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A QuedaaDepravaçãTotal do Homem e SuaTota Incapacidade d eVir a Cristo PublicaC_CeodeNO200

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A Queda, a Depravação Total 
do Homem em seu Estado Natural 
e a sua Total Incapacidade de vir 
a Cristo para ter Vida 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
Prefácio Comemorativo ............................................................................................ 3 
 
 
PARTE I – O Homem, Seu Pecado, Sua Queda, Sua Depravação e Sua Miséria: 
 
Introdução à Doutrina da Depravação Humana, por A. W. Pink ........................................... 8 
As Evidências da Depravação Humana, por A. W. Pink ......................................................15 
Não É Razoável Que Pessoas Não-Convertidas Se Alegrem, por R. M. M’Cheyne ..................30 
Pecado Imensurável, por C. H. Spurgeon ........................................................................38 
As Ramificações Da Depravação Humana, por A. W. Pink ..................................................49 
A Terrível Condição Dos Homens Naturais, por R. M. M’Cheyne..........................................69 
A Pecaminosidade Do Homem Em Seu Estado Natural, por Thomas Boston .........................74 
Um Verdadeiro Mapa Do Estado Miserável Do Homem Por Natureza, por Christopher Love ...96 
Homens Em Seu Estado Caído, John Newton ................................................................. 102 
As Consequências Da Depravação Humana, por A. W. Pink ............................................. 110 
A Santidade De Deus E A Depravação Total Do Homem, Paul Washer .............................. 131 
A Porção Dos Ímpios, por Jonathan Edwards ................................................................. 143 
O Remédio De Deus Para A Depravação Humana, por A. W. Pink ..................................... 171 
A Necessidade Da Morte De Cristo, por Stephen Charnock .............................................. 193 
Inimigos Reconciliados Pela Morte, por R. M. M’Cheyne .................................................. 197 
A Gloriosa Bem-Aventurança Proposta No Evangelho, por A. W. Pink ................................ 204 
 
PARTE II – Deus, Sua Graça, Seu Amor, Seu Evangelho e Sua Eterna Salvação: 
 
Uma Breve Exortação Evangélica, por paul Washer ........................................................ 212 
Uma Palavra Sincera Aos Não-Convertidos, por Richard Baxter ........................................ 214 
Perdão Para Os Maiores Pecadores, por Jonathan Edwards ............................................. 227 
JESUS!, por C. H. Spurgeon ......................................................................................... 236 
Ele Me Amou, E Se Entregou Por Mim, por John Piper..................................................... 250 
Graça Para O Culpado, por C. H. Spurgeon .................................................................... 253 
Semper Idem ou A Imutável Misericórdia de Jesus Cristo, por Thomas Adams ................... 262 
A Livre Graça, por C. H. Spurgeon ................................................................................ 274 
O Som Alegre Do Evangelho Da Graça De Deus, por Augustus Toplady ............................ 288 
Graça Abundante, por C. H. Spurgeon .......................................................................... 310 
A Plenitude Do Mediador, por John Gill ......................................................................... 324 
 
Referências Dos Textos Deste Volume: ......................................................................... 338 
 
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Prefácio 
 
Louvamos a Deus muitíssimo por mais esta publicação que já é a ducentésima que Ele nos 
concede. 
 
Calvino costumava finalizar seus sermões com palavras semelhantes a estas: “Agora, 
prostremo-nos em humilde reverência diante da majestade do nosso Deus”. De fato, este 
é nosso sentimento agora, e o que temos sentido nos últimos dias e meses. “Vinde, cante-
mos ao SENHOR; jubilemos. Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do 
Senhor” (Salmos 95:1, 6). 
 
Semanas atrás escolhemos um tema para esta ocasião que julgamos ser da mais alta 
relevância para a Igreja Brasileira, para os Cristãos de forma geral. Pois, 
 
A chave que nos abre o mistério da depravação humana é encontrada em uma corre-
ta compreensão das relações que Deus nomeou entre o primeiro homem e a sua pos-
teridade. Como a grande verdade da redenção não pode ser correta e inteligentemen-
te apreendida até que percebamos a conexão federal, que Deus ordenou entre o 
Redentor e os redimidos, nem pode a tragédia da ruína do homem ser contemplada 
em sua correta perspectiva, a menos que a vejamos à luz da apostasia de Adão do 
seu Criador (A. W. Pink, As Consequências Da Depravação Humana). 
 
Um grande e fundamental erro de nossa geração consiste no entendimento errôneo a res-
peito da Queda, isto é, o pecado de nossos primeiros pais no Éden. Entre alguns círculos 
Cristãos atuais a mais absoluta ignorância impera no que diz respeito ao pecado de Adão 
e Eva, e aos seus efeitos sobre nós, sua descendência. A grande maioria dos Cristãos des-
ta geração, mesmo alguns mais ortodoxos e saudáveis na fé, pensa que nascemos inocen- 
tes e puros, em outras palavras, que os bebês são inocentes e não pecadores, que o nas-
cido de mulher nasce puro e não depravado, quando, na verdade, as Escrituras declaram 
que nisto consiste a miséria da descendência de Adão e Eva, a saber, que ela não precisa 
fazer nada para pecar e fazer-se condenável diante de um Deus santo, senão somente 
nascer; de fato, não nascemos bons, mas, sim, “em pecado e iniquidade” somos formados 
e concebidos desde os ventres de nossas mães (Salmo 51:5, veja o Salmo 58:3). Sim, so-
mos “por natureza filhos da ira, como os outros também” (Efésios 2:3). É por isso que um 
homem não se torna pecador, mas, ele é naturalmente pecador, por nascimento. O homem 
não peca e se torna um pecador, mas ele peca por que já é pecador. O pecado é a expres-
são natural de sua natureza corrupta e depravada. Assim o homem natural vive em pecados 
como os peixes vivem na água. E estão tão à vontade no pecado como acontece com os 
pássaros quando voam no céu. 
 
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Adão como nosso representante federal pecou e caiu — do seu estado de pureza original 
e perdeu sua comunhão com Deus —, e, portanto, nós caímos nele. “Portanto, como por 
um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte pas-
sou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12). Desde então os ho-
mens não somente morrem, mas já nascem mortos, mortos em seus delitos pecados, espiri-
tualmente mortos, definitivamente mortos e completamente destituídos da vida Divina. O 
homem nasce morto para Deus, e para a santidade, todavia bem vivo e ativo para o serviço 
do Diabo, para satisfazer as concupiscências da carne e para amar o mundo. Totalmente 
reprovado para o Céu, bem apto para o inferno. 
 
Muitos gemidos são ouvidos da cama de um enfermo, mas jamais algum foi ouvido 
de uma sepultura. No santo, como no homem doente, há uma grande luta; a vida e a 
morte lutando pelo domínio, mas no homem natural, como no cadáver, não há um só 
ruído, porque a morte tem pleno domínio... O homem comeu o fruto do conhecimen-
to do bem e do mal, e passou a conhecer o bem e a praticar o mal. O homem deso-
bedeceu a Deus e morreu. Quando homem comeu o fruto morreu espiritualmente e 
ficou completamente morto, morto para Deus e vivo para si mesmo, morto para o céu 
e vivo para o inferno; sedento pelo mal e inimigo de todo bem (Thomas Boston, A Pe-
caminosidade Do Estado Natural Do Homem). 
 
Mas, ai! tal é o estado completamente corrompido do homem natural que ele pode mesmo 
gabar-se dizendo:“Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”, somente para 
ouvir da própria boca do Senhor: “não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, 
e cego, e nu” (Apocalipse 3:17). 
 
Visto que o testemunho claro das Escrituras é que todos pecaram e destituídos estão da 
glória de Deus e que homem está morto em delitos e pecados e (Efésios 2; Romanos 1 e 
3), quem ousaria dizer que alguém nascido morto-escravo tem livre-arbítrio, e que pode ir 
a Cristo quando quiser? Quem diria que um filho de Adão morto em seus pecados e iniqui-
dades não somente pode levantar-se e ir a Cristo, mas também pode resistir à vontade 
soberana do Todo-Poderoso? Se os vivos não podem resistir à vontade soberana de Deus, 
como poderiam os mortos? Para alguns, Deus já não é o salvador dos homens, mas so-
mente tornou a salvação possível, e depois reserva-se ao papel de torcedor e espectador 
impotente esperando para saber a vontade de Suas criaturas. E tais pessoas ainda se 
atrevem a chamar este deus de soberano. 
 
Como é que um morto poderia ressuscitar a menos que o “Príncipe da vida” lhe vivificas-
se? O homem natural não está “meio morto” como aquele homem que caiu nas mãos dos 
salteadores, como diz a parábola do bom samaritano, mas completamente morto espiritu-
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almente e sepultado na tumba do pecado assim como Lázaro esteve antes de Jesus o 
ressuscitar (João 11). O simples fato de eu crer nesta doutrina bíblica da depravação total 
do homem me leva a rejeitar completamente a doutrina dos méritos e do livre-arbítrio 
humanos e a me apegar com firmeza e inteira certeza de fé às grandes doutrinas bíblicas 
da Divina eleição e predestinação dos santos, para filhos de adoção em e por Jesus Cristo, 
antes da fundação do mundo, segundo o beneplácito da vontade Divina, para louvor da 
glória da livre graça de Deus (Efésios 1:4-6). Se um homem está morto em desobediência, 
quem poderia salvá-lo senão Deus somente? Se, como afirmam as Escrituras, os homens 
estão presos nos laços do pecado, da morte e do inferno quem poderia libertá-los? O seu 
livre-arbítrio e boa vontade? Dizer isto é negar o Deus Salvador e vituperar a Cristo quem 
morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e 
também intercede por aqueles por quem Ele experimentou a morte, isto é os eleitos de 
Deus (Romanos 8:34-39). 
 
