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OS BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA 1

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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ RENAN MARCELO GUILHERME
BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
Taubaté - SP 2020
RENAN MARCELO GUILHERME
OS BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
Trabalho de Curso apresentado para obtenção do Certificado Graduação pelo Curso de Educação Física do Departamento de Educação Física da Universidade de Taubaté.
Área: Educação
Orientador: Prof.ª Dr. Renato Rocha
Taubaté - SP 2020
RENAN MARCELO GUILHERME
OS BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
Trabalho de Curso apresentado para obtenção do Certificado Graduação pelo Curso de Educação Física do Departamento de Educação Física da Universidade de Taubaté. Área: Educação 
Orientador: Dr. Renato Rocha
Data: 	/	/	
Resultado: 	
BANCA EXAMINADORA
	Prof. ª Dr. Renato Rocha
	Universidade de Taubaté
	Assinatura 	
	
	Prof.ª Dr. ª
	Universidade de Taubaté
	Assinatura 	
	
	Prof.ª Me.
	Universidade de Taubaté
	Assinatura 	
	
Dedicatória
AGRADECIMENTOS
Agradecimento
Epígrafe
RESUMO
Palavras-chave:
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	10
2.	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	12
2.1. ADOLESCÊNCIA	12
2.1.1. MUDANÇAS MUSCULOESQUELÉTICAS	14
2.1.2. MUDANÇAS HORMONAIS	15
2.1.3. MUDANÇAS NO ÂMBITO ESCOLAR	16
2.2. BUSCA POR ATIVIDADE FÍSICA	17
2.3. PRIMEIRO CONTATO COM ATIVIDADE RESISTIDA	18
2.4. BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO	19
3.	METODOLOGIA	20
4.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	21
1. INTRODUÇÃO
A adolescência é caracterizada como um período onde ocorre alterações físicas, psicológicas, emocionais, biológicas e sociais, sendo desenvolvidas habilidades para construção, manutenção e socialização em uma comunidade (BENCKE, 2016).
Biologicamente, as mudanças ocorridas na puberdade são visíveis e ocorre em nível universal, a transformação de crianças, dando-lhes altura, forma e sexualidade de adultos, estando a adolescência vinculada à idade, portanto, referindo-se à biologia – ao estado e à capacidade do corpo (SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010).
Essa fase ocorre, de acordo com a OMS (2016), dentro do período da vida que começa aos 10 anos e termina aos 19 anos completos, tornando o indivíduo como jovem adulto. E dentro disso, o desenvolvimento corporal tem influência conforme as escolhas baseadas em uma série de fatores como alimentação, rotinas, pratica de atividade física, etc., conforme estudos de Romão e Barros (2010).
As práticas de atividade física são muito benéficas para o crescimento e desenvolvimento do indivíduo, e conforme estudo de Bencke (2016), o adolescente precisa de tipos específicos de atividade física para melhor desenvolve-los nessa fase.
Segundo estudos de Romão e Barros (2010) os ossos quando colocados em tensão mecânica comportam-se de maneira a aumentar sua resistência, devido à elevação dos níveis de sais minerais, fibras colágenas, produção de calcitonina e ainda contém o desgaste ósseo pela aceleração da síntese de cálcio. Porém se realizado de forma errada, de modo que os exercícios não estejam compatíveis aos nutrientes ingeridos, pode ocasionar, de forma intensa, a desequilíbrios nutricionais, por isso a necessidade se sempre ter acompanhamento de um profissional.
Com o foco na importância da musculação no período de adolescência, o trabalho expõe a contribuição da musculação para o desenvolvimento de músculos e como isso pode impactar no psicológico do indivíduo adolescente.
1.1. Justificativa
Espera-se atrair a atenção para o tema e contribuir para a conscientização da importância da realização de exercícios físicos com o intuito de buscar correlações com as alterações musculares no adolescente.
1.2. Objetivo Geral
O objetivo do trabalho é levantar os benefícios da musculação no período da adolescência, fazer com conscientize os leitores sobre o resultado positivo de forma geral.
