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Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período Discente: Amanda Larissa S Cardoso ATIVIDADE AVALIATIVA 1. O estudo do movimento humano é complexo e dinâmico. A compreensão das estruturas funcionais responsáveis pela realização dos mais distintos movimentos é fundamental para a aplicação prática de intervenções e reabilitações corporais. Quando um músculo se contrai, o resultado final é o seu encurtamento, que terá com resultado final a tração de alguma peça óssea, podendo gerar movimento ou estabilização. Dessa forma, fica claro que os músculos devem estar fixados (inseridos) em suas extremidades. De fato, os músculos estão fixados em ossos e cruzam pelo menos uma articulação. Conhecer esses pontos de inserções é fundamental para a compreensão dos distintos movimentos realizados pelo corpo e para a clareza sobre a função de cada grupo muscular específico. Diante do conteúdo apresentado, deve-se: a) Identificar os principais grupos musculares do corpo humano. Os músculos da cabeça podem ser subdivididos em dois grupos: os mastigadores e os músculos da face. Tendo o primeiro grupo composto por músculos resistentes, sendo organizados, de acordo com sua principal função, em levantadores, abaixadores, propulsores ou retropulsores da mandíbula. Os principais músculos deste grupo são: o temporal, o masseter e os pterigóideos (medial e lateral). Os músculos da face são menores e com menor potência, com o intuito de promover o fechamento dos olhos, sua abertura ou sua deformação. Contudo, são considerados músculos que substituem a função mastigatória em situações de lesão motora dos principais músculos dessa função específica. Os dois principais músculos deste grupo são o epicrânio e o orbicular do olho. Os principais grupos musculares encontrados no pescoço são: o esternocleidomastóideo, os escalenos, o longo do pescoço, longo da cabeça, o esplênio da cabeça e o esplênio do pescoço. Os principais músculos encontrados no tronco e que são os responsáveis pelos seus movimentos são: o reto do abdome, oblíquo externo e interno, transverso do abdome, eretor da espinha, quadrado lombar e intercostais internos e externos. Posteriormente, encontram-se o trapézio, levantador da escápula, romboide, latíssimo do dorso, redondo maior, redondo menor, subescapular, supraespinhal e infraespinhal. Anterolateral, encontra-se o serrátil anterior. Por final, na região ventral estão o peitoral maior, o peitoral menor e o coracobraquial. Os membros inferiores abrangem a pelve, a coxa, a perna e o pé. No quadril, os principais grupos musculares identificados são iliopsoas, reto femoral, sartório, pectíneo, adutor longo, adutor curto, adutor magno, grácil, glúteo máximo, glúteo médio, glúteo mínimo, semimembranáceo, semitendíneo, bíceps femoral (os três últimos formam os chamados Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período músculos isquiotibiais, localizando-se posteriormente à coxa) e tensor da fáscia lata. Na perna, encontram-se músculos que podem auxiliar nos movimentos do joelho, mas que contribuem mais especificadamente com os movimentos do tornozelo e do pé. Esses grupos musculares podem ser divididos nos compartimentos posterior, anterior e lateral da perna. Os principais músculos localizados posteriormente são o gastrocnêmio e o sóleo, que formam o tríceps sural, além do tibial posterior, flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos. Anteriormente, encontram-se o tibial anterior, o extensor longo do hálux e o extensor longo dos dedos. Na porção lateral, encontram-se os músculos fibular longo e fibular curto. a) Reconhecer a origem e a inserção dos principais grupos musculares axiais. Durante a contração muscular, ocorre o encurtamento do músculo, aproximando entre si suas duas extremidades. A fim de promover o movimento das peças ósseas, essas extremidades devem estar inseridas nos ossos, o que é denominado de inserção. Dessa forma, durante a contração, o osso mais móvel, onde se encontra a inserção