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Fato Típico
Conduta
Ação ou omissão humana, consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade. 
Elementos da Conduta
· Exteriorização do Pensamento – não se pune o que pensa.
· Consciência – atos inconscientes não são puníveis; Ex.: Hipnose, sonambulismo.
· Voluntariedade – atos involuntários, como “coação física irresistível e atos reflexos”, não são puníveis.
	Ato
	Conduta
	Ato corresponde a uma fração da conduta.
	A conduta pode ser composta de um só ato ou de vários.
	Crimes que admitem o fracionamento em diversos atos, são chamados plurissubsistente.
Crimes que descrevem condutas que só podem ser praticadas por meio de um único ato, são chamados unissubsistentes. 
	Condutas se dividem em duas
Comissivas: é uma conduta positiva. Um fazer.
Omissivas: condutas negativas. Um não fazer.
Conduta x Ato
	Espécies de Crimes Omissivos
	Omissivos próprios ou puros
	Impróprios, comissivos por omissão
	São aqueles em que o próprio tipo penal descreve uma conduta omissiva.
Um não fazer.
	O tipo penal incriminador descreve uma conduta positiva.
Uma ação.
	Tais crimes são crimes de mera conduta, ou seja, o tipo penal nem sequer faz referência à ocorrência de um resultado naturalístico.
	O sujeito, no entanto, responde pelo crime porque estava juridicamente obrigado a impedir a ocorrência do resultado e, mesmo podendo fazê-lo, omitiu-se.
Para que alguém responda por um crime comissivo por omissão, é necessário que, nos termos do art. 13, § 2º, do CP, tenha o dever jurídico de evitar o resultado.
	Hipóteses do Dever Jurídico
	Dever legal ou imposição legal: quando o agente tiver, por lei, obrigação de proteção, cuidado e vigilância (ex.: mãe com relação aos filhos; diretor do presídio no tocante aos presos).
	Dever de garantidor ou “garante”: quando o agente, de qualquer forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado (não apenas contratualmente). É o caso do médico plantonista; do guia de alpinistas; do salva-vidas, com relação aos banhistas; da babá, para com a criança.
	Ingerência na norma: quando o agente criou, com seu comportamento anterior, o risco da ocorrência do resultado (ex.: o nadador exímio que convida para a travessia de um rio pessoa que não sabe nadar torna-se obrigado a evitar seu afogamento;
Tipicidade
A tipicidade, ao lado da conduta, constitui elemento necessário ao fato típico de qualquer infração penal.
	Tipicidade Formal
	Tipicidade Material
	Relação entre fato concreto e tipo penal
	Lesão ou perigo de lesão a bem jurídico penalmente tutelado
Resultado
	Resultado Material/Naturalístico
	Resultado Jurídico/Normativo
	Consiste na modificação no mundo exterior provocada pela conduta. Trata-se de um evento que só se faz necessário em crimes materiais, ou seja, naqueles cujo tipo penal descreva a conduta e a modificação no mundo externo, exigindo ambas para efeito de consumação.
	Reside na lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal. Todas as infrações devem conter, expressa ou implicitamente, algum resultado, pois não há delito sem que ocorra lesão ou perigo (concreto ou abstrato) a algum bem penalmente protegido.
	Classificação dos Crimes quanto ao Resultado Naturalístico
	Materiais ou de Resultado
	Formais ou de consumação antecipada
	De mera conduta
	O tipo penal descreve a conduta e um resultado material, exigindo-o para fins de consumação.
	O tipo penal descreve a conduta e o resultado material, porém não o exige para fins de consumação.
	O tipo penal não faz nenhuma alusão a resultado naturalístico, independe de qualquer modificação no mundo exterior.
	Ex.: Homicídio, furto, roubo.
	Ex. Extorsão
	Ex.: omissão de socorro
	Classificação Dos Crimes Quanto Ao Resultado Jurídico
	De Dano ou de Lesão
	De Perigo ou de Ameaça
	Quando a consumação exige efetiva lesão ao bem tutelado.
	Caso a consumação se dê apenas com a exposição do bem jurídico a uma situação de risco. 
	Ex.: Homicídio
	Ex.: Perigo de contágio venéreo 
Nexo de Causalidade
Entende-se por relação de causalidade o vínculo que une a causa, enquanto fator propulsor, a seu efeito, como consequência derivada. Trata-se do liame que une a causa ao resultado que produziu.
Teoria Adotada Pelo Nosso Código Penal
Nosso código penal adotou expressamente a teoria da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non.
É o que dispõe o art. 13, caput: “O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”.
A teoria da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non e as causas independentes.
