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Apostila Psicologia Aplicada a Estética

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Psicologia
Conceito
A psicologia é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. Em nosso cotidiano ouvimos muito o termo psicologia, cada indivíduo se diz um pouco entendedor dela. Cada um diz ter sua “própria psicologia” e a usa em situações mais diversas de suas vidas. É comum ouvirmos que um vendedor através do seu poder de convencimento usa de “psicologia” para conquistar clientes e assim vender seu produto. 
Quando falamos de senso comum estamos nos referindo à vida do cotidiano, isto é, a forma como as coisas acontecem, como nos sentimos vivos, como sentimos a realidade. A ciência é uma atividade reflexiva, que procura compreender, elucidar e alterar esse cotidiano, a partir de um estudo sistemático. Afastamo-nos da ciência para refletir e conhecer além de suas aparências.
História da Psicologia
A primeira ciência que se conhece desde as épocas mais remotas é a filosofia. Esta ciência tem por objetivo a reflexão, o questionamento, a crítica, a fim de obter da inteligência a sabedoria. 
A psicologia é uma ciência comprovada que tem suas origens na filosofia. 
Tem-se afirmado que a psicologia é uma ciência com um longo passado, mas com uma curta história, pois os povos desde a antiguidade sempre manifestaram a preocupação com os problemas da alma e da vida humana. Vários pesquisadores afirmam que o primeiro manual de psicologia vem da Grécia (390 A.C.).
Desde a idade antiga que os objetos de estudo da Psicologia são pensados e explicados por muitos cientistas.
Em 300 aC, o filósofo Aristóteles escrevia sobre memória, aprendizagem, emoção, motivação, emoção. Uma herança do pensamento de Aristóteles foi a idéia de que o coração era a fonte da personalidade.
 Foco: Como o cérebro e o corpo criam memórias, emoções e experiências sensoriais. Como as mensagens são transmitidas dentro do organismo.
No século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-se necessário para dar respostas e soluções praticas no campo da técnica industrial. O conhecimento torna-se independente da fé, a racionalidade do homem aparece. A noção da verdade passa a contar com o aval da ciência. Os problemas e temas da psicologia passam a serem investigados pela fisiologia e neurofisiologia, pois era necessário compreender o funcionamento da maquina de pensar humana: o cérebro. 
O berço da psicologia moderna foi na Alemanha no final do século 19. Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da Filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai novos estudiosos e pesquisadores, que sob novos padrões de produção passam a: 
Definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência); 
Delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como Filosofia e Fisiologia; 
Formular métodos de estudo desse objeto; 
Formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área. 
Surgem as primeiras escolas de psicologia:
Funcionalismo: procura compreender como funciona a consciência através do seu modo de adaptar-se ao meio; 
Estruturalismo: procura entender a consciência através do sistema nervoso central; 
Associacionismo: todo o comportamento tende a se repetir, se nós o recompensamos assim que nós o emitimos. 
A partir daí, a psicologia passa a definir seus objetos de estudo, delimitar seu campo, formular métodos e teorias.
Algumas das Perspectivas da Psicologia:
Perspectiva Evolucionista
Foco:Como a seleção natural favorece características que promovem a perpetuação dos genes de um indivíduo. Como a evolução influencia tendências de comportamento.
Perspectiva Genética do Comportamento
Foco: Até que ponto os genes e o ambiente influenciam as diferenças individuais.
Perspectiva Comportamental
Foco: Como os organismo aprendem reações observáveis.
Perspectiva Cognitiva
Foco: Como os organismos processam, arquivam e recuperam informações.
Perspectiva socio cultural
Foco: Como o comportamento e pensamento variam através de culturas.
Principais teorias da psicologia
Behaviorismo: Comportamento - afirma que a única fonte de dados sobre o ser humano era o seu comportamento, o que as pessoas faziam e o que diziam. Esta concepção valorizou os experimentos com animais, cujo comportamento mais simples facilita a investigação e possibilita conclusões transponíveis para seres humanos. 
O condicionamento era a base para explicar toda a aprendizagem. O ambiente tinha papel primordial na formação da personalidade. 
Gestalt: Esta linha afirmava que as outras linhas tinham o individuo como um ser passivo. Para esta linha o todo e mais do que a soma das partes. 
Psicanálise: É a linha mais conhecida pelo publico, apesar de não ser compreendida. Quem fundou esta linha foi um medico alemão chamado Sigmund Freud. Insatisfeito com os tratamentos para tratar desordens mentais, passou a investigar as origens mentais dos comportamentos. Divulgou a motivação para o comportamento, a importância da primeira infância na formação da personalidade, deu grande ênfase à sexualidade do individuo o que gerou grande polemica na época.
Esta abordagem explicou o comportamento humano de forma radicalmente diversa das demais. Pela ausência de experimentação, costumam ser rejeitadas pelos cientistas de laboratório, mas o clinico tende a apoiá-la. Sigmund Freud (1856-1939)
 
Inconsciente
“Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior...?” perguntava-se Freud. 
O esquecido era sempre algo penoso para o indivíduo, e era exatamente por isso que havia sido esquecido e o penoso não significava, necessariamente, sempre algo ruim, mas podia se referir a algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado. 
A esta força psíquica que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento, Freud denominou resistência.
 
 1ª Teoria do Aparelho Psíquico
O inconsciente exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. É constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. Estes conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimido, isto é, “foram" para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. 
O pré-consciente refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar. 
O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. 
Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.
1.3.2 2ª Teoria do Aparelho Psíquico 
Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade. 
O Id diz respeito à parte desorganizada da estrutura da personalidade que contem os instintos básicos. O id age de acordo com o “princípio do prazer”, buscando evitar a dor e o desprazer originados pela crescente tensão instintiva da personalidade. O id é inconsciente por definição. 
O Ego compreende a parte da estrutura organizada da personalidade que inclui as funções defensivas, perceptivas, intelectual-cognitivas e executivas. É o ego que separa o que é real do que não é real, e a organizar os pensamentos do indivíduo para que ele possa compreendê-los e o mundo ao seu redor. 
O Superego tem o objetivo da perfeição. Ele define a parte organizada da estrutura da personalidade, principalmente, mas não totalmente inconsciente, que inclui os ideais de ego do indivíduo, os objetivos espirituais, e a consciência que critica e proíbe as pulsões do indivíduo, suas fantasias, sentimentos e ações. O superego
pode ser entendido como um tipo de consciência que pune o mau comportamento com sentimentos de culpa. 
O "ID", a grosso modo, correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. O id desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a moralidade.
O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade 
O superego desenvolve-se desde o inicio da vida, quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições. O comportamento inadequado sujeito à punição torna-se parte da consciência da criança, uma porção do superego. 
Mecanismos de Defesa do Ego 
A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou do mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade. Os mecanismos de defesa são processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo.
1.4 Projeção 
O ato de atribuir a uma pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos, ou intenções que se originam em si próprio. Ex. A pessoa afirma todos nós somos desonestos ou todos os homens são infiéis com isso esta tentando projetar nos demais sua própria característica.
