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3 TESTÍCULO
O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), mede cerca de 5 cm de comprimento, 2,5 cm de espessura, 3,0 cm de largura e pesam de 18 a 22 g, está situado numa bolsa músculocutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis. Cada testículo tem forma ovóide, com o grande eixo quase vertical, e ligeiramente achatado no sentido transversal, do que decorre apresentar duas faces, duas margens e dois polos. 
           As faces são lateral e medial, as margens anterior e posterior, e os polos, superior e inferior. A margem posterior é ocupada de cima a baixo por uma formação cilíndrica, mais dilatada para cima, que é o epidídimo. A metade superior da margem posterior do testículo representa propriamente o hilo do epidídimo, recebendo a denominação especial de mediastino do testículo. É através do mediastino que o testículo se comunica propriamente com o epidídimo.
 
            Os testículos são parcialmente cobertos pela túnica vaginal que é uma membrana serosa derivada do peritônio, sendo formada durante a descida dos testículos. Internamente a mesma há uma cápsula fibrosa branca composta de tecido conjuntivo denso não modelado, denominada túnica albugínea. Esta envia para o interior do testículo delgados septos conhecidos como séptulos dos testículos, os quais se subdividem em lóbulos, os lóbulos dos testículos Nestes encontramos grande quantidade de finos, longos e sinuosos ductos, de calibre quase capilar, que são denominados túbulos seminíferos contorcidos. São nesses túbulos que se formam os espermatozóides.
 
 
Os túbulos seminíferos contorcidos convergem para o mediastino testicular e vão se anastomosando, constituindo túbulos seminíferos retos, os quais se entrecruzam formando uma verdadeira rede, a rede do testículo, ao nível do mediastino do testículo. A rede do testículo dá origem a um número de canais (10 a 15) chamados dúctulos eferentes, que do testículo vão à cabeça do epidídimo, na porção inicial do ducto do epidídimo.
3.1 EPIDÍDIMO
O epidídimo estende-se longitudinalmente na margem posterior do testículo.
Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o polo superior do testículo, que é denominada cabeça do epidídimo; um segmento intermediário que é o corpo do epidídimo e, inferiormente, uma porção mais estreitada, que é a cauda do epidídimo.
         Na cabeça do epidídimo, os dúctulos eferentes do testículo continuam por dúctulos muito tortuosos que em seguida vão se anastomosando sucessivamente para constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo. Este ducto é tão sinuoso que ocupa um espaço de aproximadamente cinco centímetros de comprimento, quando na realidade ele tem de seis a sete metros de extensão.
          Inferiormente, a cauda do epidídimo, tendo no interior o ducto do epidídimo, encurva-se em ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente. É justamente nessa curva, constituída pela cauda do epidídimo e início do ducto deferente, que ficam armazenados os espermatozóides até o momento do ato sexual, sendo, então, levados para o exterior.
 
      A primeira porção do ducto deferente é mais ou menos sinuosa e ascende imediatamente por trás do epidídimo. Tanto o testículo como o epidídimo e a primeira porção do ducto deferente são diretamente envoltos por uma membrana serosa que é a túnica vaginal.
           Assim como a pleura ou o pericárdio, a túnica vaginal apresenta um folheto que envolve diretamente aqueles órgãos, sendo denominado lâmina visceral. Posteriormente aos órgãos supracitados, a lâmina visceral da túnica vaginal se reflete de cada lado, para se continuar com a lâmina parietal da túnica vaginal. Entre a lâmina visceral e a lâmina parietal da túnica vaginal, permanece um espaço virtual denominado cavidade vaginal. A cavidade vaginal contém uma pequena quantidade de líquido que facilita o deslizamento entre as duas lâminas.
 
3.2 ESPERMATOZÓIDE
Espermatozóides são gametas masculinos, produzidos nos testículos em grande quantidade. Sua produção chega em média, de 20 a 200 milhões de espermatozoides por milímetro cúbico de sêmen. Eles podem permanecer até 3 dias dentro da vagina.
 
3.2.1 Partes Constituintes Do Espermatozóide
· Cabeça: é a parte inicial do espermatozoide e parte mais volumosa do mesmo. É o local onde fica o material genético sendo coberto por um capuz, chamado acrossomo, região onde encontramos enzimas facilitadoras na penetração do espermatozoide no ovulo;
· Colo: é a parte situada por trás da cabeça, como se fosse o pescoço do espermatozoide;
· Peça intermediaria: é o local de armazenamento das mitocôndrias, as quais proporcionam energia para a movimentação do espermatozoide;
· Cauda: é a porção final do espermatozoide, sendo esta de espessura fina. É responsável pela movimentação do espermatozoide levando-o ao encontro do ovulo para que a fecundação ocorra.
 
3.2.2 Caminho Percorrido Pelo Espermatozóide
Depois de produzidos nos testículos, os espermatozóides vão para o epidídimo onde são armazenados. Os espermatozóides, logo são então transportados por um tubo fino, que vai do epidídimo até a próstata, chamado de ducto deferente. A desembocadura do ducto deferente na próstata ocorre numa região delicada denominada ducto ejaculatório. Nessa região, ocorre a mistura dos espermatozóides com o líquido produzido na próstata e nas glândulas, dando origem ao sêmen. No momento da ejaculação, o sêmen é depositado na uretra sendo então impulsionado para fora do pênis até o meio exterior através do óstio externo da uretra.
 
 Figura: mostra o caminho percorrido pelo espermatozoide, vista em plano sagital. 
 
3.2 PATOLOGIAS
A hidrocele é caracterizada por um acúmulo de quantidades anormais de fluído límpido no interior da cavidade vaginal do testículo. Pode ser uni ou bilateral, de etiologia congênita ou adquirida. Acomete com maior frequência bebês e adultos acima de 45 anos.
 
Em indivíduos saudáveis, um pequeno volume de líquido envolve os testículos e tem como função lubrificar esse órgão. Entretanto, quando ocorre algum desequilíbrio entre a produção e a absorção desse líquido, surge a hidrocele. Essa é a etiologia da hidrocele que acomete adultos e pode ser causada por processos inflamatórios em estruturas vizinhas ao testículo, traumatismos, obstruções dos vasos linfáticos ou até mesmo tumores.
O sintoma mais característico é o aumento indolor do volume escrotal, uni ou bilateral, podendo ser discreto ou exacerbado. As hidroceles de grande volume, mesmo não sendo dolorosas, causam desconforto devido ao seu tamanho.
O diagnóstico é feito através de um exame clínico realizado pelo médico, para verificar se o aumento de tamanho é devido à  presença de conteúdo líquido ou sólido. Também pode ser realizada uma ultrassonografia, permitindo a visualização detalhada dos testículos e das estruturas existentes dentro do escroto.
Normalmente, nas crianças, opta-se por acompanhar o paciente e aguardar o fechamento espontâneo da abertura, se não houver hérnia associada. Caso não haja regressão dentro de 12 meses, opta-se pela cirurgia. Já no adulto, o tratamento recomendado sempre é o cirúrgico, que visa facilitar a drenagem desses líquidos acumulados. Existem outro tratamento descrito na literatura que recomenda aspirar o líquido acumulado e injetar no local substância esclerosante, que possui a capacidade de obliterar a entrada do escroto e, deste modo, impedem um futuro acúmulo. Entretanto, essa técnica pode causar infecções, fibrose e dor local.
4 FUNÍCULO ESPERMÁTICO
O funículo espermático é uma estrutura em forma de cordão que vai do testículo até a cavidade abdominal, passando pela região inguinal, e também serve de estrutura de apoio ao sistema genital masculino.
O funículo espermáticoesquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que o direito. 
 
