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Índice 
1. Introdução ................................................................................................................................... 2 
1.1 Objetivos ............................................................................................................................... 2 
1.1.1 Geral ............................................................................................................................... 2 
1.1.2 Específicos ..................................................................................................................... 2 
1.2 Metodologia .......................................................................................................................... 2 
2. Contextualização ......................................................................................................................... 3 
2.1 Demanda turística ................................................................................................................. 4 
2.2 Segmentação da demanda ..................................................................................................... 7 
2.2.1 Segmento geográfico ..................................................................................................... 8 
2.2.2 Segmentação demográfica e socioeconômica ................................................................ 8 
2.2.3 Segmentação psicográfica .............................................................................................. 9 
2.2.4 Segmentação comportamental ....................................................................................... 9 
2.2.5 Padrões de consume ..................................................................................................... 10 
2.3.1 Quanto ao espaço ......................................................................................................... 10 
2.3.2 Quanto ao meio de transporte utilizado ....................................................................... 10 
2.3.3 Quanto ao motivo da viagem ....................................................................................... 11 
2.3.4 Quanto à forma de organização ................................................................................... 11 
2.3.5 Quanto à quantidade de pessoas .................................................................................. 11 
2.3.6 Quanto à idade ............................................................................................................. 11 
2.4 Características da demanda turística ................................................................................... 12 
2.5 Determinantes da procura turística ..................................................................................... 13 
2.5.1 Fatores Econômicos ..................................................................................................... 14 
2.5.2 Fatores Sociocuturais dos Consumidores .................................................................... 14 
2.5.3 Condicionantes socioculturais ..................................................................................... 15 
3. Conclusão .................................................................................................................................. 16 
Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 17 
 
 
1. Introdução 
O presente trabalho procura abordar questões relacionadas a demanda ou procura turística, 
enquadrando seus conceitos, suas características, a sua classificação e por fim os fatores 
condicionantes do mesmo. No sentido estritamente económico do termo, procura turística 
relaciona-se com as diferentes quantidades de bens e serviços turísticos que os consumidores 
querem e podem comprar num determinado momento. Esta assunção pressupõe a existência de 
uma procura real sendo o consumo por oposição a uma procura potencial dita possível mas não 
realizada. A procura turística também se relaciona com a averiguação das causas que estão na 
origem das escolhas e motivações individuais aquando da tomada de decisão de empreender uma 
viagem. Sem esquecer que relacionam-se igualmente com a prosperidade e sustentabilidade de 
dado destino, o que nos remete para os impactos da referida procura. Vários autores salientam que 
um número elevado de turistas e a escala dos seus gastos têm efeitos consideráveis no rendimento, 
emprego, receitas estatais, balança de pagamentos, ambiente e cultura das áreas de destino. 
1.1 Objetivos 
1.1.1 Geral 
 Analisar a demanda turística e seu impacto na sociedade. 
1.1.2 Específicos 
 Conceituar a demanda turística; 
 Classificar a demanda turística em todos seus pontos: 
 Compreender as suas características; 
 Perceber quais são os fatores condicionantes da demanda turística. 
1.2 Metodologia 
Para o trabalho, usar-se-á o método Bibliográfico. 
 Pesquisa bibliográfica 
Segundo Lakatos (1992,p.191): 
“O Método bibliográfico consiste em pôr o pesquisador a obter 
conhecimentos, procurando encontrar informações em livros ou em 
documentos escritos. É importante porque facilita, não só a coleta de dados, 
atualização do assunto e aprofundar os conhecimentos do pesquisador, 
como também permite compreender tendências ou críticas de vários autores 
sobre o tema”. 
2. Contextualização 
O turismo surge atualmente como uma das atividades económicas mais importante, revelando 
assim uma dimensão internacional. A Organização Mundial do Turismo (OMT) define o setor do 
turismo como o terceiro sector exportador mundial, apenas ultrapassado pelas indústrias petrolífera 
e automóvel. 
O Turismo tem vindo assumir cada vez mais uma maior importância, representando por todo o 
mundo bons resultados nos investimentos realizados, o que resulta na criação de emprego e na 
possibilidade dos países que têm este potencial natural e histórico-cultural de desenvolverem 
grandes eventos e negócios visando a oportunidade de entrar e competir no mercado internacional. 
O conceito de turismo pode ser definido como “a atividade ou as atividades económicas 
decorrentes das deslocações e permanências dos visitantes.” (Cunha, 2009), no entanto analisando 
esta definição ao pormenor torna-se demasiado vaga e de contornos ilimitados. 