1.3. Objetivo Específicos
· Identificar as mudanças musculoesqueléticas
· Meios de busca por atividade física 
· Os benefícios das atividades físicas
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. ADOLESCÊNCIA
A Adolescência é uma fase marcada por separar a infância da vida adulta. É um momento marcante e de diversas descobertas sobre si mesmo e sobre o outro: mudanças que não são fáceis de lidar, tanto para quem está a sua volta, quanto para o adolescente em si. Conforme Dér e Ferrari (2010, p. 59):
O estágio da Puberdade e adolescência é apresentado pela teoria Walloniana como a última e movimentada etapa que separa a criança do adulto que ela tende ser. Nessa fase ocorrem modificações fisiológicas impostas pelo amadurecimento sexual, provocando na criança profundas transformações corporais acompanhadas por uma transformação psíquica.
Nessa fase, várias são as mudanças e transições corporais, hormonais e psicológicas que acontecem com os jovens, são algumas delas: acnes, mudança no tom da voz, monarca, rápido aumento de altura, alteração corporal etc.:
A puberdade representa o despertar da adolescência, e reporta o conjunto de mudanças fisiológicas que, segundo uma sequência mais ou menos linear, confere ao indivíduo uma aceleração do crescimento físico, alteração da composição corporal, desenvolvimento dos caracteres sexuais se cundários e maturidade reprodutiva. A plêiade de características adquiridas neste período origina uma célere alteração da aparência externa do adolescente, obrigando- o a adaptar-se à sua nova imagem e à forma como os outros a percepcionam e a interpretam. (REBELO E MACIEL, 2015, p.174).
A palavra adolescente vem do latim adolescere, com o significado de crescer, sendo utilizada na língua inglesa em 1430, designando aos meninos de 14 a 21 anos e às meninas de 12 a 21 anos. E ao longo da história ocorreram várias definições e estudos para os comportamentos que os adolescentes tinham, caracterizados como dramáticos, crises existenciais e emoções confusas, referenciados por saída da infância e entrada na vida adulta (SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010).
As primeiras mudanças são físicas, onde ocorre uma aceleração no crescimento da estatura, mudando de forma radical sem tempo para adaptação dessas modificações, fazendo com que tenham posturas inadequadas, e outros comportamentos diferentes. As transformações orgânicas ocorrem de forma variada entre meninas e meninos, onde inicia crescimento de pelos pubianos, aparecimento de mama e aumento dos quadris (em meninas) e aumento dos testículos, largura dos ombros (em meninos), alteração na voz, mudanças na pele, entre outras mudanças (AMARAL, 2007).
Silva et al., (2004, p. 521), explica que esse expressivo crescimento engloba três diferentes, porém, simples, fenômenos biológicos, que são
O estirão do crescimento com duração aproximada de dois a três anos, caracterizado por velocidade de crescimento reduzida durante a fase pré-puberal, crescimento com velocidade acelerada, conhecido como pico máximo de velocidade de crescimento (PHV), e uma fase de cessação do crescimento, os quais contribuem com mais de 20% na estatura final adulta; A rápida aquisição de conteúdo mineral ósseo, reconhecida como pico de massa óssea, em que o processo de formação sobrepuja o de reabsorção óssea e que se apresenta como um incremento linear durante a infância e exponencial na segunda década de vida, com maior intensidade entre 13 e 17 anos, sendo assinalados como anos críticos para o evento aqueles compreendidos entre 14 e 15 anos de idade; E o processo de maturação esquelética, que se encerra com o fechamento epifisário.
Todas as transformações anatômicas e fisiológicas geralmente ocorrem com as mudanças comportamentais, como marca orgânica é representada como o momento em que o adolescente sente a necessidade de iniciar papel social no “mundo”, abrangendo novas responsabilidades e posturas frente à vida. Como essas mudanças ocorrem de uma forma muito rápida, o adolescente pode se sentir bastante confuso, cheio de dúvidas e ansiedades com relação ao que a sociedade espera dele (AMARAL, 2007).
Amaral (2007, p. 5) ainda afirma queEssa pode ser, então, uma fase marcada por perdas: ele perde seu corpo infantil e tem que passar a conviver com um “corpo novo” que ele ainda não sabe manejar muito bem; perde dos pais a proteção e o amparo dispensados na infância; perde a identidade e o papel dentro da família na qual mantinha uma relação de dependência natural. Essas perdas, dependendo do suporte dado pela estrutura social e familiar, podem ser vivenciadas como uma grande crise, que os autores costumam chamar de “crise da adolescência”.
Com tantas alterações nos corpos e no psicológico dos jovens, evidências apontam para a importância dos determinantes sociais nos sentimentos de satisfação/insatisfação com o corpo, especialmente na adolescência, sugerindo, desta forma, que as influências culturais e de padrões de beleza podem ser constituídas de formas singulares, seguem, de maneira ambiciosa blogueiros e padrões impostos pela sociedade, com veículo principal: a internet (FELDEN et al., 2015) .