 Figura 1: Vista anterior do funiculo espermático. 
Contém o ducto deferente, durante seu trajeto ascendente através do escroto, e além do ducto deferente, também é constituído por artérias, veias, vasos linfáticos e nervos. (Figura 4)
· As artérias são três:
-Artéria testicular: é a principal, e ramo da aorta;
-Artéria do ducto deferente: provém da artéria vesical inferior e desce junto ao ducto deferente; 
-Artéria cremastérica: ramo da artéria epigástrica inferior, e vai irrigar o músculo cremáster.
· As veias formam dois plexos, um anterior e outro posterior, em relação ao ducto deferente.
O plexo venoso anterior é o mais volumoso.
Para cima de cada lado os plexos venosos, convergem para uma ou mais veias, que vão desembocar respectivamente, à direita na veia cava inferior, e a esquerda na veia renal esquerda.
· O principal nervo é o ramo genital do nervo genitofemoral.
 
 Figura 4: Vista anterior dos componentes do funículo espermático.
Ele possui revestimentos: (Figura 2 e 3)
-Fáscia espermática interna: originada da fáscia transversal;
-Fáscia cremastérica: oriunda das fáscias superficiais e profundas do músculo oblíquo interno do abdome;
-Fáscia espermática externa: derivada da aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome e sua fáscia de revestimento.
 
 Figura 2: Camadas do funículo espermático em plano frontal.
 
 Figura 3: As fáscias de revestimento, vista em plano mediano. 
4.1 PATOLOGIA DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO
4.1.1 Torção do funículo espermático
A torção do funículo espermático (Figura 5) ocorre devido à mobilidade excessiva do testículo, levando ao prejuízo da irrigação sanguínea. A contração do músculo cremaster pode levar à torção um testículo móvel, isto explica a torção durante o sono (ereção noturna em adolescentes) e durante o frio, como também a atividade física e sexual podem predispor a torção e agravá-la através da contração do músculo cremaster. A doença tem relação também com o aumento de massa testicular que ocorre na adolescência e nos tumores testiculares. A faixa etária mais comum de ocorrer é em recém- nascidos e no período pós- puberal (17 aos 20anos).
 
 Figura 5: Torção do funículo espermático esquerdo, vista anterior.
Pode ser classificada em:
· Extravaginal: é mais comum em neonatos e crianças menores. Ocorre durante a descida do testículo, e é responsável pelo escroto agudo do recém-nascido ou atrofia testicular.
· Intravaginal: é mais comum em adolescentes e no período puberal.
4.1.1.1 Sintomas
Dor intensa no testículo, com inchaço do escroto, eritema da região, dor abdominal inferior, náuseas e vômitos.
4.1.1.2 Tratamento 
Cirurgia imediata.
5 DUCTO DEFERENTE
 Tem a função de levar os espermatozóides do epidídimo para o ducto ejaculatório, esse processo é realizado através de contrações peristálticas de sua túnica muscular. A exemplo do epidídimo o ducto deferente também tem a capacidade de armazenar espermatozóides durante vários meses. Todos os espermatozóides não ejaculados acabam por ser reabsorvidos. 
 Depois de formados, os espermatozóides saem dos túbulos seminíferos retos e são encaminhados para os dúctulos eferentes dos testículos, de onde seguirão para os epidídimos. Nos epidídimos os espermatozóides ganharão mobilidade e serão encaminhados para os DUCTOS DEFERENTES, que antigamente eram chamados de canais deferentes. Os ductos deferentes são dois tubos longos e finos tem cerca de 40 á 45cm de comprimento, de paredes musculares espessas, o que permite identificá-los facilmente pela palpação, por se apresentarem como cordões uniformes, lisos e duros o que os distinguem dos elementos que os cercam, que são de consistência mais branda. Ascende posterior ao testículo, começa na cauda do epidídimo no polo inferior dos testículos e segue através do Funículo Espermático até o ponto, na parede abdominal inferior em que atravessa o canal inguinal e entra na cavidade pélvica; faz uma curva sobre o ureter, passa sobre a face lateral da bexiga urinária e desce ao longo de sua face posterior. As partes do ducto deferente são: parte escrotal, funicular, inguinal e pélvica. 
 O ducto deferente possui três túnicas: a mucosa, muscular e adventícia. A túnica mucosa do ducto deferente é constituída por epitélio pseudoestratificado colunar e lâmina própria de tecido conjuntivo areolar. Sua túnica muscular tem três camadas: interna e externa que são longitudinais, e a média que é circular. A túnica adventícia é constituída por tecido conjuntivo frouxo com vasos e nervos.
 
 Na porção final do ducto deferente ao chegar ás proximidades da próstata, existe uma dilatação que é denominada de Ampola do ducto deferente. A união da ampola do ducto deferente com o ducto excretor da glândula seminal forma o Ducto ejaculatório. O ducto deferente em seu percurso no interior do escroto e no canal inguinal é acompanhado de diversos elementos anatômicos que formam um complexo cordão denominado de Funículo espermático. 
 
5.1 VASECTOMIA
 
 A vasectomia  é um método contraceptivo através da ligadura. É retirado um pequeno fragmento dos ductos deferentes no homem. É uma pequena cirurgia feita com anestesia local em cima do escroto. Não precisa de internação. É uma cirurgia de esterilização voluntária. A vasectomia é o método contraceptivo em longo prazo mais eficiente que existe, e está entre as opções mais seguras para o planejamento familiar.
 6 GLÂNDULA SEMINAL
 As glândulas seminais são estruturas semelhantes a bolsas e enoveladas, com comprimento aproximado de 5 cm, localizadas profundamente na escavação pélvica, lateralmente a ampola do ducto deferente, por cima da próstata, por trás da bexiga urinária e por diante do reto. Por meio de ductos, secretam um liquido viscoso e alcalino que contém frutose (açúcar), prostaglandinas e proteínas da coagulação (Vitamina C). O liquido secretado pelas glândulas seminais normalmente constitui 60% do volume do sêmen.
 A natureza alcalina do liquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e o trato genital feminino, que de outro modo, inativaria e destruiria os espermatozoides. O espermatozoide usa a frutose para a produção de ATP, e as prostaglandinas contribuem para a mortalidade e a viabilidade dos espermatozoides e também estimular contrações musculares no trato genital feminino.
 
Apresenta para estudo: duas faces (anterior e posterior), duas margens (medial e lateral), uma base e um ventre, um colo que constitui do ducto excretor da glândula seminal, este ducto une-se a ampola do ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. 
6.1 PATOLOGIA DE GLÂNDULAS SEMINAIS
 A agenesia das glândulas seminais é uma patologia pouco frequente, podendo ser causa da infertilidade masculina. O diagnóstico de agenesia bilateral das glândulas seminais é feito pelo ultrassom transrretal, que se apresenta como excelente método para avaliação anatômica dessas estruturas.
7 DUCTO EJACULATÓRIO 
 O Ducto ejaculatório É um fino tubo, par, tem cerca de 2 cm de comprimento, estruturalmente tem a mesma constituição do ducto deferente, apresentando três túnicas concêntricas: adventícia, muscular e mucosa. Eles começam na união da ampola do ducto deferente com o ducto excretor da glândula seminal, penetram na próstata, abrem-se um em cada orifício, de cada lado do utrículo prostático na parte prostática da uretra. À emissão, em que se misturam os componentes do  sêmen na parte prostática da uretra segue-se a ejaculação.Durante a ejaculação, o sêmen é expulso da parte prostática da uretra pela contração rítmica da musculatura perineal, que o impele pelo restante da uretra em direção à extremidade do pênis.
 
8 GLÂNDULAS BULBOURETRAIS 
 As glândulas bulbouretrais são dois pares de pequenas formações arredondadas, de coloração vermelha e tamanho de uma ervilha. Localizam-se inferiormente a próstata e drenam suas secreções para a parte esponjosa da uretra. Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais produzem uma substancia alcalina, que protege os espermatozoides, e muco, que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, o que diminuiu a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. 
 