1.5 Repressão 
Afasta da nossa consciência uma ideia ou evento que poderia causar ansiedade. Algumas doenças psicossomáticas podem ser associadas a esse mecanismo: asma, artrite, algumas fobias, úlcera. A repressão pode apagar não só a lembrança do acontecimento, mas também tudo que diz respeito ao mesmo, inclusive seu próprio nome e sua identidade, criando uma profunda rejeição. Ex. Uma vítima de acidente. 
1.6 Racionalização 
É um processo pelo qual o sujeito procura apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou aceitável do ponto de vista moral, para uma atitude, uma ação, uma ideia, um sentimento, etc., cujos motivos verdadeiros não percebem. A pessoa encontra respostas lógicas para afastar o sofrimento. Ex. Funcionário que rouba o caixa da empresa justificando que precisou pagar a conta de luz, mas que devolverá no mês seguinte. 
1.7 Negação 
Quando o ocorre algo que nos incomoda profundamente, há a tendência de não aceitar o ocorrido ou lembrá-lo de modo incorreto. 
Ex. Pessoa alcoolista que não admite que tenha o problema afirmando que consegue parar de beber no momento que quiser. 
Ex. Pessoa que faz dieta, fala o tempo todo que está fazendo dieta e comendo pouco, mas quando está sozinha de madrugada come compulsivamente. 
1.8 Formação Reativa 
Ego procura afastar o desejo que vai a determinada direção, e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta este desejo. Um bom exemplo são as atitudes exageradas — ternura excessiva, superproteção — que escondem o seu oposto, no caso, um desejo agressivo intenso.
1.9 Sublimação 
A energia associada a impulsos e instintos socialmente e pessoalmente constrangedores é, na impossibilidade de realização destes, canalizada para atividades socialmente meritosas e reconhecidas. A frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é sublimado na paixão pela leitura ou pela arte. 
1.10 Deslocamento 
É o mecanismo psicológico de defesa onde a pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra diferente e socialmente mais aceita. Durante uma discussão, por exemplo, a pessoa tem um forte impulso em socar o outro, entretanto, acaba deslocando tal impulso para um copo, o qual atira ao chão. 
1.11 Regressão 
É o retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou um modo de expressão mais simples e mais infantil. Ex. Uma criança ao nascer seu irmãozinho começa a fazer xixi nas calças e pedir chupeta novamente. 
1.12 Catitimia 
Indica a ação que as tendências afetivas exercem sobre a percepção da realidade. 
Ex - Uma pessoa quando esta apaixonada por outra tende a ver somente suas qualidades. 
Ex – Precisava ver era uma serpente enorme de mais de 3 metros “Às vezes exageramos as dimensões das coisas que nos causam medo”.
A importância da Vida Afetiva 
2.1 Vida Afetiva 
Em muitas situações da vida, não há mediação do pensamento – são os afetos que determinam nosso comportamento. A vida afetiva ou os afetos abarca muito os estados pertencentes a gama prazer-desprazer, como por exemplo, a angústia em seus diferentes aspectos – a dor, o luto, a gratidão, a despersonalização. 
2.2 Os Afetos 
Os afetos podem ser produzidos fora do indivíduo, isto é, a partir de um estímulo externo — do meio físico ou social — ao qual se atribui um significado com tonalidade afetiva: agradável ou desagradável, por exemplo. A origem dos afetos pode também nascer surgir do interior do indivíduo. 
O prazer e a dor são as matrizes psíquicas dos afetos, Existem dois afetos que constituem a vida afetiva: o amor e o ódio. 
Os afetos também têm outra característica — eles estão ligados à consciência, o que nos permite dizer ao outro o que sentimos, expressando, através da linguagem, nossas emoções. 
2.3 As Emoções 
Durante o dia presenciamos conjunto de sensações e sentimentos: alegria, tristeza, raiva, decepção. 
A emoção é desencadeada por um objeto ou situação excitante, sendo provocada por reações motoras e glandulares. 
As emoções principais e universais: alegria, tristeza, medo e raiva. 
Nas emoções é possível observar uma relação entre os afetos e a organização corporal, ou seja, as reações orgânicas, as modificações que ocorrem no organismo, como distúrbios gastrointestinais, cardiorrespiratórios, sudorese, tremor. Um exemplo comum é a alteração do batimento cardíaco. 
Outras reações orgânicas que acompanham as emoções e revelam vivências os estados emocionais do indivíduo: tremor, riso, choro, lágrimas, expressões faciais etc. As reações orgânicas fogem ao nosso controle. Podemos “segurar o choro”, mas não conseguimos deixar de “chorar por dentro”, sentindo aquele nó na garganta e, às vezes, tentamos, mas não conseguimos segurar duas ou três lágrimas que escorrem, traindo-nos, demonstrando nossa emoção. 
Assim, passamos a associar reações do organismo às emoções, as quais se podem distinguir. Por exemplo, distinguimos o choro de tristeza do choro de alegria; o riso de alegria do riso de nervoso. As emoções são muitas: surpresa, raiva, nojo, medo, vergonha, tristeza, desprezo, alegria, paixão, atração física — ora são mais difusas, ora mais conscientes; às vezes encobertas, às vezes não. 
2.4 Os Sentimentos 
Os afetos básicos (amor e ódio), além de manifestarem-se como emoções, podem expressar-se como sentimentos. Os sentimentos diferem das emoções por serem mais duradouros, menos “explosivos” e por não virem acompanhados de reações orgânicas intensas. 
O importante é compreender que a vida afetiva — emoções e sentimentos — compõe o homem e constitui um aspecto de fundamental importância na vida psíquica. 
2.5 Identidade 
Identidade é a denominação dada às representações e sentimentos que o indivíduo desenvolve a respeito de si próprio, a partir do conjunto de suas vivências. 
A identidade é a síntese pessoal sobre o si - mesmo, incluindo dados pessoais (cor, sexo, idade), biografia (trajetória pessoal), atributos que os outros lhe conferem, permitindo uma representação a respeito de si. 
A mudança nas situações sociais à mudança na história de vida e nas relações sociais determina um processar contínuo na definição de si mesmo. Neste sentido, a identidade do indivíduo deixa de ser algo estático e acabado, para ser um processo contínuo de representações de seu “estar sendo” no mundo.
O Homem com um ser Social e os Papéis Sociais 
O homem como um ser social, como um ser de relações sociais, está em permanente movimento. 
Estamos sempre nos transformando, apesar
de aparentemente nos mantermos iguais.
3.1 Autoestima 
É o conjunto de atividades que cada pessoa tem sobre si mesma, uma percepção avaliativa sobre si própria, que podem ser positivas ou negativas. 
Autoestima positiva: ter segurança e confiança em si mesmo; procurar a felicidade; reconhecer nossas qualidades sem maiores vaidades; não considerar-se superior e nem inferior aos outros; saber admitir limitações e aspectos menos favoráveis da personalidade; ser aberto e compreensivo; ser capaz de superar os fracassos com categoria; saber estabelecer relações sociais saudáveis; ser crítico construtivo; e, principalmente, ser coerente e consequente consigo mesmo e com os outros. 