No geral, Bock (2007, p.72) define a adolescência como: 
É da natureza do homem e de seu desenvolvimento passar por uma fase como a adolescência. As características desta fase, tanto biológicas, quanto psicológicas são naturais. Rebeldia, desenvolvimento do corpo, instabilidade emocional, tendência à bagunça, hormônios, tendência à oposição, crescimento, desenvolvimento do raciocínio lógico, busca da identidade, busca de independência, enfim todas as características são equiparadas e tratadas da mesma forma, porque são da natureza humana.
Segundo estudos de Oliveira (2016), quando o corpo encontra-se em fase de intensas mudanças, ocorre um hiato entre o corpo real, em disforme devido seu crescimento desproporcional e acelerada; e o corpo fantasiado, idealizado conforme padrões e adequações em formato social e midiático, e com isso o acolhimento de um grupo ou turma com a mesma sincronia.
2.1.1. MUDANÇAS MUSCULOESQUELÉTICAS
Na fase de crescimento ocorre o aumento das células e a percepção disso está no desenvolvimento do tamanho e da forma corporal além das mudanças funcionais que ocorrem durante este crescimento e, por fim, a maturação, que se define como as características que somadas formam o adulto (BENCKE, 2016).
No período da adolescência, quando atinge a puberdade, inicia a definição das distintas formas corporais femininas e masculinas, acontecimento denominado dimorfismo sexual, devido ao desenvolvimento esquelético, muscular e do tecido adiposo do indivíduo (LOURENÇO; QUEIROZ, 2010).
Ré (2010, p. 56) afirma que
o crescimento inclui aspectos biológicos quantitativos (dimensionais), relacionados com a hipertrofia e a hiperplasia celular, enquanto a maturação pode ser definida como um fenômeno biológico qualitativo, relacionando-se com o amadurecimento das funções de diferentes órgãos e sistemas
O pico de crescimento em estatura, maturação biológica – ligado ao amadurecimento dos órgãos sexuais – e das funções musculares, relacionada ao metabolismo, é um dos principais fenômenos da puberdade, ainda que ocorra alterações importantes na composição corporal, as quais apresentam importantes diferenças entre os gêneros (RÉ, 2010).
Na adolescência ocorre um período intenso de crescimento, sendo considerada como um período de grande instabilidade no desenvolvimento do indivíduo, pois há grande suscetibilidade de ocorrências externas que causem prejuízos na estatura final do mesmo. Esse período de crescimento, podendo ser denominado de estirão da puberdade é caracterizado pela aceleração da velocidade de crescimento até atingir um valor de pico, desacelerando até o término do crescimento. O pico de crescimento no sexo feminino, de 8-10 cm/ano , e no masculino pode atingir de 10-12 cm/ano (LOURENÇO; QUEIROZ, 2010).
A maior porcentagem de músculos esqueléticos tem responsabilidade na realização de movimentos por meio de tração própria, estruturado por neurônios que compõem a divisão somática, ou voluntária do sistema nervoso. Romão e Barros (2010, p. 2) explicam que a definição de resistência muscular no adolescente está relacionada à capacidade da atividade de contração continuada, ou seja, refere-se aos exercícios musculares em curta ou longa duração, “sendo a resistência muscular de longa duração refere-se à capacidade do músculo esquelético de contrair repetidas vezes por períodos de tempo maiores do que 5 minutos”.
2.1.2. MUDANÇAS HORMONAIS
As mudanças ocorrem devido a produção do hormônio somatotrofina (GH), peptídeo que exerce o papel no crescimento ósseo e tecidos moles, que é secretado de forma pulsada, monitorado por mecanismo complexo que envolve proteínas do hipotálamo e o hormônio liberador age de forma estimulante a secreção do mesmo (SILVA et al, 2004).
Os hormônios tem grande influência nas transformações do corpo, Martins e Neto (2013, p. 6) explicam que:
Uma área do cérebro, chamada hipotálamo, envia uma mensagem para uma glândula chamada hipófise ou pituitária. A hipófise começa a produzir hormônios relacionais ao crescimento (FSH, LH e outros), que são lançados no sangue e cujo efeito estimula outras glândulas endócrinas do corpo, tais como as glândulas sexuais e faz com que elas também produzam hormônios. O hormônio folículo–estimulante (FSH) atua no desenvolvimento dos folículos no ovário e, atuando em combinação com o hormônio luteinizante (LH), regula a ovulação na mulher e a secreção de estrógeno pelo ovário. No homem, atua no desenvolvimento dos testículos e a secreção de andrógeno; influencia especificamente as fases finais da espermatogênese.