As causas ou concausas absolutamente independentes e as causas relativamente independentes constituem limitações ao alcance da teoria da equivalência das condições.
Causas independentes, cuida-se de fatores que podem interpor-se no nexo de causalidade entre a conduta e o resultado, de modo a influenciar no liame causal.
	Concausas
	Absolutamente Independente
	Relativamente Independente
	Produzem por si sós o resultado, não possuindo qualquer origem ou relação com a conduta praticada.
Nesse caso, o resultado ocorreria de qualquer modo, com ou sem o comportamento realizado, motivo pelo qual fica afastado o nexo de causalidade.
	São as que, agregadas à conduta, conduzem à produção do resultado.
	Preexistente: anteriores à conduta;
	Concomitante: ocorrem ao mesmo tempo da conduta;
	Superveniente: após a conduta praticada
1. Concausa Absolutamente Independente Preexistente
Exemplo: Marcos, às 20h, insidiosamente, serve veneno para Bruno. Uma hora depois, quando o veneno começa a fazer feito, José, inimigo de Bruno, aparece e dá um tiro no desafeto. Bruno morre no dia seguinte em razão do veneno.
Causa efetiva: veneno.
Causa concorrente: disparo.
· Consequências
Obs.1: o veneno (causa efetiva) não se origina do disparo. Logo, a relação é absolutamente independente.
Obs.2: o veneno (causa efetiva) é preexistente ao disparo (causa concorrente).
Obs.3: Marcos, que serviu o veneno, deve responder por homicídio consumado.
Obs.4: José, autor do disparo (não é causa do resultado morte), deve responder por tentativa de homicídio. (Art. 121 c/c art. 14, II, CP).
De acordo com a causalidade simples, prevista ao teor do art. 13, caput, o resultado morte não pode ser imputado a José, que responderá por homicídio tentado.
2. Concausa absolutamente independente CONCOMITANTE
Exemplo: Enquanto Fulano envenenava Beltrano, surpreendentemente surge Sicrano que atira contra Beltrano, causando sua morte.
Causa efetiva: disparo.
Causa concorrente: veneno.
· Consequências
Obs.1: o disparo (causa efetiva) não se origina do veneno. A causa é absolutamente independente.
Obs.2: o disparo e o veneno são comportamentos concomitantes.
Obs.3: Sicrano (autor do disparo) deve responder por homicídio consumado.
Obs.4: E Fulano, autor do envenenamento? Deve responder por tentativa de homicídio.
De acordo com a causalidade simples, o resultado morte não pode ser imputado a fulano, que deverá, todavia responder por homicídio tentado.
3. Concausa absolutamente independente SUPERVENIENTE
Exemplo: Fulano ministra veneno em Beltrano. Antes do psicotrópico “fazer efeito”, Beltrano, enquanto descansava, viu o lustre cair na sua cabeça. Beltrano morre em razão de traumatismo craniano.
Causa efetiva: traumatismo craniano (ocasionado pela queda do lustre).
Causa concorrente: envenenamento.
· Consequências
Obs.1: a queda do lustre não se origina do envenenamento, nem sequer indiretamente, de modo que ela é absolutamente independente.
Obs.2: a queda do lustre é evento posterior ao veneno, ou seja, ela é superveniente.
Obs.3: o resultado deve-se a queda do lustre.
Obs.4: E como fica a responsabilidade de fulano?
De acordo com a causalidade simples, o resultado não pode ser imputado a Fulano, que responde por tentativa.
CONCLUSÃO: Na concausa absolutamente independente (preexistente, concomitante ou superveniente), a causa concorrente deve ser punida de forma tentada.
Concausa RELATIVAMENTE independenteA causa efetiva do resultado se origina (ainda que indiretamente) do comportamento concorrente.
1. Concausa relativamente independente preexistente.
Exemplo: Fulano, portador de hemofilia é vítima de um golpe de faca executado por Beltrano. O ataque para matar produziu lesão leve, mas em razão da doença preexistente acabou sendo suficiente para matar a vítima.
Causa efetiva: doença e as consequências dessa doença.
Causa concorrente: golpe de faca.
· Consequências
Obs.1: a doença e consequências se originou do golpe de faca, a relação é relativamente independente.
Obs.2: a doença é causa preexistente.
Obs.3: a morte deve ser atribuída a doença.
Obs.4: como fica a responsabilidade de fulano, autor do golpe para matar?
De acordo com a causalidade simples, o resultado deve ser imputado a fulano, posto que sua ação deu causa ao resultado, respondendo por homicídio consumado.