Baixa autoestima e autoimagem se constituem em uma doença grave, que favorece o egoísmo e tende a criar dependência, minando as relações interpessoais. Não é uma regra, mas possuir autoimagem e autoestima mais positiva, nos deixa bastante mais livre de tensões, frustrações e intranquilidades.
Desenvolvimento da Autoestima
Não se culpar quando ouvir coisas ruins a seu respeito; 
Saber gostar de si e apreciar a vida; 
Saber administrar os altos (elogios) e os baixos (críticas); 
Evitar crenças “por mais que eu me esforce nunca serei tão bom”, “toda felicidade dura pouco”, não vale a pena se esforçar, sempre terá alguém melhor do que eu”. 
Ser mais tolerante com os erros ou defeitos dos outros e com os seus, aceitar melhor as diferenças. 
Valorizar suas virtudes e aspectos positivos; 
Ter uma alimentação saudável, melhorando sua saúde e disposição para enfrentar os problemas do dia-a-dia; 
Praticar atividade física e mental, estimulando suas capacidades físicas e cognitivas que lhe proporcionem prazer; 
Valorizar as relações interpessoais, aumentando o sentimento de pertencimento, pois é na relação com o outro que aprendemos e nos desenvolvemos. 
3.2 Motivação 
A motivação é o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. 
Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. 
O estudo da motivação considera três tipos de variáveis: 
1. O ambiente; 
2. As forças internas ao indivíduo, como necessidade, desejo, vontade, interesse, impulso, instinto; 
3. O objeto que atrai o indivíduo por ser fonte de satisfação da força interna que o mobiliza
3.3 Humanismo
É um movimento mais recente em psicologia. Enfatiza a necessidade de estudar o homem e não os animais, os indivíduos normais psicologicamente e não os perturbados. 
Enquanto área de conhecimento, a psicologia está relacionada com os diferentes fatores de natureza política, social, cultural e científica, pois para compreender o ser humano é necessário conhecer o meio em que ele está inserido, sua problemática, valores, tradições e história. Não devemos esquecer o fato de que o ser humano está em permanente movimento e transformação.
3.3.1 Teoria do humanismo 
A psicologia está inserida nas mais diferentes áreas do saber como a médica, a educacional, a social, lazer, segurança, trabalho, justiça, comunidade, comunicação, ambiente, etc. têm por objetivo conhecer o ser humano individualmente e em grupo visando encontrar meios para ele viver de forma equilibrada nas mais diversas situações, desenvolver seus potenciais, prevenir possíveis problemas e auxiliando o relacionamento humano. A psicologia estuda nossa mente, nossas emoções, ações, sentimentos, relacionamentos, etc. 
Como e por que agimos de determinada forma nas diferentes situações. 
O que nos influencia; nada se perde e nada é por acaso. Tudo se transforma em dados para entendermos o indivíduo. 
3.4 Habilidade Pessoal 
É a habilidade de se relacionar consigo mesmo. Reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre é a chave da inteligência emocional. A falta de habilidade de reconhecer nossos verdadeiros sentimentos deixa-nos a mercê de nossas próprias emoções (resultado de como vemos e julgamos determinados fatos). Cada emoção prepara o corpo para um determinado tipo de resposta. 
O autoconhecimento emocional é saber reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre, conseguindo assim maior controle de nossas emoções (seremos melhores pilotos de nossas vidas).
Dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca, para manter-se sempre no controle e para manter a mente criativa na busca de soluções. As pessoas bem sucedidas pessoal e profissionalmente agem usando as emoções de forma inteligente, elas conseguem aliar inteligência emocional a inteligência racional. Sabem colocar em pratica os conhecimentos que adquirem e se relacionam bem com todos. 
3.5 Habilidade Interpessoal 
Reconhecimento de emoções em outras pessoas. A empatia permite que reconheçamos as necessidades e desejos dos outros, permitindo-lhe relacionamentos mais eficazes. 
A arte de relacionamento é a arte de gerenciar sentimentos em outros. Esta habilidade é base de sustentação de popularidade, liderança e eficiência pessoal. 
“O homem vale-se de comunicação em todas as experiências de vida, de modo interpessoal ou dual, em pequenos ou grandes grupos, ate quando não esta em uma dessas situações, se refletir um pouco percebera que se encontra sob o impacto ou influencia da comunicação”; Assim, acreditamos que em todos os momentos de encontro entre dois ou mais seres há um momento de interação e percepção. Nesse aspecto, o enfermeiro não pode fugir da comunicação, pois ele já comunica algo com sua presença. 
O enfermeiro precisa saber que é um elemento nuclear da equipe de saúde, na qual o paciente se apoia na busca de informação, suporte emocional, satisfação de suas necessidades básicas, tais como: segurança, higiene, conforto, etc. 
Diante disso, o profissional auxiliar técnico de enfermagem deve trabalhar melhor as questões do conhecimento interpessoal e intrapessoal a fim de desenvolver habilidades de comunicação que possa contribuir para o bem estar dele e do paciente. 
“A imagem é o sinal característico de nossa individualidade, e a impressão extrema do nosso eu. É através dela que provocamos sentimentos diversos nas pessoas, é ela que determina a causa principal de nosso sucesso ou e nosso insucesso”.
3.6 Comunicação 
A organização de todo o grupo de trabalho envolve também o estabelecimento de canais de comunicação entre seus membros. Esses canais dizem respeito a maneira como as pessoas se comunicam dentro da equipe, ou seja, o modo como manifestam suas opiniões e são ouvidas pela equipe. 
Devemos lembrar-nos que a comunicação não se limita a palavras faladas ou escritas, mas sim através da comunicação não-verbal. Além destas existe também a comunicação formal e não-formal. Muitas vezes colhemos informações fundamentais informalmente, através de uma conversa durante o banho, o curativo, com o familiar na sala de espera, etc.. 
Todos os membros da equipe devem ter assegurado o direito de participar do processo de divulgação da informação. Em um hospital, por exemplo, cada profissional deve ser incentivado a escrever no prontuário do paciente e a ler o que os outros companheiros escrevem, compartilhando com a equipe a sua experiência e tomando conhecimento das impressões dos colegas. 
Um grupo de profissionais integrado, no qual todos se sintam igualmente importantes, produzindo e recebendo informação, fazendo parte da rede de comunicação, traz maior satisfação e em consequência, melhor participação no cotidiano de trabalho. 
3.6.1 Linguagem Verbal 
As dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não esta nelas mesmas, mas nas pessoas que as ouvem. 
3.6.2 Linguagem Não Verbal 
As pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os
movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação da voz também são importantes elementos de comunicação. Os significados de gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outro e de época para época.
A comunicação verbal e plenamente voluntária; o comportamento não verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado. 
Podemos observar o que uma pessoa esta sentindo ou pensando através de diversas expressões, como: expressão facial; movimento dos olhos; movimento da cabeça; postura e movimentos do corpo; entoação da voz; aparência, etc.
