Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY CEFALEIAS: MUITO MAIS QUE ENXAQUECA Objetivos ▪ Identificar aspectos primordiais para anamnese e exame físico em pacientes com queixa de dor de cabeça; ▪ Identificar sinais de alarme para hipótese de cefaleia secundária (Objetivo principal); ▪ Aprender os critérios diagnóstico das cefaleias primárias mais comuns na prática clínica. Cefaleias ▪ Possivelmente, é o sintoma mais comum da prática clínica; ▪ 80-90% dos indivíduos apresentarão, ao menos uma vez na vida, um episódio de cefaleia; ▪ 30% dos indivíduos apresentarão, ao menos uma vez ao ano, um episódio de cefaleia, e metade deste número, mais de dois; ▪ Causa de perda de 150 milhões de dias de trabalho e 329 mil dias de escola/ ano; ▪ Didaticamente, as cefaleias podem ser divididas entre primárias, secundárias e outras causas. O que é importante perguntar se o paciente tem QP: “dor de cabeça” ▪ Idade de início; ▪ Presença de aura ou pródromo; ▪ Frequência, intensidade (0 a 10) e duração da crise (entra como critério de diagnóstico, por isso, muito importante). ▪ Número de dias por mês; ▪ Qualidade, localização (frontal, parietal, occipital, holocraniana etc) e irradiação da dor; ▪ Fatores que precipitam ou aliviam; ▪ Efeito da atividade física na dor (paciente fica agitada, ou fica parada, e, já melhora); ▪ Relação com determinados tipos de alimentos e álcool; ▪ Sintomas associados (fotofobia, sonofobia, etc); ▪ Histórico familiar; ▪ Resposta a tratamentos prévios (uso antidepressivo? Teve efeito adverso? Quanto tempo? Parou por que?); ▪ História de trauma; ▪ Mudanças: trabalho, dietas, atividade física, método contraceptivo, sono, estresse. DISCIPLINA BASES ANATÔMICAS DA SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA AULA 8- CEFALEIAS: MUITO MAIS QUE ENXAQUECA PROFESSOR JÉSSICA 2 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY Padrão de evolução CRÔNICA PROGRESSIVA: É a que começa levinha, e, com o passar dos dias, ela vai aumentando de intensidade, que é típica de quadros relacionados a uma hipertensão intracraniana. Esse, também fala a favor de uma cefaleia secundária, mas com uma evolução insidiosa, ao longo de dias, semanas, e, as vezes, até meses, que pode estar relacionada a algum processo expansivo do SNC. AGUDA RECORRENTE: É o que acontece tipicamente nas crises de enxaqueca. A cefaleia começa bem de leve, às vezes sentimos sintomas até prodrômicos, tem pessoas que tem alteração de humor, insônia, diarreia, podendo ser um sintoma prodrômico da crise de enxaqueca. Tem pessoas que tem aura, ou seja, alterações visuais até uma hora antes das crises de enxaqueca. Essa começa de leve, vai progredindo, tem um pico de intensidade, depois se você tratar, ou a pessoa dormir, tomar um banho, descansar, a crise vai começar a diminuir. CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA: É uma dor que vem todos os dias, tem um pico, às vezes, durante o dia, de elevação da intensidade, depois de alguma coisa, por exemplo, de fazer atividade física, tirar um cochilo a tarde, ou então, tomar algum suco, algum café, e, aquela dor diminui, sendo o padrão típico da cefaleia tensional. AGUDA EMERGENTE: Começa de leve, tem um platô, e, às vezes, em questão de minutos, segundos, ou até dias (mais comum é a evolução em minutos), ela atinge um pico, e, cada vez mais ela se eleva. Esse padrão é o que chama atenção para a possibilidade de se tratar de uma cefaleia secundária, já que, ela é rapidamente progressiva, em minutos a pessoa já fala que está com uma cefaleia que está com a intensidade evoluindo muito rapidamente, nunca teve esse padrão de comprometimento antes, e, diante desse padrão verdinho, o que precisa passar pela nossa cabeça é um quadro vascular, uma hemorragia subaracnoide por ruptura de aneurisma, congênito, na maioria das vezes. Sinais que sugerem gravidade ▪ Início abrupto ou cefaleia persistente que atinge seu auge em segundos ou minutos. (HSAE X migrânea); É muito importante perguntarmos se o paciente já teve esse tipo de dor antes, e, se ele não tiver tido, é necessário investigarmos hemorragia subaracnoide. ▪ Ausência de cefaleias similares no passado e o relato de “primeira” ou “pior” cefaleia da vida; Toda cefaleia que mude de padrão precisa ser investigada, pode ser uma mulher de 40 anos, que apresenta enxaqueca desde os 13 anos de idade, toda semana, essa apresenta uma crise, só que, agora, de duas semanas para cá, ela tem apresentado cefaleia em peso, na região supraorbitária, com dor ao movimentar os olhos, mudando totalmente o padrão de cefaleia dela, e, nesse caso, teremos que investigar. ▪ Padrão de piora; ▪ Déficits focais; Todo paciente que se apresenta com alguma alteração, seja de par craniano, seja sensitiva, seja motora, ele precisa ser investigado. ▪ Febre associada à cefaleia; Temos que pensar em processos infecciosos do SNC. ▪ Qualquer alteração do nível de consciência, personalidade; Não é raro, no caso de neurotuberculose, que é uma Meningoencefalite, tipicamente crônica, nas primeiras semanas de evolução, o que o paciente apresenta, muitas vezes, é alteração de personalidade. E esses pacientes, muitas vezes, são diagnosticados com transtorno depressivo, transtorno bipolar, transtorno esquizoafetivo, e, depois, de 2, 3, 1 mês, de evolução disso tudo, ele começa a apresentar os sintomas infecciosos, febre, rebaixamento do nível de consciência, e, então, faremos o diagnóstico correto em relação a essa infecção. ▪ Início abrupto após atividade física; Tudo que aumenta pressão sanguínea de qualquer modalidade, até atividade sexual, entra como sinal de gravidade para algum comprometimento vascular. ▪ Cefaleia que irradia para a região cervical (dissecção carotídea) >> rigidez de nuca (meningoencefalite); 3 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY Cefaleia que irradia para região cervical, é muito importante investigarmos dissecção carotídea, principalmente, se o paciente tem história de trauma, e, se tem rigidez de nuca, é muito importante pesquisarmos Meningoencefalite, que pode ocorrer tanto de forma relacionado com microrganismos, que entram no SNC, como vírus, fungos, bactérias, parasitas, até hemorragia subaracnoide que pode mimetizar um quadro de meningoencefalite. ▪ Nova cefaleia em pacientes com menos de 5 anos ou mais de 50 anos; ▪ Nova cefaleia em paciente com câncer, transplantados, HIV, gestante ou puérpera (imunossupressos em geral). Esses, são pacientes que tem padrão de comprometimento, tanto de processos expansivos do SNC, e, em processos de neoplasia, precisamos fazer rastreio para metástase para SNC. Em alguns tumores, que são mais comuns, como melanoma, câncer de mama, câncer de pulmão. Paciente HIV positivo, ele pode apresentar tumores, como sarcoma primário do SNC, como também para processos infecciosos, como neurotoxoplasmose, neurocisticercose. Gestante ou puérpera, precisamos ficar de olho, já que podem fazer Trombose Venosa Central. Exame físico ▪ PA e FC; Dor de cabeça sendo ocasionada pelo aumento da pressão não é tão comum, o mais comum é que o paciente tenha dor, e, ao aferir a pressão, essa esteja elevada por conta da própria dor. ▪ Auscultar sopros cervicais, órbitas e crânio à procura de malformação arterial; Ausculutar órbitas e sopros cervicais, é muito importante para descartarmos fístulas liquóricas. Além de alguns pontos do crânio, a procura de mal formação arterial. ▪ Palpar cabeça, pescoço e ombros; Algumas regiões da cabeça que palpamos são régios de ATM, regiões do músculo temporal, região do ECOM, região occipital, e, região do trapézio. ▪ Checar artérias temporais; Pacientes, principalmente mulheres acima de 50 anos, com queixa de cefaleia recorrente na região temporal, irradiando para fossa orbital, ou para região parietal, nós precisamos olhar com muito critério as artérias temporais, para fazer diagnóstico de arterite temporal. Lembrando que, arterite temporal podelevar a amaurose, paciente pode ter perda visual do mesmo lado da dor, do mesmo lado da arterite, então, precisamos fazer esse diagnóstico diferencial. É uma doença de caráter inflamatório, autoimune, que tem tratamento, e, a gente precisa, para fazer o tratamento, identificar essa moléstia na prática clínica. ▪ Examinar musculatura do tronco e pescoço; Já que, com a musculatura do tronco, e, do pescoço alteradas, conseguimos, por exemplo, identificar