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PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

História

Anhanguera

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
YURI BARBOSA RANDEL - 2867963841
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: AS OBRIGATORIEDADES DO ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA PARA A EDUCAÇAÕ BÁSICA FUNDAMETAL INSTITUIDAS PELA LEI Nº 10.639/2003.
	BELÉM / PA	
2017
JUSTIFICATIVA
A problemática que norteia o desenvolvimento do presente projeto de intervenção pedagógica, corresponde à preocupação sobre o ensino de História no ensino fundamental II (6º ao 9º ano) e o cumprimento das obrigatoriedades estabelecidas pela Lei 10.639/2003 quanto ao ensino de conteúdos sobre a História da África, dos africanos e dos afrodescendentes, assim como a inclusão efetiva destes conteúdos nos currículos de ensino das escolas brasileiras de Ensino Fundamental. Assim, o documento histórico principal a ser escolhido como fundamentação teórica corresponde à Lei 10.639 de 2003, que, no Brasil, institucionaliza, entre outros, a obrigatoriedade do ensino de História da África, dos africanos e dos afrodescendentes.
A análise do currículo escolar do ensino de História deve ser de fundamental importância à prática docente, sobretudo para os professores e futuros professores da educação básica. Sendo assim, pretende-se a elaboração de um projeto de intervenção pedagógica que parta da demonstração dos principais aspectos históricos do ensino de História enquanto disciplina escolar da educação básica brasileira, desde a origem do ensino desta disciplina no Brasil, passando pela análise do currículo proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ministério da Educação (MEC), até a implementação da Lei nº 10.639/2003 que prevê, entre outros, a obrigatoriedade do ensino de conteúdos sobre a História da África, dos africanos e dos afrodescendentes para as series do ensino fundamental II.
	A escolha de análise da Lei 10.639/2003 que, como foi dito, prevê a obrigatoriedade do ensino de conteúdos sobre a história da África, dos africanos e dos afrodescendentes, sobretudos dos afro-brasileiros, justifica-se pelo fato de certos equívocos quanto a História do continente africano e de seus povos. Tais equívocos, que poderão ser reconhecidos no Projeto Final, foram percebidos durante a prática de vivência da disciplina de Estágio Supervisionado nas turmas do ensino fundamental II (6º ao 9º ano). Entre os mais recorrentes equívocos sobre o continente africano e sua História, percebidos durante as práticas do Estágio Supervisionado, pode-se citar, entre outros, a concepção, por parte dos alunos, de uma África enquanto um país e não como um continente; a ignorância quase total sobre a História pré-colonial da África e de seus povos; confusões sobre a localização do Egito enquanto um país africano ou asiático; etc.
	O tema justifica-se, ainda, pela ampliação do debate sobre a historicidade africana, que, como se verá, continua sendo apresentada de maneira equivocada pela maioria dos livros didáticos de História da educação básica. Pretende-se, com isso, evidenciar a importância de se debater os temas obrigatórios da Lei 10.639/2003 e contribuir, ainda, para a compreensão e implementação da referida lei. 
OBJETIVOS
	