Saúde Mental 
4.1 Saúde Mental 
“A Organização Mundial de Saúde (OMS), organismo sanitário integrante da Organização das Nações Unidas, fundado em 1948, define saúde como ausência de enfermidade ou invalidez”. A referência de ausência de enfermidade ou invalidez é componente essencial desse conceito de saúde e dele não deve ser separado sob pena de reduzi-lo a total utopia, principalmente do ponto de vista médico. 
O conceito de saúde nos permite resignar seu conceito como a promoção de saúde mental, pensar o homem na sua totalidade, como um ser biológico, psicológico e social. 
O conceito de bem-estar pode nos remeter a noção subjetiva de sentir-se bem, não ter queixas, não apresentar sofrimento psíquico ou somático, nem ter consciência de qualquer lesão estrutural ou de desempenho pessoal ou social. Nesse sentido bem-estar significa sentir-se bem e não apenas não se sentir mal. 
A insatisfação de um estado de mal-estar pode ser um fator positivo à medida que pode ser condição de desenvolvimento e aperfeiçoamento. Pode-se pretender que o mal-estar constitua componente essencial da condição humana. Quando o ser - humano visto satisfeito suas necessidades, num momento seguinte ele cria outras. 
4.2 Sofrimento Psíquico e Doença Mental 
4.2.1 Neurose e a psicose 
Neurose doença emocional, afetiva e da personalidade (toda neurose tem ansiedade, fobia (medo patológico) 
As neuroses podem ser subdivididas em: 
Neurose obsessiva – ex: toc, perseguição 
Neurose fóbica ou histeria de angustia - ex medos de altura, medo de animais , medo de ficar sozinho 
Neurose histérica ou histeria de conversão-Por exemplo, crise de choro com teatralidade, ou sintomas que se apresentam de modo duradouro, como a paralisia de um membro, a úlcera etc. 
Neurose traumática - pensam obsessivamente no acontecimento traumatizante, ter perturbações do sono etc. — aparece após um choque emotivo do indivíduo, ligado a uma experiência em que ele correu risco de vida. 
4.2.2 Psicose 
Para a Psicanálise, refere-se a uma perturbação intensa do indivíduo na relação com a realidade. 
As psicoses subdividem-se em: 
Paranoia - Não existe deterioração da capacidade intelectual. Aqui se incluem os delírios de perseguição, de grandeza. 
Esquizofrenia - caracteriza-se por: afastamento da realidade — o indivíduo entra num processo de centramento em si mesmo, no seu mundo interior, ficando, progressivamente, entregue às próprias fantasias. 
Mania e melancolia ou psicose maníaco depressivo - caracteriza-se pela oscilação entre o estado de extrema euforia (mania) e estados depressivos (melancolia). 
4.2.3 Psicopatologias 
Estado de Angustia - são momentos de inquietação, ansiedade na qual a pessoa fica em alerta psíquico diante de uma ameaça indeterminada (algumas vezes não sabe explicar porquê está sentindo tal sensação). 
Hipocondria - é uma doença imaginária, em que a pessoa numa solução de fuga, acha-se doente e torna-se doente; 
Histeria - envolve conflitos, onde a pessoa sem saída produz comportamentos descontrolados ou com sintomas de doença (cegueira, paralisia, etc.). 
4.2.4 Transtorno - fóbico - ansioso 
É uma neurose que se caracteriza por um medo anormal, desproporcional e persistente diante de um objeto ou situação específica. Dentre os quadros fóbicos ansiosos destacam-se três tipos: 
Ansiedade; 
Transtorno do Pânico; 
Fobia – é um medo irracional, que substitui o medo real; 
Agorafobia-Sintomas: Palpitações ou taquicardias, sudorese, tremores, dispneia, sensação de sufocação, dor ou desconforto torácico, náuseas ou desconforto abdominal, sensação de tonturas, instabilidades, desmaio, medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer, formigamento, calafrios e onda de calor; 
Fobia Social - (Ex. falar em público); 
Transtorno – obsessivo - compulsivo (TOC); 
Transtorno de estresse pós – traumático; 
4.2.5 Depressão 
Critérios diagnósticos: 
Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo; 
Interesse diminuído ou perda de prazer para realizar atividades rotineiras; 
Sensação de inutilidade ou culpa excessiva; 
Dificuldade de concentração: habilidade diminuída para pensar e concentrar-se; 
Fadiga ou perda de energia; 
Distúrbios do sono: Insônia ou hipersônia praticamente diárias; 
Agitação ou retardo psicomotor; 
Perda ou ganho significativo de peso; 
Ideias recorrentes de morte e suicídio. 
O estado depressivo pode ser classificado em 3 grupos: 
Depressão menor: dois ou quatro sintomas por duas ou mais semanas, incluindo o estado deprimido ou anedônia. 
Distimia: três ou quatro sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos no mínimo. 
Depressão maior: cinco ou mais sintomas por duas semanas ou mais incluindo estado deprimido ou anedônia. 
Fatores de risco para depressão: 
Histórico familiar de depressão; 
Sexo feminino; 
Idade mais avançada; 
Episódios anteriores de depressão; 
Parto recente; 
Acontecimentos estressantes. 
Dependência de droga 
4.2.6 Esquizofrenia 
É uma doença mental caracterizada pela perda do contato com a realidade. A pessoa fica fechada em si mesma, com o olhar distante, indiferente com tudo ao seu redor. 
Sintomas positivos: 
Delírios; 
Crenças infundadas - o indivíduo crê em ideias falsas, irracionais ou sem lógica; 
Alucinações - alterações sinestésicas. O indivíduo percebe estímulos que não existem. Ouvir vozes, enxergar pessoas, sentir cheiros, sensações, etc. 
Sintomas negativos - Já os sintomas negativos ocorrem no íntimo da pessoa, causando menos impacto nos outros. Afeto embotado – dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. 
Tipos de Esquizofrenia: 
Paranóide – predomínio de delírios e alucinações (persecutórias); 
Hebefrênica – alterações da afetividade e desorganização do pensamento; 
Catatônico – entorpecimento, alteração de motricidade. 
Tratamento - devem levar em conta três objetivos básicos: 
Reduzir ou eliminar os sintomas, maximizar a qualidade de vida, promover reconhecimentos de sintomas mórbidos. Antipsicótico ou neurolépticos. 
Causas – Hipóteses: 
Componente genético – O risco sobe para 13% se um parente de 1º grau é Portador da doença. Quanto mais próximo o parentesco maior o risco. Contribuição ambiental – Histórico de vida relacional com familiares. 
Perdas Cerebrais-Esquizofrenia
4.2.7 Psicose Puerperal (Depressão pós - parto) 
Psicose pós-parto ocorre na mulher que recentemente teve um bebê. Essa síndrome se caracteriza por depressão materna, delírios e pensamentos de machucar a si mesmo e ao bebê. A incidência é de 1 a 2 por 1000 nascimentos. 50% das mulheres afetadas têm histórico familiar de transtorno de humor. Os sintomas podem se iniciar em dias após o parto até dentro de 8 semanas após o parto. 
4.2.8 Transtorno Afetivo Bipolar 
Caracteriza-se por variações cíclicas do humor. A pessoa está sujeita a episódios de extrema alegria, euforia e humor excessivamente elevados e também a episódios de humor muito baixo e desespero (depressão). Dentre esses episódios é normal a pessoa passar por períodos de normalidade. 