uma linfonodomegalia, uma região com protuberância óssea, fazendo menção a algum processo expansivo, algum processo metastático, até, por exemplo, pela musculatura do tronco, podemos identificar pacientes com tórax mais elevado, como pacientes com tórax em barril, os quais estão sujeitos a hipoxemia crônica, que tem DPOC, então, essa pode ser uma cefaleia relacionada a um DPOC, e, esse pode levar a um tipo de cefaleia clínica bem característica, ▪ Exame neurológico à procura de sinais focais que deve incluir fundoscopia e otoscopia. O exame neurológico tem que ser feito em todo paciente com queixa de dor de cabeça, e, o ideal, é fazermos também a fundoscopia, e, a otoscopia. Demonstração da sistematização da semiotécnica do exame físico cefaliátrico, conforme padronização do Ambulatório de Cefaléia e Algias Cranio-Faciais do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP) Apresentador: Prof. Dr. José Geraldo Speciali - Professor Associado do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e Coordenador do Núcleo de Estudos de Cefaléia do HC-FMRP-USP Realização: Sociedade Brasileira de Cefaléia - SBCe (http://www.sbcefaleia.com). O vídeo também pode ser visto no link: http://www.sbcefaleia.com/component/c...; https://www.youtube.com/watch?v=wrRU8jAHdp8. Indicação de Estudo por Imagem ▪ Mudança recente no padrão, frequência ou severidade da dor; ▪ Cefaleia progressiva a despeito de analgesia; ▪ Sinais ou sintomas focais (estrabismo convergente que antes não tinha, ptose, déficit de força em alguma parte do corpo); ▪ Início da dor após esforço, tosse ou atividade sexual; ▪ Sopro em órbitas; ▪ Início da cefaleia após 40 anos de idade (isso porque as primárias não costumam ocorrer nessa idade). Casos Paciente com 45 apresenta dor desde os 15 anos de idade (depois que comecei a tomar anticoncepcional), e, agora essa dor tem incomodado muito, atrapalha muito no trabalho, atrapalha minha concentração, e, agora, essa paciente diz não saber mais o que fazer. Já que, apesar de tomar analgésico, essa não alivia, sendo que antes melhorava com Dipirona, e, agora mesmo tomando Dipirona e Paracetamol juntos, ela não alivia. Uma amiga do trabalho disse que a dor de cabeça dela melhora com Dorflex, mas a da paciente não melhorou com remédio algum. Perguntar a paciente Idade de início: Adolescência. Presença de aura ou pródromo. https://www.youtube.com/redirect?event=video_description&redir_token=FW1QSmgxUfjeqLGVCxahNo0673R8MTU4Njg4OTA1NkAxNTg2ODAyNjU2&q=http%3A%2F%2Fwww.sbcefaleia.com&v=wrRU8jAHdp8 https://www.youtube.com/redirect?event=video_description&redir_token=FW1QSmgxUfjeqLGVCxahNo0673R8MTU4Njg4OTA1NkAxNTg2ODAyNjU2&q=http%3A%2F%2Fwww.sbcefaleia.com%2Fcomponent%2Fcontent%2Farticle%2F174%2F206-exame-cefaliatrico&v=wrRU8jAHdp8 https://www.youtube.com/watch?v=wrRU8jAHdp8 4 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY Frequência, intensidade e duração da crise. Número de dias por mês: Cefaleia agora aumentou a frequência, e, agora, ela tem a dor de cabeça por pelo menos duas vezes por semana, a intensidade chega a 9 em 10, a duração das crises dura ao todo de 2 a 3 dias, então, dura de 48 a 72 horas, e, o número de dias por mês que ela tem a dor já passa de 25 dias por mês com dor nos últimos 3 meses. Qualidade, localização e irradiação da dor: A qualidade é uma dor pulsátil parecendo que o coração está dentro da cabeça, localiza-se na região frontotemporal. Geralmente, em uma crise ela vem de um lado, depois troca para o outro lado. Fatores que precipitam ou aliviam: Não está mais sendo possível perceber os fatores que precipitam, nem os fatores que aliviam. Efeito da atividade física na dor: Não dá nem pra pensar em atividade física. Relação com determinados tipos de alimentos e álcool: Noto sentir dor quando como chocolate, e, quando como melancia. Bem como com alguns tipos de vinho. Sintomas associados: Sempre tenho náusea, algumas vezes vomito associado, luz incomoda muito, bem como, ficar em ambiente muito claro, som também incomoda muito. Histórico familiar: Ninguém com esse tipo de dor na família. Resposta a tratamentos prévios: Só tomo analgésico, sem tratamentos prévios para isso. História de