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Behaviorismo, Gestalt, Psicanálise, Humanismo: Possibilidades x Limitações

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Artes Visuais, Licenciatura EAD
Psicologia da Educação - Atividade Portfólio 1 - Ciclo 2
Discente: Nerize Portela Madureira Leôncio
Porto Seguro-BA
2020
Abordagens 
Pedagógicas
Possibilidades Limitações
Behaviorismo/
neobehaviorismo
O Behaviorismo é a psicologia que trata 
do comportamento observável, através 
de Watson e Pavlov. Estes teóricos 
observaram principalmente o comporta-
mento animal, e através deste trabalho 
minucioso desenvolveram os conceitos 
de reflexos condicionado/
incondicionado, modelo estímulos/
respostas. Já Skinner, traz alguns 
conceitos importantes como a definição 
de comportamento operante do 
homem: antecessor e sucessor, para se 
trabalhar com o reforço positivo ou 
negativo. O reforço atua de maneira a 
estimular um comportamento que o 
professor deseja, ou extinguir 
comportamentos indesejáveis. Essa 
psicologia trabalha com os aspectos 
mais externos dos comportamentos e 
assim permite mais objetividade para o 
professor lidar com situações cotidianas 
em sala de aula, ex: estimular um aluno 
através de um elogio. 
Outras contribuições neo-behavioristas 
são as teorias de Albert Bandura mais 
adaptadas e evoluídas para contexto 
atual da contemporaneidade, pois adota 
uma postura teórica “viva”, em constante 
modificação. Este importante teórico, 
sócio-behaviorista, traz à luz os 
conceitos de autoeficácia e auto-
estima, que contribui para humanizar a 
corrente behaviorista, levando em conta 
aspectos sociais, subjetivos e cognitivos 
do aprendizado dos indivíduos por meio 
da interação social é o reforço vicário. 
Por ser uma psicologia muito objetiva e 
racional o Behaviorismo excluía 
importantes fatores da análise 
comportamental, como os aspectos 
subjetivos da complexidade humana, e 
fatos ligados à percepção. Acredito que 
isto se deveu a análise ter sido 
fundamentada principalmente na 
observação do comportamento animal. 
Portanto a melhor maneira de lidar com 
desconhecido, era negar os aspectos 
da mente as quais, não dominava como 
a percepção, raciocínio, imaginação e 
criatividade. Aspectos estes, 
explorados pela Gestalt, que foi 
ferrenha crítica aos Behavioristas. Por 
tratar apenas dos comportamentos 
observáveis, constituía-se numa análise 
bastante empobrecida em suas fases 
mais radicais, baseadas no modelo E-R 
(estímulo-resposta). O reforço seria 
uma maneira de criar uma metodologia 
de recompensa/castigo a depender do 
comportamento de um aluno, que visa 
a reforçar atitudes desejáveis pelo 
professor, ou retirar (reprimir) 
comportamentos indesejáveis do aluno. 
Vejo a corrente mais antiga behaviorista 
como um tipo de visão simplificada e 
reducionista do ser humano, como se o 
aluno fosse uma máquina de inputs/
outputs, sempre pronta a fornecer 
respostas esperadas ou iguais. Cai no 
risco de criar uma relação robotizada 
entre aluno e professor, impedindo 
muitas vezes a criatividade e a beleza 
que o acaso podem trazer, gerada pela 
naturalidade, autenticidade e 
criatividade do aluno.
Gestalt
Gestalt, psicologia da ‘forma’, foi um 
movimento coeso surgido na Europa e 
principalmente na Alemanha estudado 
por Wertheimer, Koffka e Köhler. Os 
gestaltistas investigaram a fundo o 
funcionamento do cérebro e da aprendi-
zagem através da percepção das figuras, 
formas, elementos sensoriais e do 
fenômeno da ilusão de ótica. Estes 
estudos trouxeram a questão do 
processo global de aprendizagem, ou 
seja, como as imagens são captadas e 
organizadas no cérebro que funciona de 
modo dinâmico. O conhecimento destes 
fenômenos ajudaram na compreensão 
de que os modos de perceber variavam 
nos indivíduos, influenciando diretamente 
nos comportamentos. Segundo eles a 
percepção vai muito além do que os 
olhos vêem. Este movimento deu origem 
também à Gestalt Terapia, por Fritz 
Perls e Laura Perls, que dá atenção a 
como colocamos o significado e damos 
sentido ao nosso mundo, através das 
nossas experiências. Outro conceito de 
grande importância trazido pelos 
Gestaltistas, principalmente para o 
campo da arte-educação, é o de insight, 
termo também utilizado na arte que 
designa um momento chave no processo 
de criação. Na perspectiva da psicologia 
da gestalt, relaciona-se ao momento de 
compreensão profunda dentro de nós 
quando ocorre o aprendizado. Outros 
conceitos trazidos pela Gestalt, podem e 
são largamente explorados na arte-
educação em sua relação com análise de 
imagens, pois relacionam-se diretamente 
com a forma como nosso cérebro capta 
e organiza imagens. São eles: proxi-
midade, continuidade, semelhança, 
preenchimento, simplicidade, figura-
fundo. Segundo a Psicologia da Gestalt 
nosso cérebro tende a unir pedaços do 
todo, tende a unificar elementos sepa-
rados. A este conceito chamavam 
isomorfismo.