 
9 PRÓSTATA
A próstata é um órgão glandular pélvico: é um conjunto de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas, cujos ductos desembocam na uretra prostática - canal que permite a passagem da urina desde a bexiga urinária ( órgão onde a urina é temporariamente armazenada) - até o pênis, e dois canais ejaculatórios. A próstata não só produz o líquido prostático, mas também o armazena no seu interior para expulsá-lo durante a ejaculação. A próstata apresenta-se envolta por uma cápsula fibroelástica rica em músculo liso, que envia septos que penetram na glândula. Essas glândulas são revestidas internamente por epitélio cúbico simples ou por epitélio colunar pseudo-estratificado, cujas células secretam proteínas. 
As glândulas prostáticas dividem-se em três grupos: mucosas, submucosas e principais; em três regiões separadas, situadas concentricamente em volta da uretra. Dessas glândulas as que mais contribuem para a secreção prostática são as principais
Descreve-se a próstata por uma base superior, ápice anterior e inferior, além de lobos direito, esquerdo e médio, sendo este último a parte que se projeta internamente a partir da parte superior da face posterior do órgão. No entanto é inseparável dos lobos laterais direito e esquerdo – são superficialmente isolados um do outro, comunicam-se anteriormente á uretra pelo ístimo da próstata e são separados posteriormente pelo sulco mediano, importante reparo anatômico no toque retal. O lobo mediano projeta-se em direção interna, responsável em algumas situações pela obstrução do fluxo urinário.
Vascularização: a principal artéria da próstata tem uma origem comum com a vesical inferior a partir de um dos ramos da artéria ilíaca interna. As veias da próstata drenam principalmente para o plexo prostático, uma rede de vasos que se junta com o plexo vesical e drena para a veia ilíaca interna. A drenagem linfática é feita para os linfonodos ilíacos externos e para os linfonodos sacrais.
Sua base está encostada no colo da bexiga urinária (inferiormente) e a primeira porção da uretra perfura-a longitudinalmente pelo seu centro, da base ao ápice. Sendo ligeiramente achatada no sentido anteroposterior, ela apresenta uma face anterior e outra posterior, e de cada lado, faces inferolaterais. Localizando-se inferiormente à bexiga urinária, atrás da face posterior da sínfise púbica, atravessando em toda sua extensão pela parte prostática da uretra, e à frente do reto. 
Estruturalmente a próstata é constituída de musculatura lisa e tecido fibroso, mas contém glândulas com cerca de 3 a 4 cm de altura, 4 cm de largura e 2,5 de espessura, pesando 25 gramas. Tem a dimensão pequena, com a forma de uma castanha. Ainda não são completamente conhecidas todas as funções da próstata. Contudo, sabe-se que um dos seus principais desígnios é a secreção do líquido prostático - esbranquiçado, leitoso e alcalino, essa secreção confere odor característico ao sêmen - que durante o orgasmo é lançado na uretra através dos ductos prostáticos, cuja abertura é denominada seio prostático, e na uretra acrescentado ao líquido seminal (líquido proveniente das glândulas seminais) e com o esperma, produzido pelos testículos. Essa mistura aumenta a vitalidade dos espermatozóides, auxilia o seu transporte e torna os canais deferentes e da vagina da mulher menos ácida, cuja acidez diminuiria a possibilidade disseminação dos espermatozóides.
No idoso é comum um aumento patológico, causando dificuldade de esvaziamento da bexiga urinária. Em virtude de estar situada anteriormente ao reto, a próstata é palpável, in vivo, pelo toque retal, um exame importante para o diagnóstico de afecções da próstata. O câncer da próstata é um dos mais frequente no homem e o diagnóstico precoce é fundamental para a cura.
9.1 PRINCIPAIS PATOLOGIAS PROSTÁTICAS
À medida que se registram avanços tecnológicos significativos na área da saúde, as populações vão sendo cada vez mais sensibilizadas e formadas no sentido de assumirem uma postura responsável e ativa em relação à sua saúde. Os exames de rotina e rastreios vão amenizando as consequências por vezes fatais de diversas doenças, neste caso específico, daquelas que afetam a próstata. 
De acordo com as proporções das patologias prostáticas mais comuns, as principais associadas à próstata são as seguintes:
As três principais doenças da próstata são as supracitadas, no entanto nos deteremos a explanar somente sobre o câncer de próstata (adenocarcinoma), e hiperplasia benigna, que são as patologias mais importantes por sua gravidade dentre as demais, e pela taxa de mortalidade que vem aumentando nos últimos anos.
9.1.1 Hiperplasia Benigna Da Próstata (HBP)
Conforme já foi referido, o crescimento da próstata com o envelhecimento é um acontecimento normal. A Hiperplasia Benigna da Próstata é uma doença cuja causa não é completamente compreendida. Algumas teorias apontam para a variação hormonal que ocorre com o envelhecimento do homem (relação estrógeno/ testosterona que se encontra aumentada, entre outras), contudo ainda não foram devidamente comprovadas. 
O aumento de peso e volume que a próstata sofre ao longo dos anos começa por ser contrariado pela sua própria cápsula (composta de tecido muscular liso), o que impede a sua expansão, fazendo com que a glândula seja pressionada contra a uretra. As paredes da bexiga urinária tornam-se mais espessas e irritáveis, ocorrendo dificuldades de esvaziamento da bexiga urinária. O estreitamento da uretra e o esvaziamento parcial da bexiga urinária provocam muitos dos problemas associados à HBP. 
 
Trata-se de uma doença cuja incidência tem vindo a aumentar, sobretudo devido ao aumento da esperança de vida. A evolução da HBP pode conduzir a obstrução urinária, com a consequente descompensação da bexiga urinária, infecções, formação de cálculos renais, dilatação renal e posterior insuficiência, causando morbidade importante e em última instância até mortalidade.
9.1.1.1 Diagnóstico Da HBP
Conforme foi referido, os homens a partir dos 40/50 anos devem submeter-se à consulta anualmente para avaliação da sua próstata ou sempre que surjam os seguintes sintomas:
- Jato urinário gradualmente mais fraco;
- Dificuldade ou demora no início da micção;
- Necessidade frequente e imperiosa de urinar;
- Acordar para urinar;
- Interrupção involuntária da micção;
- Presença de sangue na urina;
- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
- Ardor ou mesmo dor ao urinar.
A intensidade e frequência dos referidos sintomas variam muito de indivíduo para indivíduo, além de serem sintomas associados a outras patologias. Mais, o aumento do tamanho da próstata nem sempre determina o grau de sintomas ou de obstrução, ou seja, alguns homens com próstatas muito aumentadas apresentam poucas queixas, enquanto que outros com glândulas menos aumentadas padecem de um maior grau de obstrução. Facilmente consegue perceber-se que os sintomas referidos interferem muito na qualidade de vida do indivíduo. Por isso, deve sempre procurar o auxílio de um especialista, de modo a despistar quaisquer dúvidas.
Existem hoje em dia um variado leque de opções para a determinação da existência de HBP, que são postosem prática consoante às características do indivíduo. Os mais comuns são:
· Toque retal: É um dos primeiros exames a ser realizado. Técnica através da qual há a introdução de um dedo no reto do indivíduo, sendo possível determinar o tamanho e forma da próstata, bem como diferenciar um crescimento benigno de um maligno. 
· Ecografia: Através da introdução de uma sonda no reto, é possível a obtenção de informações do interior da próstata, algo que não é possível de determinar através de um toque retal.
· Fluxometria urinária: Aparelho que procede à análise do fluxo miccional.
· Medição do Resíduo urinário pós-miccional: Análise da quantidade de urina que fica na bexiga urinária imediatamente após a micção.
· Citoscopia: Exame que, através da introdução de um tubo na uretra, permite a observação do interior da uretra e da bexiga urinária.
· PSA: Pesquisa no sangue do antígeno específico da próstata. (Esta análise é útil na detecção precoce de tumores malignos na próstata e não na confirmação de uma HBP).
 
9.1.2 Crescimento Da Próstata
O crescimento da próstata com a idade é tão vulgar como qualquer outro sinal de envelhecimento. Consideram-se dois períodos principais de crescimento prostático: o primeiro dá-se na puberdade, quando a próstata duplica o seu tamanho atingindo uma dimensão considerada normal (antes da puberdade o crescimento da próstata é pouco significativo); o segundo período dá-se a partir dos 30 anos, no qual a próstata pode aumentar 0,4 g por ano. É este segundo momento que, anos mais tarde, pode resultar numa Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP). Apesar de a próstata crescer durante toda a vida do homem, este aumento não costuma causar problemas, senão tardiamente. A HBP raramente causa sintomas antes dos 40 anos, mas cerca de 50% dos homens com 60 anos e 90% dos homens com 80 anos têm sintomas devidos a HBP.
 
