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QUADRO DISTINTIVO- DIREITO FALIMENTAR

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FALÊNCIA
	RECUPERAÇÃO JUDICIAL COMUM
	RECUPERAÇÃO JUDICIAL ESPECIAL
	RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
	 DEFINIÇÃO
	Falência é o processo de execução coletiva, no qual todo o patrimônio de um empresário decretado falido - pessoa física ou jurídica - é arrecadado, visando o pagamento da universalidade de seus credores, de forma completa ou proporcional.
	É uma medida jurídica legal utilizada para tentar evitar a falência de uma empresa.
	Amparada na Lei 11.101/05, a recuperação judicial especial é justamente voltada para essas empresas menores, auxiliando na manutenção de sua produção e de seus colaboradores, ajustando o pagamento das dívidas com os credores.
	Essa recuperação trata-se de uma renegociação das dívidas empresariais, fora das vias judiciais. Com esse benefício, o empresário pode negociar diretamente com seus credores e elaborar um acordo que poderá ou não ser homologado pelo juiz.
	PRESSUPOSTOS
	Para que exista a falência é necessária a concorrência de alguns elementos que são os seus pressupostos. De acordo com o que prescreve o Direito brasileiro, os pressupostos do estado de Falência são os seguintes:
a) Devedor empresário; b) Insolvência presumida ou confessada do devedor; c) Sentença declaratória de falência.
	A Recuperação Judicial é um mecanismo que visa auxiliar as empresas e empreendimentos que se encontra em dificuldades financeiras a superarem a crise, com especial preocupação para a manutenção da fonte produtora, a preservação da empresa e de sua função social, bem como a garantia dos interesses dos credores.
	Plano de recuperação especial, conforme art. 70, §1º da referida Lei, devendo para tanto, o devedor indicar por meio de petição a intenção de realização de rija em caráter especial, observando o art. 51 da Lei, que abarcará todos os créditos existentes, com exceção apenas dos créditos fiscais.
	Os pressupostos para a obtenção da recuperação extrajudicial são os mesmos aplicáveis à recuperação judicial, acrescido de um novo pressuposto. Assim, o devedor deverá comprovar, cumulativamente, como pressuposto para a obtenção da recuperação judicial, nos termos do art. 48 da Lei 11.101/2005.
	LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
	LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
	LEI 11.101/2005 em seu ART 5º está previsto sobre a recuperação judicial.
	O plano em regime especial, que nos termos do art. 53 da Lei, será no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial
	LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
	SUJEIÇÃO LEGAL
	
	Na recuperação judicial, o deferimento do seu processamento suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário, sendo certo que tal suspensão não excederá o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias.
	Na recuperação especial, não há necessidade de convocação da Assembleia Geral, tendo em vista que basta o plano estar adequado ao disposto no art. 71. Assim como não há suspensão das ações e execuções não envolvidas no plano, nos termos do art. 71, parágrafo único.
	A recuperação extrajudicial, prevista nos artigos 161 a 167 da Lei 11.101/2005.
	QUEM NÃO SE SUJEITA 
	As empresas públicas não se sujeitam à recuperação judicial ou à falência, em caso de insolvência. Qualificadas com personalidade jurídica de direito privado, as empresas públicas são privadas, mas seu capital é integralmente público. A pessoa é particular; o capital é público. Segundo o art. 178 do Decreto-Lei nº 200/67, se a empresa pública acusar prejuízo continuado, poderá ser liquidada ou incorporada a outra entidade por ato do Poder Executivo.
	Créditos excluídos da recuperação judicial
Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.
	A Recuperação especial é um plano de recuperação judicial para microempresas e empresas de pequeno porte e não se sujeitam aquelas que não se enquadra na respectiva legislação
	Considera-se que para fazer jus à recuperação, o empresário deve ser um empresário regular há mais de dois anos. Isto é, o empresário deve ter realizado o registro de seus atos constitutivos na REPEM, assim como suas atualizações, além de cumprir as demais obrigações profissionais do empresário, como a escrituração e leitura contábil.
	LEGITIMAÇÃO ATIVA E PASSIVA
	Legitimidade Ativa: a falência do devedor empresário pode ser requerida:
 
a) pelo próprio empresário devedor (Lei 11.101/05, art. 97, inciso I);
b) pelo cônjuge sobrevivente, por qualquer herdeiro, ou pelo inventariante do empresário individual (Lei 11.101/05, art. 97, inciso II);
c) por sócio quotista ou acionista da sociedade empresária devedora (Lei 11.101/05, art. 97, inciso III); e
d) por qualquer credor (Lei 11.101/05, art. 97, inciso IV).
 
