Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Infância e suas Linguagens Gabryelly Marques, Jessica Santos, Liliane, Thais Adrielle. Tutor (a): Nathalia Rissane Resumo Este trabalho tem por objetivo analisar e relatar a infância e suas linguagens na educação tendo em vista as diferentes aprendizagens que se dão por meio sucessivos nas reorganizações do conhecimento, a este processo e protagonizado pelas crianças e as suas cem linguagens. Palavra-chave: Infância e suas linguagem no meio da educação. 1.Introdução O presente artigo teve como enfoque temático voltado aos estudos das diferentes linguagens que precisam ser trabalhadas e estimuladas na infância. Onde sabemos que trabalhar com crianças pequenas é pensar nas diferentes linguagens que serão distribuídas, No momento em que emergem, as discussões sobre a educação na infância, a necessidade de nos "alfabetizarmos" nas múltiplas linguagens das crianças, para podermos então pensar numa educação voltada para elas, que respeite seu direito de viver sua infância plenamente; nessas discussões também se inclui as culturas infantis que são vistas como "o desconhecido" ou até mesmo, pouco conhecido, as quais são essenciais aos nossos saberes. Assim sendo, é necessário observarmos como educadores, alguns pontos que são primordiais para que nos tornemos alfabetizados nas múltiplas linguagens das crianças. Assim conforme Haydt (2006) “A educação em geral, e o ensino em particular, devem respeitar as diferenças individuais e os estágios do desenvolvimento infantil, em seus aspectos físico, cognitivo, afetivo e social.” O processo de construção do conhecimento é essencialmente ativo, envolvendo a assimilação e acomodação e parte dos esquemas mentais, que são prolongamentos direto da ação onde o seu processo de construção ocorre de maneira particular em cada indivíduo. 2. Infância e suas Múltiplas linguagens em construção. Trabalhar com crianças pequenas é pensar nas diferentes linguagens, assim o programa para a primeira infância realizado em Reggio Emília (Itália) tornou se reconhecido como uns dos melhores sistemas educacionais no mundo. Esta abordagem inovadora incrementa o desenvolvimento intelectual das crianças através da focalização sistemática na representação simbólica, levando as crianças pequenas a um nível surpreendente de habilidades simbólicas e a criatividade. O sistema não é privativo e elitista; pelo contrário, oferece atendimento integral à criança e está aberto para todas elas, inclusive aquelas portadoras de alguma deficiência. O professor Loris Malaguzzi, um jornalista na época, foi verificar esta história, empolgou-se com a inicialização e abandonou o emprego para sistematizar o tipo de ensino que estava a nascer. Onde a proposta central de Reggio consistia em desenvolver as cem linguagens da criança. Nascendo assim o Método Malaguzziano envolvendo a Pedagogia da Escuta. Temos por principal Objetivo na construção e formação de alunos e professores, “o que ensinar”, “como ensinar”, “porque ensinar” e “quando avaliar” As crianças pequenas são encorajadas a explorar seu ambiente e a expressar a si mesmas através de todas as suas “linguagens” naturais ou modos de expressão, incluindo palavras, movimento, desenhos, pinturas, montagens, escultura teatro de sombras, colagens, dramatizações e música (EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999). ” Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma arvore, com mais razão, não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma”. Jean Piaget Contos de fadas, fábulas, parábolas, adivinhação, causos e histórias encantadas são caminhos de entrada para o mundo da imaginação. Através desta abordagem, propõe-se uma globalização dos conhecimentos e uma interação entre as diversas formas do ensino/aprendizagem. Consta que, a percepção, antes de ser representativa, é sensório- motora e simbólica, portanto, através da ênfase no lúdico o sujeito resgata seus exercícios de desenvolvimento e, principalmente aprende com encanto, o prazer de brincar. Rubem Alves, sabiamente diz: “Coisa gostosa é brincar! Brinquedos dão alegria: bonecas, pipas, piões, bolas, petecas, balanços, escorregadores... Os brinquedos podem ser feitos com os mais diferentes materiais: madeira, plástico, metal, pano, papel. Mas há brinquedos que são feitos com algo que a gente não pode nem tocar e nem pegar: brinquedos que são feitos com palavras”. Por fim conforme Haydt (2006) A educação em geral, e o ensino em particular devem respeitar as diferenças individuais e os estágios do desenvolvimento infantil, em seus aspectos físico, cognitivo, afetivo e social. 