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Metologia de Pesquisa I - N1

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IZABELLY ALVARES – 5º SEMESTRE 
Metodologia da pesquisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. PAULO URBANO 
Prof. Paulo Urbano Izabelly Alvares 
2 
 
Estrutura de um Projeto Científico 
POR QUE PESQUISAR? 
- “Maioria dos cursos de ensino médio e os preparatórios para os vestibulares 
preparam o aluno apenas para realizar a prova, mas não desenvolvem muito do 
raciocínio, o senso crítico e o conhecimento de base”. 
- Habilidades intelectuais exigidas não vão além da memorização e da repetição. 
METODOLOGIA CIENTÍFICA: 
- Contribuir para que os futuros profissionais desenvolvam mais uma habilidade 
fundamental ao exercício de sua profissão: capacidade analítico-crítica aplicada 
a um objeto específico de análise e de aprofundamento. 
- Acompanhar as atualidades do mundo. 
- Aprender e aplicar. 
POR QUE FAZER UM PROJETO DE PESQUISA? 
- A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas. 
- Dúvida ou problemas → métodos adequados → respostas e soluções. 
1º passo: 
- Qual é o problema alvo? 
- Quais são as possíveis maneiras que tenho para conseguir resolver isso? 
Como realizar: 
- Direcionamento das escolhas para abordagem. 
 O que pesquisar. 
 Onde pesquisar (por que)? 
 Como pesquisar. 
Finalidades do projeto: 
- Mapear o caminho a ser seguido. 
- Orientar durante o percurso de investigação. 
- Comunicar os propósitos da pesquisa para a comunidade científica → Publicar. 
COMO ESCOLHER UM TEMA? 
- A partir de uma necessidade. 
 Tema. 
 Problema → Formas de resolução. 
Tema/Problema: 
- Tema: área de interesse da pesquisa; definição genérica do que se pretende 
pesquisar → assunto. 
- Problema: recorte mais específico, questão não resolvida e que é objeto de 
investigação. 
- Implicações na escolha do problema: 
 Relevância: teórica e prática. 
 Obtenção de novos conhecimentos. 
 Levantamento bibliográfico. 
 Pesquisa exploratória. 
Prof. Paulo Urbano Izabelly Alvares 
3 
 
Como definir o tema? 
- Conhecimento prévio. 
- Pesquisas em andamento. 
- Literatura científica. 
- Troca de ideias. 
- Necessidades do mercado. 
- Transformar o tema em problema. 
Exemplo: 
- Tema: HIV na terceira idade. 
- Problema: Qual a taxa de incidência de HIV na terceira idade? 
- Problema 2: Qual o nível de conhecimento dos idosos a respeito do HIV? 
- Problema 3: Quais os motivos de aumento do HIV na terceira idade? 
 
ESTRUTURA: 
1. Enunciado do problema: Qual será o problema tratado pelo projeto e qual sua 
importância? Qual será a contribuição para a área se bem sucedido? 
(INTRODUÇÃO). 
2. Resultados esperados: O que será criado ou produzido como resultado do projeto 
proposto? 
3. Desafios científicos e imunológicos e os meios e métodos para superá-los: 
Descreva com que meios e métodos estes desafios poderão ser vencidos. 
(MATERIAIS E MÉTODOS). 
4. Cronograma: Quando o projeto será completado? Quais os eventos marcantes 
que poderão ser usados para medir o progresso do projeto e quando estará 
completo? 
Prof. Paulo Urbano Izabelly Alvares 
4 
 
5. Disseminação e avaliação: como os resultados do projeto deverão ser avaliados e 
como serão disseminados? 
6. Bibliografia: liste as referências bibliográficas citadas nas seções anteriores. 
Introdução: 
- Apresentação da literatura básica, com os possíveis itens sobre o assunto 
pesquisado. 
- Especificação detalhada e criticamente articulada sobre todos os pontos chaves 
das perguntas que a pesquisa pretende responder, os quais fornecerão subsídios 
necessários para as discussões e conclusão do estudo. 
Hipótese: 
- Resposta provável ao problema formulado, indagações a serem verificadas na 
investigação, afirmações provisórias a respeito de um determinado problema. 
- Regras para formulação da hipótese: 
 Deve ter conceitos claros; 
 Deve ser específica; 
 Não deve se basear em valores morais; 
 Deve ter como base uma teoria que a sustente. 
Objetivos: 
- Os objetivos esclarecem o que é pretendido com a pesquisa e indicam as metas 
que almejamos alcançar ao final da investigação. 
- Os objetivos são normalmente categorizados em geral e específicos: 
 Objetivo geral: dimensão mais ampla pretendida com a pesquisa. 
 Objetivos específicos: define metas específicas da pesquisa e sucessivamente 
complementam e viabilizam o alcance do objetivo geral. 
- Atenção: 
 Os objetivos específicos podem (DEVEM) ser articulados em uma lista que se 
inicia com propostas cognitivas de cunho mais descritivo: 
⤷ Identificar, descrever, sistematizar, caracterizar, indicar, levantar. 
⤷ E/OU se amplia com propostas cognitivas de cunho mais explicativo e 
interpretativo – como comparar, relacionar, analisar. 
 
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5 
 
Justificativa: 
- Na justificativa deve-se indicar: 
 Relevância da pesquisa: prática e intelectual; 
 Contribuições para compreensão ou solução do problema que poderá advir 
com a realização de tal pesquisa; 
 Estágio de desenvolvimento do tema proposto, como vem sendo tratado na 
literatura. 
- Definir a justificativa. 
- Não se esqueça → deve-se responder a pergunta “por que?”. 
Materiais e métodos: 
- O que é metodologia? 
 Por definição: representa mais do que uma descrição formal dos métodos e 
técnicas e indica a leitura operacional que o pesquisador fez do quadro 
teórico. 
 O que compõe: metodologia – a amostragem e as formas de coleta, de 
organização e de análise dos dados. 
Amostragem: 
- Escolha do espaço e do grupo de pesquisa. 
- Parte representativa da população estudada selecionada a partir de um universo 
mais amplo. 
- A amostra deve ser representativa em termos: 
 Quantitativos: Número de indivíduos. 
 Qualitativos: qualidades dos indivíduos em termos dos vínculos com o 
tema/problema a ser investigado. 
Coleta de dados: 
- Quais dados? 
- Definição das técnicas para pesquisa de campo: 
 Entrevista; 
 Observações; 
 História de vida, dentre outras. 
- Definição das fontes bibliográficas: livros, artigos, anuários, censos demográficos, 
dentre outros. 
RESUMINDO: 
- O que pesquisar? (definição do problema, hipóteses, base conceitual); 
- Por que pesquisar? (justificativa da escolha do problema); 
- Para que pesquisar? (propósito de estudo, objetivos); 
- Como pesquisar? (metodologia). 
- O projeto final deve conter obrigatoriamente os seguintes itens: 
 Introdução: apresentação do tema e do problema; 
 Justificativa: texto no qual se articulam os argumentos, de forma a demonstrar 
a relevância do tema. 
 Objetivos: 
⤷ Objetivo geral: apresentam-se de forma global. 
⤷ Objetivo específicos: corresponde aos desdobramentos do objetivo geral. 
 Metodologia: descreve-se os caminhos metodológicos previstos e as técnicas a 
serem utilizadas. 
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 Bibliografia: referencia-se o material utilizado para o projeto e/ou da pesquisa, 
de acordo com as Normas da ABNT. 
 Cronograma. 
DIAGRAMA V: 
1. Questão Básica da Pesquisa: Qual é a questão foco do trabalho? 
2. Conceitos-Chave e Estrutura Conceitual: Quais os conceitos-chave envolvidos no 
estudo? 
3. Método: Quais os métodos usados para responder as questões básicas? 
4. Asserções de conhecimento: Quais os resultados mais importantes do trabalho? 
5. Asserções de valor: Qual a significação dos resultados encontrados? 
ESTRUTURAÇÃO DOS TRABALHOS: 
 
- Identifique os conceitos-chave do conteúdo que vai mapear e ponha-os em uma 
lista. Limite entre seis e dez o número de conceitos. 
- Ordene os conceitos, colocando o(s) mais geral(is), mais inclusivo(s), no topo do 
mapa. 
- Se o mapa incorporara também seu conhecimento sobre o assunto, além do 
contido no texto, conceitos mais específicos podem ser incluídos no mapa. 
- Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais palavras 
chave que explicitem a relação entre os conceitos. 
- Setas podem ser usadas quando se quer dar um sentido a uma relação.- Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os conceitos. Busque 
relações horizontais e cruzadas. 
- Exemplos podem ser agregados ao mapa, embaixo dos conceitos 
correspondentes. 
- Geralmente, o primeiro mapa tem simetria é pobre e alguns conceitos ou grupos 
de conceitos acabam mal situados em relação a outros que estão mais 
relacionados. 
- Não há um único modo de traçar um mapa conceitual - Instrumento dinâmico. 
 
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7 
 
Tipos de Estudos Epidemiológicos 
São divididos em 2 grandes grupos: 
DESCRITIVOS: 
- Não tem grupo de comparação. 
- Os estudos descritivos têm por objetivo determinar a distribuição de doenças ou 
condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características 
dos indivíduos. 
Relato de caso: 
- Apenas um ou número pequeno de pacientes. 
- Um hospital ou serviço de saúde. 
- Ausência de grupo de comparação. 
- Descrição inicial (às vezes fundamental) de novas doenças ou associações. 
- Exemplo: 
 No final de 1959 foi descrito um caso de mal formação e a seguir foram 
descritos vários outros casos. 
 A talidomida foi lançada em 1956. Entre 1957 e 1961, observou-se um aumento 
de 200 vezes na frequência de mal formações ao nascimento. 
 Com base nestas observações, formulou-se uma hipótese, testada em estudo 
analítico, que mostrou em casos afetados uma enorme proporção de mães 
que tomaram a medicação. 
Série de casos. 
ANALÍTICOS: 
- Examinar a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou 
condição relacionada a saúde. 
- Os principais delineamentos de estudos analíticos são: 
- Observacionais/Experimentais: 
⤷ Transversal. 
⤷ Ecológico. 
⤷ Caso-controle (caso-referência). 
⤷ Coorte (prospectivo). 
 
