação e reflexão. 
É, portanto, através de sua experiência nessa relação 
que o homem desenvolve sua ação-reflexão, bem como 
também pode tê-las atrofiadas. Conforme se estabeleçam 
essas relações, o homem pode ou não ter condições 
objetivas para o pleno exercício da maneira humana de 
existir. 
198 Coleção 2V
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 Seu compromisso como profissional, sem dúvida, 
pode dicotomizar-se de seu compromisso original de 
homem. O compromisso, como um que fazer radical 
e totalizado, repele as racionalizações. Não posso, nas 
segundas-feiras, assumir compromisso como homem, 
para, nas terças-feiras, assumi-lo como profissional. 
Uma vez que “profissional” é atributo de homem, não 
posso, quando exercer um quê fazer atributivo, negar 
o sentido profundo do quê fazer substantivo e original. 
Quanto mais me capacito como profissional, quanto 
mais sistematizo minhas experiências, quanto mais me 
utilizo do patrimônio cultural, que é patrimônio de todos 
e ao qual todos devem servir, mais aumenta minha 
responsabilidade com os homens. Não posso, por isso 
mesmo, burocratizar meu compromisso de profissional, 
servindo, numa inversão dolosa de valores, mais aos 
meios que ao fim dos homens. Não posso me deixar 
seduzir pelas tentações míticas, entre elas a da minha 
escravidão às técnicas, que, sendo elaboradas pelos 
homens, são suas escravas e não suas senhoras. 
 Não devo julgar-me, como profissional, ”habitante” de 
um mundo estranho; mundo de técnicos e especialistas 
salvadores dos demais, donos da verdade, proprietários 
do saber, que devem ser doados aos “ignorantes e 
incapazes”. Habitantes de um gueto, de onde saio 
messianicamente para salvar os “perdidos”, que 
estão fora. Se procedido assim, não me comprometo 
verdadeiramente como profissional nem como homem. 
Simplesmente me alieno. 
 Não é possível um compromisso verdadeiro com a 
realidade, e com os homens concretos que nela e com 
ela estão, se dessa realidade e desses homens se tem 
uma consciência ingênua. Não é possível um compromisso 
autêntico se, àquele que se julga comprometido, a 
realidade se apresenta como algo dado, estático e 
imutável. Se esse olha e percebe a realidade enclausurada 
em departamentos estanques. Se não a vê e não a capta 
como uma totalidade, cujas partes se encontram em 
permanente interação. Daí sua ação não pode incidir 
sobre as partes isoladas, pensando que assim transforma 
a realidade, mas sobre a totalidade. É transformando a 
totalidade que se transformam as partes e não o contrário. 
No primeiro caso, sua ação, que estaria baseada numa 
visão ingênua, meramente “focalista” da realidade, não 
poderia constituir um compromisso. 
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 12. ed. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 7-9 (Adaptação).
Texto II
 A percepção de que os profissionais de Saúde 
podem e são capazes de interagir proativamente no 
desenvolvimento social e na ampliação das possibilidades 
empreendedoras reflete, em última análise, o desejo 
de fazer a travessia do paradigma biologicista, ainda 
hegemônico na Saúde, para um pensamento sistêmico 
de intervenção social, capaz de contemplar e considerar 
o uno e o múltiplo em vez da eficiência apenas individual. 
O uso desse conhecimento adquirido beneficiará a 
sociedade nos aspectos de melhoria de saúde e de 
formação de cidadãos, como um processo desencadeante 
de cadeia, como um dominó. 
VISENTIN, Angelita. Disponível em: 
<apps.unibrasil.com.br/revistaexpressao/index.php/>. 
Acesso em: abr. 2017 (Adaptação).
A partir da leitura dos textos motivadores e de suas 
reflexões sobre o compromisso ético e social que deve 
ter qualquer pessoa que exerça uma atividade no 
campo da atuação humana, escreva uma dissertação 
argumentativa, na norma-padrão da Língua Portuguesa, 
sobre a importância da prática do autoconhecimento 
para que os profissionais atuem de forma 
plena, ocupando um espaço de proatividade e 
transformação social, através da apropriação do 
conjunto de saberes e habilidades técnicas de sua 
área, a fim de contribuir para o bem comum. Em 
seus argumentos apresente sugestões e exemplos de 
como garantir essa atitude ética profissional.
MÓDULO – A 06
FUNÇÕES DA LINGUAGEM E 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
01. (EBMSP)
Qualidade de vida na vida real
 É bom ter em mente, antes de tentarmos definir o que 
é qualidade devida, que não apenas as escolhas sobre o 
que faremos, mas também as escolhas sobre com quem 
faremos o que decidimos fazer, na escola, no trabalho e 
no lazer, influenciam quem somos e definem nossa saúde, 
nossa qualidade de vida e o nosso bem-estar.
 Existe, no momento, mais de uma centena de 
diferentes definições para qualidade de vida, nenhuma 
delas completamente satisfatória. A principal dificuldade 
que os cientistas encontram para definir o conceito é 
a natureza multifacetada e instável do fenômeno, cuja 
compreensão vem sendo, pouco a pouco, aumentada 
pelo uso de métodos e pesquisa qualitativa, aplicados 
em cenários de vida específicos.
 Assim, a qualidade de vida das pessoas depende dos 
“cenários de vida” em que vivem, quero dizer, depende 
daqueles lugares onde nos encontramos com outras 
pessoas, geralmente com um propósito definido como, 
por exemplo, ganhar a vida trabalhando.
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 O “cenário” assume grande importância porque é 
dentro de suas fronteiras que vamos analisar o que 
acontece com as pessoas. Por exemplo, um dos cenários 
de vida que mais influência exerce sobre nossa saúde 
e nossa qualidade de vida é o emprego, o cenário de 
trabalho. O termo cenário não indica somente o local físico 
de trabalho. Os locais onde a fábrica, o escritório, a loja, 
a escola estão são os “palcos” nos quais se desenrolam 
as tramas de vida, os jogos de poder, as seduções, as 
agressões e violências que interferem profundamente em 
nossa saúde, qualidade de vida e percepção de bem-estar.
NICOLETTI, Sérgio J. Qualidade de vida na vida real. 
Disponível em: <http://proex.epm.br/campubli/pdf/
qualidade_ vida_real.pdf>. Acesso em: 05 out. 2011 
(Adaptação).
De acordo com a forma de trabalhar a linguagem e 
suas funções sociocomunicativas, o discurso pode ser 
caracterizado como informativo ou persuasivo.
Por suas características, pode-se classificar o texto em 
análise como predominantemente
A)	 informativo-instrucional	por	defi	nir,	em	primeiro	lugar,	
o que se deseja alcançar para, em seguida, dizer 
como	se	deve	proceder	a	fi	m	de	atingir	os	objetivos	
pleiteados.
B) informativo-jornalístico, por tratar de fatos 
que interessam sobretudo ao público adulto, 
esclarecendo-o sobre como ele deve proceder para a 
obtenção de uma melhor qualidade de vida.
C) persuasivo de fundo lúdico, pela quase inexistência 
de outras possibilidades de leitura pelo receptor 
da mensagem em face de a maior preocupação do 
emissor ser com as verdades humanas.
D) persuasivo de cunho polêmico, pela impossibilidade – 
diante da força dos argumentos usados – de o leitor 
discordar das informações transmitidas pelo emissor 
sobre qualidade de vida e sua multidimensionalidade.
E)	 informativo	de	caráter	técnico-científi	co,	por	sua	temática	
estar voltada para um assunto relacionado com os 
indicadores em que se baseia a medição das condições 
de vida do ser humano, divulgando, desse modo,
conhecimentos	acerca	do	saber	científi	co.
02. (EBMSP–2016)
 O corpo humano é uma redescoberta recente. 