distal, move-se na direção do osso mais estável, onde se encontra o osso proximal. Anteriormente, os pontos de fixação dos músculos eram definidos como origem e inserção; no entanto, devido à complexidade dos diferentes movimentos, atualmente eles são definidos em inserção ou fixação proximal (FP) e inserção ou fixação distal (FD). Desse modo, o termo FP equivale ao que seria definido como origem, enquanto o termo FD está associado à inserção do músculo. Músculos Da Cabeça: O músculo temporal é largo, possuindo a forma de um leque, e está inserido na fossa temporal, de onde se direciona até se inserir no processo coronoide e na margem anterior da mandíbula. Seu principal objetivo é levantar a mandíbula, mas também participam na sua retração.O masseter, um músculo espesso, localiza-se entre o ângulo da mandíbula e o arco zigomático; suas funções são promover a elevação, a protusão e o desvio contralateral da mandíbula. Ele é dividido em uma porção superficial e outra profunda. A parte superficial tem a sua FP no processo zigomático da maxila e nos dois terços anteriores do arco zigomático, enquanto a FD se encontra na metade inferior da superfície lateral do ramo da mandíbula. Já a porção profunda possui FP no terço posterior do arco zigomático, enquanto a sua FD se encontra na metade superior e superfície lateral do ramo da mandíbula. O músculo pterigóideo medial, se localiza na superfície interna do ramo da mandíbula, apresenta FP na superfície medial da placa pterigoidea lateral do processo pterigoide do osso esfenoide e no túber da maxila. Sua FD localiza-se na parte inferior e posterior da superfície medial e do ramo e ângulo da mandíbula. Já o pterigóideo lateral possui duas cabeças, uma superior e outra inferior. A FP da cabeça superior está na superfície lateral da asa maior do esfenoide, e a da cabeça Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período inferior está na superfície lateral da placa pterigoidea. Ambas apresentam FD na fossa pterigoidea do processo condilar da mandíbula, disco articular da articular temporomandibular. O epicrânio é uma lâmina musculo tendinosa que reveste as regiões do vértice e das faces laterais do crânio, indo do occipital até a sobrancelha. Na verdade, ele é formado pelo ventre occipital e pelo ventre frontal, unidos pela gálea aponeurótica. O ventre occipital apresenta FP nos dois terços laterais da linha nucal superior ao occipital e o processo mastóideo e a FD na gálea aponeurótica. Já o ventre frontal não possui FP óssea. Suas fibras estão contínuas com as do orbicular do olho. O orbicular do olho apresenta FP difusa, na parte nasal do osso frontal, no processo frontal da maxila, na crista lacrimal posterior e na superfície anterior e bordas do ligamento palpebral medial. Sua FD circunda na órbita no formato de um esfíncter. Músculos Do Pescoço: O esternocleidomastóideo (ECOM) possui duas cabeças, uma medial (esternal) e outra lateral (clavicular). A FP da cabeça medial encontra-se na parte cranial do manúbrio do esterno, e a da cabeça lateral encontra-se no terço médio da clavícula. Seguindo superiormente, inserem-se no processo mastóideo do osso temporal. Os escalenos são compostos por três músculos: um anterior, um médio e outro posterior. O primeiro se insere proximalmente nos processos transversos da 3ª até a 6ª vértebra cervical e apresenta FD na superfície superior da 1ª costela. O escaleno médio possui FP nos processos transversos da 2ª à 7ª vértebra cervical e também possui FD na 1ª costela. Por fim, o escaleno posterior tem a sua FP nos processos transversos da 5ª à 7ª vértebra cervical e a sua FD na 2ª costela. A FP do longo do pescoço se encontra nos corpos vertebraise nos processos transversos da 3ª vértebra cervical até a 2ª torácica, enquanto a sua FD ocorre nos processos transversos e corpos vertebrais da 1ª à 6ª vértebra cervical. Já o longo da cabeça tem sua FP nos processos transversos da 3ª à 6ª vértebra cervical e sua FD ocorre no occipital. O esplênio do pescoço insere-se proximalmente nos processos espinhosos