trauma. Mudanças: trabalho, dietas, atividade física, método contraceptivo, sono, estresse: Promovida a gerência no setor de trabalho, e, é telefonista. Não faz dieta. Tem sobrepeso. Não pratica atividade física. Não usa método contraceptivo. Sono está prejudicado. Tem muito estresse no trabalho. MIGRÂNEA SEM AURA Diagnóstico sindrômico: Síndrome álgica do tipo cefaleia. Diagnóstico topográfico: Podemos colocar córtex difuso, e, interrogar um comprometimento de trigêmeo (qualquer dor na cabeça, devemos lembrar desse nervo). Diagnóstico etiológico: Migrânea (ou enxaqueca, já que são sinônimos) sem aura. No caso da nossa paciente, nós temos uma paciente que já teve mais de 5 episódios iguais de dor ao longo de sua vida, que durava de 4 a 72horas. Era uma dor que pegava região fronto-temporal, e, que alternava. O padrão da dor era de agudizações. Tinha intensidade moderada a severa, uma dor que o paciente queixa na escala numérica de intensidade maior que 7, e, essa dor, piora com a atividade física. Isso porque o paciente tem fotofobia e fonofobia, pode ter náuseas ou vômitos associados, e, é uma cefaleia que não é explicada por outras manifestações clínicas, ou, por outras doenças. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS CEFALEIAS MIGRÂNEA SEM AURA MIGRÂNEA COM AURA A) Paciente tem que ter tido pelo menos 5 crises, preenchendo os critérios de B) a D). B) Paciente tem que ter crises de cefaleia de 4 a 72 horas se não tratadas. C) Cefaleia com mais ou com 2 das seguintes características: 1- Localização unilateral; 2- Caráter pulsante, ou latejante; 3- Intensidade moderada a grave; 4- Agravada, ou causando comportamento de evitação de atividade física. O paciente as vezes não sabe dizer se piora com atividade física, visto que, esse paciente nunca tentou fazê-la durante a dor, já que não suporta nem pensar nessa possibilidade. D) Durante a crise de cefaleia, paciente precisa ter ao menos 1 dos seguintes: 1- Náusea ou vômito; e, se não tiver náusea ou vômito, 2- Precisa ter fotofobia e fonofobia. E) Não é explicado por outro critério diagnóstico da classificação internacional das cefaleias, ou por outra alteração sistêmica. A) Paciente precisa ter pelo menos 2 crises, preenchendo os critérios B) e C). B) Paciente tem que ter pelo menos 1 dos seguintes sintomas de aura completamente reversíveis, ou seja, teve por exemplo, um déficit motor, e, depois esse déficit melhorou totalmente, antes, durante, ou depois da ocorrência da dor de cabeça. Sendo que o mais comum é que o sintoma apareça 5 a 60 minutos antes da dor de cabeça começar. 1- Visual. 2- Sensorial. 3- Fala e/ou linguagem (ex, afasia ou disartria). 4- Motor (ex, hemi ou monoparesia). 5- Tronco encefálico (algum sinal de par craniano, como anisocoria, estrabismo, alteração do rubor da face). 6- Alteração retiniana. C) E, pelo menos 2 das seguintes 4 características: 1- Pelo menos 1 sintoma de aura progredindo por mais que 5 minutos, e/ou pelo menos 2 sintomas que ocorreram em sucessão. 2- Cada sintoma individual dura de 5 a 60 minutos. 3- Pelo menos 1 sintoma da aura é unilateral (ex, escotoma/déf. De força em umsó lado). 4- Aura é acompanhada por cefaleia em menos de 1 hora desde o início dos sintomas. D) Não foi identificado por nenhum outro critério diagnóstico, e, um ataque isquêmico transitório foi excluído (ou seja, paciente apresenta exame de imagem normal, não apresenta critérios de fatores de risco cardiovasculares). 5 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY Aura visual Essa é a figura de uma aura visual, onde temos na parte escura um escotoma (mancha escura que não permite ver naquela região do campo visual), e, esse escotoma, tem um realce cintilante na região lateral, e, por isso, é chamado de “escotoma cintilante”, e, esse é tipicamente unilateral. Pode durar de 5minutos a 1 hora, e, precede, tipicamente, a dor de cabeça em até 1 hora. Entretanto, a aura pode ser conjunta, pode vir durante a crise, ou depois da crise de enxaqueca. Ou então, ela pode vir sozinha, e, a crise de enxaqueca nem aparecer. CEFALEIA TIPO TENSIONAL Considerações gerais ▪ Primeira em frequência (40-70%). ▪ Incidência igual em ambos os sexos. ▪ Início a partir