Em culturas que precedem o século XX, o corpo era 
camuflado pela roupa, o moralismo e a religião. Exceções 
feitas às culturas indígenas, que ainda hoje imprimem 
respeitosa visibilidade ao corpo. E também à cultura 
greco-romana, isenta de moralismo antes do advento 
do cristianismo. 
 Agora, apropriado pelo capitalismo, o corpo é 
mercadoria submetida à ditatorial cartografia. Sofre quem 
não tem o corpo adequado a esta cartografia exposta 
em capas de revistas, na publicidade (“Vai verão...”), 
em filmes, fotos e novelas. 
 O corpo, apropriado pelo sistema, já não nos pertence. 
O mercado determina qual o corpo socialmente apreciado 
e qual o excluído do mercado e, portanto, condenado ao 
banimento e à tortura psicológica.
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15
 Já não somos o nosso corpo. Somos a encarnação do 
corpo sacramentado pelo sistema, impelidos a jejuar, 
malhar bastante, submeter-nos à cirurgia plástica. Nada 
de nos apresentar sem o corpo-senha que abre as portas 
do mundo encantado da jovial esbelteza, no qual nossa 
cartografia física deve suscitar admiração e inveja. 
 Convém manter a boca fechada, não apenas para 
evitar engordar. Também para que não descubram que 
somos desnutridos de ideais, valores e espiritualidade. 
Estamos condenados a ser apenas um pedaço de
carne ambulante. 
BETTO, Frei. Cartografia do corpo. 
Disponível: <http://jornalfraternizar.tk/
textos_de_frei_betto. htm>. Acesso em: 14 abr. 2016.
Ao discorrer sobre o corpo redescoberto, Frei Betto utiliza, 
dentre outros recursos estilísticos, a ironia, uma figura de 
linguagem que sugere uma ideia diferente, muitas vezes 
contrária à que é marca característica na mensagem literal 
do texto, a fim de promover uma crítica. 
A alternativa cujo fragmento transcrito evidencia o uso 
desse recurso é a: 
A)	 “o	corpo	era	camufl	ado	pela	roupa,	o	moralismo	e	a	
religião.” (l. 2-3). 
B) “Agora, apropriado pelo capitalismo, o corpo é 
mercadoria submetida à ditatorial cartografia.” 
(l. 8-9).
C) “O corpo, apropriado pelo sistema, já não nos 
pertence.” (l. 13). 
D) “O mercado determina qual o corpo socialmente 
apreciado e qual o excluído do mercado e, portanto, 
condenado ao banimento e à tortura psicológica. 
(l. 14-16). 
E) “Convém manter a boca fechada, não apenas para 
evitar engordar.” (l. 23-24).
03. (EBMSP)
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A voz enunciadora do discurso
A) enxerga o ser humano como altamente limitado.
B) associa o conceito de vida à existência da felicidade.
C) relativiza, indiretamente, o valor das pesquisas 
científi cas.
D) nega a perenidade humana, mas defende a qualidade 
de vida.
E) insinua que a longevidade depende apenas das 
escolhas que se faz.
módulo – A 08
CArtAs, textos não verBAis 
e PuBliCitÁrios
01. (EBMSP–2017)
 O que temos de mais humano são as emoções, 
os valores, os sentimentos. A evolução tecnológica e os 
diagnósticos mais precisos são ferramentas importantes 
para os médicos, mas o fundamental é algo imaterial, 
capaz de fazer tudo ficar melhor. O médico é, antes 
de tudo, um especialista em pessoas, por isso a 
compreensão, o toque e o olhar entre ele e o paciente 
são essenciais para uma relação mais humanitária e uma 
medicina mais eficiente.
NADA SUBSTITUI o olhar, o toque, a conversa. 
O calor humano também cura. 
Disponível em: <http://cremesp.org.br>. 
Acesso em: fev. 2017 (Adaptação).
A análise dos aspectos coesivos que dão progressão e 
sentido às ideias desenvolvidas no texto está correta em:
A) O elemento de coesão textual “O”, em “O que temos 
de mais humano”, é um pronome que faz uma 
referência anafórica, especifi cando os substantivos 
“valores” e “sentimentos”.
B) O vocábulo “mais”, no texto da campanha, em todas 
as ocorrências, é um advérbio que intensifi ca a ideia 
expressa por termos qualifi cadores.
C) A preposição “para”, em “para os médicos”, denota 
uma fi nalidade em relação à prática de humanização 
da medicina.
D) A conjunção “mas”, em “mas o fundamental é algo 
imaterial”, adiciona nova informação às enunciadas 
anteriormente.
E) A expressão “por isso” apresenta a consequência 
resultante de uma afi rmação apresentada na oração 
anterior.
02. (EBMSP–2017)
BRASILEIROS e a Saúde. Disponível em: 
<http://docbob.com.br/
wp-content/uploads/2014/02/ infografico-brasileiros-e-a-
saude.png>. Acesso em: 10 set. 2016.
A leitura do infográfico permite afirmar: 
A) O risco de infarto e de AVC é inerente às pessoas 
obesas que não praticam qualquer tipo de esporte. 
B) A maior ia dos brasi le iros é acompanhada 
periodicamente por seus médicos, mas não se 
exercitam fi sicamente, com regularidade. 
C) Uma redução da ingestão de doces e frituras é 
perceptível, visto que a maioria dos indivíduos está 
preocupada em manter a forma física. 
D) A equivalência de nascidos no Brasil que periodicamentevão ao médico e os que só vão se estiverem doentes 
comprova-se pela porcentagem de obesos e pela 
prática de comer doces e frituras. 
E) Uma discrepância entre o discurso e a prática pode 
ser observada, já que o número de cidadãos que não 
fazem atividade física é maior que o de pessoas que 
se dizem preocupadas com a forma física.
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201Bernoulli Sistema de Ensino
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03. (EBMSP–2015) Capa do livro da trilogia Entre Amigos, Carybé, Verger & Caymmi – Mar da Bahia, que referenda a produção 
artística e a amizade entre esses grandes nomes que escolheram a Bahia e o jeito de viver de sua gente como motivo e cenário 
para suas obras.
Entre amigos – Catybé, Verger & Caymmi – Mar da Bahia. Disponível em: <https://jeitobaiano.wordpress.com/
category/jeito-baiano-de-ver-e-sentir/page/13/>. Acesso em: 18 abr. 2015.
O diálogo entre a fotografia de Pierre Verger, a pintura de Carybé e a poesia de Caymmi está devidamente explicitado na 
alternativa:
A) A temática do trabalho artesanal dos pescadores, no mar da Bahia, sob perspectivas diferentes, 
é desdobrada por meio de uma análise crítica a respeito da desigualdade e da invisibilidade social.
B) O labor dos pescadores é registrado nas três obras, ainda que somente a poesia de Caymmi possa explorar o imaginário 
coletivo marcado pela idealização, no que tange à cultura do litoral brasileiro.
C) A questão cultural do mar da Bahia é o elemento inspirador da produção dos três artistas, ressaltando-se
o trabalho de Caymmi como a principal expressão de amor à terra e ao povo baiano.
D) O mar da Bahia torna-se elemento inspirador para que os três artistas, a partir de matérias-primas diversifi cadas, possam 
refl etir sobre o mesmo tema, convergindo o olhar para a tradição cultural do trabalho dos pescadores.
E) Os versos de Caymmi reproduzem as imagens registradas por Verger e Carybé através da linguagem denotativa, distanciando-se 
da ideologia presente nas artes imagéticas, quando descreve detalhadamente cada processo do labor dos pescadores.
04. (EBMSP–2016)
COMO FUNCIONA o aplicativo. Disponível em: <https://www.facebook.com/minsaude>. Acesso em: 10 abr. 2016.