9.1.2.1 Tratamentos E Precauções
Após uma consulta cuidada com um especialista, e tendo em conta que a HBP não deixa de ser uma consequência do envelhecimento, uma das atitudes a tomar poderá ser a vigilância e o controle periódico. Dependendo do grau de gravidade da situação e das características individuais de cada homem, podem ser instituídas várias alternativas que vão desde soluções farmacológicas até cirurgias. São sugeridas algumas medidas para prevenir a congestão pélvica (sempre que a obstrução urinária é mínima e bem compensada, não existindo complicações), naqueles casos em que é recomendada uma vigilância.
Entre elas destacam-se:
· Evitar estar muito tempo sentado, nomeadamente em viagens prolongadas;
· Evitar contrariar o esvaziamento da bexiga;
· Evitar alterações no esvaziamento intestinal, nomeadamente a obstipação;
· Evitar os abusos alimentares, sobretudo a utilização de especiarias (condimentos);
· Evitar o consumo de café e de bebidas alcoólicas.
Ainda existe a ideia que a HBP está associada ao cancro. Tal não é verdade. Embora possam ter alguns sintomas em comum, a HBP é uma doença independente do cancro e nunca se transforma num, contudo ambas as doenças podem coexistir.
9.1.3 Câncer Da Próstata - Adenocarcinoma
As hipóteses de desenvolver câncer da próstata aumentam com a idade, sendo que a maioria dos casos aparecem em homens com 65 anos ou mais. 
 
Apesar de ser relativamente difícil de tratar, as probabilidades de cura são boas porque, ao contrário do que acontece com muitos outros câncer, o câncer da próstata tem geralmente um desenvolvimento bastante lento. 
 
O câncer da próstata pode ser curado se detectado cedo. Os tratamentos para o câncer da próstata incluem a remoção da glândula, terapia hormonal e radioterapia. 
9.1.3.1 Sintomas 
O câncer da próstata normalmente não tem sintomas até o câncer ser suficientemente grande para exercer pressão sobre a uretra (o tubo que liga a bexiga urinária ao pênis). 
 
Quando isto acontece, podem surgir problemas ao urinar: ter de urinar regularmente, dores ao urinar, fluxo de urina fraco ou irregular. 
 
Como a glândula aumenta de tamanho com a idade em muitos homens, estes sintomas não significam necessariamente que tem câncer da próstata. No entanto, se tiver problemas ao urinar, deve ser examinado pelo seu médico de família. 
 
Perda de apetite, perda de peso e dores constantes nos ossos são sintomas de que o câncer da próstata está se desenvolvendo para um nível potencialmente mais sério. 
9.1.3.2 Causas 
Não se conhece a causa exata para o câncer da próstata, mas já se identificaram vários fatores de risco. 
 
O câncer da próstata é mais comum entre homens de etnia afro-caraíba e africana.
9.1.3.3 Diagnóstico
O câncer da próstata aumenta a produção de uma substância especial chamada antígeno específico da próstata (PSA). Assim, o teste de PSA, que mede o nível desta substância no sangue, pode conseguir detectar o câncer da próstata mais cedo. 
 
O próximo passo para confirmar o diagnóstico de câncer da próstata é o toque retal, que pode ser efetuado pelo seu médico de família. 
 
Durante o toque retal, o médico de família insere o dedo no reto. Como o reto está perto da próstata, o médico poderá verificar se a superfície da glândula se alterou. A próstata com câncer pode tornar-se dura e granulosa. 
 
Também poderá fazer-se uma biópsia para confirmar o diagnóstico. Durante a biópsia, o médico insere uma agulha no reto para chegar à próstata, de onde retira pequenas amostras de tecido para análise. 
9.1.3.4 Tratamento e Prevenção
Os testes de antígeno específico da próstata não são exatos, e muitas vezes sugerem a presença de câncer da próstata quando este não existe (um resultado falso positivo). Isto significa que muitos homens passam frequentemente por biópsias invasivas e muitas vezes dolorosas sem haver necessidade para tal. 
A ingestão de alimentos ricos em licopeno pode ajudar a evitar o câncer da próstata. O licopeno é o que se conhece como antioxidante, uma molécula especial que ajuda a evitar danos celulares. O tomate e produtos derivados, sobretudo concentrados como o ketchup e a sopa de tomate, são uma boa fonte de licopeno.
O tratamento para o câncer da próstata inclui a remoção da próstata, terapia hormonal e radioterapia. 
 
Todos estes tratamentos acarretam o risco de efeitos secundários, sendo o mais comum a perda de desejo sexual, a incapacidade de obter ou manter uma ereção e incontinência urinária. 
10 SÊMEN
10.1 CARACTERÍSTICAS DO SÊMEN HUMANO
O sêmen humano é um cremoso espumoso, gosmento, esbranquiçado e opalino (cor leitosa e irisada, azulada). Períodos de abstinência sexual deixam o esperma amarelado. É composto por uma mistura de secreções testiculares, glândulas seminais, próstata e glândula bulbouretrais. Depois de 10 a 30 minutos fora do organismo humano, o líquido espesso torna-se extremamente fluído.
Em volume, a ejaculação de um homem sadio varia entre 3,5 e 5 ml. Volumes em torno de 0,5 ml são, em sua maioria, patológicos. Seu pH encontra-se na faixa de 8,1 a 8,4. São considerados normais 200 a 600 milhões de espermatozóides por ejaculação. Um único ml de esperma contém de 60 a 120 milhões de espermatozóides.
 
 
10.2 COMPOSIÇÃO DO SÊMEN HUMANO
Os componentes do sêmen derivam de duas fontes: esperma e plasma seminal. O plasma seminal, por sua vez, é produzido pela contribuição da glândula seminal, próstata e glândulas bulbouretrais.
O plasma seminal dos humanos contém um complexo de componentes orgânicos e inorgânicos.
O plasma seminal fornece um meio nutritivo e protegido para os espermatozóides durante as suas jornadas até o trato reprodutivo feminino. O ambiente normal da vagina é hostil para as células do esperma, já que ele é muito ácido (devido à produção de ácido lático da microbiota vaginal), viscoso, e controlado por células imunes. Os componentes do plasma seminal tentam compensar este ambiente hostil. Aminas básicas como a putrescina, espermina, espermidina e cadaverina são responsáveis pelo cheiro e sabor do sêmen.Essas bases alcalinas neutralizam o ambiente ácido do canal vaginal (que é muito nocivo ao esperma), e protegem o DNA dentro do esperma da desnaturação ácida.
Os componentes e contribuições do sêmen são os seguintes:
-Glândula seminal:    65-75%   Aminoácidos, citrato, enzimas, flavinas, frutose (a principal fonte de energia para as células espermáticas, que dependem exclusivamente de açúcares do plasma seminal para energia), fosforilcolina, prostaglandinas (envolvida na supressão da resposta imune pela fêmea contra o sêmen externo), proteínas, vitamina C
-Próstata:  25-30%   fosfatase ácida, ácido cítrico, fibrinolisina, antígeno específico da próstata, enzimas proteolíticas, zinco (ajuda a estabilizar as cromatinas com DNA das células espermáticas. Uma deficiência de zinco pode resultar em uma redução de fertilidade devido à fragilidade maior do esperma, pode também afetar de diversas formas a vagina.)
-Glândulas bulbouretrais: < 1%  galactose, muco (ajuda a aumentar a mobilidade das células espermáticas na vagina e no colo do útero por criar um canal menos viscoso para as células espermáticas nadarem sobre, e prevenindo a sua difusão para fora do sêmen. Contribui para a textura semelhante a uma gelatina do sêmen), pré-ejaculado, ácido siálico.
11 URETRA MASCULINA
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga urinária para o meio externo, no ato da micção. A uretra masculina possui um comprimento que varia em torno de 20 cm, ela se estende do óstio interno da uretra, situado na terminação do colo da bexiga, até o óstio externo da uretra que esta localizado na extremidade distal do pênis (glande).
A uretra masculina passa pela próstata, pelo períneo e pelo pênis podendo ser dividida em quatro partes: Intramural, prostática, membranácea e esponjosa. 
 