Se perdermos a doutrina da Queda, do Pecado Original e da Depravação Total do homem, 
perdemos a má notícia e a verdade dos fatos tais como eles são, segundo o testemunho 
das Escrituras, e desta forma todo o Evangelho, que é poder de Deus para salvação de 
todos aqueles que creem, fica comprometido; a salvação dos homens é prejudicada; e o 
mais terrível, o nome de Deus não recebe todo o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e 
honra, e glória, e ações de graças que lhe são devidos (Apocalipse 5:12; Judas 25; 1 
Timóteo 1:17, 6:16). 
 
Certamente, esta é uma doutrina indesejável para os “dias delicados” em vivemos, onde a 
“pregação” do “evangelho moderno” criou um Deus sem ira e um homem sem pecado. Sem 
dúvida muitos em nossos dias não suportam ler ou ouvir nada que lhes fale a verdade sobre 
o seu pecado em termos claros e dos quais eles não possam escapar. Triste é este caso, 
pois o doente que recusa saber de sua doença, também nega a si mesmo a possibilidade 
de medicação, e cura. 
 
É impossível valorizar o remédio quando não se tem um conhecimento claro da gravidade 
da doença. O Evangelho torna-se literalmente “sem graça” para muitos, pelo simples fato 
de que eles não entendem que este é o poder de Deus para salvação e libertação do ho-
mem de seus gravíssimos pecados, e que estes são tão terríveis a ponto de não poderem 
ser removidos senão pelo sangue do Cordeiro de Deus. 
 
Eu ainda tinha muito para falar sobre o pecado do homem e a graça de Deus, mas a oca-
sião me obriga a parar por aqui, assim para finalizar direi apenas mais isto: 
 
Conheça sua corrupção e abundante pecado, e somente assim poderás conhecer e real-
mente adorar o grandioso Salvador, Jesus Cristo, e Sua superabundante graça. 
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É dito de Jacó que ele obteve a bênção de seu pai por estar vestido com as roupas de 
seu irmão mais velho, e assim nós apenas somos abençoados por Deus nosso Pai, 
porquanto nós somos vestidos com as vestes de nosso irmão mais velho, Jesus Cristo 
(Christopher Love, Um Verdadeiro Mapa Do Estado Miserável Do Homem Por Natu-
reza]. 
 
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo 
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Aquele que crê no Filho tem a 
vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele 
permanece. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” 
(João 3:16, 36; Marcos 16:16). 
 
 
 
 
William Teixeira, EC. 
24 de julho de 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARTE I 
 
O Homem, Seu Pecado, Sua Queda, 
Sua Depravação e Sua Miséria. 
 
 
 
 
 
 
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Introdução à Doutrina da Depravação Humana 
Por Arthur Walkington Pink 
 
 
[Capítulo 14 do livro The Total Depravity of Man • Editado] 
 
 
A entrada do mal no domínio de Deus é, reconhecidamente, um profundo mistério, no en-
tanto, o suficiente é revelado nas Escrituras para nos prevenir de formar pontos de vista 
errô-neos em relação a isto. Por exemplo, é terminantemente contrário à Palavra da ver-
dade apoiar a noção de que a Queda de Satanás e seus anjos ou dos nossos primeiros 
pais pegaram Deus de surpresa e arruinaram Seus planos. Desde toda a eternidade Deus 
projetou esta terra como devendo ser o palco sobre o qual ele mostraria as Suas perfeições: 
na criação, na providência e na redenção (1 Coríntios 4:9). Assim, Ele predestinou tudo o 
que viria a acontecer neste cenário (Atos 15:18; Romanos 11:36; Efésios 1:11). Deus não 
é um espectador ocioso, olhando à distância os acontecimentos deste mundo, mas é o pró-
prio Ordenador e Modelador de tudo para a promoção final de Sua glória, não só, apesar 
da oposição dos homens e Satanás, mas por meio deles, tudo está sendo feito para servir 
ao Seu propósito. Nem a introdução do mal no universo ocorre simplesmente pela simples 
permissão do Altíssimo, pois nada pode acontecer em oposição à Sua vontade decretiva. 
Em vez disso, devemos acreditar que, por razões sábias e santas, Deus predestinou Suas 
criaturas mutáveis a cair, e, assim, gerar uma ocasião para Ele demonstrar mais e plena-
mente os Seus atributos. 
 
Partindo da perspectiva de Deus, o resultado da provação de Adão não deixa espaço para 
nenhuma incerteza. Antes de formá-lo do pó da terra e de haver soprado o fôlego da vida 
em suas narinas, Ele sabia exatamente como a referida provação sucederia. Sim, e ainda 
mais: Ele decretou que ele deveria comer do fruto proibido. Está claro em 1 Pedro 1:19-20 
que nos diz que o derramamento do sangue de Cristo foi, na verdade, “conhecido ainda an-
tes da fundação do mundo” (cf. Apocalipse 13:8). Como Witsius corretamente afirmou em 
relação ao pecado de Adão: “se ele foi conhecido foi também predestinado, assim Pedro 
une 'determinado conselho e presciência de Deus’ (Atos 2:23)”. Em plena harmonia com 
esta verdade, é preciso lembrar que foi o próprio Deus quem colocou no Éden a árvore do 
conhecimentodo bem e do mal! Além disso, o célebre Moderador da Assembleia de West-
minster perguntou: “O Diabo não incitou Adão e Eva contra Deus estando no Paraíso? Deus 
não poderia ter mantido o Diabo fora do Paraíso? Por que Ele não fez isso? Porven-tura 
não é manifestamente aparente que era a vontade de Deus que eles fossem tentados, e 
incitados ao pecado? E por que não?” (W. Twisse, 1653). Deus negou-lhes uma maior mani-
festação da Sua glória. Assim como se não houvesse noite não poderíamos admirar a 
 
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beleza do dia, este fundo era necessário escuro no qual a graça e misericórdia Divina pu-
dessem brilhar mais resplandecentes (Romanos 5:20). 
 
Tem-se afirmado, mais dogmaticamente, por papistas e Arminianos, que Deus não poderia 
ter impedido a Queda de nossos primeiros pais, sem reduzi-los a meras máquinas. Argu-
menta-se que uma vez que o Criador dotou o homem com uma vontade livre ele deve ser 
deixado inteiramente às suas próprias volições, que ele não pode ser coagido, muito menos 
compelido, sem destruir sua agência moral. Isso pode parecer um raciocínio sólido, no 
entanto, é refutado pelas Sagradas Escrituras! Quando Deus declarou a Abimeleque sobre 
a mulher de Abraão: “também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não te 
permiti tocá-la” (Gênesis 20:6). Assim fica muito claro que não é impossível para Deus exer-
cer Seu poder sobre o homem, sem destruir a sua responsabilidade, pois aqui está um caso 
onde Ele restringiu a liberdade do homem para fazer o mal e o impediu de cometer pecado. 
Da mesma forma, Ele impediu Balaão de realizar os maus desejos do seu coração (Nú-
meros 22:38; 23:2, 20); sim, Ele impediu reinos de fazerem guerra contra Josafá (2 Crônicas 
17:10). Por que, então, Deus não exerceu Seu poder para impedir que Adão e Eva pecas-
sem? Porque a Queda deles serviria melhor aos Seus próprios desígnios sábios e benditos. 
 
Mas isso faz de Deus o autor do pecado? O Autor culpado, não, pois, como Piscator há 
muito tempo apontou: “A culpabilidade é uma falha em fazer o que deve ser feito”. É eviden-
te que era a vontade Divina que o pecado entrasse neste mundo, ou ele não teria entrado, 
pois Deus não somente tinha o poder de evitar isto, mas também nada disso aconteceria, 
exceto o que Ele decretou. “Ainda que o decreto de Deus fez a Queda de Adão infalivel-
mente necessária como um evento, contudo isso não se deu por meio de eficiência, ou pela 
força e coerção sobre a vontade” (John Gill). Nem o decreto de Deus de forma alguma des-
culpou a maldade dos nossos primeiros pais nem os isentou do castigo. Eles foram deixa-
dos inteiramente livres para o exercício da sua natureza, e, portanto, plenamente responsá-
veis e culpados por suas ações. Enquanto a árvore do conhecimento do bem e do mal e as 
tentações da serpente para que comessem do fruto foram as ocasiões de seu pecado, 
contudo eles não foram a causa do mesmo, que estava em seu abandono voluntário da 
sujeição à vontade de seu Criador e verdadeiro Senhor. Deus não é o autor eficiente dos 
pecados dos homens, assim como Ele o é naqueles que Ele opera a santidade. 
 
Que Deus decretou que o pecado deveria entrar neste mundo foi um segredo oculto em Si 
mesmo. A respeito disso, os nossos pais nada sabiam, e isso fez toda a diferença no que 
concerne à sua responsabilidade, pois tivessem sido informados sobre o propósito Divino 
e a certeza de seu cumprimento por suas ações, o caso havia sido radicalmente alterado. 
Eles estavam bastante familiarizados com os conselhos secretos do Criador. O que lhes 
dizia respeito era a vontade revelada de Deus, e esta era totalmente clara. Ele os havia 
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proibido de comer de uma certa árvore, e isso era o suficiente. Porém Ele foi mais longe, o 
Senhor mesmo advertiu a Adão das consequências terríveis que sucederiam a sua deso-
bediência, a morte seria a penalidade. Assim, a transgressão de sua parte era inteiramente 
indesculpável. Deus o criou moralmente “vertical”, sem qualquer inclinação para o mal. Ele 
também não injetou qualquer mau pensamento ou desejo em Eva. Não, “Deus não pode 
ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tiago 1:13). Em vez disso, quando a serpente 
veio e tentou a Eva, Deus fez com que ela se lembrasse de Sua proibição! Admire, então, 
a maravilhosa sabedoria de Deus, pois tendo Ele predestinado a Queda de nossos primei-
ros pais, ainda assim, em nenhum sentido, era Ele o instigador ou aprovador de seus peca-
dos e sua prestação de contas não sofreu nenhum dano. 
 