da 3ª à 6ª vertebras torácicas e possui FD nos processos transversos das duas ou três primeiras vértebras cervicais. O esplênio da cabeça apresenta FP nos processos espinhosos das três ou quatro vértebras torácicas superiores e da 7ª vértebra cervical. Sua FD é no processo mastóideo e na porção inferior do osso occipital. b) Apontar a origem e a inserção dos principais grupos musculares apendiculares Músculos Do Tronco: O reto do abdome insere-se inferiormente na crista púbica e superiormente nas cartilagens intercostais da 5ª, 6ª e 7ª costelas e no esterno. Já o músculo oblíquo externo localizado em posição superficial na região anterolateral do abdome, insere-se lateralmente nas oito costelas inferiores e dirige-se inferiormente até se fixar na crista ilíaca e na aponeurose abdominal. Mais profundamente, o músculo oblíquo interno insere-se no ligamento inguinal, na crista ilíaca e na aponeurose toracolombar. Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período O transverso do abdome localiza-se ainda mais profundamente, inserindo-se na porção lateral do ligamento inguinal, na crista ilíaca, na aponeurose toracolombar e nas últimas seis costelas. Os músculos eretores da espinha formam a camada média dos músculos extensores do tronco e são divididos em três grupos: espinais, longuíssimo e iliocostais. Os espinais, que são mediais, fixam-se no ligamento nucal e nos processos espinhosos das vértebras cervicais e torácicas. Já os longuíssimos são mais laterais, inserindo-se no occipital e nos processos transversos das vértebras, desde as cervicais até o sacro. Por fim, os iliocostais são mais laterais ainda e inserem-se na porção posterior das costelas e inferiormente no sacro e no ílio. O quadrado lombar insere-se inferiormente na crista do ílio e superiormente na 12ª costela e nos processos transversos da 1ª até a 4 ª vértebra lombar. Por sua vez, os intercostais externos dirigem-se dos tubérculos costais até a junção costocondral. Suas fibras apresentam orientação oblíqua de cima para baixo e de trás para frente. Sua FD é na borda inferior de uma costela, enquanto se fixa distalmente na borda superior da costela imediatamente abaixo. Já os intercostais internos dirigem-se do espaço intercostal do ângulo costal até o esterno, apresentando um direcionamento de suas fibras de forma oblíqua, porém perpendicular, às fibras do intercostais externos. Ele se fixa proximalmente na borda superior da costela e da cartilagem costal e apresenta FD no sulco da costela e na borda inferior da cartilagem costal logo acima. O trapézio apresenta formato semelhante a um losango e, funcionalmente, é subdividido em três porções: a descendente, a transversa e a ascendente. A porção descendente possui FP na protuberância occipital e no ligamento nucal, enquanto sua FD se localiza na extremidade acromial da clavícula e no acrômio. A parte transversa apresenta FP no ligamento nucal que se fixa nas vértebras inferiores. Sua FD é na superfície medial do acrômio e ao longo da espinha da escápula. Por fim, a porção descendente se fixa proximalmente nos processos espinhosos das vértebras torácicas médias e inferiores e distalmente na extremidade medial da espinha da escápula. O músculo levantador da escápula (elevador da escápula) localiza-se inferiormente ao trapézio e sua FP é nos processos transversos da 1ª até a 4ª vértebra cervical, enquanto se fixa distalmente na margem medial da escápula entre o seu ângulo superior e a espinha da escápula. O romboide na realidade é composto por dois músculos: o romboide maior e o romboide menor. No entanto, anatomicamente são difíceis de ser separados e funcionalmente realizam a mesma função; portanto, costumam ser apresentados como um só músculo. Sua FP é no ligamento nucal e nos processos espinhosos da 7ª vértebra cervical até a 5ª torácica e sua FD é na margem medial da escápula, entre o ângulo inferior e a espinha da escápula. O latíssimo do dorso é um músculo grande e largo, semelhante a uma lâmina, que se fixa proximalmente na face anteromedial do úmero e sua FD ocorre no ílio e no sacro. Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período Os músculos redondo maior e menor inserem-se na margem lateral da escápula e dirigem-se obliquamente em direção ao úmero. Ali, o redondo maior se insere anteromedial e inferiormente ao tubérculo menor do úmero, enquanto o redondo menor se fixa na porção superior do tubérculo maior. Profundamente à escápula, localiza-se o músculo subescapular, que apresenta FP na fossa subescapular da escápula e FD no tubérculo menor do úmero e cápsula da articulação do ombro. O músculo supraespinhal tem FP no ângulo superior da escápula e passa sob o acrômio, inserindo-se distalmente no tubérculo maior do úmero. Abaixo da espinha da escápula, localiza-se o infraespinhal, que apresenta FP na margem medial da escápula, enquanto sua FD é imediatamente inferior à inserção do supraespinhal, no tubérculo maior do úmero. O músculo serrátil anterior apresenta sua FP na porção anterolateral do tórax em formato serrilhado. Ele se dirige posteriormente, passando entre a escápula e a caixa torácica, onde se insere na face costal da escápula ao longo da margem medial. Anteriormente, na porção superior do tronco, localiza-se o peitoral maior, que costuma ser subdividido em porção clavicular e esternocostal. A clavicular apresenta FP na superfície anterior da metade esternal da clavícula; já a FP da porção esternocostal ocorre no corpo do esterno e nas cartilagens das seis primeiras costelas. Ambas porções têm FD na crista do tubérculo do úmero. Profundamente ao peitoral maior, localiza- se o músculo peitoral menor. Sua FP é na superfície anterior da 3ª à 5ª costela, enquanto a sua FD ocorre no processo coracoide escapular. O coracobraquial fixa-se proximalmente no ápice do processo coracoide da escápula e apresenta FD na face ventral e medial da porção média da diáfise do úmero. Músculos dos membros superiores o músculo deltoide recobre as três faces da articulação do ombro e, funcionalmente, é dividido em três partes: clavicular, acromial e espinhal. A porção clavicular (anterior) apresenta FP no terço lateral da clavícula; a acromial (média), na porção lateral do acrômio; e a espinhal (posterior), na espinha da escapula. Todas as porções se dirigem inferiormente até se fixarem distalmente na tuberosidade do músculo deltoide. O músculo bíceps braquial possui duas cabeças que apresentam FP distintas. A da cabeça longa é no tubérculo supraglenoidal da escápula, enquanto a da cabeça curta encontra-se no ápice do processo coracoide escapular. Ambas se unem formando um ventre muscular comum, fazendo FD na tuberosidade do rádio. O tríceps braquial apresenta três cabeças: cabeça longa, cabeça lateral e cabeça medial. A primeira insere-se proximalmente na margem inferior da cavidade glenoidal; a segunda, na região lateral da face posterior do úmero; enquanto a terceira, que é mais profunda e lateral, inferiormente à cabeça lateral. Ao se unirem formando o ventre do tríceps, fixam-se distalmente no olecrano da ulna. Por sua vez, o músculo braquiorradial como o próprio nome já diz, apresenta uma fixação no úmero (bráquio) e outra no rádio. A primeira é o local de sua FP, que ocorre mais especificamente na crista supraepicondilar lateral; já a segunda é onde se fixa distalmente, junto ao processoestiloide do rádio. O braquial tem FP na face anterior Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período do úmero, na sua metade inferior (distal) e FD no processo coracoide e na tuberosidade da ulna. Dois músculos localizados no antebraço e que têm por função realizar a pronação do rádio são o pronador redondo e o quadrado. O primeiro faz FP no epicôndilo medial do úmero e no lado medial do processo coronoide da ulna. Já o segundo, localizado na porção distal do antebraço, tem FP no quarto distal da ulna e FD no quarto distal do rádio. O flexor radial do carpo é relativamente superficial e insere-se proximalmente no epicôndilo medial do úmero, atravessando a região anterior do antebraço, onde faz FD na base do 2º e 3º