Parte Intramural: Estende - se quase verticalmente através do colo da bexiga o comprimento dessa parte é de aproximadamente 0,5 a 1,5cm.
Parte Prostática: É a parte da uretra que atravessa a próstata, ela tem em média 3 cm de comprimento. Na face interna da parede posterior dessa parte encontramos 5 acidentes anatômicos que modificam seu relevo:
· Crista Uretral é uma prega mediana da mucosa que de cada lado possui um sulco, o seio prostático;
· Colículo Seminal é uma elevação mais acentuada e bem delimitada observada na parte média da crista uretral;
· Utrículo Prostático é um orifício em forma de fenda encontrado no cume do colículo prostático;
· Óstios do Ducto Ejaculatório são dois pequenos orifícios encontrados em cada lado do utrículo prostático;
· Dúctulos Prostáticos desembocam em cada seio prostático, são vias de eliminação da secreção prostática. 
 
Parte Membranácea: É a parte mais curta da uretra, possuindo aproximadamente 1cm de comprimento. Tem início no ápice da próstata e atravessa o espaço profundo do períneo, circundado pelo músculo esfíncter externo da uretra, posteriormente atravessa a membrana do períneo terminando com a entrada a uretra no corpo esponjoso do pênis.
Parte Esponjosa: É a parte mais extensa da uretra, com aproximadamente 12 a 15 cm de comprimento. Sendo envolvida por tecido esponjoso erétil, o corpo esponjoso do pênis. Estende-se da superfície inferior da membrana do períneo ao óstio externo da uretra na extremidade da glânde do pênis. 
11.1 CONSTRIÇÕES E DILATAÇÕES DA URETRA
A uretra masculina apresenta quatro constrições: o óstio externo da uretra, parte média da uretra esponjosa, parte membranácea e o óstio interno da uretra.
As dilatações apresentadas na uretra masculina são: Fossa navicular da uretra, ampola da uretra, que é formada pela fossa intrabulbar e a escavação do bulbo, e sua parte prostática.
 
11.2 AFECÇÕES DA URETRA MASCULINA
Hematúria é a presença de sangue na urina, só sendo detectada em um exame de urina, porém a constatação de sangue na urina, visível ou microscópica, requer exames complementares para que se descubra a causa.
Causas:
· Litíase ou cálculo urinário (principalmente renal e uretral);
· Cistites: Infecção de bexiga urinária acompanhada de dor durante a micção e frequente necessidade de urinar. É mais frequente em mulheres do que em homens.
Hematospermia ou presença de sangue no esperma ejaculado, acomete homens das mais variadas faixas etárias. Na grande maioria das vezes esta alteração do ejaculado ocorre sem sintoma algum, isto é, a ejaculação acontece normalmente e o indivíduo ou sua parceira(o) nota a cor anormal do líquido espermático, que pode ser do róseo ao vermelho amarronzado, com coágulos presentes ou não.
 A estenose uretral, estreitamento uretral ou ainda "calo" uretral, é a diminuição do diâmetro da "luz" (parte oca do canal) da uretra, acarretando sintomas do tipo obstrutivo, como jato urinário fraco, necessidade de fazer força para urinar, resíduo pós-miccional e ainda sintomas irritativos, como ardência ou dor ao urinar e frequência urinária elevada.
12 PÊNIS
O pênis é uma estrutura de apoio no sistema genital masculino, que contém a uretra, da passagem para a ejaculação do sêmen, a excreção da urina, sendo também o órgão erétil e copulador masculino. É um órgão cilíndrico que se prende na região mais anterior do períneo (É um conjunto de músculos e aponeuroses em formato de losango medial às coxas e nádegas de homens e mulheres), está localizado por cima do escroto, entre a sínfise púbica e o ânus, possui um corpo, uma glande e uma raiz.
 
O corpo do pênis é composto por três massas de tecido erétil (são formações lacunares as quais se enchem de sangue durante a ereção), as quais são denominadas de corpos cavernosos e corpo esponjoso. 
 
Os corpos cavernosos são estruturas pares, dorsolaterais, que se iniciam posteriormente, por extremidades afiladas as quais se unem medialmente aos ramos do ísquio, recebendo o nome de ramos do pênis. Cada ramo curva-se lateralmente, afastando-se do bulbo do pênis para se fixar aos ramos isquiático e púbico inferior, sendo envolto longitudinalmente pelas fibras do músculo ísquiocavernoso do mesmo lado que se localiza, constituindo a raiz do pênis. Dirigindo-se para frente, os dois corpos cavernosos se aproximam, separados apenas por um septo fibroso sagital que é o septo do pênis e terminam abruptamente por trás de uma expansão do corpo esponjoso, conhecido como glande do pênis.
 
 
O corpo esponjoso é uma estrutura ímpar, ventral média menor, que se inicia no bulbo do pênis (uma expansão mediana fixada ao diafragma urogenital através de uma cápsula fibrosa denominada ligamento do bulbo), e continua para frente com o corpo esponjoso se alojando no sulco mediano formado pelos dois corpos cavernosos, onde na extremidade distal apresenta uma região um pouco dilatada e globosa chamada de glande do pênis a qual possui uma margem saliente e arredondada, que contorna a sua base e recebe o nome de coroa da glande e no seu ápice encontramos um orifício, que é o óstio externo da uretra, este vem se abrir a uretra esponjosa, que percorre longitudinalmente o centro do corpo esponjoso, desde a face superior do bulbo do pênis. Na união da glande com o restante do corpo do pênis, forma-se um estrangulamento denominado colo da glande. 
 
Envolvendo a parte livre do pênis encontramos uma cútis fina e deslizante, conhecida como prepúcio do pênis, que apresenta uma prega sagital denominada frênulo do prepúcio, a qual é parte da porção inferior da camada profunda do prepúcio em direção à glande, fixando-se nas proximidades do óstio externo da uretra. 
 
12.1 ESTRUTURA DO PÊNIS
Profundamente à cútis, situa-se a fáscia superficial do pênis, onde se distribuem fibras musculares lisas que fazem continuação ao dartosdo escroto. Num plano mais profundo, dispõe-se uma membrana fibrosa que envolve conjuntamente os corpos cavernosos e o corpo esponjoso que é a fáscia profunda do pênis. Tanto os corpos cavernosos como o corpo esponjoso são envoltos, cada um deles, por uma membrana conjuntiva denominada, respectivamente, de túnica albugínea dos corpos cavernosos e do corpo esponjoso.
 
 O interior destes três elementos tem um aspecto esponjoso que decorre da existência de inúmeras e finas trabéculas que se cruzam desordenadamente. Entre essas trabéculas permanecem espaços que podem admitir maior quantidade de sangue, tornando o pênis um órgão erétil. 
Artérias do bulbo do pênis, artéria profunda do pênis e artéria dorsal do pênis, ramos da artéria pudenda, penetra ao nível do bulbo e ramos do pênis, a drenagem é feita geralmente pela veia dorsal do pênis, que drena para o plexo prostático, os linfáticos da pele e prepúcio drenam para os inguinais superficiais, da glande drenam para os inguinais profundos e ilíaco externo todos correm longitudinalmente em seu dorso, fornecendo ramos colaterais em todo o percurso. O pênis e o escroto constituem as partes genitais externas masculinas.
 
O pênis é inervado por ramos sensitivos dos nervos pudendo e ilioinguinal os corpos tem inervação simpática e parassimpática, sendo a estimulação simpática causadora da contração do músculo liso no momento da ejaculação, impulsionando o sêmen ao longo do seu trajeto e a parassimpática causadora da dilatação dos vasos sanguíneos aumentando o fluxo para o tecido erétil para reter o sangue no pênis, assim mantendo a ereção.
 