O GH tem efeitos biológicos diversos no decorrer da vida, conduzindo ao estímulo do crescimento somático durante a infância e adolescência e contribuindo de forma significativa no fornecimento energético, atuando no metabolismo glicídico, proteico e lipídico. Agindo de forma Diretamente, através da ligação do GH aos seus receptores na placa de crescimento e, indiretamente, agindo sobre o crescimento no processo de diferenciação celular e na síntese do colágeno tipo I. Esses efeitos biológicos do GH são em grande parte mediados pelos fatores de promoção do crescimento similares à insulina, conhecidos como IGFs (insulin-like growth factors), sendo o principal o IGF-1, que são polipeptídios existente na corrente sanguínea sob produção do fígado e por seus receptores hepáticos de GH e em outros tecidos (SILVA et al., 2004).
Desta forma, entende-se que a puberdade onde ocorre a secreção de GH no estágio de desenvolvimento onde ocorre várias mudanças, onde a maioria provocadas por alterações hormonais, sendo nos meninos a testosterona em elevados níveis, e nas meninas estrógeno e progesterona (MARTINS; NETO, 2013).
Segundo Ré (2010), as transformações ocorridas na puberdade fazem com que fique visível apontando as importantes diferenças:
· Masculino: pico de crescimento ocorre numa variação entre 12 a 16 anos. Após 6 meses da ocorrência do pico de crescimento, há grande ganho de massa muscular, ligada diretamente com a elevação da liberação de testosterona. Com essa maturação hormonal, ocorre o desenvolvimento muscular e de suas funções, o que proporciona um aumento no metabolismo e nos índices de resistência, força e velocidade.
· Feminino: a maturação biológica feminina ocorre de forma precoce sendo que seu pico de crescimento estrutural ocorre de forma variável entre 10 a 14 anos e após esse período, ocorre a menarca devido ao elevação na produção de hormônios femininos, como estradiol, mas o organismo feminino não realiza ganho acentuado de massa muscular por sua baixa produção de testosterona – porém a gordura corporal ocorre aumento, localizado nos seios e quadris.
2.1.3. MUDANÇAS NO ÂMBITO ESCOLAR
O ambiente escolar é de frequência obrigatória até os 17 anos, onde atinge o 3º ano do colegial, e essa prática proporciona recursos pessoais e sociais, como por exemplo: interação social, hábitos de saúde e descoberta de oportunidades, gerando influência de forma individual sob o adolescente (SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010).
A escola é umimportante local para se trabalhar e identificar as mudanças de comportamento, habilidades, e elevar o conhecimento devido fato da permanência do adolescente nesse ambiente, apropriando momentos para ações educativas (MARTINS; NETO, 2013).
Ainda sobre a importância da escola, Martins e Neto (2013, p. 7) afirmam que:
Na escola- como instituição formal de educação ou como lugar de sociabilidade em que se entrelaçam o simbólico, o imaginário, o tempo, o espaço, a troca, a violência, a sexualidade está sempre ali, latente e pulsante, manifestando-se incessantemente, visto que não há como separá-la , nem definir aonde pode e deve aparecer.
Estudos realizados por Catalan et al., (2011), os adolescentes no ensino médio apresentam confusão em seus sentimentos quando relaciona o bem estar ao corpo que possui, quando indagados sobre sua imagem e seu desejo de mudança, devido fato de se afirmarem possuindo boa postura e adequada, ainda desejam mudar. Essa contradição foi identificada de forma rápida pela motivação de padrão corporal vigente divulgado na mídia e cultuado como corpo ideal. Os autores concluem pautando os trabalhos necessários nesse âmbito com relação a visão que cada um tem de si próprio como ligação direta nos problemas de desenvolvimento psicológico e físico.
2.2. BUSCA POR ATIVIDADE FÍSICA
Segundo Silva et al., (2004), a busca de uma imagem corporal muitas vezes vem por influência da mídia, grupos sociais, pais e até por cobrança própria propicia comportamentos que podem afetar a saúde. Porém, nos dias atuais, a busca pelo corpo perfeito tem levado adolescentes a buscar cada vez mais por academias ou atividades que levam às práticas de exercícios físicos.