ossos do metacarpo. O flexor ulnar do carpo, assim como o anterior, é relativamente superficial e sua FP também ocorre no epicôndilo medial do úmero; no entanto, sua FD é na base do 5º osso metacarpo e no osso pisiforme. Dois músculos importantes para a flexão dos dedos são o flexor superficial dos dedos e o flexor profundo dos dedos. O primeiro, mais superficial, tem sua FP no epicôndilo lateral do úmero, no processo coronoide da ulna e na linha oblíqua do rádio. Na porção distal, ele se divide em quatro tendões que se fixam em cada lado da falange média de cada dedo, do 2º ao 5º dedo da mão. O flexor profundo dos dedos, como o próprio nome afirma, é mais profundo que o anterior. Apresenta FP nas faces anterior e medial da ulna, indo do processo coronoide até aproximadamente três quartos da extensão da ulna. Também se divide em quatro tendões que fazem FD na base das falanges distais do 2º ao 5º dedo da mão. O extensor dos dedos, localizado na região posterior do antebraço, tem sua FP localizada no epicôndilo lateral do úmero e, após se dividir em quatro tendões, fixa-se distalmente na falange distal do 2º ao 5º dedo. O flexor longo do polegar tem FP na face anterior do rádio e na membrana interóssea, enquanto a FD ocorre na base da falange distal do polegar. O abdutor longo do polegar fixa-se proximalmente na face posterior distal da ulna, no terço médio da face posterior do rádio e na membrana interóssea, e sua FD é na face lateral da base do 1º metacarpo. O extensor longo do polegar tem seu ponto de FP na face posterior distal do rádio e na membrana interóssea, e sua inserção distal localiza- se na face posterior da base da falange proximal do polegar. Já o extensor curto do polegar fixa-se proximalmente na região posterior do terço médio da ulna e na membrana interóssea e termina se fixando na base da falange distal do polegar. Músculos Membros Inferiores: O músculo iliopsoas é, na verdade, composto por dois músculos, o ilíaco e o psoas maior, que apresentam inserções proximais distintas, porém uma inserção distal comum. O ilíaco tem FP na fossa ilíaca, enquanto a do psoas maior, nos processos transversos, corpos vertebrais e discos intervertebrais da 12ª vértebra torácica até a 5ª vértebra lombar. A sua FD ocorre no trocânter menor do fêmur. O reto femoral tem a sua FP na espinha ilíaca anteroinferior (EIAI). Ele desce quase em linha reta ao longo da coxa, unindo-se aos três músculos vastos do quadríceps, formando o seu tendão, que recobre a patela, cruzando o joelho e inserindo-se na tuberosidade da tíbia. Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período O mais longo músculo do corpo humano, o sartório, insere-se proximalmente na espinha ilíaca anterossuperior (EIAS) e segue diagonalmente na coxa até se fixar distalmente na parte medial superior da tíbia. O pectíneo é um músculo pequeno que apresenta inserção proximal no ramo superior do púbis (crista pectínea do ramo púbico), enquanto sua FD ocorre na porção proximal medial do fêmur. Os adutores do quadril englobam quatro músculos: o adutor longo, curto e magno, além do músculo grácil. O adutor longo é o mais superficial e faz FP na superfície anterior do corpo do púbis próximo ao tubérculo púbico (face anterior do púbis), e sua FD é no terço médio da linha áspera do fêmur. O adutor curto, o mais profundo dos três, insere- se proximalmente no ramo inferior do púbis, e distalmente insere-se na linha áspera superior do fêmur. O terceiro, o adutor magno, tem FP no túber isquiático, no ramo do ísquio e no ramo do púbis, e sua FD ocorre ao longo de toda a linha áspera e no tubérculo do adutor. Por fim, o grácil, que é um músculo bi articular, tem FP na sínfise púbica e no ramo inferior do púbis, de onde desce em posição medial e superficial, cruzando a articulação do joelho, fazendo sua FD na superfície anteromedial da extremidade proximal da tíbia. Localizado posteriormente, o glúteo máximo, um músculo grande e espesso, insere-se proximalmente na face dorsal do sacro, cóccix e na face glútea do ílio. Sua fixação