da segunda ou terceira década (problemas emocionais, familiares e profissionais). ▪ Cefaleia geralmente não incapacitante (Migrânea incapacita) e leva a menor procura de assistência médica. ▪ Caráter peso-pressão bilateral geralmente, sem fenômenos associados e pode estar associada a dolorimento da musculatura pericraniana. ▪ Tensão emocional como fator desencadeante principal. Os outros podem ser situações que exigem contração muscular prolongada: -Esforços visuais; -Dirigir veículos; -Outras situações de estresse. Critérios diagnósticos A) Paciente precisa ter pelo menos 10 episódios ocorrendo 1 a 14 dias por mês, por mais que 3 meses consecutivos (ou maior ou igual a 12, e, menor que 180 dias por ano) para tensional frequente, e, preenchendo critérios B) a D). B) Duração de 30 minutos a 7 dias. C) Pelo menos 2 das seguintes características: 1- Localização bilateral; 2- Caráter em peso ou pressão (não-pulsátil); 3- Intensidade leve ou moderada (Geralmente, não ultrapassa 6 na escala numérica de dor); 4- Não é agravada por atividade física rotineira (paciente que dá aula de sipinning, por ex, está com a dor, mas essa não piora com a atividade física). D) Ambos dos seguintes: 1- Sem náuseas ou vômitos; 2- Não mais que um de fotofobia ou fonofobia. E) Não é melhor classificada por outro diagnóstico. OBS: Quem tem um tipo de dor, tem sempre tendência em ter mais, por isso, quem tem enxaqueca, tem mais chance de ter esse tipo de cefaleia. Às vezes, não quando o paciente já é crônico, é difícil identificar quem veio primeiro, a enxaqueca, ou, a cefaleia tensional. Por isso é muito importante perguntar se a dor atual, é a mesma de quando era jovem, que as vezes dava náusea, as vezes vomitava. CEFALEIA TRIGÊMINO-AUTONÔMICA SUBTIPO: CEFALEIA EM SALVAS Considerações gerais ▪ Cefaleias primárias relativamente raras; ▪ Cefaleia caracterizada por dor muito intensa (“dor 12” em uma escala de 0 a 10, paciente pode ficar muito agitado durante a crise), recorrente, de curta duração ( menos de 1 minutos, até 10 minutos a 1 hora, geralmente, as crises não passam de 60 a 90 minutos), notadamente unilateral, localizada preferencialmente na região supraorbitária e frequentemente associada a 1 ou mais sintomas autonômicos cranianos (edema palpebral, rubor facial, lacrimejamento, e, vermelhidão da conjutiva, são os sintomas autonômicos principais) ipsilaterais à dor; ▪ Dor extremamente incapacitante, com grande impacto funcional; ▪ A frequência e a duração das crises de dor são dados essenciais para a distinção entre os diferentes tipos de CTA, constando inclusive como critérios diagnósticos. Geralmente, tem um padrão de recorrência muito característicos, aparecem sempre no mesmo periodo sazonal (paciente fala que todo mês de maio, por ex. começa a ter a crise, e, quando acaba o mês de maio, ele para), tem padrão de repetição característico (todo dia as 3 da manha é acordado pela crise de dor, durante 10 dias por ano no verão, ou no inverno, as dores as vezes duram 5 minutos, para, depois volta), padrão de repetição característico, e, em conjutno, podem ter esses sintomas autonômicos com rinorreia, hiperidrose, aumento do suor na face, etc. 6 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY Critérios diagnósticos A) Pelo menos 5 critérios preenchendo os critérios B) e C). B) Dor forte, ou, muito forte, unilateral, supraorbitária, ou temporal, com duração de 15 a 180 minutos se não tratada. C) Com um dos 2, ou, ambos os seguintes: 1- Pelo menos 1 dos sintomas ou sinais ipsilaterais à cefaleia. -Hiperemia conjuntival ou lacrimejamento. -Congestão nasal ou rinorréia. -Edema palpebral. -Sudorese facial e da região frontal. -Rubor facial e da região frontal. -Sensação de plenitude do ouvido. -Miose ou ptose. 2- Sensação de agitação ou inquietação durante as crises. D) As crises têm duração de uma a cada 2 dias, até 8 crises por dia, durante mais da metade do tempo em que a perturbação está ativa. Ou seja, o paciente chega na consulta dizendo exatamente onde doi, quais dias do ano a dor aparece, e, quantas crises ele tem por dia durante esse período do ano que a dor aparece. E) Não é melhor explicado por outro diagnóstico.
Compartilhar