Romão e Barros (2010) citam alguns fatores emocionais que são gatilhos que levam os adolescentes a praticar atividade física, sendo: integração social, estímulo de liderança, disciplina, liberação de energia, estímulo para cumprir desafios, ampliação de aspectos psicomotores, além da elevação da autoestima em atingir o corpo desejado.
A percepção de seu próprio corpo faz com que o adolescente busque formas de adequar seu corpo dentro da normalidade ou perfeição, contendo a proporcionalidade ideal – baseada em influenciadores. Logo os adolescentes da atualidade têm procurado mais a prática da musculação como um real aliado para atingir o padrão de corpo perfeito (OLIVEIRA, 2016).
Conforme estudos de Bencke (2016), o adolescente é motivado a frequentar academias de musculação se dá pela definição estética corporal e emagrecimento, e novamente sendo influenciado por pressões sociais. 
A pesquisa realizada por Meneguzzi e Voser (2011) demonstra que 20,91% e 19,25%, respectivamente dos adolescentes (entre 14 a 17 anos) entrevistados estão em busca de um melhor condicionamento físico e performance, e a estética, isto é, alcance da melhor forma do corpo. Ambos fatores motivacionais para buscar academia estão acima da preocupação com saúde e reabilitação – principalmente nas entrevistas com adolescentes do sexo masculino.
2.3. PRIMEIRO CONTATO COM ATIVIDADE RESISTIDA
Em primeiro contato com a atividade resistida, os educadores físicos precisam se atentar ao tipo de aluno que iniciará os treinos, pois, conforme explicação de Romão e Barros (2010), pois os desequilíbrios nutricionais que podem ocorrer pelo excesso de treino que podem não estar de acordo com o que ele ingere, ou esses adolescentes podem não aderir uma alimentação controlada, ou seja, omissão de refeições e substituições. Isso pode acarretar desidratação pela elevação de temperatura do corpo e problemas ósseos pelo desiquilíbrio de nutrientes.
Observado pelo lado de bem estar físico e segurança emocional, os autores Romão e Barros (2010, p. 3) ainda afirmam que:
o treinamento de força para os adolescentes ocasiona, não só o aumento das atividades metabólicas e efeitos fisiológicos, como também, elevam a sua autoestima, através de melhoramento da autoimagem, resultando em melhor qualidade biopsicossocial. É comum alguns adolescentes terem comportamento agressivo, no entanto, o exercício resistido trás possibilidades de remover esse quadro, e ainda, de reintegrá-lo, socialmente
Oliveira (2016) explana que no um levantamento sobre as atividades mais procuradas nas academias, 30% preferem exercícios aeróbicos, 20% ginástica localizada e os restantes 10% praticam artes marciais e a maior porcentagem é 40%, que optam pela musculação. O autor ainda complementa que a musculação, como uma forma de exercício resistido pode ser utilizado com variáveis, exemplificando a velocidade, intensidades de leve a intensa, carga, contração por tempo, tornando multifuncional e básico para que o primeiro contato não seja agressivo.
Romão e Barros (2010) afirmam que o exercício resistido gera um estresse dinâmico devido as adaptações morfológicas, o que amplia a espessura cortical e aumenta o conteúdo ósseo na inserção musculotendínea. 
Freitas, Araújo e Manção (2013) frisa que adolescentes, na maioria dos casos, são iniciantes em musculação é necessário ter cautela, tendo o foco de início no desenvolvimento do controle motor, que estão começando a adquirir, nesses casos é preciso iniciar com baixas sequencias, menor carga e velocidade e poucas séries para não lesionar ou estiramento do músculo.
Romão e Barros (2011) e Oliveira (2016) afirmam que se as atividades de resistência forem administradas de forma equivocada pode acarretar as lesões, além das musculares, articulares e ósseas. Dessa forma, o autor frisa a importância do acompanhamento de profissionais capacitados em disponibilizar um treino dentro da resistência energética, física e de forma individual de cada adolescente com o intuito de desenvolver significativamente a progressão do organismo.
2.4. BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO
Apesar de haver grande controvérsia relacionado ao benefício da musculação em adolescentes, a musculação trás preparação física e desenvolve positivamente a resistência muscular, bem como capacidade física no formato de estimular a adaptação orgânica relativa aos músculos, tendões, cartilagens articulares, ligamentos e ossos - além de alterações posturais, melhorando a postura do adolescente (SOUZA; SANTOS, 2019).