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Conceito e diferença: 
- Observacional: o pesquisador NÃO INTERFERE sobre a amostra ou população 
estudada. 
- Experimental: o pesquisador INTERFERE direta ou indiretamente sobre a amostra ou 
população estudada. 
OBSERVACIONAL: 
- Epidemiologia descritiva utiliza dados disponíveis para estudar como varia a 
frequência de um evento de acordo com as variáveis demográficas. 
- Quando a distribuição da frequência não for uniforme de acordo com a pessoa, 
tempo ou lugar, o epidemiologista pode: 
 Definir grupos de risco para fins de prevenção. 
 Gerar hipóteses causais. 
Objetivo: 
- Identificar casos do evento de interesse (morbidade ou mortalidade), estimar a sua 
frequência e/ou analisar tendências populacionais. 
- Fornecer informações importantes para alocar recursos financeiros eficientemente 
e para planejar programas de intervenção. 
- Formular hipóteses sobre determinantes de doenças a serem testadas em estudos 
analíticos. 
Modelos: 
- Modelo 1: Analisar o perfil de fratura mandibular (ramo, corpo, côndilo, sínfise) dos 
pacientes operados na Santa Casa, pelos alunos da pós graduação do serviço de 
Cirurgia e Traumatologia. (causas x tipo de fratura). 
- Modelo 2: Qual o perfil socioeconômico cultural do paciente que procura o pronto 
socorro odontológico municipal da prefeitura de Piracicaba? (dor x nível cultural x 
econômico). 
- Modelo 3: Quais são as expectativas dos alunos de Medicina em relação ao 
serviço público de saúde? (trabalhar ou não para o SUS, regime de dedicação de 
20 ou 40hs/semanais). 
O estudo observacional pode ser dividido em: 
- TRANSVERSAL: 
 Estudo cuja exposição e a condição de saúde do participante são 
determinadas simultaneamente. 
 Em geral, esse tipo de investigação começa com um estudo para determinar a 
prevalência de uma doença ou condição relacionada a ̀ saúde de uma 
população especificada. 
 Cross-Sectional: 
⤷ Doença e exposição: medidas simultaneamente ou em curto período de 
tempo. 
⤷ População inteira ou amostra da população. 
⤷ Estudo comum. 
⤷ Planejamento em saúde. 
⤷ Ex.: Em 100 pessoas examinadas, quantos fazem ingestão de álcool 
frequentemente e apresentam lesões de macha branca na mucosa oral. 
 
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 Aplicações: 
⤷ Identificar novos fatores de risco – Ex.: Chimarrão e Angina (?). 
⤷ Planejar serviços e programas de saúde – Ex.: número absoluto de pessoas 
atendidas pela Faculdade de Medicina no CIS em determinada 
especialidade. 
⤷ Avaliar serviços e programas de saúde – Ex.: cobertura da vacina da gripe 
em idosos. 
⤷ Monitorar tendências temporais em doenças ou fatores de risco – Ex.: 
evolução da frequência de inatividade física em São Paulo. 
 Vantagens: 
⤷ Medem prevalência. 
⤷ Doenças comuns. 
⤷ Úteis para planejamento de saúde. 
⤷ Rápidos e baratos. 
 Desvantagens: 
⤷ Relação temporal entre exposição e doença. 
 
- ECOLÓGICO: 
 Nos estudos ecológicos, compara-se a ocorrência da doença/condição 
relacionada à saúde e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos 
→ Populações de países, regiões ou municípios, por exemplo. 
 Unidade de informação não é indivíduo, mas grupo (população). 
 Informação sobre doença e exposição → em grupos populacionais: escolas, 
cidades, países, etc. 
 Quase sempre: dados colhidos rotineiramente (sensos, serviços de saúde, 
fontes do governo). 
 Ideais para exposições integrais (altitude, clima, relevo, poluição). 
 Úteis para levantar hipóteses. 
 Muito usados na pesquisa de doenças crônicas, doenças de notificação 
compulsória, mortalidade por diversas causas, etc. 
 Taxas podem ser examinadas por áreas geográficas (distrito, cidade, estado, 
país), por períodos de tempo ou segundo grupos populacionais. 
 Vantagens: 
⤷ Baixo custo e rápida execução. 
⤷ Dados disponíveis: SIM, SINASC, SINAN, IBGE. 
⤷ Mensuração da implantação de um novo programa de saúde ou uma 
nova legislação em saúde na melhoria das condições de saúde. 
 Nos estudos ecológicos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença 
são determinadas para grupos de indivíduos. 
 Nos demais delineamentos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença 
ou evento de interesse são determinados para o indivíduo, permitindo 
inferências de associações nesse nível. 
INQUÉRITOS E LEVANTAMENTOS: 
- Inquérito de saúde: 
 Tem por objetivo suplementar as fontes rotineiras de informação. 
 Gera os dados que procura. 
- Levantamento: busca dados já registrados. 
 
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RETROSPECTIVO X PROSPECTIVO: 
Até recentemente: 
- Coorte = estudo prospectivo. 
- Caso-Controle = estudo retrospectivo. 
Coorte retrospectiva (histórica): participantes identificados segundo 
características/exposição no passado. 
Coorte prospectiva: participantes identificados segundo características/exposição 
atual. 
- COORTE: 
 Também conhecidos como: 
⤷ Estudos de incidência (incidence). 
⤷ Longitudinais (longitudinal) ou 
⤷ De seguimento (follow-up). 
 É um tipo de estudo em que um grupo de pessoas com alguma coisa em 
comum (nascimento, exposição a um agente, doença, etc.) é acompanhado 
ao longo de um período de tempo para observar-se a ocorrência de um 
desfecho. 
 Vantagens: 
⤷ Possível estudar várias doenças. 
⤷ Possível estudar exposições raras. 
⤷ Informação sobre exposição pouco sujeita a vieses. 
⤷ Pode-se calcular incidência. 
 Desvantagens: 
⤷ Frequentemente demoram vários anos. 
⤷ Não adequados para doenças raras. 
⤷ Pode-se estudar poucas exposições. 
⤷ Logisticamente difíceis. 
⤷ Perda de indivíduos. 
 Na prática: 
1. Pacientes expostos e não expostos a um determinado fator de interesse. 
2. Acompanhamento e verificação da incidência. 
⤷ Se a exposição estiver associada à doença, espera-se que a incidência 
entre expostos seja maior do que entre não expostos. 
- CASO-CONTROLE: 
 Comparação entre grupo de indivíduos com a doença de interesse com (um) 
grupo(s) de indivíduos sem a doença, no que se refere à exposição 
(exposições) suspeita(s). 
 Finalidade: quantificar fatores que ocorram com maior (ou menor) frequência 
nos casos do que nos controles. 
 Não fornece incidências. Parte do doente, e não da população. 
 Vantagens: 
⤷ Possível estudar vários fatores de risco. 
⤷ Possível estudar doenças raras. 
⤷ Em geral não requer grande número de indivíduos. 
⤷ Relativamente rápido. 
⤷ Relativamente barato. 
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11 
 
 Desvantagens: 
⤷ Seleção de controles: difícil. 
⤷ Não adequado para exposições raras. 
⤷ Cálculo de incidência e prevalência: não possível. 
ESTUDO DE CASO-CONTROLE vs. COORTE: 
- Diferença fundamental: característica que identifica os indivíduos que participarão 
da investigação (seleção). 
 Estudos de Coorte: Exposição. 
 Estudos Caso-Controle: Doença. 
- Exemplo: exposição a R-X e risco de leucemia. 
 Coorte: indivíduos identificados a partir da exposição ou não a R-X. 
 Caso-controle: indivíduos identificados a partir de ter ou não leucemia. 
EXPERIMENTAL: 
- Comparabilidade de populações (alocação aleatória): receber ou não a 
intervenção é decidido de forma aleatória. 
- Comparabilidade de tratamento (placebo): os participantes não são capazes de 
distinguir se estão recebendo a intervenção ou não. 
- Comparabilidade de avaliação (cegamento): as pessoas que avaliam os 
pacientes não sabem se estes pertencem ao grupo que está recebendo a 
intervenção ou não. 
- Estudos de intervenção terapêutico ou preventivo. 
- 2 tipos básicos: ensaio clínico (terapêutico) e ensaio de comunidade (preventivo). 
 
 
 
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12 
 
Tipos de Pesquisa 
EXPLORATÓRIA: 
- A pesquisa exploratória permite uma maior familiaridade entre o pesquisador e o 
tema pesquisado, visto que este ainda é pouco conhecido, pouco explorado. 
- Nesse sentido, caso o problema proposto não apresente aspectos que permitam a 
visualização dos procedimentos a serem adotados, será necessário que o 
pesquisador inicie um processo de sondagem, com vistas a aprimorar ideias, 
descobrir intuições e, posteriormente, construir hipóteses para levantamento 
bibliográfico sobre um assunto. 
- Por ser uma pesquisa bastante específica, podemos afirmar que ela assume a 
forma de um estudo de caso, sempre em consonância com outras fontes que 
darão base ao assunto abordado, como é o caso da pesquisa bibliográfica e das 
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema 
pesquisado. 
- Mesmo em um estudo de caso é preciso levantar a literatura sobre um assunto a 
qual se estuda. Por essa razão, em muitos casos o fim de pesquisa exploratória é 
combinado com descritiva. 
 
DEFINIÇÃO: 
- A pesquisa exploratória tem como função preencher as lacunas que costumam 
aparecer em um estudo. Por isso, também recebe o nome de estudo exploratório. 
Ela irá fornecer informações que ampliarão a familiaridade do profissional com o 
assunto do projeto e darão suporte à construção dos conceitos e hipóteses iniciais. 
 
OBJETIVO: 
- É levantar informações e não obter conclusões estatísticas. 
- Consiste na realização de um estudo para a familiarização do pesquisador com o 
objeto que está sendo investigado durante a pesquisa. Ela é aplicada de maneira 
que o pesquisador tenha uma maior proximidade com o universo do objeto de 
estudo e que oferece informações e orienta a formulação das hipóteses da 
pesquisa. 
- Através da pesquisa exploratória, é possível obter explicação dos fenômenos que 
inicialmente não eram aceitos pelos demais pesquisadores, mesmo com as 
evidências apresentadas, além de descobrir novos fenômenos e formular novas 
ideias e hipóteses. 
 
