Buscar

José de Tal, brasileiro, divorciado, primário e portador de bons antecedentes, ajudante de pedreiro, nascido em Juazeiro, Bahia, em 07/09/1938, residente e domiciliado em Planaltina DF, foi denunciado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Aluno: Fellipe Besighini Valles
Matrícula: 20161107887
Prof.ª: Larissa Botelho
NPJ Penal Quinta 10h
Peça 4
Prof. Larissa Botelho
José de Tal, brasileiro, divorciado, primário e portador de bons antecedentes, ajudante de pedreiro, nascido em Juazeiro, Bahia, em 07/09/1938, residente e domiciliado em Planaltina  DF, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 244, caput, c/c art. 61, inciso, II, e, amos do CP. Na exordial acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos:         
Desde janeiro de 2005 até, pelo menos, 04/04/2008, em Planaltina , DF, o denunciado José de Tal, livre e conscientemente, deixou, em diversas ocasiões e por períodos prolongados, sem justa causa, de prover a subsistência de seu filho Jorge de Tal, menor de 18 anos, não lhe proporcionando os recursos necessários para sua subsistência e faltando ao pagamento de pensão alimentícia fixada nos autos do processo n. 001/2005 ? 5ª Vara de Família de Planaltina (ação de alimentos) e executada nos autos do processo n. 002/2006 do mesmo juízo. Arrola como testemunha Maria de Tal, genitora e representante legal da vítima.
A denúncia foi recebida em 03/11/2008, tendo o réu sido citado e apresentado, no prazo legal, de próprio punho, visto que não tinha condições de contratar advogado sem prejuízo do seu sustento próprio e de sua família, resposta à acusação, arrolando as testemunhas Margarida e Clodoaldo. 
A AIJ foi designada e José compareceu desacompanhado de advogado. Na oportunidade, o juiz não nomeou defensor ao réu, aduzindo que o Ministério Público estaria presente e que isso seria suficiente.
No curso da instrução criminal, presidida pelo juiz de Direito da 9ª Vara Criminal de Planaltina, DF, Maria de Tal confirmou que José atrasava o pagamento da pensão alimentícia, mas que sempre efetuava o depósito parcelado dos valores devidos. Disse que estava aborrecida porque José constituíra nova família e, atualmente, morava com outra mulher, desempregada, e seus 6 outros filhos menores de idade.
As testemunhas Margarida e Clodoaldo, conhecidos de José há mais de 30 anos, afirmaram que ele é ajudante de pedreiro e ganha 1 salário mínimo por mês, quantia que é utilizada para manter seus outros filhos menores e sua mulher, desempregada, e para pagar pensão alimentícia a Jorge, filho que teve com Maria de Tal. Disseram, ainda, que, todas as vezes que conversam com José, ele sempre diz que está tentando encontrar mais um emprego, pois não consegue sustentar a si próprio nem a seus filhos, bem como que está atrasando os pagamentos da pensão alimentícia, o que o preocupa muito, visto que deseja contribuir com a subsistência, também, desse filho, mas não consegue. Informaram que José sofre de problemas cardíacos e gasta boa parte do seu salário na compra de remédios indispensáveis à sua sobrevivência.
 Após a oitiva das testemunhas, José disse que gostaria de ser ouvido para contar sua versão dos fatos, mas o juiz recusou-se a interrogá-lo, sob o argumento de que as provas produzidas eram suficientes ao julgamento da causa. Na fase processual prevista no art. 402 do CPP, as partes nada requereram. Em manifestação escrita, o Ministério Público pugnou pela condenação do réu nos exatos termos da denúncia, tendo o réu, então, constituído advogado, o qual foi intimado, em 15/06/2009, segunda-feira, para apresentação da peça processual cabível.
Considerando a situação hipotética acima apresentada, redija, na qualidade de advogado (a) constituído por José, a peça processual pertinente, privativa de advogado, adequada à defesa de seu cliente. Em seu texto não crie fatos novos, inclua a fundamentação que embase seus pedidos e explore as teses jurídicas cabíveis, endereçando o documento à autoridade competente e datando-o no último dia do prazo para protocolo.