Alguns teóricos principalmente 
behavioristas, teciam críticas à Gestalt, 
dizendo ser vaga, pouco objetiva e por 
não ter um corpo teórico denso. 
Descordo desta visão, não vejo como 
limitação, enxergo uma teoria que, de 
forma simples, foi brilhante, por trazer 
contribuições infinitas para o campo 
cognitivo, artístico e psicológico. 
Conseguiu dar conta do que se 
propunha a partir de teorias sólidas 
baseadas na observação dos 
fenômenos perceptivos, e de como 
estes se organizavam no cérebro 
humano. Entendendo as partes através 
do todo, e não o todo através de partes 
fragmentadas. Sua importância é tal 
que, seus princípios foram e são 
largamente utilizados no campo da arte 
e arte-educação, do design, terapias, 
até os dias atuais. E nada pode ser tão 
absolutamente contemporâneo, no 
nosso mundo atual onde vivemos uma 
cultura de imagens. Apesar de ter dado 
maior atenção e ênfase nos aspectos 
da forma e da configuração, e da 
percepção, estas foram deslocadas 
para o entendimento de processos 
mais profundos, transpostas de forma 
muito acertada para entender a 
subjetividade encontrada na 
organização dos modos de enxergar o 
mundo. 
Abordagens 
Pedagógicas
Possibilidades Limitações
Psicanálise
Através da Psicanálise, Sigmund Freud, 
traz a descoberta do inconsciente. 
Elementos instintivos antes nunca 
pensados são trazidos à tona, através de 
uma investigação profunda do 
psiquismo humano. 
Diferentemente do Behaviorismo e da 
Gestalt, a Psicanálise busca compre-
ender o significado oculto manifesto nas 
ações, palavras e sonhos, aspectos que 
vão além da consciência (percepção, 
atenção, memória, intenção, etc). Alguns 
elementos passam a ser utilizados para 
compreender a mente humana: o 
insconsciente o pré-consciente, o 
consciente, o Id, Ego e Superego. 
Outros conceitos importantes surgidos 
na relação médico-paciente, passaram a 
ser aplicados na psicologia da educação: 
a transferência, contra-transferência e 
o desejo. Estes aspectos emocionais e 
afetivos presentes na relação professor-
aluno permitem compreender como os 
comportamentos são gerados inconsci-
entemente a exemplo do aluno que 
transfere ao professor a característica 
dos pais. E portanto, que o professor crie 
uma atmosfera de empatia com o aluno, 
utilizando a transferência como um guia, 
para atuar da melhor maneira possível 
em sala de aula.
A Psicanálise foi questionada quanto a 
cientificidade dos métodos de Freud. E 
sua dimensão excessivamente 
introspectiva e subjetiva. Além disto a 
maioria dos problemas eram originados 
na visão de Freud como fruto da 
repressão à satisfação dos desejos em 
direção a pulsão sexual, ou da visão da 
tendência à neurose.
O conhecimento da transferência/
contratransferência, tampouco 
garante ao professor conseguir uma 
boa atuação, é preciso inteligência 
emocional. Até porque é impossível 
corresponder a expectativa do aluno 
sempre, na relação de confiança que se 
estabelece. São muitas questões 
complexas envolvidas, ansiedades, 
fantasias do aluno que podem acionar 
reações emocionais no professor 
prejudicando o processo de ensino/
aprendizagem.
É preciso que seja observada em um 
processo complementar com outras 
teorias pedagógicas, bem como outros 
camposdo conhecimento, como a 
sociologia, filosofia, cultura, pois há 
muitos outros fatores econômicos, 
sociais, políticos presentes no universo 
particular de cada aluno, que interferem 
na relação ensino-aprendizagem.
