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TEORIA DOS JOGOS NA MEDIAÇÃO COM ÊNFASE NO EQUILÍBRIO DE NASH E O DILEMA DO PRISIONEIRO

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CENTRO UNIVERSITARIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU)
REBECA CARDOSO DA SILVA MARQUES
TEORIA DOS JOGOS NA MEDIAÇÃO COM ÊNFASE NO EQUILÍBRIO DE NASH E O DILEMA DO PRISIONEIRO
São Paulo- SP
2020
A mediação é um processo extrajudicial, ela pode ser definida como uma forma de negociação facilitada, onde um terceiro neutro por meio das suas técnicas auxilia as partes para recuperar o diálogo e assim elas entre si chegarem a solução do conflito. 
A teoria dos jogos pode ser definida como um dos ramos da matemática aplicada e da economia onde se estudam situações estratégicas nas quais um dos participantes toma suas decisões tentando analisar o comportamento e possível decisão da outra pessoa em questão. O objeto do estudo é o conflito em si. O conflito ocorre quando temos duas situações incompatíveis e que precisam ser resolvidas. Então, nessa teoria, o conflito é a situação onde duas pessoas têm que desenvolver uma estratégia para conseguir alcançar seus objetivos.
Isso pode ser chamado de “Equilíbrio de Nash”, que nada mais é do que fazer com que as pessoas entendam que, se ambas cooperarem, ambas terão um resultado positivo. Diferente do que acontece quando se há competição e o resultado não é o esperado. Com esse entendimento, “vencer a dinâmica” deixou de ser ganhar mais do que o oponente para tornar‑se “otimizar ou maximizar os ganhos diante de um determinado contexto”. Vale ressaltar que as partes tendem a cooperar não por razões altruístas, mas visando a otimização de seus ganhos individuais. 
A teoria dos jogos se mostra especialmente importante para a mediação e demais processos autocompositivos por apresentar respostas a complexas perguntas como se a mediação produzisse bons resultados apenas quando as partes se comportam de forma ética ou ainda se a mediação funciona apenas quando as partes agem com boa intenção entendendo que precisam dirimir as divergências para conseguirem chegar à solução. Importante mencionar que a negociação deve ser justa e sensata e deve envolver o interesse de ambas as partes. Assim, pode-se afirmar que nas dinâmicas conflituosas de relações continuadas a tendência é que as partes sempre ganhem com soluções cooperativas.
A ideia de que cada um, ao buscar o melhor para si, não gera o melhor para todos tem sido mostrada por meio do dilema do prisioneiro, um jogo no qual cada prisioneiro deve escolher entre cooperar ou não cooperar com o outro prisioneiro. O jogo apresenta diversas variações, e uma delas é a seguinte: 
dois suspeitos de um assalto foram presos portando armas de fogo sem licença para tal, mas não podem ser acusados pelo assalto ocorrido porque não foram pegos em flagrante delito. Eles serão interrogados separadamente, de modo que nenhum saberá o que o outro irá dizer. O delegado de polícia que preside o interrogatório faz três propostas para cada um, separadamente: (1) se ambos confessassem, cada um cumpriria pena de três anos de cadeia; (2) quem confessasse ficaria livre e o cúmplice que não confessasse passaria sete anos na cadeia; e (3) se nenhum confessasse, os dois ficariam presos por um ano por porte ilegal de armas. Nesses termos, não confessar significa cooperar com outro prisioneiro e confessar, não cooperar. Nesse jogo, cada prisioneiro não sabe da decisão do outro e nem combinaram alguma resposta conveniente para ambos, mas como se vê, o melhor resultado coletivo seria a cooperação, pois cada um pegaria a menor punição. 
A questão é, tratando da correlação entre a teoria dos jogos, o equilíbrio de Nash e o dilema do prisioneiro é a de que, a busca do melhor resultado em termos individuais não conduz ao melhor resultado para ambos, basear suas decisões na decisão do outro é um método de cooperação, para que no final o seu resultado seja satisfatório.

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