202 Coleção 2V
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Considerando-se as funções da comunicação, a linguagem 
utilizada e o contexto, é correto afirmar sobre esse 
anúncio institucional que 
A) o seu principal objetivo é informar aos cidadãos os 
novos sistemas operacionais usados pelo SUS que, 
agora, também atende via redes sociais. 
B) o aplicativo divulgado no texto é um recurso 
tecnológico utilizado pelo Ministério da Saúde visando 
monitorar as reais condições de saúde pública com a 
contribuição da população. 
C) as orientações descritas nesse comunicado funcionam 
como um guia sobre de que modo a pessoa pode ser 
socorrida pelos profi ssionais do SUS, através de um 
tipo de software próprio para dispositivos móveis. 
D) o aviso destacado deixa claro que a principal função 
da citada ferramenta é encaminhar os pacientes para 
os postos de saúde, de acordo com o diagnóstico, 
sem qualquer compromisso com a qualidade do 
atendimento. 
E) a campanha do Ministério da Saúde condiciona a 
assistência médica pelo SUS ao uso de um celular, 
impossibilitando o enfermo de uma consulta 
presencial.
05. (EBMSP)
Preste atenção à maneira
como você se comunica.
Gentileza é um investimento
que traz ótimos retornos para
as suas relações.
COLOQUE-SE no lugar do outro. Disponível em: 
<http://4.bp.blogspot.com/-P3vvZBzE0U8/T-IHSpiqNGI/
AAAAAAAAAkl/U3fKNuSIoOI/s1600/dica_094_gr.jpg>. 
Acesso em: 05 mar. 2014 (Adaptação).
O texto em destaque é um anúncio publicitário 
institucional que tem como principal objetivo
A) convencer o interlocutor a lutar por igualdade social, 
através da voz refl exiva e da preposição com ideia 
de fi nalidade, em “para as suas relações”.
B) conscientizar os cidadãos da importância de atos gentis 
para o bem-estar coletivo, por meio do imperativo e do 
pronome refl exivo.
C) criticar os mais jovens, através da oração adjetiva 
“como você se comunica”, evidenciando o desrespeito 
aos mais idosos.
D) orientar as pessoas de terceira idade a exigirem seus 
direitos, que são validados, no contexto, através da 
locução adverbial “no lugar do outro”.
E) persuadir os cidadãos, referendados no sujeito 
implícito dos verbos no imperativo, a consolidarem o 
bem-estar social através da conquista de direitos.
06. (EBMSP)
Já tô
indo,
mãe!
187 milhões de celulares
Hora do
banho,
Joãozinho!
GILMAR. 187 milhões de celulares. 
Disponível em: <http://blogabcdohumor.blogspot.com.br/
2010/08/charge-do-dia_22.html>. 
Acesso em: 15 set. 2013.
No que se refere à análise dos elementos verbais e não 
verbais da charge, pode-se inferir:
A) Os pais são os únicos exemplos do uso inadequado 
das novas tecnologias.
B) As crianças, por serem mais dependentes da 
tecnologia, afastam-se de seus pais.
C) A dependência da tecnologia acomoda o indivíduo e 
desvaloriza os contatos reais.
D) O uso indiscriminado dos celulares gera um 
comportamento de indiferença ao outro.
E) A virtualidade, ao se revisitar o conceito de tempo e 
o de espaço, compromete os valores humanos.
07. (EBMSP)
VOCÊ PODE ATÉ CURTIR
A INTERNET MÓVEL.
QUERO VER CURTIR
O ORÇAMENTO DA OFICINA
Mandar torpedos, navegar em redes sociais ou simplesmente
fazer uma ligação podem limitar a sua atenção e causar acidentes.
Seja consciente, desconecte-se.
VOCÊ pode até curtir a Internet móvel. 
Disponível em: <http://borafazer.wordpress.com/2011/
10/19/ford-fortal-2/>. Acesso em: 21 set. 2013.
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O anúncio publicitário busca conscientizar o seu interlocutor 
quanto ao uso das tecnologias da informação no trânsito, 
por meio de uma estratégia argumentativa que
A) ameaça a vida do motorista, ao criticar, indiretamente, 
o seu comportamento irreverente ao volante.
B)	 convida	o	receptor	da	mensagem	a	refl	etir	sobre	a	
principal função das redes sociais, através de iteração 
da forma verbal “curtir”.
C) recorre a um jogo semântico com o verbo “curtir”, 
usando a ironia na segunda ocorrência, ao sugerir 
consequências graves para quem se distrai no trânsito 
com o celular.
D) proíbe, por meio de verbos empregados no imperativo, 
a utilização do celular enquanto o condutor estiver 
dirigindo qualquer tipo de veículo.
E) faz uma comparação implícita entre o uso da telefonia 
móvel por quem conduz um carro e as ações próprias 
de contextos comunicativos virtuais.
08. (EBMSP)
I. Dr. Felipe curte aventuras. No dia a dia, ele salva 
vidas. Nas horas vagas, corre atrás de adrenalina. E, 
em momento algum, esquece a própria saúde.
II.	 Dr.	Renato	não	fi	ca	parado	no	trabalho.	Nem	quando	
sai para os seus dois quilômetros diários de corrida.
III. Dra. Karina tem em si a tranquilidade de quem medita, 
porque sabe, perfeitamente, o bem que isso faz para 
a saúde.
IV. Dr. Marcos tem aquele espírito aventureiro. Qualquer 
fi	nal	de	semana	prolongado	é	motivo	pra	sair	por	aí	
sem	rumo	defi	nido.
PARA cuidar bem dos outros... Disponível em: <http://www.
hcor-al.com.br/dados/temp/thumbs/8/9/8/9/4/a/d/a/%7B8
9894ada96aelee28550c31f9c2de9e7%7D_anuncio_dia_do_
medico_menor_842x723x0.jpg>. 
Acesso em: 20 abr. 2013 (Adaptação).
O anúncio publicitário, através da linguagem verbal 
e não verbal, apresenta como principal estratégia 
argumentativa, para ressaltar a importância da saúde 
do profissional de Medicina,
A) exemplos de médicos que conseguem conciliar sua 
prática de cuidar do próximo com hábitos que dão 
qualidade à própria vida.
B)	 depoimentos	 de	 profi	ssionais	 que	 têm	 conseguido	
convencer seus pacientes por meio de seus próprios 
exemplos de autocuidado.
C) sugestões de atividades físicas apropriadas para 
o	profi	ssional	de	Medicina	que	pretende	garantira	
continuidade da saúde de seu coração.
D) propostas de lazer para todos os médicos que se 
encontram em situações de estresse e que buscam 
reencontrar seu equilíbrio mental.
E) relação condicionada entre a qualidade de vida dos 
pacientes e a de seus médicos, que precisam dar-lhes 
exemplos por meio de hábitos saudáveis.
09. (EBMSP)
A dor de sua perna direita é
devido à sua avançada idade...
Não, porque a outra
perna tem a mesma
idade e não dói!
O traço de humor presente na charge decorre
A) da tentativa de diálogo entre pessoas de idades 
díspares.
B) do diagnóstico dado pelo médico em face da queixa 
do paciente.
C) da lógica apresentada pelo paciente diante da 
afi	rmativa	do	médico.
D) da falta de tato do médico ao citar a causa da dor 
referida pelo idoso.
E) do despreparo do idoso para aceitar os males 
decorrentes da própria idade.
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10. (EBMSP) 
Texto I
O meu
também...
não consigo
me aposentar.
Doutor...
meu problema
é muito
grave...
Texto II
Plantão
solitário...
Quanto às situações retratadas nas duas charges, 
identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F 
as falsas.
( ) Tanto uma quanto a outra trabalham com a mesma 
temática, embora enfoquem diferentes vieses.
( ) Ambas mostram que nem sempre é possível obter a 
qualidade de vida que se defende junto à clientela.