Nós devemos acreditar nestas duas coisas se não quisermos repudiar a verdade: que Deus 
predestinou tudo o que venha a acontecer e que de forma alguma Ele é responsável por 
qualquer maldade um homem, a criminalidade deste sendo de sua total responsabilidade. 
O decreto de Deus não infringe de modo algum a agência moral do homem, pois nem força 
nem impede a vontade do homem, embora as ordene e limite suas ações. Tanto a existên-
cia e as operações do pecado são subservientes aos conselhos da vontade de Deus, mas 
isso não diminui o mal da sua natureza ou a culpa do transgressor. “Ainda que Ele não 
estime o mal como bem, contudo Ele considera bom que o mal exista” (William Perkins, 
1587); no entanto, o pecado é “essa coisa abominável” (Jeremias 44:4), que o Santo sem-
pre odiou. Em relação à crucificação de Cristo houve a agência de Deus (João 19:11; Atos 
4:27-28), a agência de Satanás (Gênesis 3:13; Lucas 22:53), e a agência dos homens; con-
tudo, Deus não concordou nem cooperou com as ações internas de suas vontades, e Deus 
cobrou depois a maldade de seus atos (Atos 2:23). Deus governa mal o para o bem (Gêne-
sis 44:8, Salmo 76:10), e, portanto, Ele é tão verdadeiramente soberano sobre o pecado e 
o Inferno como Ele é sobre a santidade e o Céu. 
 
Deus não deseja nada que seja errado: “Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e 
santo em todas as suas obras” (Salmo 145:17). Ele, desta forma, não permanece em qual-
quer necessidade de vindicação por nenhuma de Suas insignificantes criaturas. No entanto, 
mesmo a mente finita, quando iluminada pelo Espírito da verdade, pode-se perceber como 
essa admissão de Deus do mal neste mundo provoca ocasião, para Ele demonstrar Suas 
perfeições inefáveis de uma maneira e em um grau que de outra forma Ele não poderia 
magnificar a Si mesmo por trazer uma coisa pura de uma impura, e por assegurar a Si mes-
mo o louvor dos pecadores redimidos, como Ele não recebe dos anjos não caídos. Horrível 
e terrível além do que se pode descrever foi a revolta do homem contra o seu Criador, tão 
terrível e total foi a ruína que ele trouxe consigo toda a sua posteridade. No entanto, a 
sabedoria de Deus planejou uma maneira de salvar uma parte da raça humana, de tal 
maneira que Ele é mais glorificado neles do que por todas as suas obras da criação e da 
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providência, e é assim que a miséria dos pecadores torna-se a ocasião à sua maior felici-
dade; tal é uma maravilha sem fim. 
 
Esse caminho de salvação foi determinado e definido nos termos do eterno Pacto da Graça. 
Era aquele pelo qual cada uma das pessoas Divinas é extremamente honrada. Como o 
famoso Jonathan Edwards há muito tempo apontou: “Aqui a obra da redenção se distingue 
de todas as outras obras de Deus. Os atributos de Deus são gloriosos em suas outras o-
bras; mas as três Pessoas da Santíssima Trindade claramente não são glorificadas em ne-
nhuma outra obra como nesta da redenção. Nesta obra cada Pessoa distinta tem Suas par-
tes eofícios distintos atribuídos a Si. Cada um tem sua importância especial nela agradavel-
mente às Suas próprias distinções pessoais, relações e organização. O redimido tem um 
igual interesse e dependência em relação a cada Pessoa nesta questão, e deve igual honra 
e louvor a cada um dEles. O Pai nomeia e provê o Redentor, e aceita o preço da redenção. 
O Filho é o Redentor e o preço, Ele redime, oferecendo-se a Si mesmo. O Espírito Santo 
nos comunica imediatamente ao que foi comprado; sim, e Ele é o bem adquirido. A suma 
do que Cristo comprou para nós é a santidade e a felicidade. ‘Cristo foi feito maldição por 
nós... Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que 
pela fé nós recebamos a promessa do Espírito’ (Gálatas 3:13-14). A bem-aventurança dos 
redimidos consiste na participação da plenitude de Cristo, que consiste na participação na-
quele Espírito que não é dado por medida a Ele. Este é o óleo que foi derramado sobre a 
Cabeça da Igreja, que correu para os membros do seu corpo (Salmo 133:2)”. 
 
É um grave erro considerar o Senhor Jesus como nosso Salvador, excluindo as operações 
salvíficas do Pai e do Espírito. Se o Pai não houvesse eternamente proposto a salvação de 
Seu povo, escolhendo-os em Cristo dando lhes a Ele, se Ele não tivesse entrado em um 
Pacto eterno com Ele, encarregando-Lhe a encarnar-Se, e os redimir, Seu Amado nunca 
teria deixado o Céu a fim de poder morrer, o Justo pelos injustos. Assim, vemos que Ele 
amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito e atribuiu a Ele a salvação da 
Igreja: “Que nos salvou... segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito 
e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos” (2 Timóteo 1:9). 
Igualmente necessárias são as operações do Espírito Santo para realmente aplicar aos 
corações dos eleitos de Deus o bem que Cristo realizou por eles: Ele é quem convence do 
pecado e lhes concede a fé. Por isso, a sua salvação também é atribuída a Ele: “Mas deve-
mos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido 
desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” (2 Tessalo-
nicenses 2:13). Uma leitura cuidadosa de Tito 3:4-6, mostra as três Pessoas agindo em 
conjunto, segundo este propósito: “Deus, nosso Salvador” no versículo 4 é claramente o 
Pai, e “nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (v.5), 
“Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador” (v. 6); 
compare a doxologia de 2 Coríntios 13:14! 
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É muito abençoador refletir sobre as muitas promessas que o Pai fez a respeito de Cristo. 
Após a aceitação do Filho dos termos exatos do Pacto da Graça, o Pai concordou em 
investi-lO com um tríplice ofício, autenticando grandemente assim a Sua missão com o selo 
do Céu: o profético (Deuteronômio 18:15, 18. Veja também Atos 3:22), o sacerdócio 
(Hebreus 5:5, 6:20), e o reinado (Jeremias 22:5; Salmos 89:27). Assim, Cristo não veio sem 
ser envia-do. Ele prometeu suprir e preparar o Mediador com o derramamento abundante 
das graças e dons do Espírito Santo (Isaías 42:1-2. Veja Atos 10:38; Mateus 12:27-28). Ele 
prometeu fortalecer a Cristo, apoiando-O e protegendo-O na realização da Sua grande obra 
da reden-ção (Isaías 42:1, 6; Salmo 89:21). Seu compromisso seria marcado com tais 
dificuldades que o poder da criatura, ainda que não prejudicado pelo pecado, teria sido 
inapropriado para Ele: por isso o Pai Lhe assegurou de tudo que lhe era necessário para 
ajuda e socorro, para conduzi-lO através da oposição e aflições que Ele encontraria. É 
muito precioso observar como o Filho encarnado repousou sobre essas promessas: Salmo 
22:10; Isaías 69:4-7, 1:6-9; Salmo 16:1. 
 
O Pai prometeu levantar o Messias dos mortos (Salmo 21:8; 102:23, 24; Isaías 53:10), e 
mais abençoado é observar como Cristo lançou mão disto (Salmo 16:8-11). A promessa de 
Sua ascensão também lhe foi feita (Salmo 24:3, 7; 67:18; 89:27; Isaías 52:13.), da qual o 
Salvador também se apropriou enquanto ainda na terra (Lucas 24:26). Tendo cumprido 
fielmente os termos da Aliança, Cristo foi sumamente exaltado por Deus, e feito Senhor e 
Cristo (Atos 2:36), Deus O assentou à Sua mão direita. Essa é uma salvação por senho-
rio, uma dispensação comprometida com Ele como o Deus-homem. Aquele a quem os ho-
mens coroaram de espinhos, Deus tem coroado de glória e honra. O “governo” está sobre 
os Seus ombros. 
 
Cristo foi assegurado de uma “posteridade” (Isaías 53:10), Sua crucificação não deve ser 
considerada como uma infâmia a Ele, já que era o próprio meio ordenado por Deus, pela 
qual Ele deveria propagar uma numerosa descendência espiritual, a isto até Ele se referiu 
em João 12:24. A “posteridade”, prometida a Cristo ocupa um lugar de destaque no Salmo 
89, veja os versos 3, 4, 31-36 e cf. 22:30. Assim, desde o início, Cristo foi assegurado do 
sucesso de seu empreendimento. Posto que havia duas partes no Pacto, então os eleitos 
foram dados a Cristo de uma forma dupla. Assim Ele estava a cumprir os seus termos, que 
foram confiados a Ele como uma carga; mas no cumprimento dos mesmos, o Pai prometeu 
conceder-lhes a Ele como uma recompensa. No primeiro sentido, eles são considerados 
como caídos, e Cristo foi responsável por sua salvação, eles estavam comprometidos com 
Ele, como ovelhas perdidas e desgarradas (Isaías 53:6), a quem Ele deveria buscar e trazer 
para o rebanho (João 10:16). Neste último sentido, eles são vistos como fruto de Sua ago-
nia, os troféus de Sua vitória sobre o pecado, Satanás e a morte; como Sua coroa de regozi-
jo no dia vindouro (quando Ele deverá ser “glorificado nos seus santos, e para se fazer ad-
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mirável naquele dia em todos os que creem”, 2 Tessalonicenses 1:10); como a esposa ama-
da do Cordeiro. 
 