Abordagens 
Pedagógicas
Possibilidades Limitações
Humanismo
Carl Rogers através da sua experiência 
como terapeuta e da sua prática no 
contexto clínico, enfatizava a neces-
sidade de humanização do meio 
educacional e escolar. No Brasil o 
representante do humanismo tem na 
figura de Paulo Freire seu principal 
expoente, como educador de grande 
respaldo internacional pelas inúmeras 
publicações e teorias pedagógicas que 
dialogam com a realidade do Brasil. 
O Humanismo tem como princípio a 
igualdade entre os seres, defendendo 
que: "cada ser humano já nasce com um 
impulso em direção a ser competente e 
capaz, tanto quanto o que vai ser 
biologicamente". Nesta abordagem, 
centrada no aluno/cliente, tende-se a 
estabelecer uma relação genuína e 
verdadeira entre paciente/terapeuta, 
aluno/professor. Diferentemente da 
Psicanálise que acreditava que o ser 
humano possuía uma tendência à 
neurose básica, defendia que o núcleo 
básico da personalidade humana era sua 
tendência à saúde. Rogers fundamenta-
se nas Filosofias Humanistas Existênciais 
e na Fenomenologia. Se opondo a 
Skinner para o qual o comportamento é 
moldado através de condicionamentos, 
traz a perspectiva de cooperação entre 
paciente e terapeuta com vistas a liberar 
este potencial de crescimento. Esta 
cooperação se basearia em 3 pilares: 
consideração positiva incondicional 
(aceitação da pessoa como ela é) 
congruência (coerência interna do 
terapeuta) e empatia (capacidade de se 
colocar no lugar do outro). 
Na educação prega a liberdade de 
pensamento, estabelecendo uma 
aprendizagem que se volte à 
originalidade, criatividade e autonomia 
na aquisição do conhecimento. O 
professor deve criar um ambiente que 
mantenha o aluno motivado a aprender, 
sendo sincero e autêntico com o que 
acredita e desenvolvendo seu repertório 
de estratégias de ensino de acordo suas 
vivências. Assim como respeitar a forma 
do aluno se expressar e enxergar o 
mundo e se posicionar como facilitador 
da aprendizagem. A relação de 
cooperação que se estabelece entre 
professor-aluno que é mais importante 
que os métodos em si.
Não é clara a limitação da psicologia, 
visão ou corrente humanista. Talvez sua 
limitação fosse a de não conseguir se 
adaptar ao mundo pragmático e tecni-
cista do capitalismo, por não enxergar 
o ser humano como máquina/animal 
sujeita a condicionamentos. A origem 
do pensamento humanista foi muito 
anterior a Rogers, desde Sócrates, 
Platão, Aristóteles, etc. Na Renascença 
o termo passou a ser utilizado oficial-
mente. Os humanistas, defendiam a 
verdade, beleza, liberdade de pensa-
mento e desenvolvimento das facul-
dades mentais, fosse através da 
Ciência ou da Arte. Rousseau trouxe o 
enfoque romântico/terapêutico do 
humanismo. Enfim, correntes que com 
certeza influenciaram a Rogers e outros 
em seus estudos. Talvez a maior crítica 
ao humanismo seja o enfoque exces-
sivamente romântico, ou idealista ou 
utópico, na tendência de enxergar com 
positividade a essência humana. Mas 
acredito que o principal ideal do 
pensamento humanista vêm do 
respeito à integralidade do ser, e da sua 
forma de enxergar o mundo. De forma 
que o conhecimento fosse uma forma 
de emancipação dos sujeitos como 
meio de transformar e construir sua 
realidade. O enfoque de Freire visto 
como radical, ou de viés excessiva-
mente político, e com inspiração no 
Marxismo, ao meu ver foi um radica-
lismo absolutamente acertado e 
necessário para o contexto Brasil. 
Diferentemente do viés utópico, ao 
contrário dialogava bastante com a 
realidade de nosso país. Pregava 
liberdade no sentido de que o aprendi-
zado não fosse desconectado do ser e 
de sua realidade material. Portanto a 
pobreza, criminalidade, a desintegração 
de comunidades e famílias, desigual-
dades e discriminação social, em geral 
problemas da sociedade brasileira, 
afetam diretamente, desenvolvimento 
físico, emocional dos educandos.
 De qualquer forma é importante 
perceber que a corrente humanista é 
‘viva’, e atemporal, em constante 
transformação em relação às neces-
sidades de uma época.
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