Os autores Souza e Santos (2019, p.19) apresentam os benefícios da musculação aplicados em adolescentes, sendo eles: 
· Elevação nos níveis de força e minimização de lesões em outras atividades
· Hipertrofia muscular. Neste caso fatores hormonais, e em adolescentes do gênero masculino é significativo
· Tonificação de ligamentos, tendões e articulações, obtendo resistência maior à sobrecargas
· Aumento de densidade e da massa mineral óssea, onde a prática de exercícios resistidos apresenta respostas significativas, onde apresenta aumentos de até 30% na densidade mineral
· d) Melhoria da composição corporal, hipertrofia muscular, ocasionando definição corporal e emagrecimento
· e) Melhoria dos perfis lipídicos sanguíneos que com o aumento da massa magra e a redução do tecido adiposo subcutâneo e intra-abdominal previnem evolução de doenças como diabetes tipo II e obesidades.
· f) Melhoria dos padrões gerais de saúde e prevenção de doenças crônicas (Hipertensão arterial sistêmica; Doenças cardiovasculares).
· g) Melhoria da autoestima e autoconfiança diminuindo a possibilidade de ansiedade e depressão,
· h) encoraja a manutenção de hábitos saudáveis para toda vida.
Segundo pesquisa elaborada por Ferraz (2013), teve uma diferença numa série aplicada em adolescentes do sexo feminino e masculino, onde no grupo feminino houve uma ligação entre o percentual de gordura tronco, corporal e mineral ósseo, havendo apenas alteração significante na estrutura; no grupo masculino houve conexão da densidade mineral óssea, massa corporal magra e estatura, obtendo o resultado de aumento da massa corporal magra e estatura, e houve diminuição de massa corporal e percentual de gordura corporal e gordura tronco.
Paes et al., (2015) afirma que a musculação é benéfica por causa das vantagens que trás na composição corporal, auxiliandona homeostase celular, ativação metabólica e no sistema cardiovascular.
De acordo com Souza e Santos (2019, p. 21) ainda confirma que a musculação na adolescência:
melhora a resistência e a força muscular e em contrapartida traz benefícios a saúde cardíaca e ainda melhora a composição corporal a densidade mineral óssea e a flexibilidade do indivíduo. Diminui a taxa de colesterol, trazendo enormes benefícios aos adolescentes com sobrepeso e obesos pois aumenta a massa corporal magra e a taxa metabólica. Previne e reduz lesões trazendo uma maior eficiência quando combinada a exercício piliomêtricos ou de salto
A duração do treinamento e a intensidade em que é executado induzem de forma mais positiva comparado ao tipo de atividade praticada. Portanto não há muitos estudos que relatam o controle e a intensidade do treinamento, como o número de repetições, sobrecarga, nível de dificuldade, aspectos biomecânicos como um levantamento de dificuldade da sobremaneira em compreensão da relação “causa e efeito” do treinamento sobre o crescimento (PERFEITO; SOUZA; ALVES, 2013).
3. METODOLOGIA
2
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, V.L. A Psicologia da Adolescência. Natal, RN: EDUFRN, 2007. 208, fls: 16.
BENCKE, T.B. Musculação na Adolescência: Teoria VS Prática nas Academias de Três Passos - RS. 2016. 73 f. TCC (Graduação) - Curso de Educação Física, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. Ijuí, 2016.
BOCK, A. M. B. A Adolescência como Construção Social: Estudo sobre Livros Destinados a Pais e Educadores. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE). Vol. 11; Nº . Jan/Jun 2007, fls.: 63-76.
DÉR, L. C. S.; FERRARI, S. C. Estágio da Puberdade e da Adolescência. In: MAHONEY, A. A: ALMEIDA, L. R. (Org.) Henri Wallon: Psicologia e Educação. São Paulo: Edições Loyola, 2010.
FELDEN, E.P.G.; CLAUMANN, G.S.; SACOMORI, C.; DARONCO, L.S.E.; CARDOSO, F.L.; PELEGRINI, A. Fatores Sociodemográficos e Imagem Corporal em Adolescentes do Ensino Médio.
MACIEL, N; REBELO, Ó. Da puberdade à adolescência: desenvolvimento físico, fisiológico e sexual. In: MEDEIROS, T. (Org.) Adolescência: Desafios e Riscos. 2. Ed. Ponta Delgada: Letras Lavadas, 2015.
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