Finalmente, Deus fez a promessa do Espírito Santo a Cristo. Ele repousou sobre Esse du-
rante os dias da Sua carne, ungindo-O para pregar o Evangelho (Isaías 61:1) e operar mila-
gres (Mateus 12:28). Ele, porém, recebeu o Espírito depois de outra forma (Salmo 45:7, A-
tos 2:33) e para uma finalidade diferente após Sua ascensão, ou seja, este o Deus-Homem 
Mediador foi dado a administração das atividades e operações do Espírito em relação ao 
mundo na providência e em relação à Igreja na graça, João 16:7 deixa claro que o advento 
do Espírito era dependente da exaltação de Cristo. Cristo também se apropriou dessa 
garantia antes de partir deste mundo, em Sua partida, Ele disse aos seus discípulos: “E eis 
que sobre vós envio a promessa de meu Pai” (Lucas 24:49), o qual foi devidamente cum-
prida 10 dias mais tarde. Em pleno acordo com o que acaba de ser apontado, ouvimos o 
Salvador do Céu dizendo: “Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus” (Apocalipse 3:1), 
“tem” para comunicar ao Seu resgatado individualmente, e às Suas igrejas coletivamente. 
 
O grande desígnio da descida do Espírito a esta terra é glorificar a Cristo (João 16:14). Ele 
está aqui para testemunhar-vos a exaltação do Salvador, sendo o Pentecostes o selo de 
Deus sobre a Messianidade de Jesus. O Espírito está aqui para substituir a Cristo. Isso é 
inferido de Suas próprias palavras aos Apóstolos: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro 
Consolador, para que fique convosco para sempre” (João 14:16). Até então, o Senhor Jesus 
tinha sido o seu Consolador, mas Ele estava às vésperas de voltar ao Céu; no entanto, Ele 
graciosamente lhes assegurou: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós” (João 14:18), 
isto foi cumprido plenamente no advento se Seu sucessor. O Espírito está aquipara promo-
ver a causa de Cristo. A palavra Paráclito (traduzida como “Consolador”, no Evangelho de 
João) é traduzida como “advogado”, no início do segundo capítulo de sua primeira Epístola, 
e um advogado é aquele que aparece como representante de outro. O Espírito está aqui 
para interpretar e reivindicar a Cristo, para administrar por Cristo o Seu Reino e a Sua Igreja. 
Ele está aqui para fazer bem sucedido o Seu propósito redentor, aplicando os benefícios 
de Seu sacrifício àqueles em nome dos quais foi oferecido. Ele está aqui para revestir os 
servos de Cristo (Lucas 24:49). 
 
É de primeira importância reconhecer e entender que o Senhor Jesus não só obteve para 
o povo de Deus a redenção das consequências penais do pecado, mas também garantiu a 
sua santificação pessoal. Ai! quão pouco isso é enfatizado hoje. Em muitos casos aqueles 
que pensam e falam da “salvação” que Cristo comprou não acrescentam mais nenhuma 
ideia à mesma do que a de libertação da condenação, omitindo a libertação do amor, domí-
nio e poder do pecado. Porém este último não é menos essencial, e é uma bênção tão ne-
cessária quanto a primeira. É tão necessário para criaturas caídas serem libertas da polui-
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ção e impotência moral que elas contraíram, como é o ser liberto das penalidades que te-
nham incorrido; para que, quando forem reintegradas ao favor de Deus, elas possam ao 
mesmo tempo ser capacitadas para amar, servir e deleitar-se nEle para sempre. A este res-
peito o remédio Divino também preenche todos os requisitos de nossa doença pecaminosa 
(veja 2 Coríntios 5:15; Efésios 5:25-27; Tito 2:14; Hebreus 9:14). Isto é obtido através das 
operações graciosas do Espírito de Cristo: iniciado na regeneração, continuado ao longo 
de suas vidas terrenas e consumado no Céu. 
 
Não somente o Deus triuno é mais honrado pela redenção que Ele foi desonrado pela de-
serção de Suas criaturas, como os do Seu povo também se tornam maiores ganhadores. 
Como isso também magnifica a Sabedoria Divina! Seria maravilhoso, de fato, se tivessem 
sido apenas restaurados ao seu estado original, mas é muito mais maravilhoso que eles 
sejam levados a um estado muito mais elevado de bem-aventurança, que a Queda seja a 
ocasião de sua exaltação! Seu pecado merecia desgraça, porém a eterna bem-aventurança 
tornou-se a sua porção. Eles agora são favorecidos com uma maior manifestação da glória 
de Deus e a um pleno conhecimento do Seu amor do que de outra forma teriam tido, e é 
nessas duas coisas a sua felicidade consiste principalmente. Eles são levados para uma 
relação muito mais próxima e afetuosa para com Deus. Eles são agora não apenas criaturas 
santas, mas herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo. O Filho tomou a sua natureza 
sobre Ele, e vocês tornaram-se seus “irmãos”, os membros do Seu corpo, sim, Sua esposa. 
Eles são, assim, providos dos mais poderosos motivos e incentivos para amá-lO e servi-lO 
do que tinham em sua condição não caída. Quanto mais apreendemos do amor de Deus, 
mais O amamos em retribuição, por toda a eternidade o conhecimento do amor de Deus 
em dar Seu Filho amado por nós, e de Cristo ao morrer em nosso lugar, fixará os nossos 
corações nEle de uma forma que os Seus favores a Adão nunca teriam feito. 
 
Agora é no Evangelho que o remédio maravilhoso para todos os nossos males é revelado. 
Este glorioso Evangelho proclama que Cristo é capaz de salvar perfeitamente aqueles que 
se achegam a Deus por meio dEle. Ele nos diz que o Filho do homem veio buscar e salvar 
o que estava perdido. Ele anuncia que os pecadores, até mesmo o maior dos pecadores, 
são os únicos que são livremente convidados a vir. Ele proclama a libertação aos cativos 
de Satanás e a abertura das portas para os prisioneiros do pecado. Ele revela que Deus 
escolheu os maiores pecadores para serem os monumentos eternos da Sua misericórdia. 
Ele declara que o sangue de Jesus Cristo, Filho de Deus, purifica os crentes de todo o pe-
cado. Ele fornece esperança para os casos mais desesperados. Os prodígios que Cristo 
realizou sobre os corpos dos homens eram tipos de Seus milagres de graça sobre as almas 
dos pecadores. Nenhum caso estava além de poder para curar. Ele não somente deu a 
vista aos cegos e purificou o leproso, mas libertou o endemoninhado e deu vida aos mortos. 
Ele nunca recusou um único apelo feito à Sua compaixão. Qualquer que seja o passado do 
leitor, se ele confiar no sacrifício expiatório de Cristo, ele será salvo, agora e para sempre. 
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As Evidências da Depravação Humana 
Por Arthur Walkington Pink 
 
 
[Capítulo 11 do livro The Total Depravity of Man • Editado] 
 
 
Após termos descoberto o terreno, pode ser pensado que não havia necessidade de dedi-
carmos uma seção separada para o fornecimento da prova de que o homem é uma criatura 
caída e depravada, alguém que se extraviou para longe de seu Criador e legítimo Senhor. 
Embora a Palavra de Deus não precise de confirmação por qualquer coisa fora de si mes-
ma, não é sem valor ou interesse achar que o ensino de Gênesis 3 é fundamentado pelos 
fatos da história e da observação. E uma vez que não há nenhum ponto em que o mundo 
é tão escuro como sobre a sua própria escuridão, julgamos este requisito para fazer a de-
monstração do mesmo. Todos os homens naturais, não-regenerados em suas mentes pe-
las operações salvíficas do Espírito Santo, estão em um estado de trevas com respeito a 
qualquer conhecimento vital de Deus. Sejam eles em outras coisas tão instruídos e habili-
dosos, em assuntos espirituais eles são cegos e estúpidos. Mas isso é algo que eles não 
podem suportar ouvir falar, e quando eles são pressionados com estas afirmações sua ira 
é simultaneamente inflamada. Os intelectualistas orgulhosos se consideram muito mais sá-
bios do que o crente humilde e simples, consideram isto como um conceito vazio de analfa-
betos quando lhes disse que eles “não conheceram o caminho da paz” [Romanos 3:17]. 
Tais almas enfeitiçadas são completamente ignorantes de sua própria ignorância. 
 
Os Sinais Da Ruína Do Homem 
 
Mesmo no Cristianismo, o crente médio está plenamente satisfeito se ele aprende por repe-
tição alguns dos princípios elementares da Religião. Ao fazer isso, ele conforta a si mesmo 
de que ele não é um infiel, e uma vez que ele acredita que há um Deus (apesar deste ser 
criado por sua própria imaginação) ele ilude a si mesmo dizendo que ele está longe de ser 
um ateu. No entanto, quanto a ter qualquer vida; conhecimento espiritual, influente e prático 
do Senhor e dos Seus caminhos, ele é muito estranho, completamente ignorante. Ele tam-
bém não sente a menor necessidade de iluminação Divina; não, ele não tem nenhum prazer 
ou desejo de um conhecimento mais íntimo com Deus. Nunca tem percebido a si mesmo 
como sendo um pecador perdido, ele nunca buscou o Salvador, pois somente aqueles que 
são sensíveis de sua doença é que valorizam um médico, assim como ninguém, senão 
aqueles que estão conscientes da fome de suas almas é que anseiam pelo Pão da Vida. 
Os homens podem estar orgulhosamente convencidos que este século XX é uma era de 
iluminação, e, embora, possa ser assim em um sentido material e mecânico está certamen-
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te muito longe de ser o caso, espiritualmente falando. É muitas vezes asseverado por aque-
les que deveriam saber melhor, que os homens de hoje estão mais ansiosos em sua busca 
pela verdade do que nos dias anteriores, mas fatos concretos desmentem tal afirmação. 
 