MÉTODOS: 
- Geralmente as pesquisas exploratórias possuem métodos mais flexíveis, sem o uso 
de questionários detalhados ou amostragens muito complexas. 
- Ela permite ao pesquisador escolher as técnicas mais adequadas para a sua 
pesquisa e para que ele possa decidir sobre as questões que necessitam maior 
atenção durante a investigação. 
- O método utilizado na pesquisa exploratória pode envolver além do levantamento 
bibliográfico, entrevistas com pessoas que tenham domínio do assunto estudado, 
pesquisas de campo e análise de outros exemplos que estimulem a compreensão 
do tema. 
- Um exemplo prático de tal modalidade pode estar relacionado ao objetivo de um 
determinado pesquisador, cuja intenção se manifesta pela busca de uma resposta 
acerca da queda de um determinado produto no mercado. Assim sendo, de 
Prof. Paulo Urbano Izabelly Alvares 
13 
 
modo a concretizar seu objetivo, o pesquisador terá de aprofundar suas 
especulações e encontrar as reais causas da ocorrência de tal fenômeno. 
- Um bom exemplo de pesquisa exploratória são os estudos de caso, pois eles 
evidenciam a constatação de fenômenos ocorridos nos experimentos. 
- O pesquisador que visa trabalhar em uma pesquisa exploratória deverá reunir um 
conjunto de hipóteses e especulações que servirão como ponto de partida para o 
seu estudo. Após "explorar" as causas, consequências e demais envolvimentos que 
estão relacionados com a problemática, o investigador conseguirá encontrar a 
resposta para o seu estudo de caso. A partir de então, cabe a ele iniciar uma 
pesquisa descritiva ou explicativa para aprofundar o assunto. 
 Ex.: Imagine que um estudo de caso onde será aplicado questionários em um 
hospital. O objetivo é estudar avaliação de desempenho dos funcionários. 
Estudar os comportamentos e entender o porquê de rendimento abaixo da 
média e acima. 
⤷ Nesse caso primeiramente precisamos no questionário fazer perguntas 
direcionadas. Essas perguntas teria a intenção de perguntar sobre 
alguns quesitos de avaliação de desempenho. Desse modo, por 
exemplo, antes de termos isso no questionários, devíamos levantar literatura 
sobre o que é avaliação de desempenho. 
⤷ O pesquisador deve levantar tudo sobre avaliação e depois sobre 
desempenho. Assim que tiver conceituado os dois pontos cruciais, poderia 
ter um capítulo falando sobre Avaliação de desempenho. 
⤷ Veja que antes de simplesmente aplicar questionário, o pesquisador deve 
se preocupar com a literatura sobre o assunto. Muito importante que seja 
realizado o levantamento bibliográfico sobre o assunto. 
⤷ Imagine que alguém simplesmente te mostre um questionário e 
pergunte: Qual a sua assiduidade? Você não acharia no mínimo estranho? 
Por isso deve-se conceituar itens pertinentes a avaliação de 
desempenho antes de “jogá-los” na frente do pesquisado. 
 
OBSERVAÇÃO: 
- É uma das técnicas mais utilizadas para obtenção de informações para pesquisas. 
Com este instrumento pode-se observar os fatos e correlações existentes. 
- A observação, segundo Marconi e Lakatos (2003), é importante, pois pode 
comprovar uma teoria, um discurso na prática. 
- O pesquisador precisa estar atento às situações ao seu redor, procurando 
compreender as condições objetivas e subjetivas que compõem o campo de 
estudo. 
- Em uma pesquisa crítica busca-se observar os fenômenos sociais, como as 
relações dos sujeitos são constituídas e como se dão as múltiplas determinações 
na construção destas relações. 
 
QUESTIONÁRIO: 
- É um instrumento constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser 
respondidas por escrito e, de preferência, sem a presença do entrevistador. Deve 
apresentar uma organização na obtenção de informações para facilitar a análise 
e tabulação das repostas. As perguntas devem ser claras e objetivas para evitar 
erros de interpretação, contudo não devem ser indutivas. 
- Segundo Manzato e Santos (2016), as questões podem ser abertas, quando o 
entrevistado discorre sobre seu ponto de vista e, fechadas ou objetivas, quando há 
opções de respostas. 
- O questionário, segundo Gil (1999, p.128) pode ser definido “como a técnica de 
investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões 
apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de 
Prof. Paulo Urbano Izabelly Alvares 
14 
 
opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas 
etc.” 
 
ENTREVISTA: 
- Propicia situações de contato com o entrevistado,mesmo que seja necessário 
criar um ambiente informal para realizá-la. Trata-se de uma técnica rigorosa que 
necessita de um planejamento prévio e roteiros que delimitem o percurso para se 
alcançar os objetivos da pesquisa. 
- Assim como o questionário, a análise das respostas de uma entrevista exige 
cuidado com as inferências, com a interpretação para se analisar fidedignamente 
a opinião do entrevistado. (DUARTE, 2004). Para Netto e Braz (2012, p. 22) “[...] o 
método de pesquisa que propicia o conhecimento teórico, partindo da 
aparência, visa alcançar a essência do objeto.” 
 
DESCRITIVA: 
OBJETIVO: 
- Descrever as características de uma população, de um fenômeno ou de uma 
experiência. 
- Esse tipo de pesquisa estabelece relação entre as variáveis no objeto de estudo 
analisado. 
- Variáveis relacionadas à classificação, medida e/ou quantidade que podem se 
alterar mediante o processo realizado. 
 
MÉTODOS: 
- Ela é realizada levando em conta os aspectos da formulação das perguntas que 
norteiam a pesquisa, além de estabelecer também uma relação entre as variáveis 
propostas no objeto de estudo em análise. 
- Na pesquisa descritiva, cabe ao pesquisador fazer o estudo, a análise, o registro e 
a interpretação dos fatos do mundo físico, sem a manipulação ou interferência 
dele. Ele deve apenas descobrir a frequência com que o fenômeno ocorre ou 
como se estrutura dentro de um determinado sistema, método, processo ou 
realidade operacional. 
- Normalmente, a pesquisa descritiva utiliza técnicas padronizadas de coleta de 
dados para apresentar as variáveis propostas. Estas podem estar ligadas às 
características socioeconômicas de um grupo ou outras características que 
podem ser alteradas durante o processo. Ela pode aparecer sob diversos tipos de 
pesquisas, como documental, estudos de campo, levantamentos, entre outras. 
 
A Quando comparada à pesquisa exploratória, a única diferença que podemos 
detectar é que o assunto já é conhecido e a contribuição é tão somente 
proporcionar uma nova visão sobre esta realidade já existente. A principal 
diferença em relação à pesquisa exploratória é que o assunto já é conhecido, já 
foi estudado, será, entretanto, aprofundado. 
 
- O pesquisador deve trabalhar como observador, se mantendo distante do objeto 
de estudo, para que não influencie nos resultados obtidos. Aliás, neste modelo de 
pesquisa as respostas se resumem a dados qualitativos e, principalmente, 
quantitativos. 
- Para a coleta dessas informações, o pesquisador utiliza questionários e outras 
técnicas de levantamento de dados. Neste sentido, as pesquisas descritivas fazem 
uma análise minuciosa e descritiva do objeto de estudo, como, por exemplo 
população, empresa, governo, situação-problema. Investe-se na coleta e no 
levantamento de dados qualitativos, mas, especialmente quantitativos. 
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- Para tanto, utilizam-se gráficos de sexo, idade, nível de escolaridade e localidade, 
por exemplo. A finalidade da pesquisa descritiva é analisar os dados coletados 
sem que haja a interferência do pesquisador. 
- Costuma-se fazer uso de levantamentos para coleta de dados, descrevendo 
minuciosamente experiências, processos, situações e fenômenos. 
 
 TIPOS DE PESQUISA DESCRITIVA: 
- A pesquisa descritiva pode ser encontrada, ou elaborada, em diversas 
subcategorias. Sendo as principais: 
1. Levantamento: pretende angariar informações sobre práticas ou opiniões atuais de 
um determinado núcleo populacional. 
 Levantamento Normativo: esta modalidade de pesquisa tem estritas normas de 
coleta de dados com relação às amostras. 
2. Correlacional: Explora as relações entre as variáveis, com exceção da relação 
causa x efeito. Este tipo de pesquisa precede uma pesquisa experimental. 
3. Desenvolvimentista: Busca investigar mudanças de comportamento ao longo de 
um intervalo de tempo, buscando informações sobre as variáveis do estudo. 
4. Formação de Consenso: É mediada pelo investigador, pela utilização de 
questionários sobre projeções de acontecimentos (estudos de caráter exploratório) 
ou sobre objetivos a serem fixados (estudos de caráter normativo). 
5. Estudo de caso: O estudo de caso aborda um fenômeno individual com 
profundidade para compreender a situação e também situações similares. Podem 
ser de cunho interpretativo, quando usam a descrição, ou avaliativos, quando 
usam descrição e interpretação. 
 Método do estudo de caso na pesquisa descritiva: envolve uma análise 
aprofundada e o estudo de indivíduos ou grupos. Além disso, leva a 
uma hipótese e amplia o escopo da investigação de um fenômeno. No 
entanto, não são usados para determinar causa e efeito, uma vez que não 
têm a capacidade de fazer previsões precisas, porque pode haver um viés por 
parte do pesquisador. A outra razão pela qual os estudos de caso não são uma 
maneira precisa de realizar pesquisas descritivas é porque poderia haver um 
entrevistado atípico e sua descrição levaria a generalizações ruins e a 
abandonar a validade externa. 
6. Análise de trabalho: busca determinar o foco de um trabalho particular ou o 
treinamento necessário para que esta demanda tenha sucesso. 
 
- Umas das principais características da pesquisa descritiva, conforme dito acima, é 
o fato de que ela deve ser conduzida e analisada com naturalidade, sem 
interferências ou julgamentos de cunho pessoal. Por isso, quando optar por este 
método de pesquisa é necessário que você estabeleça técnicas de coleta de 
dados bem padronizadas, tais como: 
 Uso de questionários; 
 Entrevistas; 
 Observação sistemática; 
 Levantamento de dados; 
 Análise de Documentos; 
 Abordagens de campo; 
 Formulários; 
 Testes diversos. 
 
