Métodos de exploração física

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Métodos de exploração física
1ºInspeção: Utilizando o sentido da visão, esse procedimento de exame se inicia antes mesmo do início da anamnese, ou não (perguntar para o cadu).
Pela inspeção investiga-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. Pode ser:
 - Panorâmica: Quando o animal é visualizado como um todo (condição corporal); 
- Localizada: Atentando-se para alterações em uma determinada região do corpo (glândula mamária, face, membros);
 - Direta: A visão é o principal meio utilizado pelo clínico. Nessas condições, observam-se principalmente os pêlos, pele, mucosas, movimentos respiratórios, secreções, aumento de volume, cicatrizes, claudicação, entre outros.
 - Indireta: Feita com o auxílio de aparelhos, tais como: de iluminação (otoscópio, laringoscópio, oftalmoscópio, os quais são utilizados para examinar cavidades do organismo); de Raios X; Microscópio; Aparelhos de mensuração; de Registros gráficos (eletrocardiograma); de Ultra-sonografia.
2ºPalpação: O sentir é indispensável para se chegar ao saber, a palpação nada mais é do que a utilização do sentido tátil ou da força muscular utiliza-se as mãos, as pontas dos dedos, o punho, ou até instrumentos.
O sentido do tato fornece informações sobre estruturas superficiais ou profundas, como, por exemplo, o grau de oleosidade da pele de pequenos animais e a avaliação de vísceras ou órgãos genitais internos de grandes animais, pela palpação abdominal e transretal, respectivamente. Percebe-se: textura, espessura, consistência, sensibilidade, temperatura, volume, dureza, elasticidade, etc.
3ºConsistência:
Tipos de consistência:
 - Mole: Quando uma determinada estrutura reassume sua forma normal após cessar a aplicação de pressão à mesma (tecido adiposo). É uma estrutura macia, porém flexível. 
- Firme: Quando uma estrutura oferece resistência à pressão, mas acaba cedendo e voltando ao normal com o seu fim (fígado, músculo).
 - Dura: Quando a estrutura não cede, por mais forte que seja a pressão (ossos e alguns tecidos tumorais). 
- Pastosa: Quando uma estrutura cede facilmente à pressão e permanece a impressão do objeto que a pressionava, mesmo quando cessada (edema: sinal de godet positivo). 
- Flutuante: É determinada pelo acúmulo de líquidos, tais como sangue, soro, pus ou urina em uma estrutura ou região, resultará em um movimento ondulante, mediante a aplicação de pressão alternada. Se o líquido estiver muito comprimido, as ondulações poderão estar ausentes, por exemplo, o seroma. 
- Crepitante: Observada quando um determinado tecido contém ar ou gás em seu interior. Tem-se, à palpação, a sensação de movimentação de bolhas gasosas. É facilmente verificado nos casos de enfisema subcutâneo e gangrena.
4ºAuscutação: 
Consiste na avaliação dos ruídos que os diferentes órgãos produzem espontaneamente. Normalmente com o auxílio de um estetoscópio. Este método é usado principalmente nos pulmões, onde é possível evidenciar os ruídos respiratórios normais e os patológicos.
No coração, na auscultação das bulhas cardíacas normais e suas alterações para reconhecer sopros e outros ruídos. E na cavidade abdominal, para detectar os ruídos inerentes ao sistema digestório de cada espécie animal.
Pode ser:
 - Direta ou Imediata: Quando se aplica diretamente o ouvido a área examinada.
 - Indireta ou mediata: Quando se utilizam aparelhos de auscultação, como: estetoscópio, fonendoscópio, Doppler
Ruídos a seres auscultados: 
- Aéreos: Ocorrem na movimentação de massas gasosas (movimentos inspiratórios: passagem de ar pelas vias aéreas);
 - Hidroaéreos: Causado pela movimentação de massas gasosas em um meio líquido (borborigno intestinal);
 - Líquidos: Produzidos pela movimentação de massas líquidas em uma estrutura (sopro anêmico); 
- Sólidos: Deve-se ao atrito de duas superfícies sólidas rugosas, como o esfregar de duas folhas de papel (roce pericárdio na pericardite);
5ºPercussão:
É um método físico do exame em que, através de pequenos golpes ou batidos, aplicados a determinada parte do corpo, torna-se possível obter informações sobre a condição dos tecidos adjacentes, e mais particularmente, das porções mais profundas. O método consiste na percepção de vibrações no ponto de impacto, produzindo sons audíveis, com intensidade ou tons variáveis quando refletidos de volta, devido às diferenças na densidade dos tecidos.
Devem-se praticar várias vezes e se familiarizar com os sons é importante a posição quadrupedal do animal e também realizar pressão moderada com o dedo em contato com o corpo ou plessímetro
Faz-se uma avaliação da resposta sonora, ela pode ser:
-Direta: Percussão dígito-digital, ou percussão digital.
-Indireta: Martelo-pleximétrica
Os sons obtidos a partir da percussão são:
-Claro: Associado à gás em contato com
Órgãos.
-Timpânico: grande quantidade de gás em órgãos “ocos”.
-Maciço: regiões compactas desprovidas completamente de ar.
-Metálico: som hipersonoro de gás.
6ºOlfação:
Método de exploração clínica que se baseia pelo olfato, empregado no exame de transpirações cutâneas, do ar expirado e das secreções. Exemplo: Em vacas com acetonemia eliminam um odor que lembra acetona; Hálito com odor urêmico aparece em doentes de uremia; A halitose é um odor desagradável que pode ser determinado por diferentes causas, como: cáries dentárias, tártaros, afecções periodontais, presença de corpos estranhos na cavidade oral e esôfago, infecções de vias aéreas, alterações metabólicas e algumas e algumas afecções do sistema digestório. O odor de cães com gastroenterite hemorrágica (como a parvovirose) é característico e inesquecível, assim como a secreção da glândula ad anal.
7º Métodos complementares de exame:
→Punção (Centese) exploratória: Consiste na exploração de órgãos ou cavidades internas, através da passagem de um trocarte, agulha, cânula e similar, dos quais é retirado material para ser examinado com relação aos seus aspectos físicos, químicos, citológicos e bacteriológicos. Pode-se interferir sobre hematomas, abscessos e derrame cavitários. →Biópsia: Consiste na colheita de pequenos fragmentos teciduais de órgãos como os pulmões, fígado, rins entre outros, para realização de exame histopatológico.
 →Exames laboratoriais: Os procedimentos laboratoriais incluem os exames físico-químicos, hematológicos, bacteriológicos, parasitológicos e determinação enzimática.
 →Inoculações diagnósticas: Suspeitando de uma determinada enfermidade, inocula-se o material proveniente do animal doente em animais de laboratório, para verificar o aparecimento da doença.
 →Reações alérgicas: São exames que provocam respostas sensíveis nos animais, mediante a inoculação em seus tecidos, de algum antígeno sob a forma de uma proteína derivada de micro-organismos específicos que estejam ou tenham infectado o animal (testes de tuberculina). 
→Outros exames complementares mais específicos: Radiografia, eletrocardiografia.
Plano geral do exame:
▪Estabelecer uma sequência do exame
▪ Deve ser utilizado em todos os animais independente da queixa principal
▪Exame clínico
▪Exame físico