Em Jó 12:24-25, nosé dito sobre “chefes dos povos da terra” que “nas trevas andam às 
apalpadelas, sem terem luz”. Quão evidente isso é para aqueles cujos olhos foram ungidos 
com o Espírito Santo, sim, mesmo para os homens naturais que não abandonaram uma 
forte desilusão que eles teriam crido em uma mentira. Quem, senão os cegos pelo precon-
ceito são incapazes de perceber a certeza dos fatos que estão diante deles e ainda acre-
ditam no “progresso do homem” e “no avanço constante da raça humana”? E, no entanto, 
tais postulados são feitos diariamente por aqueles que são considerados como sendo os 
mais instruídos e os grandes pensadores. Alguém tinha suposto que os sonhos vãos dos 
idealistas e teóricos teriam sido dissipados pelos acontecimentos dos últimos trinta anos, 
quando centenas de milhões de habitantes da Terra estavam engajados em uma luta de vi-
da e morte, em que as desumanidades mais bárbaras foram cometidas, dezenas de milha-
res de cidadãos pacíficos mortos em suas casas, centenas de milhares de mutilados pelo 
restante de seus dias, e danos materiais incalculáveis infligidos. Mas tão persistente é o 
erro, tão amplamente aceita é essa quimera da “evolução”, e tão radicalmente isso é oposto 
àquilo que nós estamos pleiteando, que nenhum esforço deve ser poupado em remover um 
e estabelecer o outro. É com o desejo de fazer isto que agora apresento algumas das evi-
dências abundantes que atestam claramente a condição completamente arruinada da hu-
manidade caída. 
 
Estas provas podem ser extraídas a partir do ensinamento da Sagrada Escritura, os regis-
tros de historiadores humanos, nossas próprias observações e experiências pessoais. O 
terceiro capítulo de Gênesis descreve a origem da depravação humana, e no próximo capí-
tulo, os frutos amargos da Queda rapidamente começam a se manifestar. No primeiro ve-
mos o pecado em nossos primeiros pais, no último o pecado nos seus primogênitos, que 
muito em breve dariam prova de que eles tinham recebido uma natureza má deles. Em Gê-
nesis 3, o pecado era contra Deus, em Gênesis 4 era tanto contra Ele como contra um com-
panheiro. Essa é sempre a ordem: onde não há temor de Deus diante dos olhos, não haverá 
respeito genuíno pelos direitos dos nossos semelhantes. No entanto, mesmo nessa data 
inicial, nós vemos a graça soberana e distintiva de Deus em ação, pois foi por uma fé dada 
por Deus, que Abel apresentou ao Senhor um sacrifício aceitável (Hebreus 11:4), foi en-
quanto ele estava notoriamente em sua vontade própria e autossatisfação que Caim trouxe 
do fruto da terra como oferta. Após sua rejeição por parte do Senhor nos é dito: “Caim ficou 
muito irado” (Gênesis 4:5), Caim irou-se porque não podia aproximar-se e adorar a Deus 
segundo os ditames de sua própria mente, e, assim, mostrou sua inimizade natural contra 
Ele. Ciumento por causa de Abel ter sido aprovado por Deus, Caim se levantou e matou 
seu irmão. 
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Como a lepra, o pecado contamina, se espalha e produz a morte. Perto do fim de Gênesis 
4 vemos o pecado corrompendo a vida familiar, pois Lameque era culpado de poligamia, 
assassinato e de um espírito de vingança feroz (v. 23). Em Gênesis 5 a morte está escrita 
em letras maiúsculas sobre o registro inspirado, por nada menos que oito vezes nós lemos 
ali: “e morreu”. Contudo, mais uma vez, nos é mostrada a graça superabundante em meio 
ao pecado abundante, pois Enoque, o sétimo depois de Adão, não morreu, sendo trasla-
dado sem ver a morte; o tempo em que esteve na terra foi gasto contendendo e advertindo 
o ímpio, dos seus dias é mencionado em Judas 14 e 15, onde nos é dito que ele profetizou: 
“Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e 
condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impia-
mente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra 
ele”. Noé também era um “pregoeiro da justiça” (2 Pedro 2:5) aos antediluvianos, mas apa-
rentemente com pouco efeito, pois lemos: “viu o Senhor que a maldade do homem se mul-
tiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má 
continuamente”; que “toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra”, e que a 
Terra estava “cheia de violência” (Gênesis 6:5, 12, 13). 
 
Mas, ainda que Deus tenha enviado uma inundação que varreu toda aquela geração perver-
sa, o pecado não foi erradicado do ser humano: em vez disso, novas evidências da depra-
vação do homem foram dadas logo em seguida. Depois de uma misericordiosa libertação 
do dilúvio, após assistir a tal terrível demonstração da santa ira de Deus contra o pecado, 
e depois do Senhor ter feito um pacto gracioso com Noé, que continha promessas e garan-
tias mui abençoadas, se suponha que a raça humana iria após isso aderir aos caminhos da 
virtude. Mas, infelizmente, a próxima coisa que lemos é que “Começou Noé a ser lavrador 
da terra, e plantou uma vinha. E bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio 
de sua tenda” (Gênesis 9:20-21). Os estudiosos nos dizem que a palavra hebraica para 
“descobriu-se” indica claramente um ato deliberado, e não um mero efeito inconsciente de 
embriaguez, os pecados de intemperança e impureza são irmãs gêmeas. O triste lapso de 
Noé deu ocasião para seu filho pecar, e então, em vez de jogar o manto da caridade sobre 
a nudez de seu pai, ele desonrou seu pai, manifestando um total desrespeito e insubmissão 
a ele. Em consequência disso, ele lançou sobre ele e sobre seus descendentes uma mal-
dição, e os efeitos e resultados desta são visíveis até hoje (v. 25). 
 
Como dissemos há mais de trinta anos, em um artigo sobre o assunto, Gênesis 9 coloca 
diante de nós a inauguração de um novo começo, e uma ponderação do mesmo faz com 
que nossas mentes se voltem ao primeiro início da raça humana. Uma comparação cuida-
dosa dos dois revela uma série dos mais notáveis paralelos entre as histórias de Adão e 
Noé. Adão foi colocado em cima de uma terra que subiu do “grande abismo” (Gênesis 1:2), 
assim também fez Noé saiu para uma terra que tinha acabado de imergir das águas do 
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grande dilúvio. Adão foi feito senhor da criação (1:28), e na mão de Noé Deus também 
entregou todas as coisas (9:2). Adão foi “abençoado” por Deus e disse “e multiplicai-vos, e 
enchei a terra” (1:28), da mesma forma como Noé foi abençoado e disse “Frutificai e multi-
plicai-vos e enchei a terra” (9:1). Adão foi colocado por Deus em um jardim “para o lavrar e 
o guardar” (2:15), e Noé “começou... a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha” (9:20). 
Isto estava no jardim que Adão transgrediu e caiu, e o produto da vinha foi a ocasião da 
triste queda de Noé. O pecado de Adão resultou na exposição de sua nudez (3:7), e da 
mesma forma, lemos que Noé “descobriu-se no meio de sua tenda” (9:21). O pecado de 
Adão trouxe uma terrível maldição sobre sua descendência (Romanos 5:12), e assim fez o 
de Noé (Gênesis 9:24-25). Imediatamente após a queda de Adão uma profecia notável foi 
dada, contendo em resumo a história da redenção (3:15), e logo após a queda de Noé uma 
notável profecia foi proferida, contendo em resumo a história das grandes divisões da nossa 
raça. 
 
O Sistema Mundial Carnal 
 
Gênesis 10 e 11 tratam da história da terra pós-diluviana. Eles nos mostram algo dos cami-
nhos dos homens neste novo mundo revoltoso contra Deus, procurando glorificar-se e divi-
nizar a si mesmos. Eles dão a conhecer os princípios carnais pelo qual o sistema do mundo 
está agora regulamentado. Desde Gênesis 10:8-12 e 11:1-9, interrompe-se o curso das 
genealogias ali indicadas, eles devem ser consideradoscomo um parêntese importante: o 
primeiro explica este último. O primeiro está preocupado com Ninrode, e dele aprendemos 
que: 1. Ele era descendente de Cão, por meio de Cuxe (10:8), e, portanto, o descendente 
da família de Noé em que a maldição repousava. 2. Ninrode significa “o rebelde”. 3. “Ele 
começou a ser poderoso na terra”, o que implica que ele lutou por preeminência e pela força 
da vontade a obteve. 4. “Na terra” sugere conquista e subjugação, tornando-se um líder e 
governante de mais homens. 5. Ele era um poderoso caçador (10:9): mais três vezes em 
Gênesis 10 e novamente em 1 Crônicas 4:10, este termo “poderoso” para ele, em hebraico 
também está tencionando “chefe “e “líder”. 6. Ele era um poderoso caçador “diante da face 
do Senhor”: compare isso com “a terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus” 
(6:11) e temos a impressão de que esse rebelde e orgulhoso prosseguiu os seus projetos 
ambiciosos e ímpios em desafio aberto ao Todo-Poderoso. 7. Ninrode era um rei e teve sua 
sede em Babilônia (10:10). 
 
A partir dos versos inicias de Gênesis 10, fica claro que Ninrode tinha um desejo desen-
freado por fama, a ponto de cobiçar o supremo domínio ou a constituição de um império 
mundial (10:10-11), e que ele liderou uma grande confederação em rebelião aberta contra 
Jeová. A própria palavra “Babel” significa “a porta de Deus”, mas depois, e por causa do 
julgamento Divino infligido sobre ele, ela veio a significar “confusão”. Juntando as diferentes 
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informações fornecidas pelo Espírito, não pode haver dúvida de que Ninrode não só orga-
nizou um governo imperial, ao qual ele presidia como rei, mas que ele também instituiu uma 
nova e idólatra adoração. Apesar de não ser mencionado pelo nome em Gênesis 11, é 
evidente a partir do capítulo anterior que ele era o líder do movimento aqui descrito. A refe-
rência topográfica em 11:2 é muito significativa, moralmente, como “desce para o Egito” e 
“sobe a Jerusalém”: “partindo eles do oriente” denota que eles viraram as costas para o 
nascer do sol. Deus havia ordenado a Noé para “multiplicar e encher a terra”, mas aqui le-
mos: “E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, 
e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra” 
(11:4). Isso foi diretamente contrário a Deus, e Ele imediatamente interveio, levando a nada 
o plano de Ninrode, e “dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra” (11:9). 
 