- Os objetivos específicos do seu trabalho são o alvo a atingir na pesquisa. Ao 
elaborar seus objetivos você se utiliza de verbos que descrevem fatos, tais como: 
 Constatar; 
 Relatar; 
 Demonstrar; 
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 Descrever; 
 Etc. 
 
- Desta forma, é correto afirmar que a escolha dos objetivos para a descrição da 
pesquisa já se nota que o método de pesquisa será o descritivo. 
 
EXPLICATIVA 
- Considera-se que esse tipo de pesquisa seja o que explica a razão, o porquê dos 
fenômenos, uma vez que aprofunda o conhecimento de uma dada realidade. 
Assim, pelo fato de esta modalidade estar calcada em métodos experimentais, ela 
se encontra mais direcionada para as ciências físicas e naturais. Mesmo que a 
margem de erros represente um fator relevante, sua contribuição é bastante 
significativa, dada a sua aplicação prática. 
- Em face dessas características, pode-se dizer que a pesquisa explicativa 
geralmente utiliza as formas relativas à pesquisa experimental. Por exemplo, a partir 
de um objeto de estudo, no qual se identificam as variáveis que participam do 
processo, bem como a relação de dependência existente entre estas variáveis. Ao 
final, parte-se para a prática, visando à interferência na própria realidade. 
- Como o nome sugere, este tipo de pesquisa tem o principal intuito de explicar a 
causa das coisas (o funcionamento dos fenômenos, identificar os motivos de 
problemas, etc.). 
 
MÉTODO: 
- A pesquisa explicativa é um modelo mais detalhado de estudo, por isso costuma 
ser considerada uma etapa avançada das pesquisas exploratórias e descritivas. 
Portanto mostram a realidade ao explicar o porquê das coisas. 
- Por isso, costumam dar continuidade às pesquisas descritivas e exploratórias, uma 
vez que oferecem uma visão mais detalhada do assunto e do tema estudado. 
- Deste modo, a maioria das pesquisas explicativas costumam utilizar dois 
procedimentos técnicos: o ex-post facto e os e a pesquisa experimental. 
 
Pesquisa Exploratória e Explicativa: Ao contrário da pesquisa exploratória e da 
explicativa, a ação intelectual do autor da pesquisa se resume a identificar as 
relações entre um conjunto de variáveis e informações contidas nos levantamentos 
feitos e relatórios apresentados.OBJETIVOS DA PESQUISA EXPLICATIVA: 
- O maior objetivo da pesquisa explicativa é a necessidade de aprofundamento da 
realidade, por meio da manipulação e do controle de variáveis. Isto é, buscando o 
“porquê” das coisas. 
- Neste sentido, o escopo é identificar qual a variável independente ou aquela que 
determina a causa da variável dependente do fenômeno em estudo para, em 
seguida, estudá-lo em profundidade. Ainda que os resultados das pesquisas 
explicativas fundamentam o conhecimento científico, pelo seu amplo objetivo, 
está mais sujeita ao risco de cometer erros. 
- Ainda, seguimos Gil (2019) que afirma que as pesquisas explicativas têm como 
propósito identificar fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência de 
fenômenos. As pesquisas explicativas são mais estruturadas do que as demais 
pesquisas com os demais alcances e, de fato, envolvem os propósitos destes 
(exploração, descrição e correlação ou associação), além de proporcionarem um 
sentido de entendimento do fenômeno a que fazem referência. 
 
 
 
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METODOLOGIA DA PESQUISA EXPLICATIVA: 
- Para registrar, analisa e interpreta os fenômenos estudados, procurando identificar 
suas razões, seus fatores determinantes, suas causas, a maioria das pesquisas 
explicativas utiliza o método experimental. 
- Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental e, 
nas ciências sociais, requer o uso do método observacional – sempre adaptar o 
modelo ao tipo. 
- Nem sempre é possível realizar pesquisas rigorosamente explicativas em ciências 
sociais, mas, em algumas áreas, sobretudo na psicologia, as pesquisas revestem-se 
de elevado grau de controle, sendo denominadas de pesquisas “quase 
experimentais”. 
- Este método é caracterizado pela manipulação e controle das variáveis, com o 
objetivo de identificar qual a variável independente que determina a causa da 
variável dependente ou do fenômeno em estudo. 
- Segundo Gil (2019), pode-se dizer que o conhecimento científico está assentado 
nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos. Isso não significa, porém, que 
as pesquisas exploratórias e descritivas tenham menos valor, porque quase sempre 
constituem etapa prévia indispensável para que possam obter explicações 
científicas. 
- Às vezes uma pesquisa pode ser caracterizada como basicamente exploratória, 
descritiva, correlacional ou explicativa, mas não estar unicamente posicionada 
como tal. Isto é, ainda que uma pesquisa seja em essência exploratória ela irá 
conter elementos descritivos; ou ainda, um estudo correlacional pode incluir 
componentes descritivos, e o mesmo acontece com os demais alcances. 
- Também devemos lembrar que uma pesquisa pode começar sendo exploratória 
ou descritiva e depois ser correlacional ou até mesmo explicativa. Tudo depende 
dos objetivos de quem está pesquisando. 
 
Três exemplos bem interessantes para você conseguir identificar o que é a pesquisa 
explicativa: 
- Mostrar as intenções do eleitorado é uma atividade descritiva. 
 Já que indicar, de acordo com uma pesquisa de opinião realizada antes da 
eleição, quantas pessoas “irão” votar nos candidatos é uma pesquisa 
descritiva. 
- Relacionar essas intenções com conceitos como idade e gênero dos votantes ou a 
extensão do esforço propagandístico realizado pelos partidos dos candidatos é 
um estudo correlacional. 
- Já, no caso de o objetivo ser mostrar porque alguém poderia votar em 
determinados candidatos e outras pessoas nos demais candidatos, será 
uma pesquisa explicativa. 
- Exemplo: 
1. Para que a diferenciação fique ainda mais clara, imagine o seguinte objeto de 
estudo: o público de um hospital. Na etapa exploratória, identifica-se que a maior 
parcela dos pacientes é formada por jovens solteiros. 
 A pesquisa descritiva revela que esses clientes vão ao hospital, em média, três 
vezes por ano, geralmente no inverno. Pois cabe à investigação 
explicativa compreender o porquê desse fenômeno. 
 A temperatura é mais baixa. O estabelecimento fica perto de um transporte 
público de fácil acesso. A quantidade de profissionais é maior, reduzindo assim 
o tempo de atendimento. Todos esses elementos podem ajudar 
a contextualizar e explicar o quadro. 
2. Outro exemplo seria a maior incidência de câncer de mama em determinada 
população do país. Quais poderiam ser as razões por trás disso? Genética? Hábitos 
alimentares? Fatores externos? Doenças relacionadas? A elucidação 
dessas hipóteses caberia à pesquisa explicativa. 
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QUANTO A NATUREZA: 
BÁSICA X APLICADA: 
- Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimento novo para o avanço da ciência, 
busca gerar verdades, ainda que temporárias e relativas, de interesses mais 
amplos (universalidade), não localizados. Não tem, todavia, compromisso de 
aplicação prática do resultado. Por exemplo, estudar as propriedades de 
determinado mineral. 
 A pesquisa básica pode ser classificada em: 
⤷ De avaliação: atribui valor a um fenômeno estudado. Para tanto, necessita 
de parâmetros bem estabelecidos de comparação ou referência. Pode ter 
seu foco nos procedimentos ou nos resultados. 
⤷ De diagnóstico: busca traçar um panorama de uma determinada 
realidade. Também chamada de pesquisa fundamental, ela consiste em 
trabalhos e pesquisas que buscam, principalmente, responder perguntas 
para ampliar o conhecimento que temos do mundo e tudo o que o forma. 
- De acordo com Antônio Carlos Gil, em seu livro “Métodos e técnicas de pesquisa 
social”, a pesquisa científica básica deve ser motivada pela curiosidade e suas 
descobertas devem ser divulgadas para toda a comunidade, possibilitando assim 
a transmissão e debate do conhecimento. 
- Pesquisa Aplicada: é dedicada à geração de conhecimento para solução de 
problemas específicos e é dirigida à busca da verdade para determinada 
aplicação prática em situação particular. 
- Exemplo: estudar o efeito dos estilos de liderança no clima organizacional em 
certa empresa para melhorar as relações interpessoais no ambiente de trabalho. 
- Pode ser chamada também de proposição de planos, pois busca apresentar 
soluções para determinadas questões organizacionais. 
- Há diversos exemplos de pesquisadores que uniram ambas as pesquisas e fizeram 
descobertas incríveis. Como o Louis Pasteur considerado o pai da 
microbiologia. As suas pesquisas impactaram positivamente a indústria alimentícia 
através da invenção da pasteurização. Método que elimina as bactérias dos 
alimentos em geral tendo uma durabilidade maior. Pasteur utilizou ambas as 
pesquisas. Demonstrando então que tanto a básica quanto a aplicada podem 
funcionar juntas, sem haver perdas para o pesquisador e a instituição. 
- Donald Stokes produziu uma demonstração dos pesquisadores e suas atuações de 
acordo com a pesquisa produzida. Sendo ela mais prática ou mais teórica. 
Chamou então de ‘O quadrante de Pasteur’. 
- O Quadrante de Pasteur: a ciência básica e a inovação tecnológica” uma nova 
forma de classificar pesquisas buscando ajudar o constante impasse entre o 
governo e cientistas na hora de definir o repasse de verbas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- O Quadro de Stokes: analisa a relevância de uma pesquisa para o avanço do 
conhecimento e a sua relevância para aplicações imediatas. Do lado esquerdo 
estão as pesquisas que contribuem para o conhecimento, sendo que quanto mais 
para cima, maior sua contribuição. Quanto mais a direita uma pesquisa estiver, 
maior sua relevância para ser aplicada imediatamente. 
- Neste exemplo da revista Fapesp as pesquisas de Bohr são citadas como grandes 
contribuições para o avanço do conhecimento, enquanto pesquisas que não 
apresentam explicações sobre fenômenos (como estudos sobre aves) ficam na 
parte inferior. As pesquisas de Thomas Edison sobre eletricidade possuem muita 
relevância para aplicações imediatas e os trabalhos de Pasteur contribuemtanto 
para o avanço do conhecimento ao mesmo tempo que suas aplicações práticas 
foram imediatas. 
- Com a concepção desse quadrante, Stokes mostra uma solução para a briga 
entre governo e ciência está no fortalecimento e investimento em pesquisas 
fundamentais em campos que buscam solucionar problemas e necessidades da 
sociedade. 
- Tanto o investimento na pesquisa básica quanto aplicada são necessários, e no 
clima de cortes e reduções de verbas para universidades o debate acaba ficando 
ainda mais intenso. Em época de crise econômica o investimento em pesquisa e 
desenvolvimento é visto por muitos como “desperdício” quando na verdade é a 
melhor saída. 
 