12.2 PATOLOGIAS PENIANAS
Priapismo é uma anormalidade dos vasos sanguíneos e nervos em respostas a medicamentos utilizados para produzir ereção, cujo os sintomas designam a ereção persistente geralmente dolorosa, do pênis não associada a desejo ou excitação sexual que pode durar algumas horas e é acompanhada de muita dor. Outras causas para esse distúrbio seria problemas na medula espinal, leucemia, doença falciforme ou tumores pélvicos.
 
Ejaculação precoce como já denominada é uma ejaculação que ocorre cedo de mais, por exemplo, durante os estímulos sexuais preliminares, durante a penetração ou logo depois desta, sendo as causas mais comuns, ansiedade, fatores psicológicos, ou sensibilidade extrema do prepúcio do pênis ou da glande do pênis, sendo tratada por técnicas mecânicas, terapia comportamental ou medicamentos. 
 
Fimose é uma condição verificada quando o prepúcio do pênis apresenta um estreitamento acentuado, sendo impossibilitado de deslizar posteriormente sobre a glande do pênis, fazendo com que a mesma permaneça sempre recoberta. Essa alteração dificulta a higiene, e normalmente causa desconforto durante a cópula. A correção da fimose se dá através de um processo cirúrgico, com anestesia local, denominado postectomia (mais conhecido como circuncisão).
 
Tumores no pênis é o câncer do pênis é raro, e mais comum nos homens não circuncidados. Frequentemente afeta a base da cabeça do pênis. O sinal inicial costuma ser uma ferida avermelhada e indolor, um carcinoma de células escamosas. Quando detectado no início, pode ser extirpado preservando-se ao máximo o tecido peniano.
 
Balanopostite é causado por depósitos de restos de descamação celular, chamado de esmegma, o qual promove a irritação, o qual permite a instalação de fungos ou bactérias que se acumulam debaixo do prepúcio do pênis, esses causam uma inflamação na cabeça do pênis e no prepúcio, geralmente ocorre em um pênis não circuncidado e provoca dor, vermelhidão e edema e pode levar a uma constrição da uretra e dificuldade para urinar, quando duradoura, predispõe a outras doenças, inclusive ao câncer.
 
Doença de Peyronie é um distúrbio caracterizado pelo surgimento de placas fibrosas no tecido conjuntivo do pênis, causando nele, quando em ereção, uma curvatura anormal. Ocorre uma perda da capacidade de se distender um lado do pênis, encurtando-o naquele lado e provocando o desvio. A princípio a doença pode causar dor, a qual se alivia à medida que a condição se torna crônica. Nos estágios mais avançados da doença pode haver disfunção erétil, esse problema exibem também doenças do tecido conjuntivo em outras partes do corpo, sendo o único tratamento existente a cirurgia.
 
13 CANAL INGUINAL
O canal inguinal é a passagem no interior da parede abdominal anterior na qual transitam, nos homens, o cordão espermático durante o desenvolvimento masculino, os testículos descem pelo canal inguinal até o abdômen, atingindo o escroto, a partir de seu ponto inicial perto dos rins.
O canal inguinal raramente causa problemas médicos em mulheres devido ao seu tamanho reduzido. Em homens, pode ocorrer uma hérnia inguinal, na qual os conteúdos abdominais passam através da abertura do canal.
Elas podem ser hérnias inguinais diretas ou hérnias inguinais indiretas, dependendo se os conteúdos estão saindo diretamente pela parede abdominal, ou percorrendo o comprimento do canal inguinal, respectivamente.
O canal inguinal é uma região potencialmente fraca da parede abdominal. Por ele, durante a vida intrauterina, passaram os testículos para alojar-se no escroto. Esse pequeno espaço é coberto por músculos que deveriam fechá-lo durante a contração abdominal. Entretanto, muitas pessoas têm a inserção desses músculos mais alta, o que torna o espaço maior. Além disso, com o passar dos anos, costuma ocorrer lassidão muscular, isto é, os tecidos ficam naturalmente mais frouxos e podem sofrer ruptura que permite a passagem não só de um segmento do intestino delgado e grosso, mas também de outros órgãos da cavidade abdominal. 
 
A parede inferior ou assoalho é formada pela calha do ligamento inguinal e pelo ligamento lacunar.
A parede superior ou teto é formada pelas margens arqueadas dos Mm. oblíquo interno e transverso.
Além das paredes o canal apresenta duas aberturas que são os anéis inguinais superficial e profundo. 
No sexo masculino o canal contém o funículo espermático, o N. ilioinguinal e o ramo genital do N. genitofemoral. 
A existência do canal inguinal é uma necessidade biológica, constituindo o trajeto pelo qual os testículos, que se formam na parede posterior do abdome, conseguem chegar ao escroto. Em ambos os sexos o conteúdo do canal está envolvido por fáscias derivadas dos planos que atravessa. Contudo estas fáscias são mais facilmente identificadas no sexo masculino e são as seguintes:
· Fáscia espermática interna, derivada da fáscia transversal.
· Fáscia cremastérica, formada pelo M. cremaster e sua fáscia. No sexo feminino, geralmente, o que se encontra são feixes musculares isolados, separados por tecido conjuntivo.
· Fáscia espermática externa, derivada da fáscia do M. oblíquo externo.
Estes envoltórios fasciais, no sexo masculino se estendem até o escroto e passam a fazer parte de sua parede, enquanto no sexo feminino terminam nos grandes lábios.
 
13.1 PATOLOGIAS INGUINAIS
Hérnias Inguinais
No seu conceito mais amplo, hérnia é a protusão de qualquer estrutura, víscera ou órgão, através de uma abertura, congênita ou adquirida. No caso específico da região inguinal, é a protusão do conteúdo abdominal ou através do anel inguinal profundo (hérnia indireta) ou através da parede posterior do canal inguinal (hérnia direta).
Nos casos de hérnia indireta, o conteúdo abdominal é empurrado através do anel inguinal profundo e do canal inguinal, podendo chegar até o escroto, dependendo da extensão do processo vaginal permeável. Assim, ela está contida no funículo espermático, sendo necessário, para atingi-la durante uma cirurgia, incisar os envoltórios do funículo.
A hérnia inguinal indireta é o tipo mais freqüente de hérnia inguinal (75%), sendo mais comum no sexo masculinoque no feminino, o que é explicado por ser o canal inguinal feminino mais estreito e só alojar o ligamento redondo do útero.
A hérnia inguinal direta é adquirida e decorre de uma parede posterior do canal inguinal enfraquecida. Neste tipo de hérnia, a fáscia transversal, o tecido extraperitoneal e o peritônio são empurrados à frente do conteúdo abdominal herniário no canal inguinal, não estando contida no funículo espermático, o que não impede que ela saia pelo anel inguinal superficial e até chegue ao escroto, embora tal só ocorra raramente. 
 
14 ESCROTO
É uma bolsa músculo-cutânea,ímpar e mediana.Situada atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica, responsável por conter,os testículos,os epidídimo e a porção inicial dos ductos deferentes.É dividida por um septo, o Septo do Escroto, responsável por subdividir o escroto em dois compartimentos, cada um deles contendo um dos testículos, um epidídimo e o correspondente ducto deferente.
O escroto apresenta várias camadas, entre as quais a pele que é fina, hiperpigmentada e com pêlos, marcada por uma crista mediana a Rafe do escroto, a qual corresponde ao septo que internamente, subdivide está bolsa em dois compartimentos e a Túnica Dartos, constituída essencialmente de fibras musculares lisa, está firmemente aderida à pele.
O aspecto do escroto varia com o estado de contração ou relaxamento da musculatura lisa da túnica dartos, aparecendo curto e enrugado quando contraído, como acontece no frio. O escroto, através de sua arquitetura, propicia uma temperatura favorável à espermatogênese, e a túnica dartos atua como um “termostato”, visando manter a constância desta temperatura.
 Imagem da Rafe do Escroto Imagem Septo do Escroto
 
14.1 PATOLOGIAS QUE PODEM DEIXAR O ESCROTO (“SACO”) CHEIO
A maioria dos problemas que fazem o escroto aumentar de volume são doenças benignas. Entretanto, alguns problemas necessitam de tratamento imediato com menos de 4 horas de evolução de preferência
14.1.1 Varicocele
A varicocele pode ser facilmente reconhecida, muitas vezes somente olhado já é possível fazer o diagnóstico. Geralmente ocorre acima do testículo esquerdo e parece um novelo de lã abaixo da pele. São veias varicosas, semelhante as que ocorrem nas pernas. Podem causar dor, desconforto e infertilidade. A varicocele é a principal causa de infertilidade masculina e pode ser corrigida com técnica micro-cirúrgica de preferência.
 
