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Teoria Geral do Crime

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Teoria Geral do Crime
Infração Penal (Crime/Contravenção Penal)
	Conceito Formal
	Conceito Material
	Crime é a conduta assim considerada fornecida pelo legislador, ou seja, é aquilo que está enquadrado no texto normativo como tal.
	Crime é toda ação ou omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão o bem jurídico penalmente tutelado.
Conceito Analítico, por sua vez, leva em consideração os elementos estruturais que compõe infração penal, prevalecendo FATO TÍPICO, ÍLICITO E CULPÁVEL.
Infração Penal é gênero, contendo como espécies, crime ou delito e contravenção penal.
· O Brasil adotou o sistema dualista, binário ou dicotômico, o que significa que o Brasil divide infração penal em duas espécies: crime (delito) ou contravenção penal;
· Essas espécies (crime e contravenção penal) não guardam entre si distinções de natureza ontológica, do ser, mas apenas axiológica (de valor);
· Fatos mais graves devem ser rotulados como crime, enquanto que os de menor gravidade devem ser considerados contravenção.
	Diferenças entre Crime e Contravenção Penal
	Crime (art. 1º, LICP)
	Contravenção Penal (Art. 6º LCP)
	Pena de reclusão e detenção;
	Prisão simples ou multa
	O porte de drogas, segundo o STF, é crime!!! Houve, tão somente o fenômeno da despenalização.
	Quanto a espécie da ação penal
	Crime
	Contravenção Penal
	Ação Penal Pública;
Ação Penal Privada.
	Ação Penal Pública. 
Devendo a autoridade proceder de ofício.
	As vias de fato (atos agressivos), modalidade de contravenção, é de perseguida mediante ação penal pública incondicionada.
	Quanto a admissibilidade de tentativa
	Crime
	Contravenção Penal
	Admite tentativa.
	Não se pune a tentativa.
	Quanto à extraterritorialidade da lei penal brasileira.
	Crime
	Contravenção Penal
	Admite extraterritorialidade.
Art. 7º, CP.
	Não admite extraterritorialidade.
Art. 2º, LCP.
	Quanto ao limite das penas
	Crime
	Contravenção Penal
	40 anos; limite de pena.
	5 anos; limite de pena
Sujeitos do Crime
Sujeito ativo do crime → é a pessoa que pratica a infração penal, podendo ser qualquer pessoa física, capaz e com 18 anos completos no momento da conduta (exige-se imputabilidade).
· Pessoa Jurídica pode ser responsabilizada penalmente?
· A pessoa jurídica é sujeito ativo quando na prática de crimes ambientais;
· É inadmissível a Pessoa Jurídica de Direito Público ser sujeito ativo.
· Classificação do Sujeito Ativo.
	Crime Comum
	Crime Próprio
	Crime de Mão Própria
	Praticado por qualquer pessoa.
	Exige qualidade ou condição especial do agente.
	A execução do crime só pode ser praticada por esse agente e nenhum outro
	Admite coautoria e participação.
	Admite coautoria e participação.
	Admite APENAS participação
	Ex.: homicídio
	Ex.: peculato
	Ex.: falso testemunho
Sujeito passivo: é a pessoa ou ente que sofre as consequências da infração penal.
· Pode figurar como sujeito passivo qualquer pessoa, física ou jurídica ou mesmo indeterminado, destituído de personalidade jurídica, por exemplo, coletividade, família etc.
· *Crime vago: quando se tem como vítima um ente indeterminado.
· Classificação do sujeito passivo.
	Crime Comum
	Crime Próprio
	Crime Bipróprio
	Crime de Dupla Subjetividade Passiva
	Não exige qualidade ou condição especial do ofendido.
	EXIGE qualidade ou condição especial do ofendido.
	Exige qualidade ou condição especial dos 2 sujeitos.
	Crimes que têm pluralidade de vítimas.
	Ex.: homicídio.
	Ex.: estupro de vulnerável.
	Ex.: infanticídio
	Ex.: violação de correspondência.
Observações importantes acerca dos sujeitos do crime:
1. Cadáver pode ser sujeito passivo?
a. Em regra, não pode ser sujeito passivo de crimes;
b. Salvo, se o cadáver tiver fins lucrativos, como numa faculdade.
2. E os animais?
a. Não são vítimas de crime, embora possam aparecer como objeto material de crimes.
3. Pode o homem, ser ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo de crime?
a. Não, principalmente em razão do princípio da alteridade, isto porque ninguém pode ser responsabilizado por conduta que não excede a sua esfera individual.
b. Com exceção ao crime de rixa.
Objetos do Crime
Existe no crime o objeto material e jurídico. Objeto material é a pessoa ou coisa sobre qual recai a conduta criminosa, o objeto jurídico, por sua vez, é o bem jurídico tutelado, por exemplo, no crime de furto, o objeto jurídico é o patrimônio/vida.
Objeto material X Crime impossível (art. 17, CP).
A ausência ou impropriedade do objeto material faz surgir a figura do crime impossível.
Observações importantes
· Não é possível crime sem objeto jurídico, isto porque a missão do direito penal é proteger bens jurídicos.
· Crimes Pluriofensivos Ou Crimes Complexos: são crimes que protegem mais de um bem jurídico, por exemplo, roubo, que protege o patrimônio e a liberdade individual.
Tipo Penal: O tipo penal descreve a conduta proibida pela norma, composto de elementos objetivos e, eventualmente, elementos subjetivos.
· Norma: é proibido matar;
	Elementos Objetivos do Tipo
· Tipo penal: Matar alguém, art. 121, CP. 
	Descritivos
	Normativos
	Científicos 
	Relacionados com tempo, lugar, modo e meios de execução, descrevendo o seu objeto material.
	Demandam juízo de valor
	O conceito transcende o mero elemento normativo, extraindo o seu significado da ciência natural.
	São elementos percebidos pelos sentidos.
	Não são perceptíveis pelo sentido.
	Não demanda juízo de valor
	Ex.: art. 121. “Matar alguém”.
	Ex.: art. 154. (...) sem justa causa (...)
	Ex.: art. 24, Lei 11.105/05 (...) embrião humano (...)
	Elementos Subjetivos do Tipo
Relacionados com a finalidade específica que deve ou não, animar o agente.
	Positivos
	Negativos
	Elementos indicando a finalidade que deve animar o agente.
	Elementos indicando a finalidade que não deve animar o agente.
	Ex.: “para juntos consumirem”.
	Ex.: “sem objetivo de lucro”.
LEITURA E APROFUNDAMENTO NECESSÁRIO NAS ESCOLAS PENAIS

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