 
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Variáveis Quantitativas e Qualitativas na Pesquisa 
ESTUDO DE INTERVENÇÃO 
- Os estudos de intervenção podem assumir as modalidades, não excludentes entre 
si: 
 Randomizado: estudo com grupos alocados a partir de um processo aleatório 
de escolha, buscando-se uma distribuição equilibrada de variáveis. 
 Não-randomizados: estudo com grupos experimental e de controle escolhidos 
a partir de critérios de disponibilidade ou conveniência. 
 Pareado: estudo com grupos constituídos por pareamento, garantindo uma 
composição rigorosamente equivalente. 
 Rotativo: estudo com estrutura baseada na alternância de grupos, em que os 
participantes que compõem o grupo experimental são alocados, após um 
certo período, para o grupo controle, e vice-versa. 
MENSURAÇÃO: 
- É um verbo transitivo direto que tem como origem o termo em Latim mensurare, 
que significa “medir”, de mensus, particípio de metiri, que significa “medir, 
distribuir”. 
- Calcular ou determinar uma medida. 
CONTROLE DE MENSURAÇÃO: 
- Duplo-cego: a alocação dos grupos e as mensurações referentes À variável 
dependente são feitas às cegas (nem os avaliadores nem os participantes têm 
conhecimento da alocação dos grupos). 
- Simples-cego: os participantes não têm conhecimento de sua pertinência aos 
grupos da pesquisa (por exemplo, através do uso de placebos nos ensaios 
clínicos). 
- Aberto: quando todo o envolvido tem acesso a informações capazes de indicar a 
alocação dos grupos experimental e de controle. 
A Os estudos de intervenção e o controle de mensuração são complementares. 
ANTES: 
 
 
 
 
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CASO: 
- Suponha que você está investigando a produtividade no trabalho de um 
determinado grupo de médicos no SUS. Com base nas suas observações durante o 
período de trabalho você levantou (criou) as seguintes hipóteses: 
 Observação: observando fenômenos, fatos, atividades em uma sala de um 
hospital o pesquisador constatou alguns acontecimentos interessantes. 
 Hipóteses: com base nessas observações o pesquisador levantou (criou) uma 
série de hipóteses (afirmações) que quando validadas podem dar origem a 
uma teoria. 
1. Aqueles empregados que trabalhavam em ambiente com ar-
condicionado tinha uma melhor produtividade; 
2. A boa alimentação tem um impacto positivo produtividade e 
3. A prática de exercícios físicos no ambiente de trabalho aumenta a 
produtividade dos médicos. 
HIPÓTESE: 
- Proposição que se admite, independentemente do fato de ser verdadeiro ou falso, 
como um princípio a partir do qual se pode deduzir um determinado conjunto de 
consequências; suposição, conjectura. 
- Possibilidade de (alguma coisa que independe de intenção humana ou causa 
observável) acontecer; chance, opção. 
O QUE É UMA HIPÓTESE: 
- Afirmações provisórias: enunciadas de forma curta e objetiva, que orientam a 
coleta de dados buscando nexo causal entre fenômenos. 
- Suposição que será verificada para ser ou não demonstrada – “São nossas 
representações confrontadas com a realidade” (Blumer, apud H. Becker). 
- Afirmações simples, de uma única oração; são assertivas, ainda que expressas por 
uma negação, por exemplo: “usuários de drogas não se tornam médicos”. 
- Em resumo: 
 Enunciado sucinto e que se propõe a examinar se há relação entre fenômenos 
(as variáveis) tratados de forma quantificável (mesmo que subjetivos, porém 
tratados de forma mensurável). 
 Se X, então Y. 
- A hipótese é um instrumento da pesquisa quantitativa, MAS uma pesquisa 
qualitativa pode ter como resultado chegar a uma hipótese, mas não partir dela → 
observa, descreve, analisa a partir de postulados, mas não testa hipóteses. 
- Testar = quantificar variáveis (aula de estatística → Teste de hipótese estatísticas). 
VARIÁVEL: 
- Valores que assumem determinadas características dentro de uma pesquisa. 
- Para cada hipótese deve haver uma variável ou conjunto delas. 
VARIÁVEL QUALITATIVA ≠ VARIÁVEL QUANTITATIVA: 
- Variável Qualitativa: 
 Coletam informações que não buscam apenas medir um tema, mas 
descrever, usando impressões, opiniões e pontos de vista; 
 Divididas em categorias 
 Pode ser de 2 tipos: 
1. Ordinais: são variáveis que visam demonstrar uma ordem de alguma 
característica. 
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Ex.: grau de instrução, renda familiar, grau da perda auditiva, estadiamento 
tumoral. 
2. Categóricas/Nominais: variáveis que visam categorizar os elementos sem 
ordenação específica. Pode se transformar em quantitativa, mas não é o 
melhor a ser feito. 
Ex.: sexo, religião, etnia. 
- Variável Quantitativa: 
 Características descritas por números; 
 Coletar fatos concretos: números. 
 Pode ser de 2 tipos: 
1. Contínuas: são variáveis de informação numéricas que têm um número infinito 
de valores entre dois valores quaisquer. Resultado de medições. 
Ex.: peso, altura, volume, temperatura, concentração, tempo. 
2. Discreta: são variáveis numéricas que têm um número contável de valores 
entre quaisquer dois valores. Sempre numérica. Números inteiros. 
Ex.: números de filhos, números de lesões. 
EXEMPLOS: 
IDADE: 
- Qualitativo ou Quantitativo? Ordinal, Nominal, Contínua ou Discreta? 
 
 
EXERCÍCIO FÍSICO REDUZ COLESTEROL? 
Colesterol no sangue: 
- Quantitativa contínua. 
Exercício físico: 
- Quantitativa discreta. 
 
 
 
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Colesterol no sangue: 
- Quantitativa contínua. 
Exercício físico: 
- Qualitativa categórica. 
 
 
 
 
 
 
TERAPIA ‘X’ DIMINUI DOR NO PÓS-OPERATÓRIO: 
 
QUANTITATIVO X QUALITATIVO: 
Qual a mais superficial e qual a mais profunda? 
Qualitativa é mais detalhada, pq quando você 
pergunta para o paciente qual o grau da dor e 
dar uma escala para ele ou ele pode descrever 
de forma detalhada. Não é ideal para descrever 
uma hipótese, pois podemos ter níveis de 
detalhamento diferentes. 
GRAU DE DEPENDÊNCIA: 
- Dependente: 
 Varia de acordo com a mudança da variável independente. 
 É a característica observável de consequência. 
- Independente (preditor): 
 É a que afeta, determina a outra variável. 
 Fator causal ou determinante da variável dependente. 
 
 
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EXEMPLOS: 
EXERCÍCIO FÍSICO REDUZ COLESTEROL? 
Colesterol no sangue: 
- Dependente. 
Exercício físico: 
- Independente. 
 
 
 
 
 
 
TERAPIA ‘X’ DIMINUI DOR NO PÓS-OPERATÓRIO: 
Terapia: 
- Independente. 
Avaliação da dor: 
- Dependente. 
CASO: 
- Ex.: Com base no exemplo exposto acima podemos considerar como variáveis 
independentes: (i) A temperatura é fator determinante na produtividade; (ii) Uma 
boa alimentação é fator determinante na produtividade e (iii) A prática de 
exercício físico é fator determinante no aumento da produtividade. 
- Com base no exemplo acima podemos identificar como: 
 Variáveis independentes: temperatura, qualidade da alimentação e exercício 
físico. 
 Variável dependente: produtividade. 
TIPOS DE PERGUNTAS – QUANTITATIVAS: 
- Perguntas de múltipla escolha: escolher entre uma ou mais opções de uma lista de 
respostas. 
 Ex.: Qual destas disciplinas você tirou notas acima da média? 
( ) disciplina A. 
( ) Disciplina B.( ) Disciplina C. 
( ) Disciplina D. 
( ) não obtive nota acima da média em nenhuma dessas disciplinas. 
 O respondente pode escolher entre uma ou mais opções de uma lista de 
respostas. 
 