Objetivo Geral:
O Objetivo Geral consiste na aplicação de aulas de História voltadas para ensino fundamental II a partir da implementação da Lei 10.639/2003 promovendo a inclusão ou ampliação de conteúdos sobre a História da África, dos africanos e dos afrodescendentes no plano de ensino para o 8º ano do ensino fundamental.
Objetivos Específicos:
Aplicação de aulas sobre História da África, dos africanos e dos afrodescendentes para alunos no 8º ano do ensino fundamental pretende alcançar os seguintes objetivos específicos:
· Desfazer equívocos metodológicos quanto ao continente africano; 
· Corrigir equívocos quanto a historicidade dos povos africanos e afrodescendentes; 
· Diminuir a discriminação sofrida pela população negra brasileira.
ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA: 
Lei nº 10.639/2003
O presente projeto está voltado para o 8º ano do ensino fundamental, por conta de ter sido verificado que em algumas coleções de livros didáticos História do nível fundamental o conteúdo sobre História da África está incluso no livro didático do 8º ano. Assim, o projeto tenta contemplar a inclusão de conteúdos que possam complementar as informações sobre África, além da análise do livro didático usado pelo professor de História do 8º ano.
	O projeto corresponderá a uma intervenção pedagógica com a intenção de ampliar o debate sobre a História da África para além dos conteúdos didáticos, mostrando aos alunos que a História dos povos africanos começa bem antes da chegada dos europeus ao continente africano.
A lei 10.639/2003 deve ser admitida como um dispositivo legal que visa corrigir a ausência das questões étnico-raciais e de História e cultura africanas nos textos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/1996. Portanto, na tentativa de romper oficialmente com os silêncios e com a invisibilização no que se refere às contribuições dos africanos e dos afro-brasileiros para a formação do Brasil, “A Lei nº 10.639/2003 altera os Artigos 26 e 79 da Lei nº 9.394/1996, [...] incluindo no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’” (Rocha, 2011, p. 16). Assim, a Lei 10.639/2003 deve ser reconhecida como marco oficial contra o racismo institucional que durante alguns séculos vigorou nas escolas e ainda vigora na sociedade brasileira.
Alterando o Artigo 26 da LDB/1996 e implantando nesta o Artigo 26-A, a Lei 10.639/2003 determina que “Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.” (Brasil, 2003).	
Quanto aos conteúdos escolares a serem ministrados, a Lei em questão juramenta que: “Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.” (BRASIL, 2003, § 2º). Contudo, os avanços percebidos desde a implementação da Lei nº 10.639/2003, marco fundamental entre todas as medidas voltadas para as relações étnico-raciais brasileiras, surtiram, e surtem ainda, poucos efeitos entre as escolas da educação básica, em seu cotidiano material, a constar, especificamente, entre as escolas do ensino fundamental. Entre as dificuldades para a efetivação prática cotidiana, ainda encontram-se, mesmo que de forma mais amena, a deficiência na formação específica dos professores da educação fundamental e a falta de materiais didáticos que tratem de apresentar as contribuições dos povos africanos e afro-brasileiros para a construção do Brasil.
	Promover um projeto de intervenção pedagógica que inclua conteúdos sobre a História da África e dos afrodescendentes, contribui diretamente para a implementação da Lei 10.639/2003 nas escolas brasileiras, já que a referida Lei constitui um marco histórico que visa, entre outros, contribuir com a inclusão das populações afro-brasileiras, tais como as populações negras urbanas, quilombolas, femininas, etc. (BRASIL, 2003).
METODOLOGIA
	O desenvolvimento do projeto e da pesquisa se iniciará com a observação das orientações sobre o cumprimento da disciplina intitulada Projeto Integrador, através do ambiente virtual de aprendizagem, com o que se espera conhecer a proposta da disciplina como também as regras para a apresentação do artigo científico.
Para que sejam alcançados o Objetivo Geral e os Objetivos Específicos antes apresentados, prefere-se desenvolver, primeiramente, a consulta aos teóricos do ensino de História da África e suas metodologias. Esta consulta corresponderá à etapa de pesquisa bibliográfica. Serão consultados também os documentos que regem o ensino de História para as séries do ensino fundamental II, tais como a Lei de Diretrizes Básicas (LDB), os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino de História, a Lei 10.639/2003, etc. Ações estas, que corresponderãoà etapa da pesquisa documental.
Após a realização de “fichamentos” das principais leituras, tanto da pesquisa bibliográfica quanto da pesquisa documental, pretende-se a realização da análise do material coletado para que, assim, possa-se dar início à redação do artigo, como também executar a sua finalização.
Para a possível implementação do projeto, será necessário a ministração de no mínimo 10 aulas com conteúdos expositivos e explicativos, assim como também material didático adequado sobre assuntos como: História da África, África pré-colonial e África pós-colonial, organizações sociais e espaciais antigas e contemporâneas dos territórios africanos, História contemporânea da África, etc. Estas aulas serão somadas aos conteúdos já disponíveis quanto ao tema de História da África encontrados nos livros didáticos dos próprios alunos. 
Entre os materiais necessários para elaboração e aplicação do projeto de intervenção pedagógica, pode-se citar um computador com acesso à internet, os livros didáticos utilizados pelo professor e pelos alunos, um Datashow para apresentação de slides, vídeos e filmes sobre o tema do projeto. Os alunos poderão ser avaliados ao final das dez aulas expositivas, com a aplicação de um teste avaliativo contendo dez questões discursivas sobre os conteúdos apresentados, afim de se avaliar o resultado das aulas. Todas as ações do projeto de intervenção pedagógica devem ser apresentadas previamente ao professor da turma em que será aplicado o referido projeto, o qual também coordenará a aplicação das ações propostas. 
Assim, metodologicamente, o presente projeto pretende utilizar o método de pesquisa Hipotético-Dedutivo que podem ser reconhecidos, entre outros, em Marconi & Lakatos (2010).
Recorrendo, também, aos textos das disciplinas cursadas nos semestres anteriores e no semestre atual do curso de História, os quais estão disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, assim como o uso de computadores, acesso à internet, consultas a biblioteca do polo presencial de ensino, entre outros, pretende-se, ao final da ele elaboração e aplicação do presente projeto de intervenção pedagógica, a elaboração de um artigo científico cumprindo todas as etapas do cronograma aqui apresentado. 
CRONOGRAMA
	A pesquisa, assim como a redação do artigo, seguirão, a princípio, o seguinte cronograma de trabalho a ser desenvolvido de Junho a Novembro de 2017, onde se prevê a observação das orientações sobre o Projeto Integrador; a pesquisa bibliográfica; a pesquisa documental; a análise do material coletado; a redação do artigo e sua finalização; a postagem do artigo; assim como também os respectivos meses para o desenvolvimento de cada uma das atividades anunciadas.
	Atividades
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Observação das orientações
	X
	X
	X
	X
	Pesquisa bibliográfica
	
	X
	X
	
	Pesquisa documental
	
	X
	X
	
	Análise do material coletado
	
	
	X
	X
	Elaboração do projeto de intervenção pedagógica
	
	
	X
	
	Aplicação do projeto de intervenção pedagógica
	
	
	X
	
	Redação do artigo
	
	
	X
	X
	Finalização do artigo
	
	
	
	X
	Postagem do artigo
	
	
	
	X
	
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental: ciências humanas e suas tecnologias: História/Ministério da Educação. – Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica e Tecnologias, 2000. (Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf.) Consultado em 10/09/2017.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. – Brasília: Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação, 2010. (Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7246-rceb007-10&category_slug=dezembro-2010-pdf&Itemid=30192) Consultado em 10/09/2017.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394;96, de 20 de Dezembro de 1996 (Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm) Consultado em: 11/09/2017.
BRASIL, Lei nº 10.639, de 09.01.2003: altera a Lei 9.394/1996 para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira e Africana”. Brasília. 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10639.htm>. Consultado em: 20/10/2017.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. – 5ª ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
 
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