( ) A I revela uma dicotomia entre a preocupação do 
paciente, não revelada, e a do médico, explicitada 
na sua fala.
( ) A II dialoga com as ideias de Sérgio J. Nicoletti, 
veiculadas em seu texto “Qualidade de vida na vida 
real”, no que se refere à influência que o cenário de 
trabalho exerce na qualidade de vida das pessoas.
( ) A II assume um caráter humorístico ao tentar mostrar 
a exaustão de um profissional da Medicina quando 
tem de suprir a ausência de outros.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima 
para baixo, é a:
A) V V V V V.
B) V F F F V.
C) F F V V V.
D) V V F F F.
E) F V V V F.
11. (EBMSP–2019)
DOE leite materno. Disponível em: <http://portalarquivos2.
saude.gov.br>. Acesso em: set. 2018 (Adaptação).
A campanha proposta tem como principal objetivo 
A) divulgar a questão do aleitamento, por ser um tema 
pouco discutido em algumas regiões do país. 
B) conscientizar a população feminina sobre a importância 
da doação do leite materno, pois existem crianças que 
não podem ser alimentadas diretamente pela mãe. 
C) publicizar o endereço no qual o material deve ser 
colhido, para que as lactantes possam prestar auxílio 
aos bebês prematuros, que precisam de nutrientes. 
D) orientar todas as mulheres que pretendem ter filhos 
a amamentá-los sempre, uma vez que é por meio 
desse ato que eles terão um crescimento saudável. 
E) notificar a singularidade de um produto que decorre da 
maternidade, mas que tem função única para salvar 
a vida dos que não nasceram a termo.
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12. (EBMSP–2018)
#USOENAOABUSO. Disponível em: <http://www.ibema.com.br/noticias/PublishingImages/ usoenaoabuso-1.jpg>. 
Acesso em: ago. 2017. 
A campanha proposta tem como principal objetivo 
A) criticar o uso abusivo de certas estruturas online durante o expediente. 
B) conscientizar os trabalhadores sobre a mais relevante função social do Facebook. 
C) proibir a utilização de determinados aplicativos da web em espaços profissionais. 
D) orientar os usuários quanto ao acesso responsável e sensato às redes sociais no trabalho. 
E) convencer os interlocutores a divulgar sempre, no ciberespaço, as boas práticas que veicula.
13. (EBMSP–2018)
LAERTE. Muitos foram chamados. Disponível em: 
<https://68.media.tumblr.com/tumblr_ma97rlt3YT1qmggloo1_1280.jpg>. Acesso em: ago. 2017.
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A tira de Laerte apresenta uma quebra de expectativa que se explicita por meio 
A) da substituição de “Muitos” por “Poucos”, comprometendo a coerência argumentativa do discurso posto em tela. 
B) da repetição do pronome indefi nido “Poucos”, sugerindo que, contrariamente à ideia que transmite, são muitas as pessoas 
escolhidas. 
C) da constatação de que há sempre uma seleção e, portanto, o excluído é o que, por algum motivo inverso ao da maioria, 
passa a ser o escolhido. 
D) da antítese que se estabelece entre “Muitos” e “Poucos”, sugerindo a existência de uma contradição no discurso do 
quadrinista. 
E) do relato da confusão gerada pelo tumulto popular, como consequência de exclusões sociais às quais o povo está submetido.
14. (EBMSP)
A fome
e a pobreza no
mundo acabaram?
As armas nucleares
foram
suprimidas?
Sim? Bemmm_achoque não,
filhinha
Então para
que foi que
a gente mudou
de ano?!
Bemmm_acho
que não,
filhinha
Então para
que foi que
a gente mudou
de ano?!
LAVADO, Joaquín Salvador (QUINO). Toda Mafalda. Disponível em: <http://2bp.blogspot.com//_EmH3IBFjA48/
TR3LLi20AIAAAAAAAAAOY/KECx7TfgHGg/s1600/Mafalda%2BCharge%2B1.jpg>. Acesso em: 05 mar. 2014.
A tira de Mafalda traz, como principal eixo temático,
A) as contradições quanto aos valores humanos.
B) a busca de equidade social ao redor do mundo.
C) a procura da felicidade através do poder bélico.
D) a divergência ideológica em relação à paz mundial.
E) o mal-estar existencial dos adultos que engendram guerras.
gABArito
módulo - A05 Acertei ______ errei ______
• 01. B
• 02. A
• 03. A
• 04. A
• 05. B
• 06. E
• 07. Nessa proposta, solicita-se que se redija um texto 
dissertativo-argumentativo acerca da importância 
das variadas dimensões do amor na existência do ser 
humano. Para isso, deve-se basear em conhecimentos 
prévios e nas reflexões suscitadas pelos textos 
motivadores da coletânea. O texto I constitui-se 
um texto opinativo em que o autor defende o amor 
como sentimento cuja força é insuperável diante dos 
obstáculos, sobretudo quando se ampara em renúncia, 
doação e abnegação. O texto II é um artigo publicado em 
um blog pessoal, para cujo autor deve haver primazia 
do amor próprio sobre o amor ao próximo, uma vez que 
a extensão desse sentimento ao outro só é possibilitada 
quando parte, primeiramente, do próprio eu. 
meu aproveitamento O texto III apresenta outro texto de opinião, veiculado 
em site pessoal, no qual se concebe o amor como 
dedicação, haja vista a necessidade da espontaneidade 
e do serviço sem busca por recompensa para a real 
manifestação desse sentimento. Diante dessas 
informações, deve-se destacar o poder singular do 
sentimento amoroso e suas implicações na vida pessoal 
e na vida profissional, podendo seguir alguns caminhos 
argumentativos a fim de desenvolver o tema proposto. 
O primeiro deles seria defender a tese de que a 
dimensão do amor próprio deve ser priorizada. Pode-se 
apontar, por exemplo, que as práticas cotidianas 
voltadas ao protagonismo, à medicina preventiva 
(seja de viés fisiológico, seja de viés psicológico), ao 
controle emocional e à dedicação com o prazer próprio 
resultam em amor como sentimento consistente, 
pronto a ser dividido com o próximo. Outro caminho 
argumentativo seria apontar o fato de que a prioridade 
deve ser a dimensão coletiva do amor. Nesse sentido, 
pode-se discorrer sobre o amor em sua esfera mais 
prática, aludindo, por exemplo, a figuras históricas que 
dedicaram suas vidas à caridade e ao desprendimento 
em prol do suporte social e do bem-estar do outro, 
sem exigir nada em troca. Em ambos os casos, devem 
ser apresentados argumentos consistentes e coesos, 
buscando referências em sua percepção de mundo 
e utilizando-se a variedade padrão escrita da Língua 
Portuguesa.
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207Bernoulli Sistema de Ensino
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MÓDULO – B 05
PARNASIANISMO, SIMBOLISMO E 
INTERTEXTUALIDADE
01. (EBMSP–2016)
BIZARRO.com. Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com>. 
Acessoem: 03 abr. 2016.
Levando-se em consideração a intertextualidade que se 
identifica no cartum, é correto afirmar: 
A) Há uma paródia da ideia original e generalizada da 
evolução humana, na medida em que o homem vai 
assumindo um perfi l diferente, revelando, depois, 
sua perda da identidade orgânica com a natureza e 
a resultante degradação ambiental. 
B) Existe a reiteração do conceito de desenvolvimento da 
espécie humana proposto no discurso inicial, mediante 
o emprego da paráfrase, ou seja, de uma nova criação 
textual com outros elementos. 
C) É sugerido, por meio de um pastiche, um ciclo 
evolutivo em que o ser humano é o animal que 
compreende a sua distinção em relação aos outros 
animais. 
D) Explicita-se uma validação do entendimento difuso do 
progresso atingido pelo primata, utilizando-se, para 
isso, de uma epígrafe. 