distal encontra-se na superfície posterior do fêmur (tuberosidade glútea), inferiormente ao trocânter maior. Mais lateralmente, localizam-se o glúteo médio e o mínimo. O primeiro, de formato triangular, tem sua FP na face glútea do ílio e sua FD na superfície lateral do trocânter maior. Já o segundo é mais profundo e insere-se na face glútea do ílio, inferiormente à FP do glúteo médio. Sua FD está localizada no trocânter maior, nas suas faces superior e lateral. Os músculos isquiotibiais apresentam FP em comum, que ocorrem na tuberosidade isquiática. Tanto o semimembranáce quanto o semitendíneo apresentam FD na porção próxima medial da tíbia; no entanto, a do segundo é inferior à do primeiro. Já o bíceps femoral, mais lateral, tem FD no côndilo lateral da tíbia e na cabeça da fíbula. O tensor da fáscia lata é um músculo com ventre muscular curto, porém com uma inserção tendinosa muito longa. Sua inserção proximal ocorre na EIAS, de onde desce lateralmente até se inserir distalmente em uma faixa de tecido facial denominada trato íliotibial que, por sua vez, faz inserção no côndilo lateral da tíbia. Todos os músculos do quadríceps formam um tendão comum que, como já foi citado, faz inserção distal na tuberosidade da tíbia. O vasto lateral, que ocupa uma posição mais lateral em relação ao reto femoral, insere-se proximalmente na linha áspera do fêmur e no trocânter maior. O vasto medial também faz FP na linha áspera mais medial, enquanto o músculo vasto intermédio, mais profundo que o reto femoral, tem FP na superfície anterolateral do fêmur. O músculo gastrocnêmio, que é bi articular, possui duas cabeças, que se inserem proximalmente na superfície posterior dos côndilos medial e lateral do fêmur. Após se unirem, formam o tendão calcâneo (tendão de Aquiles) que tem FD na superfície posterior do calcâneo. Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período Mais inferiormente ao gastrocnêmio, localiza-se o sóleo, que tem sua FP na face posterior da tíbia e da fíbula, e que também se une formando o tendão calcâneo. O tibial posterior, que é ainda mais profundo, tem sua FP na membrana interóssea e nos dois terços posterosuperiores da tíbia e da fíbula. Ele desce na região posterior da perna, direcionando-se ao maléolo medial, onde se insere distalmente no navicular, cuboide e 2º ao 5º ossos metatarsais. Mais lateralmente na perna, o flexor longo do hálux faz FP na face posterior da fíbula e na membrana interóssea, enquanto sua FD se localiza na falange distal do hálux. Por sua vez, localizando-se mais medialmente na perna, o músculo flexor longo dos dedos também insere-se proximalmente na face posterior da tíbia; no entanto, sua FD é realizada por quatro tendões que se inserem na falange distal do 2º ao 5º dedos do pé. O músculo tibial anterior tem sua FP nos dois terços anteriores da face lateral da tíbia ena membrana interóssea. Ele desce pela perna fazendo inserção distal na superfície medial do 1º cuneiforme e do 1º metatarso. O extensor longo do hálux, localizando mais profundamente ao anterior, apresenta FP na face medial da fíbula e na membrana interóssea e FD na superfície dorsal da falange distal do hálux. Localizado mais lateralmente do que o extensor longo do hálux, encontra-se o extensor longo dos dedos, que se insere proximalmente na superfície anteromedial da fíbula, no seu côndilo e na sua cabeça. O fibular longo tem sua inserção proximal na cabeça e na face lateral da fíbula e na membrana interóssea. O seu tendão curva-se atrás do maléolo lateral, onde torna-se profundo e cruza a planta do pé, indo em direção medial até se inserir distalmente na superfície lateral do 1º cuneiforme e do 1º metatarso. O fibular curto, mais profundo, menor e com um tendão mais curto que o anterior, tem sua FP na parte inferior da face lateral da fíbula. Seu tendão, assim como o fibular longo, direciona-se para trás do maléolo lateral, seguindo em direção anterior e inserindo-se distalmente na base do 5º osso metatarsal. O abdutor do hálux fixa-se proximalmente no processo medial