Do ponto de vista conceptual, os autores Mathieson e Wall (Tourism: Economic, 
Physical and Social Impacts, 1990, p. 43) propuseram uma definição mais esclarecedora 
considerando o turismo como “o movimento temporário de pessoas para destinos fora dos seus 
locais normais de trabalho e de residência, as atividades desenvolvidas durante a sua permanência 
nesses destinos e as facilidades criadas para satisfazer as suas necessidades”. 
Segundo esta definição o turismo é considerado como uma vasta e variada atividade que engloba 
as deslocações das pessoas e de todas as relações que estabelecem nos locais visitados, tal como 
os serviços desenvolvidos para responder às suas necessidades. É um conceito que abrange em 
simultâneo a oferta e a procura turística (Cunha, 2009, p. 30). 
Este aumento dos fluxos físicos de turistas tem a ver com três características da procura 
identificadas pela OMT (1993, p. 6). 
 A primeira das características apontadas está ligada à diminuição do ritmo de crescimento 
económico, que tem por consequência imediata o aparecimento de “sobrecapacidades” em 
alguns sectores de actividade, entre os quais o turismo (OMT, 1993: 6). 
 A segunda consiste na mundialização da procura, ou seja, no facto da procura evidenciar 
as mesmas tendências de evolução no conjunto do mundo ocidental. O estudo em reflexão 
adianta como exemplos: - a forte atenção atribuída à qualidade com a emergência de temas 
como a preservação do ambiente e o retorno à exigência dos preços a qual tempera um 
pouco a atenção dada à qualidade; - a rapidez das modificações em funçãode fenómenos 
de moda, fazem com que haja um maior interesse pelos verdadeiros valores em detrimento 
dos fenómenos artificiais; - o desenvolvimento das estadias de curta duração e ao mesmo 
tempo a procura por destinos longínquos” (OMT, 1993, p. 6). 
 A terceira assenta no desenvolvimento de tendências individualistas que se repercutem no 
desejo de cada indivíduo “encontrar” um produto à sua medida. Vimos então surgirem 
produtos, cada vez mais diferenciados, ao lado dos produtos standardizados da indústria 
(OMT, 1993, p. 6). 
Neste contexto, a procura tende a assumir-se progressivamente como um fenómeno heterogéneo. 
Heterogéneo pela diversidade de tipos de indivíduos (clientelas) a viajar em função do sexo, idade, 
estado civil, estrato sócio-económico e profissional, nível de instrução, número de pessoas 
pertencentes ao agregado familiar, local de residência, rendimentos, personalidades, etc.; pela 
diversidade das motivações que estão na base da decisão de viajar, pela diversidade dos 
comportamentos desses diferentes tipos de turistas (Py, 1992: 43), entre outros aspectos. 
A heterogeneidade traduz-se na segmentação da procura. Uma vez que as mentalidades e 
comportamentos dos consumidores evoluem, será de esperar que os segmentos nos quais estão 
agrupados também evoluam, cabendo às políticas dinamizadas interiorizarem a natureza dinâmica 
da procura em referência. A existência de vários segmentos de procura confluentes num 
determinado destino é um aspecto positivo, na medida em que torna esse mesmo destino menos 
dependente de alterações nas preferências dos indivíduos pertencentes a determinado segmento. 
2.1 Demanda turística 
A procura turística no espaço urbano é um segmento com grande e crescente peso relativo na 
procura turística, não só em termos dos fluxos que envolve mas também em termos da sua 
importância como destino de férias. 
Por demanda turística pode-se entender como: 
“A quantidade de bens e serviços que um consumidor e/ou turista está apto e disposto a adquirir 
por determinado preço, com determinada qualidade, por determinado período de tempo e em 
determinado local” 
A demanda por turismo vem apresentando tendências bastante interessantes nos últimos anos. 
Primeiro, as pessoas estão viajando mais em todo o mundo; segundo, o transporte aéreo de 
passageiros também apresenta a mesma tendência; terceiro, a duração das viagens e o tempo de 
permanência nos locais visitados vêm diminuindo para uma semana ou dez dias; quarto, as pessoas 
fazem mais viagens durante o período de um ano; e quinto, há uma mudança de turismo de massa 
para turismo de nichos, ou seja, os turistas estão buscando uma forma de diferenciação e 
diversificação de suas viagens, o que obriga as empresas a saciarem demandas específicas. 
Observem que as especificações das demandas supracitadas compõem um perfil de 
comportamento económico bastante variado. No primeiro exemplo, tem-se um perfil profissional 
e, caso se agreguem serviços de entretenimento para esse grupo, eles podem ser desnecessários. 
No segundo grupo, o entretenimento é o objectivo e, caso se agreguem serviços mais elaborados, 
eles somente elevariam os custos da viagem. 
Certamente, as empresas e as localidades se aprimoram em criar serviços para nichos cada vez 
mais específicos. 