E) Comprova-se, através de uma paráfrase, a luta pela 
vida entre os descendentes de uma determinada 
categoria pelo seu processo fi nal de crescimento.
MÓDULO – B 06
PRÉ-MODERNISMO E 
MODERNISMO: 1ª, 2ª E 3ª FASES
Instrução: Leia o texto para responder às questões 01 e 02.
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
• 08. Nessa proposta, solicita-se que se redija uma dissertação 
de caráter argumentativo acerca da importância da 
prática do autoconhecimento para uma plena atuação 
profissional. Para isso, deve-se mobilizar as reflexões 
suscitadas pelos textos motivadores da proposta, em 
conjunto com os conhecimentos de mundo a respeito 
da temática. No texto I, apresenta-se um trecho 
ensaístico de Paulo Freire, em sua obra Educação 
e mudança, o qual pondera que a ação humana não 
pode tomar o mundo do trabalho como uma esfera 
independente, mas como uma faceta da humanidade 
em diálogo constante com sua integralidade; por isso o 
autor afirma que negar a preponderância da totalidade 
sobre a particularidade é uma forma de alienação. Já 
o texto II se constitui um texto de opinião, cuja autora 
afirma que a percepção de que os profissionais da 
saúde são capazes de atuar no desenvolvimento social 
é sinal do rompimento de uma visão biologicista em 
prol de uma visão sistêmica da medicina. Considerando 
essas informações, deve-se dissertar sobre a atuação 
médica voltada à proatividade e à transformação 
social, partindo da apropriação técnica dos saberes 
e competências da área profissional para construir 
o texto. No percurso argumentativo, é imperativo 
apresentar sugestões e exemplos que visem à garantia 
de uma atitude profissional ética. Um dos caminhos 
seria explorar, tendo como base o texto I, as infinitas 
possibilidades de interação do homem com o Universo 
como forma de promover o autoconhecimento. 
O argumento de que o sujeito da área médica 
necessita se enquadrar como parte de um mesmo 
sistema orgânico que seu paciente, por exemplo, é 
fundamental para que o labor diário no campo da saúde 
promova, de fato, transformação social e melhoria da 
qualidade de vida da população. Outro caminho seria 
indicar, semelhantemente ao texto II, que o olhar 
limitado à esfera biológica do homem racionaliza e, por 
conseguinte, objetifica o sujeito humano na área da 
medicina. Um argumento que pode ser construído é o 
de que há de emergir um novo paradigma que considera 
o paciente em sua totalidade, levando em conta, por 
exemplo, suas questões existenciais, suas dificuldades 
psicológicas e até seus hábitos de lazer e envolvimento 
com a cultura, a fim de ratificar o compromisso ético 
e social da Medicina. O texto deve ser composto de 
15 a 30 linhas e ser redigido em total acordo com a 
norma-padrão escrita da Língua Portuguesa.
Módulo - A06 Acertei ______ Errei ______
• 01. B • 02. E • 03. D
Módulo - A08 Acertei ______ Errei ______
• 01. B
• 02. E
• 03. B
• 04. A
• 05. B
• 06. C
• 07. C
• 08. A
• 09. C
• 10. A
• 11. B
• 12. D
• 13. C
• 14. A
Total dos meus acertos: _____ de _____ . ______ %
208 Coleção 2V
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Irmão das coisas fugidias, 
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico, 
se permaneço ou me desfaço, 
– não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
MEIRELES, Cecilia. Motivo. Disponível em: 
 <http://www.napontadoslapis.com.br/motivo-poema-de-
cecilia-meireles.html>. Acesso em: maio 2019.
01. (EBMSP) Cecilia Meireles, nesses versos,
A) revela determinação nas decisões que norteiam sua 
existência terrena.
B) mostra-se melancólica em virtude do seu apego ao 
passado e às “coisas fugidias”.
C) questiona o mundo em que vive, demonstrando, 
contudo, que tem um “Motivo” para viver.
D) tematiza a passagem do tempo que traz consigo, além 
da fugacidade das coisas, a transitoriedade da vida.
E) evidencia indiferença diante dos sentimentos que 
experimenta e até mesmo da eternidade do seu canto.
02. (EBMSP) A figura de linguagem que predomina no poema 
em análise é
A) o hipérbato, devido à alteração existente na ordem 
direta da oração.
B) a metonímia, mediante a substituição de palavras 
com significados próximos.
C) a antítese, em decorrência da ênfase dada à relação 
de antagonismo que perpassa o texto.
D) o paradoxo, pela associação de conceitos contraditórios 
na representação de uma ideia.
E) o eufemismo, em face do uso de palavras agradáveis 
em substituição a outras chocantes, para suavizar o 
discurso.
03. (EBMSP–2018) 
Consoada
Quando a Indesejada das gentes chegar 
(Não sei se dura ou caroável), 
talvez eu tenha medo. 
Talvez sorria, ou diga: 
– Alô, iniludível! 
O meu dia foi bom, pode a noite descer. 
(A noite com os seus sortilégios.) 
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, 
A mesa posta, 
Com cada coisa em seu lugar. 
BANDEIRA, Manuel. Consoada. In: Antologia Poética. 
Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 133.
Sobre esses versos de Manuel Bandeira, está correto o 
que se afirma em:
A) Mostram uma dissociação entre a realidade concreta 
e a presumível. 
B) Sintetizam o mascaramento da angústia como solução 
diante do inevitável.
C) Revelam a instabilidade do sujeito poético diante da 
transitoriedade da vida.
D) Tematizam, metafórica e eufemisticamente, a morte, 
que é aceita, embora não desejável.
E) Refletem a desilusão diante de um viver sem sentido, 
devido ao mal sem cura que o acometeu.
04. (EBMSP–2017)
A onda 
a onda anda 
aonde anda 
a onda? 
a onda ainda 
ainda onda 
ainda anda 
aonde? 
aonde? 
a onda a onda 
BANDEIRA, Manoel. A onda. In: A Estrela da Tarde. 1960. 
Disponível em: <https://pensador.uol.com.br>. 
Acesso em: 16 ago. 2016. 
Objetivando imitar o movimento da onda, por meio de 
uma fluidez sonora, Manoel Bandeira utiliza-se de um 
recurso estilístico denominado 
A) pleonasmo poético, enfatizando, a partir da 
redundância, a potência do fluxo fluvial ou marinho 
que se move no ambiente aquático. 
B) assonância, valendo-se da repetição da mesma vogal 
tônica com a intenção de provocar um efeito de estilo 
associado à força das ondas. 
C) eco, por meio da seleção de termos com terminação 
idêntica, para sugerir um percurso impreciso do 
volume de água que segue seu destino. 
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D) onomatopeia, mediante o uso de vocábulos, procurando 
imitar o rumor produzido pelo deslocamento da massa 
líquida de inestimável valor para a continuidade da 
vida na Terra. 
E) paronomásia, na medida em que, buscando sugerir 
o movimento recorrente da vaga, traz um jogo de 
palavras que se assemelham na pronúncia, mas são 
diferentes do ponto de vista semântico, em função 
de um efeito poético.
05. (EBMSP–2015) 
Um homem doente faz a oração da manhã
Pelo sinal da Santa Cruz,
chegue até Vós meu ventre dilatado
e Vos comova, Senhor, meu mal sem cura.
Inauguro o dia,eu que ao meu crédito explico
que passei em claro a treva da noite.
Escutei – e é quando às vezes descanso –
vozes de há mais de trinta anos.
Vi no meio da noite nesgas claríssimas de sol.
Minha mãe falou,
enxotei gatos lambendo
O prato da minha infância.
Livrai-me de lançar contra Vós
a tristeza do meu corpo
e seu apodrecimento cuidadoso.
Mas desabafo dizendo:
que irado amor Vós tendes.