4.2.9 Stress 
Chama-se de stress a um estado de tensão que causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo.
Existem vários tipos de estressores e muitas vezes o que estressa uma pessoa não estressa outra. Para facilitar a identificação do que está criando stress, dividimos os estressores em duas categorias: fontes externas e internas. 
As fontes externas- a profissão, a falta de dinheiro, brigas, Assalto, perdas, falecimentos. Tudo o que exija do organismo uma maior adaptação cria stress. 
As fontes internas- se referem ao nosso modo de serem, nossas crenças e valores, nosso modo de agir. 
Fases de Stress: 
A fase de alerta- é considerada a fase “positiva” do stress. O organismo produz adrenalina, que deixa o indivíduo cheio de energia e vigor. 
Fase de resistência- em que a pessoa automaticamente tenta lidar com os seus estressores de modo a manter sua homeostase(equilíbrio) interna. 
Fase de quase-exaustão- é caracterizada pelo enfraquecimento da pessoa, que não mais está conseguindo se adaptar ou resistir ao fator estressor 
A quarta-fase: exaustão- Nesta fase as doenças já estão se instalando. Para se proteger do stress excessivo, as recomendações principais concentram-se na alimentação, relaxamento, atividade física, estabilidade emocional e qualidade de vida. 
4.2.9.1 Levantamento de sintomas de stress
Marque na tabela de respostas quantas vezes na última semana você sentiu o descrito abaixo: 
01. Tensão muscular, tais como aperto de mandíbula, dor na nuca etc.; 
02. Hiperacidez estomacal (azia) sem causa aparente; 
03. Esquecimento de coisas corriqueiras, como o número de um telefone que usa com frequência, onde pôs a chave etc.; 
04. Irritabilidade excessiva; 
05. Vontade de sumir de tudo; 
06. Sensação de incompetência, de que não vai conseguir lidar com o que está ocorrendo; 
07. Pensar em um só assunto ou repetir o mesmo assunto; 
08. Ansiedade; 
09. Distúrbio do sono, ou dormir demais ou de menos; 
10. Cansaço ao levantar; 
11. Trabalhar com um nível de competência abaixo do seu normal; 
12. Sentir que nada mais vale à pena. 
Se não assinalou nenhum: 
Parabéns, seu corpo está em pleno funcionamento no que se refere ao stress. 
Se assinalou de 1 a 3: 
A vida pode estar um pouco estressante para você. Avalie o que está ocorrendo. Veja o que está exigindo tanto de sua resistência. Pode ser o mundo lá fora ou pode ser você mesmo. Fortaleça o seu organismo. 
Se assinalou de 4 a 8: 
Há sinais de que seu nível de stress está alto e algo está exigindo demais seu organismo. Pode estar chegando no seu limite. Considere uma mudança de estilo de vida e de hábitos. Analise em que seu próprio modo de ser pode estar contribuindo para a tensão que está sentindo. 
Se assinalou mais do que 8: 
Seu nível de stress parece estar altíssimo. Seria bom consultar um psicólogo especialista em stress para fazer um diagnóstico. Sem dúvida, você tem fontes de stress representadas pelo mundo ao seu redor (pode ser família, ocupação,
sociedade, etc) e fontes internas ( seu modo de pensar, de sentir e de ser) com as quais precisa aprender a lidar.
4.2.9.2 Controle do Stress
Mudança de vida e de atitude - A prática de atividade física é muito importante para o metabolismo, pois elimina a adrenalina e produz beta-endorfina. 
Atitude positiva perante a vida – É sempre importante saber as várias alternativas que a vida nos coloca. Sempre considerar o lado que pode ser melhor na tomada de decisões, reestruturar o pensamento e não fazer o relógio como seu maior adversário sem ter tempo para mais nada a não ser o trabalho. 
Investir em relacionamentos – Valorizar o relacionamento interpessoal (família, amigos). É através dos relacionamentos que é possível o desenvolvimento pessoal. 
Alimentação saudável – Repor os nutrientes perdidos durante os períodos de stress. 
Identificar atividades que gosta de fazer 
O Processo do Adoecer
O adoecer é mais que um sintoma somático, é deixar de viver, é sofrer, é um conflito existencial, é um isolamento, é sentir dor, é ter medo, é até morrer. 
5.1 O Processo do Adoecer 
O adoecer é um processo singular, é uma experiência única que apresenta tantos aspectos objetivos como subjetivos ambos importantes. Alguns aspectos são relevantes para o paciente, na forma como ele irá lidar com o seu adoecimento: história pessoal, momento de vida, nível de maturidade, forma de reação frente às situações novas, característica da dinâmica e estrutura familiar, intensidade e gravidade da doença, possibilidade de sequelas e tipos de personalidade. Paralelo a essa biografia particular do paciente, é comum ele centrar sua atenção no corpo, fazer um embotamento afetivo, se desinteressar pelo mundo que o rodeia, ter ansiedade e medo diante do diagnóstico, sentir-se vulnerável e desprotegido. O indivíduo não consegue se satisfazer com a resposta que ele pode dar diante desta situação conflituosa/estressante, a qual inevitavelmente, ele tem que enfrentar nas suas relações psicossociais. 
Essa inadequação ao evento estressante, leva o indivíduo a uma falha adaptativa que vai gerar uma desestabilização dos mecanismos psiconeuroimunológicos. 
A transição entre saúde e doença é uma experiência complexa e muito individual. As duas principais tarefas de quem apresentam uma condição em desenvolvimento são: 
Modificar sua imagem corporal, o autoconceito e suas relações com as pessoas e com o trabalho; 
Reajustar-se as limitações e adaptações realísticas da situação. Essas tarefas começam dentro do ambiente em que a pessoa está sendo tratada do seu distúrbio físico. 
No ciclo saúde-doença, a maioria das pessoas atravessa três estágios: 
1) Transição da saúde-doença;
2) O período da doença “reconhecida”; 
3) A convalescência. 
O tempo e a qualidade de experiências do indivíduo estágios variam com a sua personalidade, a doença específica e as mudanças em sua vida. O profissional de saúde precisa estar alerta às mudanças nos sentimentos da pessoa durante a adaptação, reconhecer os desvios e fazê-lo avançar no processo. 
5.2 Manejo de Familiares Difíceis 
Outra questão que necessita de um olhar cuidadoso é a relação do profissional com os familiares do paciente. A dinâmica dessa relação requer cuidado, pois assim como o paciente, a família se apresenta com as sentimentos abalados, levando em conta a situação-limite que todos envolvidos no processo se encontram. Quando nos referimos ao manejo falamos de controle, de como conduzir a relação em um momento de dor e sofrimento. É importante para o profissional reconhecer o lugar do outro e entender que todos atravessam um momento de intensa fragilidade. Saber assumir responsabilidade com o paciente e com seus familiares é papel fundamental na relação. 