14.1.2 Espermatocele
As espermatoceles, também denominadas cistos de epidídimo, são cistos indolores e benignos preenchidos por líquido proveniente do epidídimo. Elas geralmente se localizam próximo ao topo ou à porção posterior do testículo. As espermatoceles são lesões lisas, preenchidas por um líquido turvo que geralmente contém espermatozoides. Com o passar do tempo, o cisto pode se estabilizar ou crescer. Se a lesão incomodar pelas dimensões elevadas ou por causar dor, existem tratamentos para corrigir o problema. As espermatoceles são mais um aborrecimento que uma doença grave.
A causa exata das espermatoceles é desconhecida. Se por um lado as espermatoceles podem ser o resultado de um traumatismo ou inflamação, essas condições não são necessárias ao desenvolvimento da mesma. Outra teoria é que os cistos surgem por consequência de obstrução dos ductos do epidídimo. Além disso, foi sugerido que a exposição intrauterina ao dietilbestrol, uma forma sintética de estrogênio, seria outra causal possível.
As espermatoceles são muitas vezes identificadas quando o homem faz o auto exame testicular ou quando ele é examinado por um médico. Pode-se utilizar a transiluminação, que indicará que a massa não é um tumor sólido, mas sim um cisto cheio de líquido. A ultrassonografia ainda é um dos métodos mais fidedignos de se confirmar o diagnóstico, além de ser rápida, não invasiva e relativamente barata.
Já que as espermatoceles não costumam causar desconforto e geralmente passam despercebidas pelos pacientes, o tratamento raramente é necessário. O tratamento para as espermatoceles não acompanhadas de dor é a observação. Apesar disto, alguns pacientes apresentam sintomas importantes, como dor ou incômodo pelas grandes dimensões da lesão.
 Para esses pacientes, as opções terapêuticas incluem:
· Tratamento clínico (com remédios);
· Tratamentos minimamente invasivos (aspiração e a escleroterapia);
· Cirurgia (espermatocelectomia)
14.1.3 Torção Do Testículo
A torção do testículo é uma emergência urológica. Acontece quando o testículo gira o cordão por onde passam veias e artérias. O resultado é que o sangue não chega mais no testículo. É fácil de imaginar que isso dá uma dor muito forte e a dor costuma aparecer de uma hora para outra.Não fiquem em casa, pois o principal motivo para perda do testículo é o atraso em procurar assistência médica.As sequelas são irreversíveis já com 4 horas, porém a maioria dos homens só procura a Emergência depois de 20 horas a 2 dias. O diagnóstico é feito com um ultrassom e o exame físico (diferenciar de epidídimite por exemplo) e o tratamento é a “distorção” e fixação do testículo, se este ainda estiver vivo.
14.1.4 Infecções E Inflamações
Tanto os epidídimos quantos os testículos podem ser locais de infecções. As chamadas epididimites e orquites podem acontecer em qualquer idade (ex: caxumba recolhida na infância e DST – Doença Sexualmente Transmissíveis na idade adulta). Os sinais são dor progressiva, inchaço, calo e vermelhidão local. Deve ser feito diagnóstico diferencial com a torção dos testículos e o tratamento das epididímites é feito com antibióticos específicos.
14.1.5 Linfedema Genital (Linfoescroto) - Elefantíase
O linfedema de genitália externa é uma condição rara e debilitante que pode causar dor, deformação e dificuldade do ponto de vista miccional e sexual.O linfedema de genitália(linfoescroto) pode ser persistente ou transitório e ocorrer em qualquer idade, sendo muitas vezes uma condição com graves repercussões do ponto de vista funcional, estético e psicosocial.
O linfedema genital tem como principal fator predisponente, em nosso país, a inflamação geniturinária devido à infecção por filariose.No Brasil, a área metropolitana do Recife e a desembocadura do rio Amazonas são grandes áreas de concentração do problema.A filariose (elefantíase) é uma doença parasitária que afeta a circulação linfática.Esta infecção é causada por um nematódeo que causa uma reação inflamatória nos vasos linfáticos, causando uma obstrução funcional, fazendo com que a parte afetada, por exemplo, o escroto fique muito dilatada.
14.1.5.1 Diagnóstico
 É feito a partir da observação do indivíduo e de suas queixas e pode ser comprovado através do exame de sangue. È uma doença de diagnóstico tardio porque evolui muito lentamente ao longo dos anos. O agente causador vai multiplicando dentro do indivíduo, mas gera sintomas que podem ser confundidos com outras doenças e o principal sintoma que é o inchaço exagerado dos membros pode ocorrer muito tempo depois da contaminação.
14.1.5.2 Sintomas 
Febre elevada, dor de cabeça, dor muscular, intolerância a luz, reações alérgicas, asma, coceira pelo corpo, pericardite, linfedema dos braços, pernas, ou escroto.
Estes sintomas podem surgir de 1 mês até 10 anos após a picada do inseto.
14.1.5.3 Causa
É causada pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que causa a dengue; Anapholes ou Mansonia, à noite ou mosca varegeira.
14.1.5.4 Transmissão
Ao picar o indivíduo, a larva presente no mosquito ou na mosca é transmitida e ela instala-se na corrente linfática gerando os sintomas da doença.
14.1.5.5 Tratamento
É feito à base de Dietilcarbamazina ou Albendazol e por vezes, cirurgias para correção do sistema linfático.
14.1.5.6 Prevenção 
É feita com o uso de mosquiteiro para dormir, telas nas janelas e nas portas; evitar deixar água parada em pneus; garrafas e vasos de plantas.
15 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
15.1 SÍFILIS (CANCRO DURO)
A sífilis é uma doençainfecciosa e contagiosa causada por uma bactéria: Treponema pallidum. Ela é adquirida, principalmente, via contato sexual desprevenido, com parceiro infectado. Pode ser transmitida de mãe para feto: sífilis congênita.
Conhecer sobre ela é de extrema importância, uma vez que, não sendo curada, pode manifestar complicações sistêmicas e, inclusive, causar problemas como cegueira, paralisia e danos cerebrais.
Seus principais sintomas podem ser confundidos com o de outras doenças sexualmente transmissíveis. Assim, o diagnóstico confirmatório deve ser feito, buscando em amostras de sangue a presença de anticorpos anti-treponema neste material.
A presença de ínguas na virilha e de pequenas feridas de bordas endurecidas e profundas, ambas indolores, são características da primeira fase. Essas manifestações surgem aproximadamente 15 dias após o contato com a bactéria e, entre três e seis semanas, desaparecem sem deixar cicatrizes. Em razão dessa última característica, o indivíduo pode acreditar que já se curou, deixando de fazer o tratamento.
Quando isso ocorre, após um período de latência que varia entre seis e oito semanas, a doença volta a se manifestar, afetando a pele e órgãos internos de acordo com o grau de comprometimento destes. Dores de cabeça e garganta, mal-estar, febre, além de perda de apetite e de peso são alguns sintomas. O surgimento de ínguas em outras regiões do corpo e lesões de pequeno diâmetro, róseas ou violáceas, planas e indolores são outras características da segunda fase desta DST. O indivíduo pode permanecer nesta por tempo indeterminado, podendo durar a vida toda. 
 