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- Perguntas dicotômicas: só existem 2 opções de resposta – 1 só escolhida (sim ou 
não). 
 Ex.: você já fez estágio em pediatria? 
( ) sim. 
( ) não. 
- Perguntar RU (resposta única): só um tipo de resposta é permitido → informações 
objetivas → gênero, escolaridade e faixa etária. 
 Ex.: Qual sua faixa etária (ou qual a sua idade)? 
( ) menor de 18 anos. 
( ) 18 a 30 anos. 
( ) 31 a 50 anos. 
( ) 51 anos ou mais. 
- Ranking: o respondente deve ordenar as alternativas segundo uma escala 
determinada. 
 Ex.: Numere as alternativas abaixo sendo que 1 é a disciplina que menos tem 
sua preferência e 5 indica sua disciplina preferida: 
( ) Disciplina A. 
( ) Disciplina B. 
( ) Disciplina C. 
( ) Disciplina D. 
( ) Disciplina E. 
- Matriz: neste caso, deve ser avaliada uma série de itens usando uma mesma 
escala. 
 Ex.: Assinale para cada um dos itens abaixo qual seu grau de satisfação com 
esse curso sendo que 1 corresponde a nada satisfeito e 5 corresponde a muito 
satisfeito: 
( ) Disciplina A. 
( ) Disciplina B. 
( ) Disciplina C. 
( ) Disciplina D. 
( ) Disciplina E. 
- Aberta: a resposta dessa pergunta é uma opinião do respondente, ele pode 
responder o que quiser → quantificável. 
EXEMPLOS – PERGUNTAS QUALITATIVAS: 
- Perguntas abertas: 
 Você costuma fazer compras pela internet? Por quê? 
 O que te faz confiar no e-commerce? 
 Alguma vez deixou de fazer uma compra online porque achou o site inseguro? 
Explique isso com um exemplo. 
 Quais as vantagens de fazer compras online? 
MÉTODOS DE COLETA DE DADOS: 
- Deverá descrever detalhadamente o método que usará para coletar seus dados. 
 Utilização de documentos. 
 Observação. 
 Informações dadas pelo pesquisado. 
UTILIZAÇÃO DE DOCUMENTOS: 
- Documentos escritos, oficiais ou pessoais. 
 Documentos oficiais: prontuários de hospitais, fichas de registro de acidentes 
em alguma organização. 
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 Documentos pessoais: diários ou correspondências dos sujeitos. 
 Documentos visuais: desenhos e pinturas. 
 Documentos sonoros: cassetes ou discos (gravações). 
INFORMAÇÕES DADAS PELO PESQUISADO: 
- Livre: exploração; clínica. 
- Dirigida: informações pré-definidas anteriormente. 
QUALIDADE DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDAS: 
- Fidedignidade: reprodutividade dos seus resultados → capacidade de reproduzir o 
mesmo resultado, de forma consistente no tempo e no espaço. 
- Validade: capacidade de medir o fenômeno ou construto que ele pretende 
medir. 
GRÁFICOS: 
- Informação visual das variáveis. 
- Melhor entendimento e aplicabilidade – visual. 
- 4 tipos principais: 
 Barras. 
 Decomposição em setores (pizza). 
 Histograma. 
 Dispersão. 
GRÁFICO EM BARRA: 
- Um gráfico de barras exibe dados com bar discreto. A altura representa a 
quantidade de dados. 
- Bastante utilizado com variáveis qualitativas por separar cada elemento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO EM DECOMPOSIÇÃO DE SETORES: 
- Destina-se a representar a composição, usualmente em porcentagem, de partes 
de um todo. Por este motivo, também é utilizado para variáveis qualitativas. 
 
GRÁFICO HISTOGRAMA: 
- Histograma é uma ferramenta de análise e 
representação de dados quantitativos, é 
normalmente um gráfico de barras verticais, 
agrupados em classes de frequência de uma 
massa de medições. 
- A diferença entre um histograma e um gráfico 
de barras à Barras de um histograma são 
intervalos à Barras de um gráfico podem ter 
um só valor de variável por cada barra. 
 
GRÁFICO EM DISPERSÃO: 
- O gráfico de dispersão utiliza coordenadas 
cartesianas para exibir valores de um conjunto de dados. 
- Os dados são exibidos como uma coleção de pontos. Por este motivo, é utilizado 
em variáveis quantitativas. 
 
 
 
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EXERCÍCIO: 
- Quantitativa ou Qualitativa? E qual o tipo? 
1. Tempo de vida de um estetoscópio? 
2. Tipo sanguíneo. 
3. Etnia. 
4. Produção de seringas de uma indústria em um período de dois anos. 
5. Minutos. 
6. Produção de Dorflex. 
7. Religião. 
8. Hierarquia médica em um hospital. 
9. Número de pessoas na fila do SUS. 
10. Número de médicos associados a uma cooperativa. 
RESPOSTA: 
1. Quantitativa contínua. 
2. Qualitativa nominal. 
3. Qualitativa nominal. 
4. Quantitativa discreta. 
5. Quantitativa contínua. 
6. Quantitativa contínua. 
7. Qualitativa nominal. 
8. Qualitativa ordinal. 
9. Quantitativa discreta. 
10. Quantitativa discreta. 
 
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Busca Bibliográfica em Bases de Dados 
FONTES: 
- As fontes de informação podem ser informais ou formais. 
- Fontes de informação informais compreendem: comunicações orais, contatos 
pessoais, entre outras. 
- Fontes de informação formais são representadas pelas fontes primárias, 
secundárias e terciárias. 
 Fontes primárias: congressos e conferências, legislações, periódicos, patentes, 
teses e dissertações, traduções, relatórios técnicos etc. 
 Fontes secundárias: Bases de Dados, biografias, catálogos, dicionários, livros, 
manuais, internet etc. 
 Fontes terciárias: bibliotecas, centros de informação etc. 
ORIGEM DOS DADOS: 
- NIH – U.S. National Library of Medicine. 
 
 PUBMED: 
⤷ 17 milhões de referências de aproximadamente 5.400 periódicos 
biomédicos publicados nos Estados Unidos e em mais 80 países. 
 Mesh Terms. 
- MEDLINE Plus: 
 Área médica e biomédica: contêm referências bibliográficas e resumos de 
mais de 5.000 títulos de revistas publicadas nos Estados Unidos e em outros 70 
países. 
- SCIELO: 
 A SciELO é o resultado de um projeto de pesquisa da FAPESP – Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, em parceria com a BIREME – 
Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde e 
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 
- WEB OF SCIENCE: 
 70.463.311. 
 Produzida pela editora Elsevier desde 2004, com cobertura desde 1960, acesso 
através do Portal da CAPES. 
 A base possibilita verificar as referências do artigo, número de vezes que o 
artigo foi citado, Índice H e possibilita exportar diretamente a referência para a 
base MyEndNoteweb. 
- SCOPUS: 
 Base de dados multidisciplinar, produzida pela editora Elsevier desde 2004, com 
cobertura desde 1960, acesso através do Portal da CAPES. 
 A base possibilita verificar as referências do artigo, número de vezes que o 
artigo foi citado e Índice H. 
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30 
 
- Sci-Hub: 
 É um site que oferece acesso gratuito a milhões de artigos científicos e livros 
acadêmicos, violando os direitos autorais e burlando o muro de pagamento 
das editoras de várias maneiras. 
ATIVIDADE: 
Pubmed: 
- HIV 351434. 
- HIV and chronic diseases 15252. 
- HIV or HCV and chronic diseases 364373. 
1. Medline Plus x Pubmed: Paracetamol? 
2. Scielo x Pubmed: Cardiopatias. 
3. Pubmed: Buscar no mínimo 3 mesh terms utilizando os conectores “and” e “or” e 
anexar o print no blackboard. 
4. No WEB OF SCIENCE ou SCOPUS: escolher o nome de algum professor, buscar o 
nome em forma científico e print com o index H no blackboard. 
5. Buscar artigo do mesmo tema sendo 1 com métodos quantitativos e outro 
qualitativos e colocar o print no blackboard. 
6. Buscar um relato de caso clínico e anexar no blackboard. 
 
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31 
 
Estatística e Epidemiologia 1 
ORIGEM: 
- O termo epidemiologia – origem grega “epedeméion” que significa “aquela que 
visita”. 
- Hipócrates já usa epidemia em seus textos como epi (sobre) e demos (povo); 
- Modernamente associado com logia(falar, organizar – hoje ciência, estudo): 
temos o significado de ciência do que ocorre sobre o povo. 
FUNÇÃO: 
- Estudos fundamentais para a compreensão do processo saúde/doença. 
- Possibilita uma possível intervenção sanitária baseada nos riscos à saúde. 
CONCEITOS BÁSICOS: 
AGRAVO À SAÚDE: 
- Mal ou prejuízo à saúde de um ou mais indivíduos, de uma coletividade ou 
população – risco à saúde. 
- Danos da integridade física, metal e social dos indivíduos, provocada por 
circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões 
auto ou heteroinflingida – outros problemas de saúde pública além das doenças 
transmissíveis, é portanto, um termo mais abrangente do que doença. 
CASO: 
- É uma pessoa ou animal infectado ou doente que apresenta características 
clínicas, laboratoriais e epidemiológicas específicas de uma doença ou agravo – 
critérios para pessoa, espaço, tempo, características clínicas, laboratoriais e 
epidemiológicas, tanto quanto um equilíbrio no que se refere à sensibilidade, 
especificidade e viabilidade. 
- É dividido em 3 partes: 
1. Caso suspeito: o indivíduo que apresenta alguns sinais e sintomas sugestivos de 
um grupo de agravos que compartilha a mesma sintomatologia. 
 Exemplo: pessoa que apresenta quadro de infecção, independente da 
situação vacinal. 
2. Caso provável: um caso clinicamente compatível, sem identificação de 
vínculo epidemiológico ou confirmação laboratorial. 
 Exemplo: COVID19 início agudo, febre, se medida, maior que 37, e um ou 
mais dos seguintes sintomas: dor no corpo, tosse, diarreia. 
3. Caso confirmado: um caso que é classificado como confirmado para os 
propósitos de notificação e segundo os seguintes critérios. 
 Clínico: é o caso que apresenta somente os achados clínicos compatíveis 
com a doença, cujas medidas de controle foram efetuadas. 
 Laboratorial: é o caso que apresentou teste laboratorial reativo para 
detecção de vírus, bactérias, fungos ou qualquer outro microrganismo. 
 Vínculo epidemiológico: um caso no qual (a) o paciente tem tido contato 
com um ou mais pessoas que têm/tiveram a doença ou tem sido exposta a 
uma fonte pontual de infecção (i.e., uma única fonte de infecção, tal 
como um evento que leva a um surto) e (b) história de transmissão do 
agente pelos modos usuais é plausível. Um caso pode ser considerado 
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32 
 
vinculado epidemiologicamente a outro caso confirmado se pelo menos 
um caso na cadeia de transmissão é confirmado laboratorialmente. 
INFECTIVIDADE: 
- É a capacidade de certos organismos (agentes) de penetrar, se desenvolver e/ou 
se multiplicar em um outro (hospedeiro) ocasionando uma infecção. 
- Exemplo: alta infectividade do vírus SARS-CoV-2 e a baixa infectividade dos fungos. 
PATOGENICIDADE: 
- É a capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir sintomas e sinais 
(doenças) em maior ou menor proporção entre os hospedeiros infectados. 
- Exemplo: o vírus do sarampo possui uma alta patogenicidade, pois praticamente 
todos os infectados manifestam sinais e sintomas específicos; Já o vírus da 
poliomielite apresenta baixa patogenicidade, uma vez que, dentre os infectados, 
apenas cerca de 1% desenvolve a paralisia. 
VIRULÊNCIA: 
- É a capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais, relaciona-se à 
capacidade de produzir toxinas, de se multiplicar etc. 
- Exemplo: baixa virulência do vírus da gripe e do sarampo em relação à alta 
virulência do vírus da raiva e do HIV. 
IMUNOGENICIDADE: 
- É a capacidade do agente de, após a infecção, induzir a imunidade no 
hospedeiro. 
- Exemplo: alta nos vírus da rubéola, do sarampo, da caxumba que imunizam em 
geral por toda a vida, em relação à baixa imunogenicidade do vírus da gripe, da 
dengue, das shiguelas e das salmonelas que só conferem imunidade relativa e 
temporária. 
INDICADORES DE SAÚDE: 
MORBIDADE: 
- Medir a ocorrência de doença, lesão e incapacidade na população – taxa de 
portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em 
determinado local e em determinado momento (temporal). 
- Método de cálculo: número de casos existentes de uma determinada doença (por 
100.000), dividido pelo número de indivíduos que formam a população em 
determinado momento. A taxa pode ser desagregada por sexo, idade, grupo 
étnico e outras variáveis de interesse. 
- Fonte: os dados do numerador para este indicador provêm normalmente de 
pesquisas populacionais com o uso de amostras representativas (nacionais ou 
locais). 
- A morbidade geralmente é estudada de acordo com 4 indicadores básicos: 
1. Prevalência. 
2. Incidência. 
3. Taxa de ataque. 
4. Distribuição proporcional. 
A Os 3 primeiros são indicativos de morbidade que se diferenciam no quesito 
“momento”. Já a distribuição proporcional é um indicativo de morbidade 
comparativo. 
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33 
 