Quanto ao familiar deve-se entender que existem alguns tipos de famílias incluídas na relação: 
1) As famílias bem adaptadas - são aquelas que entendem e aderem bem ao tratamento do familiar. Conseguem contribuir de forma efetiva para o tratamento agindo como facilitadores do processo; 
2) As famílias difíceis – são aquelas que devido à situação de crise se tornam difíceis, a situação de adoecimento do familiar afeta a relação, os tornado difíceis de relacionar, principalmente com o profissional de saúde, responsável pelo cuidado. 
3) As famílias sempre difíceis – são aquelas famílias que se apresentam difíceis em qualquer relação social, independente da doença. Esses familiares muitas vezes se sentem prejudicados e atribuem ao profissional o não cuidado ao familiar, e toda relação sempre se apresenta conflituosa.
5.2.1 Como o Profissional deve Agir 
Compreenda as inseguranças do familiar; 
Compreenda a necessidade da família de estar perto da equipe de estar próxima a equipe de saúde; 
Identifique as incertezas, culpas e ressentimentos da família, que surgem durante a internação; 
Argumente compreensiva e calmamente sobre as consequências da atitude da família para o paciente; 
Reconheça junto a família a dificuldade
de ter uma pessoa próxima gravemente doente, mas evite “sentimentalismos”. 
Compartilhe sua preocupação com outros profissionais e procurem junto estabelecer uma estratégia para resolver e lidar com a situação; 
Converse com os familiares sobre as dificuldades encontradas; 
Mantenha contato frequente, mas nunca firme compromisso que não poderá cumprir; 
O reconhecimento dos sentimentos presentes nesta relação é que permite o agir de forma consciente e planejada, manejando assim, as situações difíceis; 
5.3 A Morte e suas Representações 
Quando pensamos em morte, logo nos sugere algo relacionado ao fim, ao incerto. Por medo dessa realidade evitamos pensar na morte no dia-a-dia ou mesmo sobre sua representação. Nega-se em todo momento a morte, seja como forma de aceitação ou pela forma de constituição de fim de um processo. 
Ela é tratada de forma indiferente, ou mesmo distante e muitas vezes também como medo do desconhecido. Compreende-se que é inevitável atravessar esse processo, uma vez que a morte se apresenta até nos momentos em que não pensamos sobre ela e assim formamos sua representação. Não resta dúvida que a questão da morte é altamente cultural possuindo variações de época, crenças, valores que permitem uma aproximação ou distanciamento de outras culturas.
5.3.1 Os Estágios da Morte 
O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelos quais as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia. Segundo este modelo, pacientes com doenças terminais tendem a entrar em estado de autodepreciarão e, como tal, necessitam de se apoiar em alguns conceitos de consciencialização do seu estado. 
O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross no seu livro On Death and Dying, publicado em 1969. Os estágios popularizaram-se e são conhecidos como Os Cinco Estágios do Luto (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte). 
1.Negação: ajuda a aliviar o impacto da notícia, servindo como uma defesa necessária a seu equilíbrio. Geralmente em pacientes informados abruptamente e prematuramente. O profissional deve respeitar, porém ter o cuidado de não estimular, compactuar ou reforçar a negação. 
2.Raiva: o paciente já assimilou seu diagnóstico e prognóstico, mas se revolta por ter sido escolhido. Tenta arranjar um culpado por sua condenação. Geralmente se mostra muito queixoso e exigente, procurando ter certeza de não estar sendo esquecido, reclamando atenção, talvez como último brado: Não esqueçam que ainda estou vivo! Nesta fase deve-se tentar compreender o momento emocional do paciente, dando espaço para que ele expresse seus sentimentos, não tomando as explosões de humor como agressões pessoais. 
3.Barganha: tentativa de negociar a morte, através de promessas e orações. A pessoa já aceita o fato, mas tenta adiá-lo. Deve-se respeitar e ajudar o paciente. 
4.Depressão: aceita o fim próximo, fazendo uma revisão da vida, mostrando-se quieto e pensativo. É um instrumento na preparação da perda iminente, facilitando o estado de aceitação. Neste momento, as pessoas que o acompanham devem procurar ficar próximas e em silêncio. Cabe ressaltar que o termo "depressão" não está sendo utilizado aqui para designar a doença depressiva, conforme descrita na Classificação Internacional de Doenças (CID). 
5.Aceitação: a pessoa espera a evolução natural de sua doença. Poderá ter alguma esperança de sobreviver, mas não há angústia e sim paz e tranquilidade. Procura terminar o que deixou pela metade, fazer suas despedidas e se preparar para morrer.
São fatores que dificultam a aceitação da morte: 
Desequilíbrio financeiro que o tratamento da doença ou a falta daquela pessoa podem acarretar à família; 
Dificuldade da pessoa em aceitar cuidados, quando esta estiver acostumada com o cuidar; 
História e elaboração de perdas anteriores e crenças com relação à morte; 
Momento em que a morte ocorre no ciclo da vida, quanto mais jovem for o paciente, mais difícil será a aceitação de sua morte; 
A morte súbita impede os familiares de elaborarem gradativamente o luto, ao contrário da morte prolongada. 
A fim de ajudar o paciente e seus familiares o profissional pode: 
Ajudar a pessoa a enfrentar a crise, auxiliando-a a expressar seus sentimentos; 
Ajudar a pessoa a descobrir os fatos, desmistificando fantasias e esclarecendo suas dúvidas, evitando especulações sobre a doença; 
Não dar a pessoa uma falsa confiança, oferecendo ajuda e reconhecendo a validade de seus temores; 
Não encorajar a pessoa a culpar as outras; 
Ajudá-la a aceitar ajuda; 
Incentivar e sugerir uma reorganização das tarefas cotidianas, para que a pessoa receba assistência. 
Cuidados Paliativos e Religiosidade 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, "cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais". 
Os cuidados paliativos devem incluir as investigações necessárias para o melhor entendimento e manejo de complicações e sintomas estressantes tanto relacionados ao tratamento quanto à evolução da doença. Apesar da conotação negativa ou passiva do termo paliativo, a abordagem e o tratamento paliativo devem ser eminentemente ativos, principalmente em pacientes portadores de câncer em fase avançada, onde algumas modalidades de tratamento cirúrgico e radioterápico são essenciais para alcance do controle de sintomas. Considerando a carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e psicológicos que se avolumam no paciente com doença terminal, faz-se necessário um diagnóstico precoce e condutas terapêuticas antecipadas, dinâmicas e ativas, respeitando-se os limites do próprio paciente. 
Os princípios dos cuidados paliativos são: 
Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispnéia e outras emergências oncológicas. 
Reafirmar vida e a morte como processos naturais. 
Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente. 
Não apressar ou adiar a morte. 
Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente. 
Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte. 
Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto. 
A atenção ao aspecto da espiritualidade se torna cada vez mais necessária na prática de assistência à saúde. Cada vez mais a ciência se curva diante da grandeza e da importância da espiritualidade na dimensão do ser humano. Ser humano é buscar significado em tudo que está em nós e em nossa volta, pois somos seres inacabados por natureza e estamos sempre em busca de nos completar. 