Em relação à falência requerida pelo próprio empresário devedor, também chamada de AUTO-FALÊNCIA, nota-se que tal providência será necessária sempre que o devedor, em crise econômico-financeira, julgue não atender aos requisitos para pleitear a sua recuperação judicial. Para tanto, deverá expor as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, apresentando os seguintes documentos:
 
a) demonstrações contábeis referentes aos 03 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido;
b) relação nominal de seus credores;
c) relação de bens e direitos que compõem o seu ativo;
d) prova da sua condição de empresário;
e) os livros obrigatórios e demais documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei;
f) relação de seus administradores nos últimos 05 (cinco) anos.
 
Legitimidade Passiva: somente o empresário devedor poderá ser submetido ao processo falimentar como instrumento para a execução concursal de seu patrimônio. Assim, a Lei 11.101/05 disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário individual e da sociedade empresária.
	Legitimidade Ativa (quem pode requerer a ação de recuperação judicial) (Página O Artigo 48 da Lei 11.101 prevê taxativamente as hipóteses ou requisitos para que nasça o direito de requerer pela via judicial, o direito à recuperação judicial. Legitimidade Passiva: somente o empresário devedor poderá ser submetido ao processo falimentar como instrumento para a execução concursal de seu patrimônio. Assim, a Lei 11.101/05 disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário individual e da sociedade empresária.
	“Em razão da pequena dimensão do passivo e da pouca complexidade da recuperação de microempresas ou empresas de pequeno porte em crise, a lei adota procedimento simplificado e restringe os meios de reorganização ao parcelamento.
 As pequenas e microempresas possuem este procedimento específico, tendo em vista a previsão constitucional que determina a proteção especial aos micro e pequenos empresários.
	A recuperação extrajudicial é u procedimento concursal que busca prevenir a decretação da falência, preservando a empresa, através de acordo entre credores e devedores, ativos e passivos e todos precisam de homologação.
	OBJETIVO
	O principal objetivo do processo de falência é sanar as dívidas, os bens serão avaliados, arrecadados e distribuídos de acordo liquidando as dívidas com os credores, funcionários indenizações trabalhistas, despesas do processo e sócios caso o ativo arrecadado maior que o necessário.
	Objetivos da recuperação preservar a empresa como unidade de produção, geradora de postos de trabalho, tributos e riquezas, invocando sua função social e o estimulo a atividade econômica.
	A lei pretende conceder algumas facilitações e reduções de encargos para as empresas enquadradas no regime jurídico das pequenas empresas. No entanto, no intento de simplificar procedimentos o legislador,muitas vezes, acabou por limitar as formas de implemento do plano de recuperação judicial dessas empresas.
	