- O cálculo das taxas de morbidade requer a observação direta (com inquéritos e 
outras pesquisas), a notificação dos eventos aos sistemas de vigilância e a 
notificação de doenças nos sistemas de informação de ambulatórios, hospitais ou 
em outros registros. 
MORTALIDADE: 
- Fonte fundamental de informação demográfica, geográfica e de causa de morte. 
Estes dados são usados para quantificar os problemas de saúde e determinar ou 
monitorar prioridades ou metas em saúde. 
- Método de cálculo: número de óbitos por uma doença X em determinada 
população dividido pelo número de indivíduos dessa determinada população no 
ano considerado (e multiplica por 1.000). 
- Fonte: os dados para o numerador deste indicador são normalmente obtidos dos 
institutos de estatísticas da saúde e sistemas nacionais de informação sobre 
mortalidade. 
- Na prática: 
 Coeficiente geral de mortalidade (CGM): 
⤷ É expresso por uma razão, e pode ser calculado, como todos os demais 
coeficientes, também através de regra de três simples – se numa 
população de 70.000 habitantes tenho 420 óbitos, em 1.000 habitantes terei 
“x”, sendo 1.000 o parâmetro que permitirá comparar com outros locais ou 
outros tempos). 
 
 Coeficiente de mortalidade infantil (CMI): 
⤷ Uma estimativa do risco que as crianças nascidas vivas tem de morres antes 
de completarem um ano de idade. Pode ser calculado por regra de três ou 
através da seguinte razão: 
 
CONCEITOS RELACIONADOS: 
NASCIDO VIVO: 
- É a expulsão ou extração completa do corpo da mãe, independentemente da 
duração da gravidez, de um produto de concepção que, depois da separação, 
respire ou apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do 
coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de 
contração voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou 
não desprendida a placenta. 
ÓBITO FETAL: 
- É a morte do produto de concepção, antes da expulsão ou da extração completa 
do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez. Indica o óbito se 
o feto, depois da separação, não respirar nem apresentar nenhum outro sinal de 
vida, como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou 
movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária. 
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34 
 
CONCEITOS DE MENSURAÇÃO RELACIONADOS A MORBIDADE: 
1. PREVALÊNCIA: 
- Número total de casos, com uma determinada condição, em uma determinada 
região/período. 
- Exemplo: número total de indivíduos que possui COVID19 na China, no ano de 
2019. 
- Depende da duração: mais tempo maior a prevalência de uma doença. 
- Utilização: para estimar o ônus da população de uma doença crônica – mede a 
proporção da população que já tem a doença. 
- Manutenção da prevalência: 
 
- Exemplo: 
 
2. INCIDÊNCIA: 
- Número total de novos casos com uma determinada condição, em um 
determinado lugar e época. 
- Manifestação da doença. 
- Exemplo: número de pessoas que adquiriu Sars-CoV-2 até o momento, em 2020, no 
estado de São Paulo. 
-Mensura o surgimento da doença: a incidência de uma doença, em um 
determinado local e período, é o número de casos novos da doença que 
iniciaram no mesmo local e período. 
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35 
 
- “Tempo real”. 
- Utilização: quando se estuda causa e efeito. 
- Exemplo: 
 
A Se foi calculado no momento que está acontecendo: incidência. 
A Se está falando de algo que aconteceu a um tempo atrás: prevalência. 
COMO MEDIR? 
PREVALÊNCIA: 
- Um ponto no tempo, uma foto! 
- Fontes para informações de prevalência: inquéritos. 
INCIDÊNCIA: 
- Pelo menos dois pontos no tempo, um filme! Tempo real. 
- Fontes para informações de incidência: 
 Notificações de doenças agudas. 
 Pesquisa com pelo menos duas investigações: 
⤷ 1ª - garantir ausência da doença. 
⤷ 2ª - fazer o diagnóstico. 
DIFERENTES RELAÇÕES: 
 
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- Exemplo: 
 
3. TAXA DE ATAQUE: 
- É o coeficiente ou taxa de incidência de uma determinada doença para um 
grupo de pessoas expostas ao mesmo risco, limitadas a uma área bem definida, 
muito útil para investigar e analisar surtos de doenças ou agravos à saúde em 
locais fechados. 
- Doenças que não são mais surtos, não podemos chamar de taxa de ataque. 
- Taxa: o numerador é o número absoluto de vezes em que ocorre o evento de 
interesse em um período de tempo especificado. O denominador é a população 
de referência (ou população em estudo), no mesmo tempo especificado. 
 Razão: mostra a relação entre dois números. 
- Quando podemos usar taxa? 
 Taxa de letalidade. 
 Taxa de ataque (população bem definida e curto espaço de tempo). 
- Quando podemos usar incidência? 
 Comparar ocorrências. 
 Identificar ocorrências (novos casos). 
 
4. DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL: 
- Indica o total de casos ou de mortes ocorridas por uma determinada causa, 
quantos deles se distribuem, por exemplo, entre homens e mulheres, quantos 
ocorrem nos diferentes grupos de idade. 
- A distribuição proporcional não mede o risco de adoecer ou morrer, indicando 
somente como os casos se distribuem entre as pessoas afetadas, por grupos 
etários, sexo, localidade e outras variáveis. 
CONCEITOS RELACIONADOS: 
ENDEMIA: 
- É a ocorrência de determinada doença que acomete sistematicamente 
populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um longo 
período (temporalmente ilimitada). 
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37 
 
- Mantém uma incidência relativamente constante, permitindo variações cíclicas e 
sazonais. 
- Doença infecciosa que ocorre habitualmente e com incidência significativa em 
dada população e/ou região – a doença é endêmica quando aparece com 
frequência em um local. 
- Exemplo: dengue e sarampo. 
EPIDEMIA: 
- É a ocorrência em uma comunidade ou região de casos de natureza semelhante, 
claramente excessiva em relação ao esperado. 
- O conceito operativo usado na epidemiologia é: uma alteração, espacial e 
cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, 
caracterizada por uma elevação inesperada e descontrolada dos coeficientes de 
incidência de determinada doença. 
EXPOSIÇÃO AOS FATORES DE RISCO: 
- É o atributo de um grupo com menor incidência de um determinado distúrbio em 
relação a outros grupos nos quais existem a ausência ou baixa dosagem de tal 
fator. 
- Exposição Aguda: contato de um ou vários indivíduos rápida e intensa a 
determinado fator/agente ou a determinados fatores de risco. 
- Exposição Intermitente: contato que vai e volta – em pulsos no tempo. 
- Exposição Reiterada: contato que ocorre repetidamente, de forma sistemática ou 
contínua. 
- Exposição Múltipla: contato com muitos fatores, exposição concomitante ou 
próxima de vários fatores/agentes causadores de agravos à saúde. 
CÁLCULO DE TESTES 
PREVALÊNCIA: 
- A taxa de prevalência é calculada usando o número de indivíduos afetados em 
determinado momento, dividido pelo número total de pessoas. O resultado 
multiplicamos por 100. A resposta deve ser dada em %. 
- Prevalência = incidência x a duração da doença. 
PREVALÊNCIA =
número de indivíduos afetados
número total de pessoas vivas
 
- Na prática: qual é a prevalência de indivíduos do meu prédio com sintomas de 
COVID 19 de acordo coma s faixas etárias? 
 