Tem piedade de mim,
tem piedade de mim
pelo sinal da Vossa Cruz
que faço na testa, na boca, no coração.
Da ponta dos pés à cabeça,
de palma a palma da mão.
PRADO, Adélia. Um homem doente faz a 
oração da manhã. Bagagem. In: Poesia Reunida. 
Rio de Janeiro: Siciliano, 1991. p. 51.
Nos versos de Adélia Prado, o eu poético revela-se
A) temente a Deus e confiante, mesmo diante de todos 
os males que o acometem.
B) angustiado devido a sua moléstia, pedindo 
incessantemente clemência ao Senhor.
C) temeroso de um futuro incerto, injusto e distante da 
presença divina.
D) comovido perante o sofrimento e a doença daqueles 
que se distanciam do ser divino.
E) pecador e incapaz de reverter o caminho construído 
por ele mesmo.
06. (EBMSP–2018)
Ajuntei todas as pedras 
que vieram sobre mim. 
Levantei uma escada muito alta 
e no alto subi. 
Teci um tapete floreado 
e no sonho me perdi. 
Uma estrada, 
um leito, 
uma casa, 
um companheiro. 
Tudo de pedra. 
Entre pedras 
cresceu a minha poesia. 
Minha vida... 
Quebrando pedras 
e plantando flores. 
Entre pedras que me esmagavam 
Levantei a pedra rude. 
CORALINA, Cora. Das Pedras. Disponível em: 
<http://noblat.oglobo.globo.com>. Acesso em: ago. 2017. 
Nos versos de Cora Coralina, as pedras metaforizam 
A) sempre os sofrimentos e as opressões às quais o eu 
lírico teve que se submeter. 
B) apenas as palavras malditas que a ofenderam em vida 
e a subjugaram todo o tempo. 
C) tão somente a sua habilidade de resiliência diante dos 
problemas da vida e a sua poesia dura. 
D) não só as dificuldades que encontrou na vida, mas 
também a sua capacidade de superação. 
E) exclusivamente os temas poéticos que a autora 
passou a utilizar em seu processo de criação artística.
07. (EBMSP–2017) 
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
210 Coleção 2V
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a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
[...]
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
[...]
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
[...]
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mão pensas.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A Máquina do Mundo. 
Disponível em: <http://www.revistabula. com/254-os-10-
maiores-poemas-dos-ultimos-200-anos/>. 
Acesso em: fev. 2017.
Os versos de Carlos Drummond de Andrade revelam as 
reflexões do eu lírico durante a sua jornada existencial, 
o qual, ao se deparar com a máquina do mundo, resolve
A) desconstruir todos os seus valores positivos, 
considerando que tudo não passa de verdades 
construídas para seduzir pessoas.
B) admirá-la pela perfeição plena, aceitando o convite 
de participar desse “reino augusto”, superior à própria 
condição humana.
C) criticá-la, por não lhe oferecer espaço nem 
oportunidades de viver nesse mundo perfeito e 
grandioso, mas discriminador.
D) adorá-la, por causa de sua onipotência, buscando se 
inserir nesse universo de poder e glória.
E) rejeitá-la, prosseguindo, de forma cética e indiferente, 
a sua trajetória reflexiva e melancólica.
08. (EBMSP–2017)
 Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não 
passava de nove horas da manhã. Foi, pois, uma surpresa 
quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito 
e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. 
 Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua 
fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi 
presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa 
através das telhas e pousada no chão da cozinha com 
certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em 
cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. 
De pura afobação a galinha pôs um ovo. Só a menina estava 
perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal, porém, conseguiu 
desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se 
do chão e saiu aos gritos: 
 – Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs 
um ovo! Ela quer o nosso bem! 
 Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha 
passou a morar com a família. Uma vez ou outra, 
sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha 
que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes 
a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o 
ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, 
ela não cantaria, mas ficaria muito mais contente. Embora 
nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça 
se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou 
bicando milho – era uma cabeça de galinha, a mesma 
que fora desenhada no começo dos séculos. 
 Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se 
anos. 
LISPECTOR, Clarice. Uma galinha. In: LISPECTOR, Clarice.
Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 30. 
Disponível em: <http://www.releituras.com/clispector_
galinha.asp>. Acesso em: 20 set. 2016 (Adaptação).
No fragmento adaptado do conto “A galinha”, de Clarice 
Lispector, o elemento figurativo “ovo” torna-se marco 
importante na narrativa, pois 
A) traz para aquele grupo familiar o valor dessa ave 
doméstica, uma vez que ela viva poderia continuar 
dando alimento para todos. 
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B) é um momento de epifania para a menina, que 
percebe o quanto o animal poderia transformar a 
realidade de sua vida, atribuindo-lhe outro signifi cado. 
C) se caracteriza como a simbologia de uma nova 
existência, contribuindo para tornar o viver de sua 
espécie ainda mais insignifi cante. 
D) se constitui como um elemento fundamental para 
a mudança da percepção da galinha pela família, 
passando aquela a ter, por algum tempo, uma nova 
condição existencial. 
E) se transforma no acontecimento revelador para a 
própria ovípara, que nota a sua incapacidade de reagir, 
mediante a crença de que nasceu para alimentar o 
ser humano.
09. (EBMSP)
Ao teu encontro, Homem do meu tempo,
E à espera de que tu prevaleças
À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras,
Te cantarei infinitamente à espera de que um dia te
 [conheças
E convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, 
 [e os outros,
Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa.
As coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei
Minha própria rudeza e o difícil de antes,
Aparências, o amor dilacerado dos homens
Meu próprio amor que é o teu
O mistério dos rios, da terra, da semente.
Te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu
Compaixão e ternura e paz na Terra
Se ainda encontrasse em ti o que te deu.
HILST, Hilda. Poemas aos Homens do nosso tempo – IX. 
Júbilo Memória Noviciado da Paixão. Porto Alegre:Globo, 
1974; Poesias. São Paulo: Quíron; Brasília: INL, 1980. 
Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/
hilda.html#ama>. Acesso em: 05 maio 2013.
Nesse excerto do poema, o eu lírico propõe cantar ao 
homem do seu tempo sob a condição principal de
A) deparar-se com a compaixão desse homem em 
relação a ele mesmo.
B) encontrar a presença do elemento divino na existência 
desse homem.
C) preservar seu discurso humano e sofrido diante 
daquele que é seu próprio refl exo.
D) valorizar as suas experiências pessoais em face de 
um mundo conturbado e bélico.
E) presenciar a mudança de valores do homem que 
representa o momento histórico vivido.
MÓDULO – B 07
POESIA CONCRETA, POESIA 
MARGINAL, TROPICALISMO E 
PÓS-MODERNISMO
01. (EBMSP–2019)
PRADO, Silvio. Taquicardia. Disponível em: 
<http://www.lun-etta.blogspot.com>. Acesso em: abr. 2019.
A poesia visual é um gênero artístico que emprega 
elementos com disposição de palavras e / ou letras e 
imagens e tem a capacidade de produzir impacto.
Da análise do poema, é correto afirmar que o texto se 
caracteriza por
A) abordar um problema cardíaco por meio da escrita 
linear, enriquecida pela musicalidade das palavras.
B) transmitir uma mensagem rica de signifi cados em 
que fi ca evidente a ruptura total com o domínio da 
gramática.
C) fazer uma ponderação quanto à temática de que 
trata, explorando uma imagem que representa 
plasticamente a realidade enfocada.
D) tratar de um tema utilizando recursos visuais que dão 
ideia de movimento e dinamicidade, além dos verbais 
e sonoros.
E) fazer uma descrição do pulsar acelerado do coração, 
confi gurando o referido órgão como de importância 
impar para a vida.
02. (EBMSP–2016) Tudo corria sem mais, a oficina mal 
dava para o pão e para a escola do miúdo. Mas eis que 
começaram a aparecer, pelos recantos da casa, papéis 
rabiscados com versos. O filho confessou, sem pestanejo, 
a autoria do feito. 