da tuberosidade do calcâneo, enquanto sua FD é na face medial da base da falange proximal do hálux. O adutor do hálux apresenta duas cabeças, uma oblíqua, que faz FP na base do 2º ao 4º metatarso, e uma transversal, que se insere proximalmente nos ligamentos metatarso falangianos plantares do 3º ao 5º dedo. Essas duas porções se unem formando um tendão que se insere distalmente na face lateral da base da falange proximal do hálux. O flexor curto do hálux tem FP na porção medial da superfície plantar dos ossos cuboides e parte adjacente no cuneiforme lateral. Sua FD é feita por dois tendões nas faces lateral e medial da base da falange proximal do hálux. O flexor curto dos dedos tem sua FP no processo medial da tuberosidade do calcâneo e distalmente se divide em quatro tendões que se inserem nas falanges intermediárias do 2º ao 5º dedo. 2. O estudo da análise do movimento é fundamental para a compreensão das variáveis cinemáticas envolvidas nos diferentes gestos motores, o que contribui Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período para a elaboração de programas de intervenção mais eficazes e específicos. Os métodos de análise permitem quantificar e avaliar o desenvolvimento das capacidades físicas e a qualidade das técnicas de execução. Algumas abordagens analíticas envolvem a identificação dos movimentos concêntricos e excêntricos. Os primeiros se referem ao movimento no qual ocorre a diminuição do comprimento muscular e a aproximação de suas inserções. Esse tipo de movimento é observado quando a musculatura ativa vence a carga externa. Os movimentos excêntricos apresentam aumento do comprimento muscular e afastamento de suas inserções. É um tipo de contração em que a musculatura não consegue vencer a carga externa. Outra forma de análise cinemática é a identificação do tipo de cadeia cinética que está envolvido, podendo ser classificado como cadeia cinética fechada (CCF) ou cadeia cinética aberta (CCA). Na CCF, o segmento distal do movimento se encontra estável, apoiado, e as inserções proximais dos músculos se aproximam e se afastam de suas inserções distais. Um exemplo seria o simples fato de se levantar da cadeira utilizando as mãos como apoio. Já na CCA, o ponto de apoio se encontra no segmento proximal, ou seja, ele fica estável durante a realização do movimento. Aqui, é o seguimento distal que se movimenta e, portanto, são as inserções distais que se aproximam e se afastam das inserções distais. Quando se chuta uma bola, por exemplo, está ocorrendo um movimento em CCA. Imagine que você seja um professor de Educação Física e foi convidado pelo Conselho Regional de Educação Física (CREF) para participar de um simpósio sobre análises Cinesiológicas do movimento, ministrando uma palestra sobre o tema. http://lrq.sagah.com.br/uasdinamicas/uploads/layouts/2074321173_15835238720ff8fcba8a242248aaf6778e48830a4e688e49a8.png Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período Dessa forma, elabore uma apresentação contendo esses pontos, descrevendo as duas análises para os dois exercícios e destacando suas principais diferenças. A: Supino Reto é um exercício de cadeia aberta, o supino reto se caracteriza por dois movimentos articulares. 1- A adução transversal do ombro e a flexão de cotovelo. Como o músculo responsável pela adução transversal é o peitoral maior, temos um trabalho muito intenso neste músculo. Da mesma forma, pela extensão de cotovelo, temos um trabalho mais acentuado do tríceps braquial. Isso é natural, já que o movimento é multiarticular. Além disso, a porção anterior do deltoide também auxilia no movimento e é um músculo sinergista. A cadeia cinética aberta e quando durante uma contração muscular, o ponto fixo é sua origem (inserção proximal), enquanto o ponto móvel é sua inserção (inserção distal). Exemplo: Supino Reto, Supino No Halteres, Cadeira extensora, Rosca Direta. Os exercícios de cadeia cinética aberta trabalham com menor estabilidade, mas são indicados quando se pretende treinar grupos muscular “ isolando” determinados grupos