Na Torre de Babel outra crise havia acontecido na história da raça humana. A humanidade 
foi novamente culpada de apostasia e declaradamente desafiou ao Altíssimo. A confusão 
que Deus trouxe sobre a raça humana deu origem às diferentes nações da terra, e depois 
da derrubada do esforço de Ninrode temos a formação de “o mundo”, uma vez que já existia 
desde então. Isto é confirmado em Romanos 1, onde o apóstolo fornece a prova da culpa 
dos gentios. No versículo 19 lemos sobre “o que de Deus se pode conhecer”, através da 
exibição de Suas perfeições nas obras da criação. O versículo 21 vai mais longe, e afirma: 
“tendo conhecido a Deus [isto é, nos dias de Ninrode], não o glorificaram como Deus, nem 
lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato 
se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos [em conexão com a Torre de Babel]. 
E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corrup-
tível”. Foi então que a idolatria começou. No que se segue nos é dito três vezes que “Deus 
os entregou” (vv. 24, 26, 28). Foi então que Ele os abandonou e “deixou andar todas as 
nações em seus próprios caminhos” (Atos 14:16). 
 
O próximo acontecimento depois dessa grande crise nos assuntos humanos registrada em 
Gênesis 11 foi o chamado Divino de Abraão, o pai da nação de Israel; mas antes de nos 
voltarmos para isto, vamos considerar alguns dos efeitos do primeiro. A primeira das nações 
dos gentios sobre os quais a Escritura tem muito a dizer são os egípcios, e eles manifesta-
ram claramente a sua evidente depravação por maltratar os hebreus e desafiarem ao Se-
nhor. As sete nações que habitavam Canaã quando Israel entrou naquela terra nos dias de 
Josué eram devotadas às mais terríveis abominações e impiedades (Levítico 18:6-25; Deu-
teronômio 9:5). As características dos impérios renomados da Babilônia, Medo-Pérsia, Gré-
cia e Roma são referidas em Daniel 7:4-7, onde eles são comparados a animais selvagens. 
Fora dos limites estreitos do Judaísmo o mundo inteiro era pagão, completamente domina-
do pelo Diabo. Após virar as costas para Aquele, que é luz, eles estavam em total escuridão 
espiritual e entregues à ignorância, superstição e vício. Todos buscaram a felicidade nos 
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prazeres da terra, de acordo com seus vários desejos e apetites. Mas qualquer “felicidade” 
que foi apreciada por eles, era apenas uma felicidade animalesca e passageira, totalmente 
indigna de criaturas feitas para a eternidade. Eles estavam inteiramente insensíveis de sua 
verdadeira miséria, pobreza e cegueira. 
 
É verdade que as artes foram desenvolvidas em um alto grau por alguns dos antigos, e que 
havia sábios famosos entre eles, mas as massas populares foram grosseiramente materia-
listas, e seus professores propagaram os absurdos mais selvagens. Eles todos e cada um 
deles negaram a criação Divina do mundo, retendo a maior parte daquilo que é de caráter 
eterno. Alguns acreditavam que não havia sobrevivência da alma após a morte, outros na 
teoria da transmigração, isto é, que as almas dos homens passam para os corpos dos ani-
mais. Em suma, “o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria” (1 Coríntios 1:21), e 
onde há ignorância de Deus há sempre a ignorância de nós mesmos. Eles não perceberam 
que foram vítimas do grande enganador das almas, que cega as mentes daqueles que não 
creem. Nenhuma nação da antiguidade foi tão altamente erudita como os gregos, no entan-
to, as vidas privadas de seus homens mais eminentes foram manchadas pelos crimes mais 
revoltantes. Aqueles que tinham o ouvido do público e mais falavam sobre a definição de 
homens livres de suas paixões, e gozavam da mais alta estima como sendo mestres da 
verdade e da virtude, fizeram-se os escravos abjetos do pecado e de Satanás, e, moralmen-
te falando, a sociedade estava podre até o seu âmago. 
 
O mundo inteiro inflamou-se em sua corrupção. A indulgência sensual foi em todos os luga-
res levada ao seu mais alto grau, a gula era uma arte, a fornicação foi o espetáculo sem 
restrição. O profeta mostra (Oséias 4) que, onde não há conhecimento de Deus na terra 
não há misericórdia e verdade entre seus habitantes: em vez disso, o egoísmo, a opressão 
e a perseguição vem sobre todos. É difícil encontrar uma página nos anais do mundo, que 
não forneça ilustrações trágicas da ganância e da opressão, da injustiça e da chicana, da 
avareza e falta de consciência, da intemperança e da imoralidade em que caíram e em rela-
ção aos quais a natureza humana é tão terrivelmente propensa. Ah, que triste espetáculo 
produz a história presente de nossa raça! Abundantemente ela testemunha a declaração 
Divina: “Certamente que os homens de classe baixa são vaidade, e os homens de ordem 
elevada são mentira; pesados em balanças, eles juntos são mais leves do que a vaidade” 
(Salmos 62:9). Os infiéis modernos podem pintar uma bela imagem das virtudes de muitas 
das nações, e a partir de seu ódio pelo Cristianismo, exaltá-los aos mais altos patamares 
da realização intelectual e excelência moral, mas o testemunho claro da história definitiva-
mente os refuta. 
 
A terra foifeita um Aceldama por seus assassinatos e contendas, inundando-a com sangue. 
“Os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de crueldade” (Salmos 74:20). 
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Na Grécia antiga, os pais tinham a liberdade de expor seus filhos a perecer de frio e de fo-
me, ou serem devorados por animais selvagens; e, apesar de que tais exposições fossem 
frequentemente praticadas passavam sem punição ou censura. Guerras foram travadas 
com a maior ferocidade, e se algum dos vencidos escapasse da morte, a escravidão do tipo 
mais abjeto ao longo da vida era a única perspectiva diante deles. Em Roma, que era então 
a metrópole do mundo, o tribunal de César estava mergulhado na licenciosidade. Para pro-
porcionar diversão aos seus senadores, seiscentos gladiadores lutaram entre si, mão a 
mão, no teatro público. Para não ficar atrás, Pompéia levou quinhentos leões para arena e 
envolveu um número igual de seus valentes, e “senhoras delicadas” sentadas, aplaudindo 
e regozijando-se sobre o banho de sangue. Os idosos e enfermos foram banidos para uma 
ilha no rio Tibre. Quase dois terços do mundo “civilizado” era composto por escravos, e se-
us senhores detinham poder absoluto sobre eles. Sacrifícios humanos eram frequentemen-
te oferecidos nos altares de seus templos. Em seus caminhos estavam a destruição e a 
miséria; e não conheceram o caminho da paz (Romanos 3:16-17). 
 
Os “deístas” dos séculos XVII e XVIII discursaram muito sobre a inocência encantadora das 
tribos que habitavam nos caramanchões silvestres de florestas virgens, intocadas pelos ví-
cios da civilização, não poluídas pelo comércio moderno. Mas quando as florestas da Amé-
rica foram visitadas pelo homem branco, ele encontrou os índios como sendo tão ferozes e 
cruéis como os animais selvagens, de modo que, como se expressou, “A macha-dinha ver-
melha poderia ter sido estampada como o revestimento do braço do homem vermelho, e 
seus olhos de vingança eram como o indício de seu caráter”. Quando os viajantes penetra-
ram no interior da África, onde esperava-se encontrar a natureza humana em sua excelência 
primitiva, eles descobriram, em vez disso, diabrura primitiva. Tome as raças mais calmas, 
olhe para o rosto gentil de um hindu, alguém poderia supor que ele é incapaz de brutalidade 
e bestialidade, mas deixe que os fatos da rebelião Sepoy do século passado sejam lidos, e 
você encontrará a inclemência do tigre. Assim também é com o chinês plácido, o Levante 
dos boxers1 e as atrocidades no início deste século testemunharam desumanidades simila-
res. Se uma nova tribo for descoberta, devemos saber que essa também deve ser depra-
vada e viciosa; apenas o fato de sermos informados de que eles eram homens nos obriga 
a concluir que eles eram “odiosos e odiando uns aos outros” [Tito 3:3]. 
 
A Depravação Tanto de Judeus Quanto de Gentios 
 
A depravação dos gentios não pode excitar surpresa, uma vez que as suas religiões, em 
 
__________ 
[1] Levante, Rebelião ou Guerra dos boxers (1899-1900), chamado também de Movimento Yijetuan, foi um 
movimento popular antiocidental e anticristão na China (Wikipédia). 
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vez de restringir, fornecem estímulo para os vícios mais horríveis, nos exemplos de seus 
deuses extravagantes. Todavia os judeus eram melhores? A consideração de seu caso, 
deve não só voltar-se a partir do geral para o particular, mas também temos diante de nós 
aquelas pessoas que foram designadas por Deus para serem uma amostra da natureza 
humana. O Ser Divino os escolheu e os separou de todas as outras nações, derramando 
sobre eles Seus benefícios, os fortaleceu com muitos encorajamentos, fez milagres em Seu 
nome, os impressionou com as ameaças mais terríveis, castigou-os severamente e fre-
quentemente inspirou Seus servos a dá-nos um relato preciso da Sua resposta. E que 
resposta infeliz era esta! Excetuando-se a conduta de alguns indivíduos, entre eles, os 
quais, sendo o efeito da graça Divina, não fizeram nada contra o que estamos aqui apenas 
demonstrando — na verdade servem para intensificar o contraste — a história triste dos ju-
deus, de forma geral, não foi nada além de uma série de rebeliões e contínuos afastamentos 
do Deus vivo. Nenhuma outra nação foi tão altamente favorecida e ricamente abençoada 
pelo Céu, e ninguém retribuiu de forma tão miserável à bondade Divina. 
 