2.1 O Papel do Professor e os Estágios de Desenvolvimento Mental das Crianças Quando falamos em professor, não estamos falando somente de uma figura catedrática, mas sim de um ser que possui sua identidade, que aparece em diversos momentos históricos. Segundo o educador Pernambuco Paulo Freire (1921-1997), o papel do professor é estabelecer relações dialógicas de ensino e aprendizagem em que o professor ao passo que ensina também aprende junto ao aluno um encontro democrático e afetivo, em que todos podem se expressar. Sendo responsável por proporcionar as crianças experiências que auxiliam a desenvolver suas capacidades cognitivas como atenção, memória, raciocínio e o bem estar em um ambiente cheio de pluralidade. No entanto Piaget desenvolveu em seus estudos estágios ou períodos de desenvolvimento mental que são: Período sensório-motor ocorre de 0 a 2 anos de idade. Período pré-operatório nesta fase ocorre o surgimento da linguagem, onde a criança passa interagir com o meio de forma mais precisa. As atividades lúdicas que são fundamentais neste processo. Essa fase ocorre dos 2 a 7 anos de idade. Período Operatório iniciasse por volta dos 07 anos e caracteriza-se pela formação das operações mentais, que são ações exercidas mentalmente, isto é de modo interiorizado. Período da Operações Concretas fase que vai dos 7 aos 12 anos de idade. Nesse período surgem as operações concretas que são ações interiorizadas, móveis e reversíveis, cuja aplicação se limita aos objetos considerados reais, isto é concretos. Período das Operações Abstratas ou Formais inicia por volta dos 12 anos de idade caracteriza-se pelo surgimento das operações intelectuais, formais ou abstratas. Que atingem um novo nível de equilíbrio por volta dos 15 anos aproximadamente. A teoria de Jean Piaget é o embasamento do construtivismo, que trata da construção do conhecimento. Junto a ele segue outro psicólogo, Lev Vygotsky, contemporâneo de Piaget que acredita que a linguagem é a base para uma interação eficaz dando possibilidades de troca e experiências. 3. Brincadeiras: Uma parte fundamental no desenvolvimento da criança O Presente artigo foi produzido a partir de fontes bibliográficas, as quais nos oferecem subsídios para uma ampla discussão sobre temas importantes em relação a construção da criança na sociedade. Quando vemos crianças brincando sozinhas ou umas com as outras, não imaginamos a aprendizagem que isso significa naquele instante. Além da diversão e do momento lúdico, indispensável a qualquer pessoa, o ato de brincar promove um desenvolvimento saudável e faz com que essas crianças se tornem adultos sociáveis, criativos e mais felizes. “Esconde-esconde, bonecas, elefantinho colorido, carrinhos… brincadeiras que fazem parte do cotidiano da maioria das crianças as ensinam defender-se, competir, cooperar, experimentar, organizar, criar, discutir, enfrentar situações inesperadas, errar, saber sobre as suas competências, conviver com os amigos diferentes e valores”, explica a psicóloga Paula Freire. Assim se observacomo é importante garantir esse direito da criança, tanto em casa, como na escola. É nesse momento que acontecem as descobertas que abrirão amplos horizontes na vida dos pequenos. A antropóloga e educadora Adriana Friedman salienta que as brincadeiras são o canal que as crianças têm para se expressar, compreender o mundo, apreender os seus objetos, espaços e interagir. É a forma que as crianças têm de socializar umas com as outras e ter diversidade de experiências, descobrir habilidades e potenciais. Tipos de aprendizagem Aprendizagem motora, espacial, sensorial, que diz respeito ao corpo no ambiente. “Enquanto brinca, a criança vai conhecendo e desenvolvendo a sua capacidade física (destreza, habilidades, precisão de movimentos, força, fôlego, etc.)”, afirma. Aprendizagem social, pois, brincando, aprende-se a conviver, criar e respeitar regras coletivas, negociar, aceitar e discutir divergências, assumir e desempenhar papéis e, socializar-se. O estímulo