Espiritualidade pode ser definida como aquilo que traz significado e propósito à vida das pessoas. Essa definição é utilizada como base em cursos médicos sobre espiritualidade e saúde. A espiritualidade é reconhecida como um fator que contribui para a saúde e a qualidade de vida de muitas pessoas. Esse conceito é encontrado em todas as culturas e sociedades. É expressa como uma busca individual mediante a participação de grupos religiosos que possuem algo em comum, como fé em Deus, naturalismo, humanismo, família e arte.
Imagem Corporal e Narcisismo
Imagem Corporal
Imagem corporal/Esquema corporal é representação que cada indivíduo faz de seu próprio corpo, de acordo com uma percepção subjetiva,  construída e organizada através da cultura e história individual de cada um.
É a imagem corporal (forma
de se perceber) que vai determinar a forma do organismo se relacionar com este corpo,cuidando ou destratando-o, amando ou odiando .
Narcisismo
De acordo com a lenda grega do Narcisismo, para o jovem Narciso, nada era mais agradável do que ver sua própria imagem refletida sobre o lago.
Narciso admirava e amava ao extremo sua própria imagem, direcionando todo o amor para si mesmo.
Atualmente, entendemos o termo narcisismo como o investimento libidinal do indivíduo em si mesmo.E tal investimento é fundamental para o organismo, não sendo necessariamente patológico,uma vez que investir em seu próprio eu é uma forma de cuidar de si mesmo.
Porém, muitas vezes, este direcionamento/investimento narcísico torna-se excessivo, podendo tornar-se patológico.
O narcisismo patológico é denominado Transtorno de personalidade narcísica (TPN).Tem início na vida adulta e sua prevalência é na população masculina.
Características do TPN:
Ilusão de auto-suficiência,
Sentimento de poder ,
Sentimento de grandiosidade,
Desprezo pelo mundo externo
EU→ grande paixão, principal amor,
Sensação grandiosa de importância pessoal,
Fantasias de sucesso ilimitado(poder, beleza, amor ideal),
Acredita ser especial e único/ só deve se relacionar com pessoas e instituições que estejam no seu nível ,
Requer excessiva admiração,
Sensação de importância,
Explorador em relacionamentos interpessoais e tira proveito dos outros para atingir seus objetivos ,
Falta de empatia,
Sem motivação para reconhecer ou identificar as necessidades e sentimentos dos outros,
Invejoso/ vítima de inveja,
Comportamentos e atitudes arrogantes.
Existem dois tipos de narcisismo:
Narcisismo Primário= ausência total de relação com o ambiente.
Narcisismo Secundário= Em algum momento,há um investimento em objeto externo/retorno do amor, libido.
Comportamento Alimentar e Transtornos Alimentares
O comportamento alimentar 
Possui três dimensões para o organismo:
Dimensão.Fisiológica→ satisfação das necessidades nutricionais,
Dimensão Afetiva→ satisfação e prazer oral,
Dimensão.relacional→ boca - primeiro mediador de relação interpessoal.
Transtornos Alimentares
Há aproximadamente dez anos, o número de indivíduos que desenvolvem transtornos alimentares cresceu assustadoramente.
Podemos definir transtorno alimentar (TA) como uma grave perturbação do comportamento alimentar, com uma prevalência de 90% no sexo feminino, de classe média-alta, raça branca e que vivem em sociedades industrializadas .
Os principais TA’s são:
Anorexia Nervosa(AN)
Bulimia Nervosa(BN)
Existem alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento e manutenção dos transtornos alimentares. São eles:
1)  Fatores Biológicos
Predisposição genética,
Diminuição de serotonina e noradrenalina
2) Fatores Socioculturais
Contexto cultural:modelos e ideais,
Mídia: beleza+felicidade+valorização=corpo magro,
80% das mulheres(≥18)=insatisfeitas com o corpo.
3)  Fatores familiares
Família - extrema importância a aparência,
Cobrança+Rigidez - moda+boas notas+aparência,
Comparação e competitividade entre os filhos,
Dificuldade na comunicação e expressão de sentimentos(- resolução de conflitos)
Falta de privacidade( “CONTROLE”)
4) Fatores Individuais
Autocriticos
Perfeccionistas
Sensíveis à critica
Baixa auto-estima
Ansiedade
Falta de independência
Anorexia Nervosa (AN)
Distorção da imagem corporal. É um distúrbio alimentar caracterizado pela restrição persistente na ingestão de alimentos, pelo medo intenso de ganhar peso e por distúrbios no peso ou forma como indivíduo enxerga o próprio corpo. 
Características:
Restrição da ingestão alimentar(pode acompanhar métodos adicionais),
Busca implacável pela magreza,
Medo extremo de ficar/parecer gorda,
Perda de peso auto-induzida,
IMC (Índice de Massa Corporal) abaixo de 15%,
Alterações endócrinas, metabólicas(amenorréia, pele seca e amarelada, letargia, cefaléia, sede excessiva,unhas e cabelos quebradiços, pouca tolerância ao frio, anemia, tontura, distúrbios de coagulação).
Prevalência: 90% em mulheres com idade entre 13 e 18 anos
Curso e prognóstico: episódio único X padrão flutuante x cronicamente deteriorante .
Mortalidade: + ou - 5%
Bulimia Nervosa(BN)
Preocupação persistente com o comer e controle do peso corporal. É um transtorno alimentar caracterizado por períodos de compulsão alimentar seguidos por comportamentos não saudáveis para perda de peso rápido como induzir vômito (90% dos casos), uso de laxantes, abuso de cafeína, uso de cocaína e/ou dietas inadequadas. 
 Caracteristicas:
Episódios de hiperfagia (ingestão de grandes quantidades de alimentos)+ descontrole
Comportamentos compensatórios: vômitos, diuréticos, laxantes, anorexígenos, dieta restritiva, exercícios físicos, jejum.
Dieta-alimentos de baixa caloriaX “ataques”(al.caloricos-2000 a 6000Kcal).
O “ataque” aos alimentos vem acompanhado de um humor disfórico, ansiedade e fome intensa, produzindo distração de pensamentos desagradáveis, reduzir tédio e solidão, alivio do rigor e monotonia da dieta rígida.
Hiperfagia+cptos compensatorios= 2xs/semana(3 meses)
Peso:normalidade(+ou -)
Podem perder peso significativamente(mas nao o mantem por muito tempo)
Incidência:mulheres(jovens/inicio da vida adulta)30 anos
Bulimia - dificuldade no controle de impulsos - cleptomania, abuso/depêndencia de medicamentos/cleptomania/roubo de alimentos/ tricotilomania/automutilação (pior prognóstico).
Auto Conceito/Ideais de beleza
O auto – conceito pode ser definido como crenças e interpretação de um indivíduo em relação  aos seus próprios atributos e defeitos.
O auto conceito é construído a partir do processo de comparação do Eu real e o eu ideal:
Eu real: avaliação realista sobre suas qualidades e defeitos
Eu ideal: concepção de como a pessoa gostaria de ser
Processo de comparação: Eu real X Eu ideal ( Imagens idealizadas)
 O que sou X Ideais de beleza; Definição de: Modelo especifico ou exemplar de beleza.