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 – São meus versos, sim. 
 O pai logo sentenciara: havia que tirar o miúdo da 
escola. Aquilo era coisa de estudos a mais, perigosos 
contágios, más companhias. 
 Dona Serafina defendeu o filho e os estudos. O pai, 
conformado, exigiu: então, ele que fosse examinado. 
 Olhos baixos, o médico escutou tudo, sem deixar de 
escrevinhar num papel. Aviava já a receita para poupança 
de tempo. Com enfado, o clínico se dirigiu ao menino: 
 – Dói-te alguma coisa? 
 – Dói-me a vida, doutor. 
 O doutor suspendeu a escrita. A resposta, sem dúvida, 
o surpreendera. Já Dona Serafina aproveitava o momento: 
Está a ver, doutor? Está a ver? O médico voltou a erguer 
os olhos e a enfrentar o miúdo: 
 – E o que fazes quando te assaltam essas dores? 
 – O que melhor sei fazer, excelência. 
 – E o que é? 
 – É sonhar. 
 Na semana seguinte, foram os últimos a ser atendidos. 
O médico, sisudo, taciturneou: o miúdo não teria, por 
acaso, mais versos? O menino não entendeu. 
 – Não continuas a escrever? 
 – Isto que faço não é escrever, doutor. Estou, sim, a 
viver. Tenho este pedaço de vida – disse, apontando um 
novo caderninho – quase a meio. 
 O médico chamou a mãe, à parte. Que aquilo era mais 
grave do que se poderia pensar. O menino carecia de 
internamento urgente. 
 – Não temos dinheiro – fungou a mãe entre soluços. 
 – Não importa – respondeu o doutor. 
 Que ele mesmo assumiria as despesas. E que seria 
ali mesmo, na sua clínica, que o menino seria sujeito a 
devido tratamento. E assim se procedeu. 
 Hoje quem visita o consultório raramente encontra 
o médico. Manhãs e tardes ele se senta num recanto 
do quarto onde está internado o menino. Quem passa 
pode escutar a voz pausada do filho do mecânico que vai 
lendo, verso a verso, o seu próprio coração. E o médico, 
abreviando silêncios: 
 – Não pare, meu filho. Continue lendo... 
COUTO, Mia. O menino que escrevia versos. 
Disponível em: <http://www.releituras.com/ 
miacouto_menu.asp>. Acesso em: 14 abr. 2016 (Adaptação).
O texto de Mia Couto sugere que os versos do menino 
A) se tornam um bálsamo indispensável inclusive 
para o próprio médico, que passa a compreender a 
importância dessa arte. 
B) traduziam as suas dores físicas, resultantes da vida 
de pobreza extrema que levava junto com a própria 
família. 
C) simbolizam seu distanciamento do mundo concreto, 
gerando um diagnóstico que exigia atenção e cuidado 
médico constante.
D) eram o resultado de más influências tanto na escola 
quanto em casa, demandando um acompanhamento 
terapêutico após uma análise que foi além de aspectos 
fisiológicos. 
E) não foram compreendidos, de início, nem pelo 
profissional de saúde que o examinou, o que sinalizou 
a necessidade de avaliar o estado mental do jovem 
escritor mais amiúde.
03. (EBMSP–2015)
ANTUNES, Arnaldo. Cromossomos. Disponível em: 
<http://www.arnaldoantunes.com.br/upload/artes_1/173_g.
gif>. Acesso em: 15 set. 2014.
A análise temática e estilística do poema concreto de 
Arnaldo Antunes, intitulado “Cromossomos”, permite 
considerar como correta a afirmação feita em:
A) O sujeito poético brinca com as palavras que se 
desvirtuam e se contradizem em relação à temática 
essencial sobre a vida e a morte do ser humano.
B) A paronomásia se faz presente nesse jogo de palavras, 
sugerindo uma ideia de que a identidade do ser 
humano, apresentada pelo verbo “ser”, gira em torno 
de seu próprio cromossomo.
C) A relação entre as palavras – “somos cromossomos 
como cosmos” – revela, por meio da aliteração, 
a crítica do poeta em relação à realidade de 
desigualdades sociais.
D) A combinação das palavras explicita a valorização das 
pesquisas científicas na busca da diversidade humana.
E) A iteração que se estabelece na relação sonora entre 
as palavras é reiterada pela forma que se constrói, 
sugerindo que o ser humano não é reconhecido pela 
sua estrutura celular.
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04. (EBMSP–2015) 
 “Agora eu vou ensinar vocês a ter orgulho.” Ao preto ela 
ensinou ter orgulho de ser preto, com todas as coisas da 
pretidão, do cabelo à fala. Ao índio ela ensinou a mesma 
coisa.
 Ao povo, a mesma coisa, bem como que o povo é 
que é o dono do Brasil. Com isso ela passou a ser cada 
vez mais odiada e sempre descobriam onde havia uma 
escola dela, enforcavam professores, punham no tronco 
os alunos, amaldiçoavam os lugares e faziam tudo para 
destruir o que ela construía. Ela vivia se escondendo do 
Exército, que é a pior e a mais poderosa polícia de todas. 
Mas o povo gostava dela e a toda parte que ela fosse 
tinha lugar para se esconder e ninguém informava aos 
forasteiros onde ela estava escondida, tendo muitos que 
ela fosse uma santa em toda sua pura beleza.
 Não se sabe por onde anda Maria da Fé, nem o que 
está fazendo agora. Mas se sabe que, como vem escrito 
no seu nome, ela continua acreditando que um dia vai 
vencer, nem que não seja ela em pessoa, mas quem 
herde as ideias e a valentia dela, que ela acha que serão 
muitos. Como nasceu por perto da Independência, já deve 
de estar velha, porque ninguém conseguiu nunca cortar a 
cabeça dela. E talvez nem velha nem esteja, porque sabe 
o povo que ela só faz aniversário de quatro em quatro 
anos, tendo nascido num dia 29 de fevereiro.
RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o povo brasileiro. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 519-520.
Esse texto, um fragmento da obra Viva o povo brasileiro, 
do escritor João Ubaldo Ribeiro, narra a formação do povo 
brasileiro, a partir da perspectiva das vozes excluídas ao 
longo desse processo.
A partir da leitura do texto, identifique as proposições 
verdadeiras com V e com F, as falsas.
( ) O texto, em terceira pessoa, narra a história de 
uma mulher lendária que luta pela valorização e 
legitimação das classes populares, que sempre 
foram silenciadas no processo de formação do povo 
brasileiro.
( ) O sujeito narrador traz o discurso deMaria da Fé de 
forma distanciada e imparcial, pois não se reconhece 
nessa ideologia e a considera apenas um mito 
construído pelo imaginário popular.
( ) Os dispositivos criados por Maria da Fé, em seu 
itinerário de resistências às ideologias dominantes, 
buscam, essencial e contraditoriamente, a 
conscientização da identidade cultural através da 
cultura letrada instituída.
( ) A linguagem predominante na narrativa revela a 
valorização da cultura oral, visto que o narrador traz 
marcas e estruturas linguísticas de oralidade ao longo 
de sua exposição.
5
10
15
20
25
GABARITO
Módulo - B05 Acertei ______ Errei ______
• 01. A
Módulo - B06 Acertei ______ Errei ______
• 01. D
• 02. C
• 03. D
• 04. E
• 05. B
• 06. D
• 07. E
• 08. D
• 09. E
Módulo - B07 Acertei ______ Errei ______
• 01. D
• 02. A
• 03. A
• 04. C
Meu aproveitamento
Total dos meus acertos: _____ de _____ . ______ %
( ) O uso do sujeito indeterminado, em “sempre 
descobriam onde havia uma escola dela, enforcavam 
professores, punham no tronco os alunos, 
amaldiçoavam os lugares e faziam tudo para destruir 
o que ela construía” (l. 7-10), explicita as ideologias 
e ações subjugadoras dos grupos hegemônicos.