Providos com uma lei que foi elaborada e proclamada pelo próprio Deus, e que foi imposta 
pela mais cativante e também a mais impressionante das sanções, dentro de poucos dias 
após a sua recepção a nação inteira estava envolvida na adoração obscena de um bezerro 
de ouro. Foram-lhes concedidos os oráculos e ordenanças Divinas, mas eles não foram 
nem apreciados nem atendidos. No deserto eles provocaram muito o Santo por suas mur-
murações, suas concupiscências pelas panelas de carne do Egito, quando supridos com 
“pão dos anjos” (Salmo 78:25), sua idolatria se prolongou, (Atos 7:42-43), e também sua 
incredulidade (Hebreus 3:18). Depois que eles receberam por herança a terra de Canaã, 
logo evidenciaram sua vil ingratidão, pelo que o Senhor disse ao seu servo entristecido: 
“Não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles” (1 
Samuel 8:7). Então, eles foram avessos a Deus e aos Seus caminhos que eles odiavam, 
perseguiram e mataram os mensageiros que Ele enviou para convertê-los de sua maldade. 
“Não guardaram a aliança de Deus, e recusaram andar na sua lei” (Salmos 78:10). Eles 
declararam: “Não há esperança; porque amo os estranhos, após eles andarei” (Jeremias 
2:25). 
 
Após a prova em Romanos 1 da depravação total do mundo gentio, o apóstolo voltou-se 
para o caso do privilegiado Israel, e a partir de suas próprias Escrituras demonstrou que e-
les eram igualmente contaminados, e estavam igualmente sob a maldição de Deus. Fazen-
do a pergunta: “Pois quê? Somos nós mais excelentes?”, ele respondeu: “De maneira ne-
nhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo 
do pecado” (Romanos 3:9). Assim também em 1 Coríntios 1, onde o maior desprezo é 
lançado sobre o que é altamente estimado entre os homens, o judeu é colocado no mesmo 
nível que o gentio. Ali nos é mostrado como Deus vê as pretensões arrogantes do intelectual 
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deste mundo. Quando ele pergunta “Onde está o sábio?” [v. 20], faz referência aos filósofos 
gregos que eram honrados com esse título. Seu próprio questionamento é um derrama-
mento de desprezo sobre suas reivindicações orgulhosas. Com todo o seu conhecimento 
alardeado, você já descobriu o Deus vivo e verdadeiro? Eles são desafiados a se apresen-
tarem com seus esquemas de religião. Depois de tudo que você ensinou aos outros, o que 
você tem feito? Você já descobriu o caminho para a felicidade eterna? Você já aprendeu 
como pecadores culpados podem ter acesso a um Deus santo? Longe de serem sábios, 
Deus declara que tais sábios como Pitágoras e Platão eram tolos. 
 
Em seguida, Paulo pergunta “onde está o escriba?” (1 Coríntios 1:20), que era o homem 
sábio, o professor estimado entre os judeus. Ele também estava em tão grande distância e 
muito ignorante do verdadeiro Deus. Assim, longe de possuir qualquer verdadeiro conhe-
cimento de Deus, ele era um inimigo amargo para o mesmo quando foi proclamado por Seu 
Filho encarnado. Embora os escribas apreciaram a vantagem inestimável de possuir as 
Escrituras do Antigo Testamento, eles eram, em geral, tão ignorantes da salvação de Deus 
como foram os filósofospagãos. Em vez de apontar para a morte do Messias prometido 
como o grande sacrifício pelo pecado, eles ensinaram os seus discípulos a dependerem 
das leis e cerimônias de Moisés, e das tradições inventadas por homens. Quando Cristo se 
manifestou a eles foram, portanto, os primeiros que, longe de recebê-lO, tornaram-se Seus 
perseguidores mais amargos; porque Ele apareceu diante deles na forma de um servo, o 
que não se harmonizou com seus corações orgulhosos. Embora Ele fosse “cheio de graça 
e de verdade”, não viram nenhuma beleza nEle para que O desejassem. Embora tenha a-
nunciado boas novas, eles se recusaram a dar ouvidos a elas. Quando Cristo realizou mila-
gres de misericórdia, diante deles, eles não acreditaram nEle. Embora Ele tenha buscado 
apenas o seu bem, eles lhe retornaram somente o mal. Sua linguagem era: “Não queremos 
que este reine sobre nós” (Lucas 19:14). 
 
O Desprezo Por Cristo 
 
A negligência geral e até mesmo desprezo que o Senhor Jesus encontrou entre as pessoas, 
proporciona uma visão muito humilhante do que é a nossa natureza humana caída, mas as 
profundezas terríveis da depravação humana foram mais claramente evidenciadas pelos 
escribas e fariseus, os sacerdotes e os anciãos. Embora bem familiarizados com os profe-
tas, e professando estarem esperando o Messias, contudo com malignidade desesperada 
e impiedosa estes buscavam Sua destruição. Todo o curso de sua conduta mostra que eles 
agiram contra suas convicções de que Jesus Cristo era o Messias, certamente eles tinham 
pleno conhecimento de Sua inocência de tudo que eles O acusavam. Isto é evidente a partir 
da clara intimação dEle que ao ler seus corações, e saber o que eles estavam dizendo 
dentro de si. “Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo” (Mateus 21:38). Eram tão incansáveis 
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quanto sem escrúpulos em sua malícia. Eles ou seus servos, perseguiram Seus passos de 
um lugar para outro, esperando que em Sua relação mais íntima com os Seus discípulos 
pudessem mais facilmente apanhá-lO, ou encontrar algo em Suas palavras ou ações que 
poderiam distorcer para acusá-lO. Eles usaram todas as oportunidades para envenenar as 
mentes do povo contra Ele, e, não contentes com calúnias ordinárias dirigidas ao Seu 
caráter, disseram que Ele estava ministrando sob a ins-piração imediata de Satanás. 
 
Donde tal tratamento iníquo dispensado ao Filho de Deus procede? Donde, senão das vis 
corrupções de seus corações? “Odiaram-me sem causa” (João 15:25), declarou o Senhor 
da Glória. Não havia nada, seja em Seu caráter ou em Sua conduta, que merecesse o seu 
vil desprezo e inimizade. Eles amaram mais as trevas, e, portanto, odiaram a luz. Eles esta-
vam apaixonados por suas más concupiscências e se deleitavam em gratificá-las. Assim, 
também, com seus seguidores iludidos, que deram ouvidos aos falsos profetas, que disse-
ram: “Paz, paz” para eles, lisonjeando-os e encorajando-os em sua carnalidade. Conse-
quentemente, eles não podiam tolerar o que era desagradável aos seus gostos depravados 
e condenava suas práticas pecaminosas; e, portanto, este “povo”, bem como seus princi-
pais sacerdotes e governantes gritaram: “Fora daqui com este, e solta-nos Barrabás” (Lucas 
23:18). Depois de O haverem perseguido até a morte de um criminoso, sua má vontade O 
perseguiu até o túmulo, pois eles vieram a Pilatos e exigiram que ele guardasse Seu sepul-
cro. Quando o seu esforço foi provado ser em vão, o alto Sinédrio de Israel subornou os 
soldados que tentaram guardar o túmulo, e com deliberação premeditada colocaram uma 
terrível mentira em suas bocas (Mateus 28:11-15). 
 
Nem a inimizade dos inimigos de Cristo diminui depois que Ele partiu deste cenário e voltou 
para o céu. Quando Seus embaixadores saíram a pregar o Seu Evangelho, eles foram pre-
sos e proibidos de ensinar em nome de Jesus, e, em seguida, liberados sob ameaça de 
punição (Atos 4). Após a recusa dos apóstolos a cumprir isso, eles foram novamente espan-
cados (Atos 5:40). A Estevão eles apedrejaram até a morte. Tiago foi decapitado, e muitos 
outros foram dispersos para escapar da perseguição. Exceto quando Deus quis pôr Sua 
mão restringidora sobre eles, e aqueles em quem Ele operou um milagre da graça, judeus 
e gentios igualmente desprezaram o Evangelho e voluntariamente se opuseram ao seu pro-
gresso. Em alguns casos, o seu ódio à verdade foi menos abertamente exibido do que em 
outros, no entanto, não era menos real. Aconteceu o mesmo desde então. Não importando 
quão seriamente e de modo cativante o Evangelho seja pregado, não ganha quem o ouve, 
na maioria das vezes eles são como aqueles dos dias de nosso Senhor, “eles, porém, não 
fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio” (Mateus 22:5). A 
grande maioria é demasiada indiferente a buscar até mesmo um conhecimento doutrinal da 
verdade. Há muitas pessoas que consideram esta ebriedade dos perdidos como mera indi-
ferença, mas na verdade é algo muito pior do que isso, ou seja, não gostam de coração das 
coisas de Deus, são diretamente antagônicos a Ele. 
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Sua hostilidade é evidenciada pela forma como eles tratam o povo de Deus. Quanto mais 
próximo o crente anda com o seu Senhor, mais ele será ofendido e maltratado por aqueles 
que são estranhos a Ele. Mas “bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da 
justiça” (Mateus 5:10). Como alguém pontuou, “É uma forte prova da depravação humana 
que as maldições dos homens e as bênçãos de Cristo devam reunir-se nas mesmas pes-
soas. Quem teria pensado que um homem podia ser perseguido e injuriado, e ter todo o 
mal dito a seu respeito por causa da justiça?”. Mas os ímpios realmente odeiam a justiça e 
integridade, e amam aqueles que os defraudam e erram com eles? Não, eles não se desa-
gradam da justiça que respeita os seus próprios interesses, isso é apenas quanto àquela 
espécie de justiça que pleiteia os direitos de Deus. Se os santos estivessem satisfeitos com 
o estabelecimento da justiça e da misericórdia amorosa, e deixassem de andar humilde-
mente com Deus, eles poderiam ir por todo o mundo, não somente em paz, mas com a 
aprovação do não-regenerado; mas “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus 
padecerão perseguições” (2 Timóteo 3:12), pois tal vida reprova a impiedade do ímpio. Se 
a compaixão move o Cristão a alertar seus vizinhos pecaminosos de seu perigo, ele é 
susceptível de ser insultado por suas advertências. Suas melhores ações serão atribuídas 
aos piores motivos. No entanto, longe de ser abatido por tal tratamento, o discípulo deve 
regozijar-se de que ele é considerado digno de sofrer um pouco por amor do seu Mestre. 
 