A fase terciária é, na maioria das vezes, destrutiva e incapacitante. Ela consiste na evolução crônica da doença, apresentando sintomas relacionados aos órgãos mais debilitados por ela, podendo levar à morte. A sífilis pode ser evitada com o uso da camisinha e tratada com a utilização da penicilina: procedimentos que evitam esta gama de complicações. Recomenda-se que o infectado não tenha relações sexuais neste período.
Mulheres gestantes ou que desejam engravidar devem fazer o exame, a fim de prevenir uma possível contaminação do bebê.
 
15.2 CANCRO MOLE
O cancro mole é uma doença sexualmente transmissível que consiste em feridas contagiosas irregulares, avermelhadas, com base mole e fundo purulento. Geralmente são múltiplas, devido à capacidade de autoinoculação. Podem ocorrer, principalmente, nos órgãos sexuais, mas lábios, boca, língua e garganta também podem ser afetados. 
Esta doença surge como pequenas feridas com pus. Estas se tornam úmidas, maiores, mais profundas e dolorosas com o passar do tempo. Podem aparecer outras ao redor e aproximadamente duas semanas após a manifestação, íngua na região da virilha, conferindo dor e desconforto.
Conhecida também como cavalo, cancroide ou cancro venéreo, este mal - que ocorre mais frequentemente em indivíduos do sexo masculino - é causado pela bactéria gram-negativa Haemophilus ducreyi. Com período de incubação de aproximadamente 5 dias, pode ser completamente curada, caso seja feito tratamento adequado. 
 
O uso de antibióticos, prescritos e utilizados da forma correta, é essencial na maioria dos casos. Recomenda-se ainda, como forma terapêutica, o acompanhamento médico até a involução total dos ferimentos e abstinência sexual total e tratamento dos parceiros sexuais, mesmo que estes não apresentem os sintomas, visto que há casos de portadores assintomáticos, principalmente em indivíduos de sexo feminino. 
Como no caso da maioria das DST’s, o uso de camisinha e a higienização genital antes e após o relacionamento sexual são importantes para preveni-la.
 
15.3 GONORRÉIA
A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada por um agente infeccioso chamado Neisseria gonorrhoeae ou gonococo. Esta doença caracteriza-se pela presença de abundante secreção purulenta (com pus) das mucosas que afeta.
15.3.1 Sintomas
A infecção por gonococos pode atingir todas as mucosas que entrem em contacto com o agente infeccioso, genitais, pele, garganta, olhos, coração, articulações e o sistema nervoso. Os sintomas normalmente aparecem 2 a 5 dias após a infecção, no entanto nos homens pode demorar até um mês até que a doença se manifeste.
HOMEM
· Ardor ao urinar.
· Necessidade de urinar frequente.
· Corrimento purulento (com pus) através da uretra.
· Extremidade do pénis inchada ou avermelhada.
· Dor ou inchaço nos testículos.
· Dor e emissão de pus pelo recto (homossexuais).
· Dor de garganta (sexo oral).
 
MULHER
Nas mulheres é mais frequente a gonorreia não causar sintomas durante semanas ou meses, principalmente quando a infecção se localiza no colo do útero. No entanto os sintomas mais frequentes são:
· Ardor ao urinar.
· Necessidade de urinar frequente.
· Corrimento vaginal purulento (com pus).
· Relação Sexual dolorosa.
· Dor abdominal intensa, perda de sangue pela vagina, febre e mal-estar geral (quando a infecção progride por via ascendente atingindo as trompas e os ovários).
· Dor de garganta (sexo oral).
 
Se a zona infectada entrar em contacto com os olhos, pode verificar-se uma infecção externa (conjuntivite gonocócica), é raro nos adultos, mas pode atingir os recém-nascidos quando passam através da vagina onde existem secreções infectadas.
15.3.2 Transmissão
· Contacto sexual com um indivíduo infectado.
· De um local do corpo para outro pelo próprio (auto inoculação).
· Parto normal se a mãe estiver infectada.
· Contaminação indireta (artigos de higiene íntima de outra pessoa contaminada).
O risco de transmissão desta doença é superior a 90% e o fato de não haver sintomas não
afeta a transmissão da doença.
15.3.3 Diagnóstico
Análise do corrimento uretral, vaginal, anal, ou de outras secreções purulentas existentes ao microscópio, onde se identifica o agente infeccioso.
15.3.4 Tratamento
“O tratamento da gonorreia faz-se administrando antibióticos adequados durante um período de tempo que varia com o tipo de infecção presente. Hoje é possível tratar a infecção de localização exclusivamente genital (a mais frequente) com uma dose única de antibiótico.
15.3.5 Prevenção
Adoção de comportamentos sexuais seguros:
· Evitar múltiplos parceiros sexuais.
· Usar preservativo sempre que se pratica sexo, em particular se não se tratar de um relacionamento estável.
· Mulheres em especial as portadoras de um Dispositivo Intra Uterino, devem ser vigiadas regularmente para despiste de infecções silenciosas porque existe o risco de propagação da infecção às trompas e aos ovários.
15.4 HPV (PAPILOMA VÍRUS HUMANO)
As verrugas genitais são formações moles e semelhantes a verrugas comuns que ocorrem nos genitais de homens e mulheres. Elas são um tipo de infecção sexualmente transmissível (IST).
15.4.1 Causas
O vírus que causa as verrugas genitais é chamado de vírus do papiloma humano (HPV). Existem mais de 70 tipos diferentes de HPV.
· Vários tipos de HPV causam verrugas genitais, que podem ser encontradas no pênis, na vulva, na uretra, na vagina, na laringe e na região perianal ou interna do ânus.
· Outros tipos de HPV causam verrugas comuns ou achatadas em outras partes da pele, como nas mãos. No entanto, as verrugas nas mãos ou em outras partes do corpo não causam verrugas genitais.
· A infecção por HPV nos genitais é comum, embora muitas pessoas não apresentem sintomas. Mesmo que você não tenha sintomas, ainda assim deve receber tratamento para evitar complicações e a contaminação de outras pessoas.
Nas mulheres, o HPV pode invadir as paredes vaginais e o colo do útero. Essas verrugas são achatadas e são difíceis de enxergar sem a realização de procedimentos especiais. Determinados tipos de HPV podem causar alterações pré-cancerosas no colo do útero, como câncer de colo do útero ou câncer anal. Esses são conhecidos como tipos de HPV de alto risco.
15.4.2 Transmissão
· A infecção porHPV é transmitida de uma pessoa para outra através de contato sexual envolvendo pele ou membrana mucosa ou pele anal, oral ou vaginal. É possível transmitir as verrugas genitais e o HPV mesmo que não haja nenhuma verruga visível.
· Talvez não seja possível ver as verrugas por, pelo menos, seis semanas a seis meses após a infecção por HPV. Esse período pode durar anos. Por essa razão, quando você notar as verrugas genitais pela primeira vez, isso não significará que você ou o parceiro mantiveram relações sexuais com alguém fora do relacionamento.
· Nem todas as pessoas que foram expostas ao vírus do HPV e às verrugas genitais irão desenvolvê-los.
 15.4.3 Risco De Contrair HPV
· Ter vários parceiros sexuais;
· Não saber se alguém com quem você fez sexo tem ISTs;
· Tornar-se sexualmente ativo muito cedo;
· Usar tabaco e álcool;
· Apresentar estresse e outras infecções virais (como herpes) ao mesmo tempo;
· Estar grávida;
· Ter um sistema imunológico que não funciona corretamente, como durante um tratamento de câncer ou AIDS.
Se uma criança apresentar verrugas genitais, deve-se suspeitar de abuso sexual como uma das causas possíveis.
15.5 PREVENÇÃO DST
 As DSTs são transmitidas de um corpo ao outro pelo contato sexual, pelos líquidos vaginais e pelos espermas trocados durante as relações sexuais.
  A forma mais eficiente de prevenção as DSTs é o uso da camisinha em todas as relações sexuais, não compartilhar seringas e outros objetos que furam ou cortam e ter alguns cuidados com a higiene, que é importante para evitar a infecção de alguns tipos de hepatites virais (A e E) e outras doenças sexualmente transmissíveis.
 
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