musculares. B: A flexão de braço no solo, é um excelente exercício para fortalecer os músculos peitorais, o tríceps e o deltoide. Por ser um exercício multiarticular, a flexão de braço tem uma dinâmica muito grande, onde com alguns pequenos ajustes, é possível trabalhar grupos musculares variados. Antes de entrarmos mais especificamente no trabalho muscular e nas variações das diferentes flexões de braço, precisamos ter em mente que está se trata de um exercício feito em cadeia cinética fechada. A cadeia cinética fechada ocorre quando a extremidade do corpo que está sendo trabalhada (sejam pernas ou braços) está parada e o movimento é feito com o restante do corpo (como no caso do agachamento, onde os pés ficam parados e o que se movimenta é o restante do corpo). 3. Vários dos músculos localizados no quadril apresentam inserções no púbis, que é importante para a realização de movimentos nessa articulação. Analise as opções a seguir e marque aquela que apresenta um músculo que não se insere no púbis. (A) Pectíneo. Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período (B) Adutor curto. (C) Grácil. (D) Ilíaco. (E) Reto do abdômen. 4. O complexo do ombro envolve um conjunto de músculos importantes tanto para a estabilização quanto para a realização de uma ampla gama de movimentos. O conhecimento das inserções desses músculos é fundamental para o entendimento desse complexo. Analise os músculos a seguir e marque aquele que apresenta inserção no tubérculo menor do úmero. (A) Infraespinhal. (B) Subescapular. (C) Supraespinhal. (D) Redondo menor. (E) Peitoral menor. 5. Os músculos que realizam os movimentos das mãos podem ser classificados em extrínsecos e intrínsecos da mão. Analise as opções a seguir e marque aquela que apresente apenas músculos extrínsecos. (A) Flexor superficial dos dedos, flexor longo do polegar e flexor curto do polegar. (B) Oponente do polegar, flexor do dedo mínimo e abdutor do dedo mínimo. (C) Extensor longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor dos dedos. (D) Flexor profundo dos dedos, oponente e abdutor do dedo mínimo. (E) Extensor dos dedos, extensor curto do polegar e flexor curto do polegar. 6. Por meio do estudo da cinesiologia, pode-se reconhecer os principais grupos musculares identificados no corpo humano, bem como seus locais de inserção. Tendo isso em mente, analise as afirmativas a seguir: I – O músculo vasto intermédio localiza-seinferiormente ao músculo reto femoral e se fixa proximalmente na superfície anterolateral do fêmur. II – O tensor da fáscia lata desce lateralmente à coxa, fazendo inserção distal no trato iliotibial, que, por sua vez, se insere no côndilo lateral da tíbia. III – Os músculos semitendíneo e semimembranáceo apresentam fixações distais mais laterais enquanto a do bíceps femoral se localiza mais medial. É correto o que se afirma em: (A) apenas I. (B) apenas I e II. (C) apenas I e III. (D) apenas II e III. (E) todas as alternativas. Prof. Espc. Amanda Alves Gomes Curso: Educação Física Disciplina: Cinésiologia e Biomecânica 3º Período 7. Os músculos da região lateral do pescoço incluem o __________, o __________ e os __________. O primeiro apresenta fixação proximal no processo mastoideo do osso temporal e fixação distal na parte superior do esterno e no terço médio da clavícula. O segundo se insere proximalmente nos processos transversos das quatro primeiras vértebras cervicais e distalmente na borda vertebral da escápula. Já os últimos se inserem proximalmente nos processos transversos das vértebras cervicais e distalmente nas duas costelas superiores. Marque a opção a seguir que apresente os músculos que completam as lacunas, respectivamente. (A) Trapézio, esternocleidomastóideo e levantadores da escápula. (B) Longo da cabeça, levantador da escápula e escalenos. (C) Esternocleidomastóideo, longo do pescoço e escalenos. (D) Levantador da escápula, esplênio da cabeça e semiespinhal da cabeça. (E) Esternocleidomastóideo, levantador da escápula e escalenos.
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