ATENÇÃO! Para evitar a responsabilidade penal objetiva, o Direito Penal moderno, em casos como a morte do hemofílico, corrige essa conclusão, de maneira que somente seria possível imputar homicídio consumado ao agente caso ele soubesse da condição de saúde da vítima. Do contrário, haveria tentativa de homicídio
2. Concausa relativamente independente concomitante
Exemplo: Fulano dispara contra Beltrano. Este, ao perceber a ação do agente tem um colapso cardíaco e morre.
Causa efetiva: colapso cardíaco.
Causa concorrente: disparo de arma de fogo.
· Consequências
Obs.1: o colapso cardíaco (causa efetiva) se origina do disparo. A relação é relativamente independente.
Obs.2: o colapso e o disparo são concomitante.
Obs.3: o resultado morte advém do colapso.
Obs.4: E como fica a responsabilidade de fulano?
De acordo com a causalidade simples, o resultado deve ser imputado a Fulano, que responderá por homicídio consumado.
3. Concausa relativamente independente SUPERVENIENTE
Trabalha com a CAUSALIDADE ADEQUADA (art. 13, §1º, do Código Penal).
Superveniência de causa independente
Dispõe o art. 13 do Código Penal, §1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. →causalidade adequada!
Causalidade adequada (ou Teoria da Condição Qualificada ou Teoria da Condição Individualizadora):
Considera causa a pessoa, fato ou circunstancia que, além de praticar um antecedente indispensável à produção do resultado (que para causalidade simples é o que basta), realize uma atividade adequada a sua concretização.
Causalidade simples →Causa é ação ou omissão, sem a qual o resultado não teria ocorrido.
O problema da causalidade superveniente se resume em assentar, conforme demonstra a experiência da vida, se o fato conduz normalmente a um resultado dessa índole (resultado como consequência normal, provável, previsível do comportamento humano).
ATENÇÃO! O resultado como consequência normal e previsível (concausa que não por si só produziu o resultado) ou diante de um resultado como consequência anormal e imprevisível (concausa que por si só produziu o resultado).
Existem duas espécies de concausa, que é aquela que “por si só produziu o resultado” e a “que não por si só produziu o resultado”.
	Que, por si só, produziu o resultado
	Que, por si só, NÃO produziu o resultado
	A causa efetiva superveniente não está na linha de desdobramento causal normal da conduta concorrente.
	A causa efetiva superveniente está na linha de desdobramento causal normal da conduta concorrente.
	A causa efetiva é um evento imprevisível (sai da linha da normalidade)
	A causa efetiva é um evento previsível (ainda que não previsto).
- não sai da linha da normalidade
	Ex.: Fulano atira para matar Beltrano. Beltrano é socorrido, mas morre em razão de um incêndio no hospital.
	Ex.: Fulano atira (causa concorrente) para matar Beltrano. Beltrano é socorrido, mas morre durante da cirurgia em razão de erro médico (causa efetiva).
	Responde somente pelos atos praticados.
Ou seja, responderá por tentativa. RESPONDE PELA TENTATIVA!
	Nesse caso, como está dentro da linha de desdobramento, Fulano responde por homicídio consumado.
Infecção Hospitalar – o CESPE considera em suas provas que deve ser tratado da mesma forma do erro médico, ou seja, que não por si só produziu o resultado
Exemplo: ANTONIO, com vontade de matar, desfere um tiro em JOÃO, que segue em uma ambulância até o hospital. Quando está convalescendo, todavia, o nosocômio pega fogo, matando o paciente queimado. ANTONIO responderá por tentativa, estando o incêndio no hospital fora da linha de desdobramento causal de um tiro e, portanto, imprevisível. Não existe um nexo normal prendendo o atuar do atirador ao resultado morte por queimaduras. De acordo com a experiência da vida, é improvável que do fato ocorra um resultado dessa índole. O resultado é consequência anormal, improvável, imprevisível da manifestação de vontade do agente.
Crime Doloso
	Teorias que buscam o conceito de dolo:
	Teoria da vontade: dolo é a vontade dirigida ao resultado (Carrara).
	Teoria da representação: haverá dolo quando o sujeito realizar sua ação ou omissão prevendo o resultado como certo ou provável. Não distingue dolo eventual e culpa consciente.
	Teoria do consentimento ou do assentimento: consentir na produção do resultado é o mesmo que o querer. Aquele que, prevendo o resultado, assume o risco de produzi-lo, age dolosamente.
