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Presunção de inocência versus execução antecipada

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Presunção de inocência versus execução antecipada da pena
O princípio presunção de inocência, também conhecido por princípio da não-culpabilidade, possui marco inicial na declaração dos Direitos dos Homens e do cidadão, na Convenção Americana de Direitos Humanos, sendo elevado como princípio pelo ordenamento jurídico brasileiro com a Constituição Federal Brasileira de 1988 no artigo 5° LVII, do título “dos direitos e garantias fundamentais estabelecendo “ Ninguém será considerado culpado até o transito em julgado de sentença penal condenatória”.
O título dos Direitos e Garantias Fundamentais encontra segurança jurídica no artigo 60 da CF, inserido como clausula pétrea um dispositivo constitucional que não pode ser alterado nem mesmo por emenda à constituição.
O princípio da presunção de inocência é cenário de grande discussão no que tange as prisões, assunto que vire e mexe é tema de calorosas discussões no Supremo Tribunal Federal a respeito da sua aplicabilidade sendo ou não legal, o acusado ser encarcerado sem antes ter esgotado as vias recursais.
Em sede do Tribunal Superior inúmeros casos referentes ao tema foi motivo de discussão, como o caso do remédio constitucional Habeas Corpus 84-078-7, concedendo ao recorrente o direito de recorrer contra condenação em liberdade. Prevalecendo como tese para fundamentar a decisão que a restrição ao direito liberdade e locomoção antes esgotado todas vias recursais é inadequado, contrariando o artigo 5° inciso LVII.
Já no julgamento do segundo Habeas Corpus 126.292, o STF contrariou a decisão proferida no primeiro HC citado, permitindo que pena pode ser cumprida após decisão não infringia o princípio da não - culpabilidade ( art.5°LVII) que os recursos cabíveis da decisões em segunda instancia presta discutir somente o direito e não fatos e provas do caso concreto.
O tema voltou a ser debatido no julgamento do Habeas corpus 152.752 em 2018 impetrado pelo ex presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmado a corte superior do sistema judiciário que execução provisória da sentença não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência. Recurso este de grande notoriedade por se tratar de um ex presidente da república. Um ano após essa decisão o plenário do supremo tribunal federal voltou a julgar ações sobre cumprimento da pena após condenação em segunda em instância sob julgamento ADCs 43,44,54 - ajuizadas pelo partido ecológico nacional, Conselho Federal OAB e Partido Comunista do Brasil. O Supremo Tribunal federal diante das ações apresentadas voltou a proibir a prisão em 2° instância.
É deverá esclarecer que diante de todas discussões acerca do tema, é preciso esclarecer que Estado Brasileiro é regido por uma lei maior a Constituição Federal, fazendo deste país um estado democrático de Direito, preponderando a democracia , e qualquer ato que contraria o texto legal da carta magna estará em desacordo com constituição, devendo ser declarado a inconstitucionalidade do ato de imediato
E ao Supremo Tribunal Federal no artigo 102 caput da Constituição Federal “é competência do órgão a guarda da Constituição” devendo os ministro acima tudo proteger suas normas legais, e não permitido decisões que a contrarie.

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