O Repúdio Da Lei De Deus 
 
A depravação do homem aparece em seu repudiar a Lei Divina posta sobre ele. É direito 
de Deus ser reconhecido como Soberano por Suas criaturas, mas eles nunca são tão 
satisfeitos como quando invadem Sua prerrogativa, quebram Suas leis, e contradizem Sua 
vontade revelada. Quão pouco é compreendido que é tudo a mesma coisa, repudiar o Seu 
cetro, e repudiar o Seu Ser: quando repudiam Sua autoridade, negam Sua Divindade. Há 
no homem natural uma aversão a ter qualquer familiaridade com a regra a qual o seu Cria-
dor lhe impôs: “E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhe-
cimento dos teus caminhos. Quem é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que 
nos aproveitará que lhe façamos orações?” (Jó 21:14-15). Isso é visto em sua relutância 
em usar os meios para a obtenção de um conhecimento de Sua vontade: porém eles são 
ávidos em sua busca por todos os outros tipos de conhecimento, embora sejam diligentes 
em estudar a formação,constituição e as formas de criaturas, eles se recusam a familia-
rizar-se com o seu Criador. Ao tomar conhecimento de alguma parte de Sua vontade, eles 
se esforçam para removê-la: eles não “se importaram de ter conhecimento de Deus” (Ro-
manos 1:28). Se eles não prosperam, eles não têm prazer na consideração de tais conhe-
cimentos, mas fazem o possível para removê-lo de suas mentes. 
 
Se há uma classe de não-regenerados que são exceções à regra geral, são aqueles que 
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frequentam a igreja, fazem uma profissão de religião, e tornam-se “estudantes da Bíblia”, 
eles são motivados pelo orgulho do intelecto e da reputação. Eles têm vergonha de ser con-
siderados como ignorantes espirituais, e desejam ter uma boa reputação nos círculos religi-
osos. Assim, eles garantem um manto de respeitabilidade, e muitas vezes a estima do povo 
de Deus. No entanto, eles não possuem a graça. Eles “detêm a verdade em injustiça” (Ro-
manos 1:18), eles a detêm, mas não aderem a ela, sua influência não os transforma. Se 
eles ponderam sobre, não é com prazer; se têm prazer nela, é apenas porque o seu estoque 
de informações é aumentado e eles estão melhor equipados para manter suas próprias 
opiniões em uma discussão. Seu desígnio é informar a sua compreensão, e não vivificar 
sua afeição. Há muito mais hipocrisia do que sinceridade dentro dos limites da Igreja. Judas 
era um seguidor de Cristo, porque ele “tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (João 
12:6), e não por qualquer amor pelo Salvador. Alguns têm a fé ou a verdade de Deus “em 
acepção de pessoas” (Tiago 2:1), eles recebem não da Fonte, mas a partir do canal, de 
modo que muitas vezes a mesma verdade entregue por outro é rejeitada, a qual, quando 
vindo da boca (e fantasia) de seu ídolo, é considerada como um oráculo. Isso é fazer o 
homem e não Deus sua regra, pois, embora seja reconhecido que é verdade, no entanto, 
não é recebido no amor da verdade, mas sim como o que é dado por um instru-mento 
admirado. 
 
A depravação da natureza humana é vista na reversão triste e geral para a escuridão de 
um povo após ter sido favorecido com a luz. Mesmo quando Deus tem sido conhecido e 
Sua verdade tem sido proclamada, se Ele deixa os homens ao trabalho de seus maus cora-
ções, eles rapidamente caem em um estado de ignorância. Noé e seus filhos viveram por 
séculos após o dilúvio a ponto de fazer conhecidas no mundo as perfeições de Deus, mas 
todo o conhecimento dEle logo desapareceu; Abrão e seu pai eram idólatras (Josué 24:2). 
Mesmo depois que um homem tem experimentado o novo nascimento e tornar-se o objeto 
da influência Divina imediata, quanta ignorância e erro, imperfeição e impropriedade ainda 
permanecem! Somente pelo fato de que ele não é completamente sujeito ao Senhor. As 
rebeliões e apostasias parciais de Cristãos genuínos são uma demonstração terrível da 
corrupção da natureza humana. A nossa tendência a cair em erro após a iluminação Divina 
é solenemente ilustrada pelos Gálatas. Eles tinham sido instruídos por Paulo, e por meio 
do poder do Espírito tinha acreditado no Salvador anunciado. Então, se alegraram e o 
receberam “como um anjo de Deus” (4:14); ainda no decorrer de alguns anos muitos desses 
conversos deram ouvidos a falsos mestres, até que renunciaram a seus princípios, a ponto 
do apóstolo ter dizer-lhes “estou perplexo a vosso respeito” (4:20). Olhe para a Europa, 
Ásia, África, após a pregação dos Apóstolos e aqueles que imediatamente os sucederam. 
Embora a luz do Cristianismo tenha iluminado a maioria das partes do Império Romano, foi 
rapidamente extinta e deu lugar à escuridão. A maior parte do mundo caiu como vítima do 
Catolicismo Romano e do Islamismo. 
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Nada demonstra mais fortemente a pecaminosidade do homem do que sua propensão à 
idolatria: nenhum outro pecado foi tão fortemente denunciado ou tão severamente punido 
por Deus. Ídolos são apenas obra das mãos dos homens, e, portanto, inferiores a eles mes-
mos, logo, quão irracional é adorá-los! Pode a loucura humana ir mais longe do que os 
homens imaginarem ser capazes de fabricar deuses? Aqueles que têm caído tão baixo a 
ponto de confiar em um bloco de madeira ou pedra chegaram ao extremo da tolice. Como 
o Salmo 115 aponta: “Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem... A eles se tor-
nem semelhantes os que os fazem”, tornam-se tão tolos, tão incapazes de ouvir e ver as 
coisas que pertencem à sua salvação. Os Romanistas e seus imitadores não são melhores 
do que os gentios que não possuem uma Bíblia, pois pervertem a espiritualidade e a sim-
plicidade do culto Divino por cerimônias infantis. Deus exige a adoração da alma, e eles 
oferecem a Ele a do corpo. Ele pede o coração, eles dão-Lhe os lábios. Ele exige uma ho-
menagem da compreensão, mas eles zombam dEle com altares e crucifixos, velas e incen-
so, vestes pomposas e genuflexões. 
 
A corrupção da natureza humana descobre-se em crianças pequenas. Como os nossos 
pais tinham o costume de dizer: “O que é produzido no osso aflora na carne”. E quão cedo 
isto acontece! Se houvesse alguma bondade inata no homem, seria certamente mostrada 
durante os dias de sua infância, antes dos princípios virtuosos serem corrompidos, e maus 
hábitos formados por seu contato com o mundo. Mas podemos encontrar crianças inclina-
das a tudo o que é puro e excelente, e avessas a tudo que seja errado? Elas são mansas, 
dóceis, cedendo facilmente à autoridade? Elas são altruístas, magnânimas quando outra 
criança pega o seu brinquedo? Longe disso. O resultado invariável do crescimento nos se-
res humanos é que, logo que seja maduro o suficiente para expor quaisquer qualidades 
morais através na ação humana eles exibem as más. Muito antes de atingirem idade sufici-
ente para entender seus próprios temperamentos maus, eles manifestam a vontade própria, 
cobiça, engano, raiva, rancor e vingança. Eles choram e se afligem pelo que não é bom pa-
ra eles, e estão indignados com os mais velhos por sua recusa, muitas vezes tentando ata-
cá-los. Aqueles nascidos e criados no meio de honestidade são culpados de furtos insig-
nificantes antes mesmo de testemunharem um ato de roubo. Estas manchas não devem 
ser atribuídas à ignorância, mas à sua discordância com a Lei Divina, a qual a natureza do 
homem foi originalmente conformada; que mudança terrível o pecado operou na constituição 
humana. A natureza humana é visivelmente contaminada desde o início de sua existência. 
 
A prevalência universal da doença e morte testemunham inequivocamente a queda do 
homem. Todas as dores e doenças dos nossos corpos, pelas quais a nossa saúde é preju-
dicada e nossa passagem por este mundo se torna inquieta, são as consequências de nos-
sa apostasia de Deus. O Salvador fez uma insinuação clara de que a doença é o efeito do 
pecado quando Ele curou o homem com a paralisia, dizendo: “Os teus pecados te são per-
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doados” (Mateus 9:2); como o salmista também liga entre si o fato de Deus perdoar o Seu 
povo e a cura de suas enfermidades (103:3). “Não é algo que acontece a todos”. Sim, mas 
por que deveria? Por que deveria haver desperdício e dissolução? A Filosofia não oferece 
nenhuma explicação. A ciência pode fornecer nenhuma resposta satisfatória, para dizer 
que a doença resulta da decadência da natureza e com isso somente esquivar-se do questi-
onamento. A doença e a morte são anormalidades. O homem é criado pelo Deus eterno, 
dotado de uma alma imortal; por que, então, ele não continua a viver

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