	JUÍZO COMPETENTE
	A finalidade da lei é de que a falência seja decretada no juízo em que seja mais fácil fazer a arrecadação dos bens do falido. Portanto, para decretar uma quebra, o juízo competente considera a sede do principal estabelecimento do comerciante, ou seja, o lugar em que o comerciante centraliza sua atividade; o centro do qual se irradiam todos os seus negócios, onde se faz a contabilidade geral de suas operações. É o centro diretor das atividades do comerciante. Essa situação é esclarecida no artigo 3º da Lei de Falências (LF).
	Refere-se ao juiz que possui poder para conhecer e julgar a questão. A competência do juiz é a medida do poder de julgar, que lhe é atribuído por lei, e divide-se, em regra, segundo três critérios: em razão da pessoa, do lugar e da matéria.
	O juiz que possui poder para conhecer e julgar a questão. A competência do juiz é a medida do poder de julgar, que lhe é atribuído por lei, e divide-se, em regra, segundo três critérios: em razão da pessoa, do lugar e da matéria.
	O juízo competente para julgar a recuperação é juízo do principal estabelecimento do devedor, conforme preleciona o artigo 3º da Lei 11.101/2005. Considera-se o principal estabelecimento para esta finalidade, o local em que existe o centro decisório, ou seja, o local de tomada de decisões do devedor.
	CREDORES SUBMETIDOS
	A decisão que decreta a falência coloca o falido e seus credores no chamado regime jurídico-falimentar. A partir de sua edição, a pessoa, os bens, os atos jurídicos e os credores do empresário falido são submetidos a um regime jurídico especifico, no qual o devedor é afastado de suas atividades.
	Estão sujeitos aos efeitos da recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido de recuperação, mesmo que não vencidos. A previsão é geral e engloba todas as dívidas da empresa em recuperação.
	Os credores titulares de mais da metade de qualquer uma das classes de créditos venham a juízo se opor ao plano, o juiz deverá julgar improcedente o pedido de recuperação judicial, sendo decretada a falência! segundo prescrito no parágrafo único do art. 72.
	Assim sendo, os credores que podem estar abrangidos pelo plano de 
Recuperação extrajudicial são:
a) os com garantia real; 
b) os com privilégio especial; 
c) os com privilégio geral; 
d) os quirografários; 
e) os subordinados
	ÓRGÃOS DO PROCESSO
	O Juiz de Direito, O Ministério Público, O Administrador Judicial. 
	O Comitê de Credores, por sua vez, exerce função predominantemente fiscalizadora no interesse de todos os credores sujeitos ao processo recuperacional. Entretanto, também exerce funções consultivas e de gestão.
A Assembleia Geral de Credores é o órgão de deliberação no processo recuperacional, cujas atribuições estão expressa e detalhadamente previstas em lei.
Vale destacar que todos esses órgãos existem e exercem funções não somente no processo de recuperação judicial, mas também no processo falimentar, conforme será explicado abaixo.
	Com a autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o comitê de credores.
	O plano de recuperação extrajudicial poderá ser apresentado pelo juiz para homologação.
	COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS
	Juiz de Direito: É a autoridade judiciária designada para presidir o processo de falência, exercendo função judicante e administrativa.
Ministério Público: É denominado “curador de massas”.
Atua no processo como fiscal da lei, buscando sempre o cumprimento de seu papel constitucional na defesa do interesse público.
Administrador Judicial: É responsável pela condução do processo de falência ou de recuperação judicial, que não poderá ser substituído sem autorização do juiz.
	O Comitê de Credores é órgão deliberativo, de formação facultativa, composto por representantes das classes de credores e com função predominantemente fiscalizadora, mas também consultiva (como, por exemplo, impugnação de crédito, pedido de restituição, alienação extraordinária de ativos etc.) e de gestão no caso de afastamento da administração da sociedade em recuperação judicial.
	Compete ao juiz julgar improcedente o pedido de recuperação e falência do devedor.
	A Lei 11.101 de 2005 disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, e seu artigo 3º preceitua que:
Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. (Destacamos)
	POSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO
	Depreende-se do enunciado que a Lei de Recuperação e Falências de 2005 possibilita a suspensão as ações e execuções previstas no dispositivo legal, ressalvado os coobrigados. O artigo 6º da Lei 11.101/05, dispõe: “A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário”.
	O prazo de 180 dias de suspensão das execuções contra a empresa em recuperação judicial – o chamado stay period –, previsto no parágrafo 4º do artigo 6º da Lei 11.101/2005, deve ser contado em dias corridos, mesmo após as novas regras do Código de Processo Civil de 2015.
Com esse entendimento, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu provimento ao recurso de um banco credor para determinar que o prazo usufruído pela empresa em recuperação seja de 180 dias corridos, reservada ao juízo competente a possibilidade de prorrogação, se necessária.
	 A suspensão de ações e execuções só ocorreram para aquelas que estiverem previstas no plano especial. No plano ordinário, como afirmado anteriormente haverá a suspensão de ações e execuções independentemente de constar no plano e serão deferidas pelo juízo já no deferimento da recuperação.
	A recuperação extrajudicial não gera a suspensão das ações e execuções, que prosseguem normalmente. Uma vez elaborado o plano de recuperação, o devedor apresentará em juízo para a homologação, que será sempre obrigatória.
	CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS
	Créditos concursais: seriam aqueles que em si fundam a falência. Sua denominação advém de uma das acepções inerentes à falência, a de procedimento instaurado para o concurso entre credores em situação idêntica para a satisfação dos direitos patrimoniais que detêm sobre o devedor, que na verdade se apresenta apenas como efeito da quebra e instrumentaliza a responsabilização patrimonial da empresa.  
Créditos Extraconcursais: Por sua vez, embora evidentemente atinentes ao procedimento falimentar, possuem em relação a este um caráter instrumental. Tratam-se dos créditos formados quando da execução de medidas necessárias à satisfação dos credores concursais. A Lei nº 11.101/2005, em seu art. 84, confere prioridade de seu adimplemento em comparação com os créditos que fundam a declaração de falência.
	Nessa Assembleia, as três classes de credores - a dos titulares de créditos derivados da legislação trabalhista, a dos titulares de créditos com garantia real e a dos titulares de créditos quirografários - unidos pelos seus interesses próximos, tomam decisão acerca da aprovação ou não do plano de recuperação judicial, que regula como serão feitos os pagamentos.
	A classificação é feita com base no valor auferido por elas anualmente.
	A habilitação é o procedimento pelo qual os credores passam a ingressar na recuperação judicial ou na falência. Isto porque, até, o início da habilitação, apenas o devedor havia informado seus débitos e sua natureza. A habilitação encontra-se prevista nos artigos 7º ao 20 da Lei 11.101/2005.

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