	Considera-se o crime doloso
	Dolo
	Teoria
	Quando o agente quis o resultado
	Direto
	Teoria da Vontade
	Quando o agente assumiu o risco de produzi-lo 
	Eventual
	Teoria do Consentimento
	Elementos do Dolo
	Elemento Volitivo
	Elemento Cognitivo
	Consiste na vontade de praticar a conduta descrita na norma; 
	Que corresponde à consciência da conduta, do resultado e do nexo causal entre eles; 
	Espécies de Dolo
	Dolo Direto
	Dolo Indireto
	Dá-se quando o sujeito quer produzir o resultado, subdivide-se em dolo de primeiro e segundo grau.
	Subdivide-se em Dolo Eventual (o agente não quer o resultado, mas assume o risco) e Dolo alternativo (o agente quer produzir um ou outro resultado, exemplo matar ou ferir).
	Dolo de 1º Grau
	Dolo de 2º Grau
	Corresponde aos resultados que o agente persegue imediatamente.
	Abrange as consequências necessárias, mesmo que não perseguidas pelo agente, porém, sabidamente inevitáveis.
	Ex.: Quero matar o piloto de um avião. Para tanto, coloco uma bomba no avião.
- dolo de 1ºgrau: morte do piloto;
- dolo de 2ºgrau: morte dos demais passageiros/tripulantes.
	Dolo de 2º Grau
	Dolo Eventual
	Espécie de dolo direto;
O resultado paralelo é certo e inevitável.
	Espécie de dolo indireto
O resultado paralelo é incerto e evitável.
	Dolo de Dano
	Dolo de Perigo
	Vontade do agente é causar efetiva lesão ao bem jurídico tutelado. 
Ex. Homicídio.
	O agente atua com a intenção de expor a risco o bem jurídico tutelado. 
Ex.: Embriaguez ao volante.
	Dolo de Propósito
	Dolo de Ímpeto
	É a premeditação. Vontade pensada.
	Sem intervalo entre a fase da cogitação e da execução. Caracteriza uma atenuante de pena. Ocorre nos crimes passionais.
	Dolo Normativo
	Dolo Natural
	Adotado pela teoria clássica, causal e neok.
	Adotado pela teoria finalista
	Integra a culpabilidade
	Integra o fato típico
	Tem 3 elementos:
· Consciência;
· Vontade;
· Consciência atual da ilicitude.
	Tem 2 elementos:
· Consciência;
· Vontade.
Consciência atual integra a culpabilidade
Crime Culposo
O crime culposo consiste numa conduta voluntária que realiza um evento ilícito não querido ou não aceito pelo agente, mas que lhe era previsível (culpa inconsciente) ou excepcionalmente previsto (culpa consciente) e que poderia ser evitado se empregasse a cautela necessária.
Elementos do Crime Culposo
· Conduta humana voluntária: é a ação ou omissão dirigida ou orientada pelo querer, causando um resultado involuntário;
· Violação de um dever objetivo de cuidado: o agente na culpa viola seu dever de diligência;
· Formas de violação do dever de diligência:
· Imprudência: precipitação, afoiteza;· Negligência: ausência de precaução;
· Imperícia: falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou profissão.
· Resultado naturalístico involuntário: em regra, o crime culposo é material (exige modificação do mundo exterior). Ex.: homicídio culposo/ lesão culposa.
· Nexo entre conduta e resultado;
· Resultado involuntário previsível: possibilidade de prever o perigo advindo da conduta.
· Tipicidade: se o tipo penal quer punir a forma culposa, deve ser expresso. No silêncio, o tipo penal só é punido a título de dolo.
	Espécies de Culpa
	Culpa Consciente
	Culpa Inconsciente
	É a culpa com previsão do resultado. 
O agente pratica o fato, prevê a possibilidade de ocorrer o evento, porém, levianamente, confia na sua habilidade, e o produz por imprudência, negligência ou imperícia.
	É a culpa sem previsão. 
O sujeito age sem prever que o resultado possa ocorrer. Que, entretanto, era previsível.
	Culpa Consciente
	Dolo Eventual
	Na culpa consciente, o agente prevê o resultado e tenta evita-lo.
	No dolo eventual, o agente prevê o resultado, mas mostra-se indiferente quanto à sua ocorrência, não tentando impedi-lo.
	Culpa Própria
	Culpa Imprópria
	É a que se dá quando o sujeito produz o resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
	Ocorre quando o agente realiza um comportamento doloso, desejando produzir o resultado, o qual lhe é atribuído a título de culpa, em face de um erro precedente em que incorreu, que o fez compreender mal a situação e interpretar equivocadamente os fatos.
Ex.: erro de tipo permissivo inescusável e o excesso culposo nas excludentes de ilicitude
Preterdolo
O sujeito atua com dolo no movimento inicial, havendo culpa no resultado agravador. Diz-se tradicionalmente que existe “dolo no antecedente e culpa no consequente”.

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