INCIDÊNCIA: 
- A taxa de incidência é o número de novos casos de uma doença, dividido pelo 
número de pessoas em risco. 
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- Preferencialmente calcular “por 100.000 habitantes”. 
- Resultado multiplica por 100 e resposta dada em %. 
INCIDÊNCIA = 
número de novos casos de uma doença
número de pessoas em risco
 
- Na prática: em um bairro da cidade de Wuhan houve o diagnóstico de 80 novos 
casos de coronavírus entre os 25 mil habitante. Qual a incidência da doença nesse 
bairro? 
 Resposta: 80 / 25000 = 0,0032 = 0,32% (por cento) 
 Resposta para 100.000 habitantes = 320 casos. 
DURAÇÃO DA DOENÇA: 
- Casos de Prevalência anual ÷ Casos de Incidência anual = Resultado em anos. 
- Ex.: Em uma população estável, a prevalência e a incidência anual (por 100.000) 
da doença de Parkinson são, respectivamente, 157 e 20. Calcule a duração média 
(em anos) da doença de Parkinson nesta população. 
 Resposta: Duração da doença = Prevalência ÷ Incidência ou 157 ÷ 20= 7,85 
anos. 
APLICAÇÃO PRÁTICA DIAGNÓSTICA: 
- Estou com uma suspeita de doença grave e preciso confirmar o diagnóstico. 
Tenho 2 opções: 
 Teste com alta sensibilidade. 
 Teste com alta especificidade. 
- TESTES: 
 Teste Padrão – Ouro: 
⤷ Teste padrão que serve como referência para outros demais testes. 
Apresenta melhor exatidão de resultados. 
 Sensibilidade: 
⤷ Chance (probabilidade, capacidade) de um teste identificar como 
positivo quando realmente há o que se procura. 
⤷ Se procura uma “doença”: chance de um teste acusar “diabetes” em um 
indivíduo com “diabetes”; chance de um teste apontar “depressão” em 
uma pessoa com “depressão”. 
⤷ Na prática: 
 
Sensibilidade do teste = 
22/25 = 88% 
 
 
 
 
 
 
 
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 Especificidade: 
⤷ Chance (probabilidade, capacidade) de um teste dar negativo quando 
realmente não há o que se procura. 
⤷ Se procura “doença”: chance de um teste dar negativo quando o 
indivíduo não for doente. Chance de um teste dar “normal” quando o 
indivíduo não tiver diabetes. 
⤷ Na prática: 
Especificidade do teste = 70/75 = 
93,333% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Valor Preditivo Positivo (VPP): 
⤷ Probabilidade do indivíduo ser doente quando o teste for positivo. 
⤷ “O teste deu positivo. Qual a chance de eu ter a doença?” 
VPP = 22/27 = 81,48% 
 
 
 
 
 
 
 
 Valor Preditivo Negativo (VPN): 
⤷ Probabilidade do indivíduo não ser doente quando o teste for negativo. 
⤷ “O teste deu negativo. Qual a minha chance de realmente não ter a 
doença?”. 
VPN = 70/73 = 95,89% 
 
 
 
 
 
 
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PARA LEMBRAR: 
 
 
EXERCÍCIOS: 
 
 
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Estatística 2 
O QUE É: 
- Dados: é um (ou mais) conjunto de valores, numéricos ou não. 
- Estatística: é um conjunto de técnicas desenvolvidas com a finalidade de auxiliar a 
responder, de forma objetiva e segura, as situações que envolvem uma grande 
quantidade de informações. 
 É um conjunto de técnicas que permite, de forma sistemática, organizar, 
descrever, analisar e interpretar dados oriundos de estudos ou experimentos. 
COLETA DE DADOS: 
- Pode ser direta ou indireta. 
 Coleta direta: quando os dados são obtidos na fonte originária. 
⤷ Contínua: quando feita continuamente. Como nascimentos e óbitos, 
frequência dos alunos às aulas. 
⤷ Periódica: quando é feita em intervalos constantes de tempo. Como os 
censos (de 10 em 10 anos). 
⤷ Ocasional: quando é feita sem época preestabelecida. Como “quantojá 
começaram a escrever o TCC?”. 
 Coleta indireta: quando os dados obtidos provém da coleta direta. Os valores 
assim compilados são denominados de dados secundários. 
⤷ Cálculo do tempo de vida média, obtido pela pesquisa, nas tabelas 
demográficas publicadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística – IBGE constitui-se em uma coleta indireta. 
VARIÁVEIS: 
- Podem ser quantitativas ou qualitativas. 
 Quantitativas: referem-se às quantidades e podem ser medidas em uma escala 
numérica. 
⤷ Ex.: idade das pessoas, preço dos produtos, peso dos recém nascidos. 
⤷ Se subdividem em 2 grupos: discretas e contínuas. 
1. Discretas: são aquelas que assumem apenas determinados valores tais 
como 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 dando saltos de descontinuidade entre seus 
valores. Normalmente refere-se a contagens. 
Q Ex.: número de consultas diárias, número de óbitos por uma 
patologia X, quantidade de doentes por hospital. 
2. Contínuas: são aquelas cujos valores assumem uma faixa contínua e 
não apresentam saltos de descontinuidade. 
Q Ex.: o peso das pessoas, a frequência cardíaca em repouso, o 
consumo mensal, o preço da consulta, idas ao médico de um 
paciente crônico. 
 Qualitativas: refere-se a dados não numéricos. 
⤷ Ex.: o sexo das pessoas, a etnia, o grau de instrução. 
⤷ Elas se subdividem em 2 grupos: ordinais e nominais. 
1. Ordinais: são aquelas que definem um ordenamento ou uma 
hierarquia. 
Q Ex.: o grau de instrução, a classificação de um estudante no 
vestibular, as posições dos 100 melhores hospitais, etc. 
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43 
 
2. Nominais: não definem qualquer ordenamento ou hierarquia. 
Q Ex.: a etnia, o sexo, o local de nascimento, etc. 
 
DEFINIR O TAMANHO DA AMOSTRA: 
- Tamanho da população: o número total de pessoas do grupo a ser estudado. 
 Se você estiver considerando uma amostra aleatória de pessoas em todo o 
Brasil, o tamanho da população será de cerca de 205 milhões. 
 Da mesma forma, se você estiver aplicando uma pesquisa à sua empresa, o 
tamanho da população será o número total de funcionários. 
INFORMAÇÃO: 
- População: é o conjunto de elementos a serem observados. 
 Ex.: todas os hospitais em uma cidade; todos os leitos ocupados em certo 
período em um hospital, as empresas de insumos em São Paulo, etc. 
- População alvo: todos os possíveis elementos a serem estudados. 
- Amostra: é uma pequena parte selecionada de uma população que se pretende 
estudar. 
 Fazemos uma amostragem quando: 
⤷ O número de elementos da população é muito grande. 
⤷ Quando queremos economizar tempo e dinheiro. 
⤷ Não é possível acessar todos os elementos da população. 
 
ERROS: 
- Definir o número aceitável que pode fugir do resultado real. 
- Erro de amostragem: é a diferença que existe entre os resultados obtidos numa 
amostra e os que teriam sido obtidos na população-alvo. 
 
 
 
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DEFINIR O TAMANHO DA AMOSTRA: 
 
- Margem de erro: uma porcentagem que indica o nível de correspondência dos 
resultados da pesquisa com as opiniões da população total. Quanto menor a 
margem de erro, mais perto você está de ter a resposta exata com um grau de 
confiança específico. 
- Nível de confiança da amostra: uma porcentagem que revela o quanto você 
pode estar confiante de que a população selecionaria uma resposta dentro de 
um determinado intervalo. Nível de confiança de 95% significa que você pode ter 
95% de certeza de que os resultados estão entre os números x e y. 
- Intervalo de confiança: são usados para indicar a confiabilidade de uma 
estimativa. É importante para indicar a margem de incerteza (ou imprecisão) 
frente a um cálculo efetuado. 
 Nível de significância de 5% significa que aceitamos errar em 1 a cada 20 
casos = intervalo de confiança de 95%. 
- Escore Z: é o número de desvios padrão entre determinada proporção e a média. 
Para encontrar o escore z correto a ser usado, devemos consultar a tabela abaixo. 
 
- Se você quiser uma margem de erro menor, use um tamanho de amostra maior 
com a mesma população. 
- Quanto maior o nível de confiança de amostragem desejado, maior será o 
tamanho da amostra. 
- Em geral, a regra é: quanto maior o tamanho da amostra, maior é a relevância 
estatística dela, ou seja, menor é a chance de os resultados serem apenas 
coincidência. 
 
 
 
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- A amostra deve ser representativa. 
 
CÁLCULO DO TAMANHO MÍNIMO DA AMOSTRA: 
- É dividido em 2 partes. 
- Sejam: 
 No: uma primeira aproximação para o tamanho da amostra. 
 Eo: erro amostral tolerável. 
- Um primeiro cálculo do Tamanho da Amostra pode ser feito, mesmo sem o 
conhecer o Tamanho da População, através da seguinte expressão: 
 
- Conhecendo o Tamanho N da População, podemos corrigir o cálculo anterior, 
por: 
 
 N: tamanho (número de elementos) da população. 
 n: tamanho (número de elementos) da amostra. 
Na prática: 
- Avaliar diversas características dos doentes dos N=200 hospitais de São Paulo. 
- Qual deve ser o Tamanho Mínimo de uma Amostra Aleatória Simples, tal que 
possamos admitir, com alta confiança, que os Erros Amostrais não ultrapassam 4% 
(E0=0,04)? 
 
 
 
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- Considerando os objetivos e os valores fixados no exemplo anterior, qual deveria 
ser o Tamanho da Amostra se a pesquisa fosse estendida para todo o Brasil, que 
contém N=200.000 hospitais? 
 Solução: o valor de N0 continua o mesmo do caso anterior (N0 =625), pois N0 
independe de N. 
 Fazendo a correção em termos do novo valor de N, temos: 
 
RESUMINDO: 
- O Tamanho N da População, praticamente não alterou o cálculo inicial do 
Tamanho da Amostra (N0=625 e N=623). 
- Para se manter o mesmo Erro Amostral, no Exemplo 1 foi necessária uma Amostra 
abrangendo 76% da População (152 elementos extraídos de 200); enquanto que 
no Exemplo 2, foi suficiente uma Amostra de apenas 0,3% da População (623 de 
200.000). 
 
2 CÁLCULOS PARA PREVALÊNCIA: 
 
 
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DEFINIR AMOSTRA ALEATÓRIA SIMPLES: 
- O cálculo do tamanho da amostra para amostragem aleatória simples é: 
 
 Z: Valor da distribuição normal padrão correspondente ao nível de confiança 
desejado (Z= 1,96 para Intervalo de 95% de Confiança - IC 95%). 
 P: Prevalência esperada. 
 D: Erro máximo aceitável na estimativa (semi-amplitude do IC - medida de 
precisão). 
- Por exemplo, para se estimar a soropositividade aos anticorpos do vírus da dengue 
em uma população de aproximadamente 1.000.000 hab. tendo uma prevalência 
esperada de 15% (P=0,15), utilizando um erro de 6% (D=0,06), o número de pessoas 
a serem investigadas seria: 
 
 Na maioria dos estudos, será necessário aumentar cerca de 10% o tamanho da 
amostra, para levar em consideração os não respondedores, isto é, indivíduos 
selecionados que se recusam a participar à +10% = 140 pessoas. 
CORREÇÃO PARA POPULAÇÕES PEQUENAS: 
 
- População grande se mantem. 
- Agora, se a população do estudo fosse de apenas 900 indivíduos? 
- Prevalência esperada de 15% (P=0,15), utilizando um erro de 6% (D=0,06), o número 
de pessoas a serem investigadas seria: 
- Cálculo inicial se mantem.

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