à imaginação, que vai enriquecer o que chamamos de ‘mundo interno’ da criança, onde ela buscará recursos criativos para as situações novas da vida. 4. A construção do saber na infância com suas cem linguagens. Embora o sistema educacional nos provocasse inúmeras curiosidades a seu respeito, não poderia deixar de registrar, neste momento tão valioso, a primeira leitura que abriu as portas para as demais: o rico poema de Malaguzzi (1999, p.1). Ao contrário, as cem existem. A criança é feita de cem. A criança tem cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, de jogar e de falar. Cem sempre. Cem modos de escutar as maravilhas de amar. Cem alegrias para cantar e compreender. Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. Cem mundos para sonhar. A criança tem cem linguagens, mas roubaram-lhe noventa e nove. A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo. Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de escutar e de não falar, de compreender sem alegrias, de amar e maravilhar-se só na Páscoa e no Natal. Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe e de cem roubaram-lhe noventa e nove. Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia, a ciência e a imaginação, o céu e a terra, a razão e o sonho são coisas que não estão juntas. Dizem-lhe: que as cem não existem. A criança diz: ao contrário, as cem existem. (Lóris Malaguzzi). Utilizando a Pedagogia da Escuta é preciso que o educador esteja atento e tenha sensibilidade para ouvir as cem linguagens, os símbolos e códigos que as crianças usam para se expressar, promovendo o diálogo, a comunicação e a aprendizagem significativa. Gostaria de citar um provérbio chinês para finalizar: "Dois homens olham por uma janela. Um vê as grades, o outro as estrelas”. Assim são os seres humanos em suas diversidades. Cada um tem opção de ver o que quer. Cabe a nós termos postura de educadores de forma que a decisão seja de cada um para chegar ao primordial: o desenvolvimento saudável de nossas crianças. Assim sendo, é necessário observarmos como educadores, alguns pontos que são primordiais para que nos tornemos alfabetizados nas múltiplas linguagens das crianças, são elas, A sensibilidade de ouvir e entender as crianças; Momentos de interação, em que possamos viver e reviver a criança existente dentro de nós; Pedagogicamente, sempre avançar para uma educação voltada à infância do que em querer alfabetizar adultocentricamente; Transformar o nosso mundo em universo infantil para assim, compreendermos as nossas crianças; Entender as cem linguagens das crianças, não podando suas capacidades de ver um mundo mais harmonioso e sem tantas dificuldades; Despertar nas crianças a compreensão de suas culturas para que vivenciem a sua infância. 5.Conclusão Desse modo, concluímos que a comunicação propicia o desenvolvimento intelectual da criança, cujo espaço escolar é o ambiente mais adequado para o seu crescimento cognitivo. Nesse sentido, a fim de compreender os processos psicológicos da criança quanto a necessidade desta se fazer entendida, Tivemos a intenção neste artigo, apresentar a contribuição da comunicação à vida da criança. Tendo em vista suas múltiplas linguagens ao decorrer do seu crescimento e desenvolvimento. Conforme Haydt afirma, “O processo de construção do conhecimento é essencialmente ativo, envolvendo a assimilação e acomodação e parte dos esquemas mentais, que são prolongamentos direto da ação onde o seu processo de construção ocorre de maneira particular em cada indivíduo”. Referências https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/infancia-e-suas- linguagens/25526 https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/as-diversas-linguagens-da- crianca.htm https://www.colegiosaojudas.com.br/o-papel-do-professor/ https://pt.slideshare.net/lindamestre/regio-emilia https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/infancia-e-suas-linguagens/25526 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/infancia-e-suas-linguagens/25526 https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/as-diversas-linguagens-da-crianca.htm https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/as-diversas-linguagens-da-crianca.htm https://www.colegiosaojudas.com.br/o-papel-do-professor/ https://pt.slideshare.net/lindamestre/regio-emilia
Compartilhar