Os ideais de beleza incluem:
características físicas,
vestimenta,
cabelos,
tom de pele,
tipo físico.
A beleza não é universal, e os ideais de beleza se modificam de acordo com o tempo e cultura, porém, existem algumas caracteristicas fisicas apreciadas universalmente, como caracteristicas associadas a boa saude e juventude; atributos ligados a habilidade reprodutiva e força. 
Desenvolvimento Psicossocial
Na Teoria Psicossocial do Desenvolvimento, este desenvolvimento evolui em oito estágios. Os primeiros quatro estágios decorrem no período de bebê e da infância, e os últimos durante a idade adulta e a velhice.
Cada estágio contribui para a formação da personalidade total (princípio epigenético), sendo por isso todos importantes mesmo depois de se os atravessar.
O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estágio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo raízes prévias nos anteriores.
A formação da identidade inicia-se nos primeiros quatro estágios, e o senso desta negociado na adolescência evolui e influencia os últimos estágios.
Erikson perspectivava o desenvolvimento tendo em conta aspectos de cunho biológico, individual e social.
A teoria psicossocial em análise enfatizava o conceito de identidade, a qual se forma no 5º estágio, e o de crise que sem possuir um sentido dramático está presente em todas as idades, sendo a forma como é resolvida determinante para resolver na vida futura os conflitos. 
Esquema de Desenvolvimento de Erik Erickson - Estágios
1. Confiança  X  Desconfiança  (até um ano de idade)
Durante o primeiro ano de vida a criança é substancialmente dependente das pessoas que cuidam dela, requerendo cuidado quanto à alimentação, higiene, locomoção, aprendizado de palavras e seus significados,
bem como estimulação para perceber que existe um mundo em movimento ao seu redor. O amadurecimento ocorrerá de forma equilibrada se a criança sentir que tem segurança e afeto, adquirindo confiança nas pessoas e no mundo. 
2. Autonomia  X  Vergonha e Dúvida   (segundo e terceiro ano)
Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. 
3. Iniciativa  X  Culpa (quarto e quinto ano)
Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e  intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos.
4. Construtividade  X  Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)
Neste período a criança está sendo alfabetizada e freqüentando a escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá  maior sociabilização, trabalho em conjunto, cooperatividade, e outras habilidades necessárias. Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. 
5. Identidade  X  Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)
O quinto estágio ganha contornos diferentes devido à crise psicossocial que nele acontece, ou seja, Identidade Versus Confusão. Neste contexto o termo crise não possui uma acepção dramática, por  tratar-se de a algo pontual e localizado com pólos positivos e negativos.
6. Intimidade  X  Isolamento (jovem adulto)
Nesse momento o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou duradouro. 
7. Produtividade  X  Estagnação  (meia idade)
Pode aparecer uma dedicação à sociedade à sua volta e realização de valiosas contribuições, ou grande preocupação com o conforto físico e material. 
8. Integridade  X  Desesperança (velhice)
Se o envelhecimento ocorre com  sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos haverá integridade e ganhos, do contrário, um sentimento de tempo perdido e a  impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança.
Postura Profissional/Etiqueta
A primeira impressão (Efeito de primazia) possui uma grande importância em todas os relacionamentos , inclusive o ocupacional.
Adotar uma postura adequada e comportamentos mais adaptativos implicam em uma perspectiva profissional e melhores aceitação no mercado de trabalho. 
Psicólogos colocam os principais aspectos que devem ser cultivados e mantidos no ambiente de trabalho: Aparência engloba tudo o que pode ser visto à sua volta (Objetos, mesa, seu escritório etc. Considere também a escolha dos lugares em que você marca um encontro ou reunião), Inicie bem um encontro com um aperto de mão seguro e confiante (Cuidado para não apertar muito forte ou muito fraco), Mostre-se aberto à conversar(Sorria, descruze os braços e tenha uma postura alinhada), Pronuncie bem as palavras (Fale em tom adequado ao ambiente; não queira ser o centro das atenções), Cuidado para não ser afobado, ouça antes de falar (No discurso do outro estão as dicas dos caminhos a ser seguidos para conduzir uma boa conversa), Demonstre interesse ao guardar o cartão de visitas alheio (Não o jogue de qualquer forma dentro da bolsa ou do bolso), No dia a dia da empresa, seja gentil e educado(A dica vale tanto para os colaboradores de posição mais simples como para os mais importantes da hierarquia empresarial. “Bom dia”, “por favor”, “com licença” e “obrigado” são palavras bem-vindas), Procure estabelecer relações cordiais e de confiança com seus colegas (É importante que eles saibam que podem contar com a equipe para solucionar problemas mais difíceis), No escritório ou baia, seja comedido (Limite-se a uma foto pequena de entes queridos e a itens de escritório com um toque pessoal. Deixe bichinhos, objetos espalhafatosos e ícones de hobbies em casa), Não force intimidade com seus colegas (Lembre-se: a relação é de trabalho, não pessoal), Evite atender a diversas ligações pessoais no trabalho(Isso faz com que todos acompanhem os pormenores de sua vida naquela semana, mês, ano). Dê continuidade aos bons hábitos de postura profissional (Essa conduta é importante para consolidar a impressão positiva ao longo do tempo).
A importância do desenvolvimento Psico Motor
O desenvolvimento psicomotor é um processo contínuo durante o qual se dá a evolução da inteligência, da comunicação, da afetividade, da sociabilidade e da aprendizagem de forma global e simultânea. Decorre por etapas e depende da maturação do sistema nervoso central. Todas as crianças passam por todas as etapas, embora o ritmo na aquisição possa variar de uma para a outra.
Quando a criança nasce, mostra aquilo que conhecemos como reflexos primitivos, que, mais tarde, possibilitarão os movimentos voluntários. Estes reflexos, inatos em todas as crianças, permitem ao bebé realizar as funções básicas de respirar, comer ou virar a cabeça à procura do peito ou da tetina do biberão (mamadeira). Podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimido, isto é, “foram" para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. 
O pré-consciente refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar. 
O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. 
Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio. 
Referências 
GRAEFF F.G. et al. Neurobiologia das doenças mentais. 5 ed. São Paulo: Lemos Editorial, 1999. 
FOSSI, Luciana Barcellos; GUARESCHI, Neuza Maria de Fátima. A psicologia hospitalar e as equipes multidisciplinares. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, jun. 2004 . 
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a Morte e o Morrer. 8 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
CASSORLA, Roosevelt Moisés Smeke . Como Lidamos com o Morrer - Reflexões Suscitadas no Apresentar este Livro. In: Cassorla, R.M.S. (org). Da Morte: Estudos Brasileiros. Campinas: Papirus, 1998. 
LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. O Stress está dentro de você. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2000. 
LUIZ M.V. A enfermagem e o conhecimento dos conceitos de liderança, motivação, comunicação e mudança. Acta Paul. Enferm., 1989. 2 (4): 111- 22
FURTADO, O.; BOCK, A.M. e TEIXEIRA, M.L. Psicologias : uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo, Saraiva, 2002. 
PSICOLOGIA APLICADA A ESTÉTICA
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