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA 9ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE Planaltina / DF
Processo nº: ...
José de Tal, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem por meio de seu advogado já constituído com fulcro no art. 403, § 3o, do Código de Processo Penal, oferecer:
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.
I - DOS FATOS
José, réu nesta ação, foi denunciado pelo Ministério público em relação ao crime previsto no artigo 244, caput c/c artigo 61, inciso II, alínea “e”, ambos do Código Penal.
A audiência de instrução e julgamento foi designada e o Réu compareceu desacompanhado de Advogado/Defensor. Na mesma não nomeou defensor para o Réu, aduzindo que o Ministério Público estaria presente e que isso seria o suficiente.
No curso da ação, presidida pelo Juiz da 9ª Vara Criminal, a testemunha Maria de tal confirmou que o Réu atrasava o pagamento da pensão alimentícia mas que sempre efetuava o deposito parcelado dos valores. Disse que estava aborrecido com José, pois ele constituíra nova família e, atualmente, morava com outra mulher.
Após, a oitiva das testemunhas, Jose disse que gostaria de ser ouvido para contar a sua versão dos fatos, mas o Juiz recusou-se a interroga-lo, sob o argumento de que as provas produzidas já eram suficientes para o julgamento da causa.
Na fase processual prevista no art. 402 do Código de Processo Penal, as partes nada requereram. Em manifestação escrita o Ministério Público pugnou pela condenação do Réu nos exatos termos da denuncia, tendo o Réu, então, constituído advogado.
II – DAS PRELIMINARES 
a) Falta de proposta de suspensão condicional do processo (art. 89 da lei 9099/95)
De acordo com o presente artigo, nos crimes em que a pena mínima combinada foi igual ou inferior a 1 ano, o que é o caso de José, o Ministério público poderá propor a suspensão condicional da pena por 2 a 4 anos a oferecer a denúncia, o que não ocorreu e visto que José preenche os requisitos legais.
b) Ausência de defensor (Art. 564 III alínea “c” do CPP)
O citado artigo prevê a nulidade do julgamento no caso de ausência delindo defensor para o réu que compareceu sem advogado na audiência.
c) Não houve interrogatório (art. 564, III alínea “e” do CPP) 
Nos termos do citado artigo, o réu não foi ouvido pelo juiz para apresentar sua versão dos fatos e contrapor fatos que ensejaram a presente ação penal, com ausência do Contraditório e da ampla defesa, previstos constitucionalmente.
III - DO MÉRITO
a) não há crime, pois o réu realizado depósito, suas ações não sim quadra no artigo que enseja a presente ação penal, tornando o fato atípico, logo sem existência de crime.
b) essência de conduta dolosa, o réu não possui condições financeiras para arcar completamente com os valores exigidos para sustento do menor, porém não deixava de prove-lo em quantias dentro da sua realidade financeira.
IV - DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
a) absolvição do réu das acusações de atipicidade da conduta, nos termos do art. 386, II do Código de Processo Penal.
b) Reconhecimento da nulidade do processo, com fulcro no artigo 564 III, alínea “c” do Código de Processo Penal.
c) A não aplicação da agravante do art. 61 inciso II alínea “e” do Código Penal, por se tratar de “bis in idem”.
d) Atendimento a súmula 523 STF – “No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
e) Por fim, Caso Vossa Excelência entenda pela condenação do acusado, que fixe a pena base no patamar mínimo legal; reconhecimento da atenuante prevista no art. 65, I do Código Penal por ser tratar um real de maior de 70 anos; pelo regime inicial de cumprimento de pena aberto, nos termos do art. 33 do Código Penal e pela substituição, se for entendimento de vossa excelência e, pela pena restritiva de direitos.
Nestes Termos
Pede o deferimento 
Planaltina, 22 de junho de 2009
Advogado 
OAB

Continue navegando