A alternativa que contém a sequência correta, considerando 
a marcação de cima para baixo, é a:
A) V V F F F.
B) V F V V F.
C) V F F V V.
D) F V F V F.
E) F F V F V.
214 Coleção 2V
2VPRV2_POR_SecaoBahiana.indd 214 02/07/19 17:08
04. (EBMSP) [...] a história humana tem registrado pragas 
devastadoras, como a da peste bubônica – também 
chamada de peste negra por deixar manchas dessa cor 
na pele – que dizimou cerca de 25 milhões de pessoas 
em uma Europa perplexa diante do misterioso “castigo”.
BANDEIRA. 2009. p. 118.
( ) “por deixar manchas dessa cor na pele” admite a 
reescrição “porque deixa manchas dessa cor na pele”, 
sem prejuízo de qualquer natureza gramatical.
MÓDULO – C 06
REGÊNCIA
Instrução: Marque V ou F em relação à análise linguística que 
se faz dos textos a seguir:
01. (EBMSP–2015) A diversidade cultural é uma marca 
registrada da Bahia, graças à mistura de povos e 
costumes. Sua história se confunde com a história do 
país. Afinal, foi aqui que nasceu o Brasil.
BAHIA é considerada a “capital” da cultura do país. 
Disponível em: <http:/twww.correio24horas.com.br/> 
(Adaptação). 
( ) A expressão “à mistura de povos” apresenta o uso 
facultativo	da	crase	e	traz	um	modificador	nominal,	
na medida em que o termo preposicionado “de povos” 
especifica	o	nome	“mistura”.
02. (EBMSP–2015) A recente resolução do Conselho 
Federal de Medicina, que disciplina o testamento vital 
[...] é a mostra do resultado dessa conquista, fruto da 
dupla evolução da Medicina; ela mostra que o cidadão 
brasileiro, cônscio dos destinos da sua própria vida, livre 
de interferências etéreas e indefiníveis, mas dentro do 
seio de sua família e a partir de uma relação médico- 
-paciente estabelecida, pode e deve decidir dignamente 
sobre os rumos da sua própria vida, de modo autônomo 
e sem qualquer consideração que o culpe caso decida 
abreviar sofrimentos. A vida e a morte do indivíduo não 
são mais uma determinação de uma vontade alheia a ele, 
humana ou sobrenatural.
BISCAIA, Leonardo. 
O caráter profundamente humano do testamento vital. 
Disponível em: <http://www.crmpr.org.br/>.
( ) A forma nominal “abreviar”, em “caso decida abreviar 
sofrimentos”, seguida do termo que lhe completa 
o sentido, constitui o complemento verbal de uma 
estrutura construída a partir de uma hipótese.
MÓDULO – C 05
CONCORDÂNCIA
Instrução: Marque V ou F em relação à análise linguística que 
se faz dos textos a seguir:
01. (EBMSP) [...] o que a Medicina tem feito para aqueles 
que adoeceram e, principalmente, para aqueles que não 
têm cura? É nesse ponto que aparece a Medicina Paliativa. 
Ao médico cumpre curar sempre, em não curando, aliviar 
sempre e, em não aliviando, consolar. Por incrível que 
possa parecer, tomou-se mais comum curar que aliviar. 
Consolar, então, nem se fala, embora não faltem recursos 
para ambos. Existem, infelizmente, muitas doenças e 
situações médicas cuja cura ainda não foi possível, mas, 
nem por isso, a Medicina deve se acomodar e negligenciar 
o muito que tem para ser feito. O paciente tem direito de 
pleitear sempre um alívio da dor, uma melhor qualidade 
de vida e, não obstante, uma melhor qualidade de morte. 
MEDICINA paliativa e qualidade de vida. 
Disponível em: <http://virtualpsy.locaweb.com.br/> 
(Adaptação).
( ) A substituição de “Existem” por “Há” em nada altera 
a estrutura frasal, sendo conservadas também as 
funções antes exercidas por todos os elementos 
oracionais.
02. (EBMSP) Faz dez anos que a Emenda Constitucional 29, 
que determina o quanto cada governo deve destinar de 
seu orçamento para saúde, vigora sem ser regulamentada, 
o que seria essencial para estabelecer o que pode ser ou 
não considerado gasto com saúde, assegurando que os 
recursos sejam, de fato, aplicados na área.
BARATA, Luiz Alberto Barradas. Paixão pelo SUS. 
Folha de S.Paulo. São Paulo, 02 fev. 2010. Opinião. p. 4. 
Tendências / Debates (Adaptação).
( ) “Faz” está usado no singular, porque o sujeito da 
oração está posposto.
03. (EBMSP) Nada impede a regulamentação da já aprovada 
Emenda Constitucional 29 – que disciplinará os gastos 
a serem computados como investimentos em saúde. 
O aporte de recursos é fundamental diante de uma rede 
à beira do caos.
ABRAHÃO, Marco Antônio. 
Saúde pública: a muleta, uma eterna desculpa. 
NewsLab: a revista do laboratório moderno. 
São Paulo: Eskalab, ano XVII, n. 100, jun. / 
jul. 2010. Opinião. p. 96 (Adaptação).
( ) A coerência da argumentação e a correção gramatical 
do	texto	ficam	preservadas	ao	se	substituir	“a	serem	
computados” por “que serão computados”.
LÍ
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215Bernoulli Sistema de Ensino
Seção Bahiana
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03. (EBMSP) Nada impede a regulamentação da já aprovada Emenda Constitucional 29 – que disciplinará os gastos a serem 
computados como investimentos em saúde. O aporte de recursos é fundamental diante de uma rede à beira do caos.
ABRAHÃO, Marco Antônio. Saúde pública: a muleta, uma eterna desculpa. 
NewsLab: a revista do laboratório moderno. São Paulo: Eskalab, ano XVII, n. 100, jun. / jul. 2010. 
Opinião. p. 96 (Adaptação).
( ) O emprego do sinal indicativo de crase, em “à beira do caos”, deve-se ao fato de ser uma locução prepositiva, cujo núcleo 
é um termo feminino.
MÓDULO – C 07
PERÍODO COMPOSTO
01. (EBMSP–2017)
LAERTE. Longe de mim ter preconceito, mas... 
Disponível em: <http://www.guiadasemana.com.br>. Acesso em: 21 set. 2016.
Levando em consideração os elementos verbais e não verbais da charge e tomando como ponto de partida o discurso “longe 
de mim ter preconceito, mas...”, o conectivo “mas” apresenta, como efeito de sentido, 
A) o contrassenso dos questionamentos presentes no discurso da interlocutora do indivíduo, que defende sua tese quanto ao 
que é transgressão das leis. 
B) uma restrição feita pela jovem ao ponto de vista explicitado pelo homem em relação ao tratamento dispensado aos 
homoafetivos ou aos heteroafetivos. 
C) a contradição na própria lógica argumentativa do personagem que generaliza a ideia de crime, sem o encadeamento de 
premissas plausíveis para que delas se tire uma conclusão cabível. 
D) uma ressalva apresentada pela mulher diante da opinião emitida pelo falante que se pronunciou primeiro sobre a forma 
como a sociedade vê a homoafetividade. 
E) uma oposição ao conceito de gênero enunciado pela voz masculina e o manifesto na contra-argumentação da ouvinte.
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02. (EBMSP–2015) Hibridação são “processos socioculturais 
nos quais estruturas práticas discretas, que existiam 
de forma separada se combinam, para gerar novas 
estruturas, objetos e práticas”. Mesmo em dúvida sobre 
práticas discretas, o entendimento é que o conceito

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