O mercado de turismo é um sector de concorrência monopolística, o que significa a busca de um 
monopólio específico em um nicho de mercado. Todas as operadoras e agências concorrem entre 
si, mas uma delas pode ser especializada, por exemplo, em um destino, em uma faixa etária etc. 
Shaw e Williams (1994) referem que o estudo da procura turística deverá considerar tipos de 
consumidores/visitantes, a motivação dos visitantes e o comportamento desses visitantes. Porém, 
a heterogeneidade que caracteriza a dita procura conduz a que só possa ser cabalmente 
perspetivada através de múltiplas óticas, muito embora se distingam, num extremo, a psicológica 
ou psicográfica e noutro a abordagem económica. 
 A primeira delas - a abordagem psicológica - preocupa-se em determinar as escolhas e 
motivações individuais que estão na base da procura. Por conseguinte, a compreensão do 
comportamento do turista bem como a identificação de diferentes tipos desse 
comportamento, são aspectos fulcrais nesta análise. 
 A segunda - a abordagem económica - tem como preocupação central determinar (estimar) 
as respostas dos fluxos turísticos (procura ou, por vezes, gastos turísticos) a alterações nas 
variáveis económicas, nomeadamente preços e rendimentos, dando pouca ênfase a 
mudanças nos gostos e preferências, os quais são considerados exógenos ou fixos, pelo 
menos no curto prazo. Contudo, no âmbito da recreação e turismo, existe uma procura por 
recursos e externalidades que não tem preço, o que aponta para uma especificidade que se 
deverá considerar. 
A abordagem económica tem igualmente como preocupação reflectir sobre as medidas de procura 
com repercussões no bem-estar social e providenciar um guia eficiente de afectação dos recursos. 
No entanto, as especificidades do sector turístico nem sempre encontram resposta na teoria 
económica tradicional - teoria do comportamento do consumidor e teoria do comércio 
internacional (assenta na imobilidade de um factor e geralmente omite os custos de transporte que 
têm grande importância no turismo) - o que conduz à necessidade de se incluírem mais 
determinantes qualitativos. 
Existem ainda outras perspectivas, situadas entre a psicológica e a económica, preocupadas em 
estabelecer considerações espaciais e em detectar os papéis dos turistas (em função da idade, nível 
educacional, local de residência, integração num determinado estrato social que vai condicionar a 
sua escala de valores com reflexos nas prioridades que estabelece para os seus gastos, etc.), onde 
se destacam trabalhos de geógrafos, sociólogos e outros. 
O estudo da procura turística passa então pela detecção dos diferentes tipos de utilizadores da 
cidade, dando ênfase aos turistas. Distinguem-se abordagens a que Ashworth (1992) designa por 
abordagens na óptica do utilizador/consumidor/turista, as quais entram em linha de conta com os 
seguintes aspetos: 
 Quem visita os destinos turísticos; 
 O que é que os turistas fazem nas cidades; 
 Porque é que os turistas visitam as cidades; 
 Modo como estes destinos são apercebidos pelos turistas. 
No que respeita ao primeiro dos aspectos referidos, quem visita os destinos urbanos, é estreita a 
relação que entretece com a preocupação em estabelecer tipologias e segmentos de turistas. A 
identificação dos turistas urbanos, conducente à segmentação dos mercados e consequente 
estruturação de tipologias, exige, no entanto, grande disponibilidade de informação estatística 
(características demográficas, sociais e localizacionais dos visitantes) e respectivo tratamento, o 
que nem sempre é possível a um nível tão desagregado. 
O segundo aspecto, o que é que os turistas fazem nas cidades, remete-nos para a averiguação do 
comportamento dos turistas nas ditas cidades, o que deixa implícito a existência de uma ligação 
entre a procura turística e os recursos e equipamentos/infraestruturas ofertados nestes espaços. 
Como existem vários tipos de consumidores, protagonistas de diferentes necessidades (as quais 
apelam para diferentes modos de ser satisfeitas), os comportamentos que se podem detectar 
também são múltiplos implicando complicadas técnicas para os determinar que nem sempre os 
conseguem traduzir com a fidelidade desejada. A determinação do comportamento dos turistas não 
pode ser dissociada da investigação das variáveis sócio-económicas que lhe estão subjacentes. 
O terceiro aspecto, porque é que os turistas visitam as cidades, tem a ver com a questão das 
motivações que estão na base da decisão de visitar determinada cidade. Na medida em que a cidade 
é multifuncional, ela irá ao encontrode múltiplas motivações, visto que se podem satisfazer vários 
objectivos na visita a este espaço. 
Quanto ao quarto e último aspecto referido, modo como os destinos são apercebidos, ele tem a ver 
com a imagem que o destino-cidade transmite, na medida em que o consumo do produto urbano 
incorpora uma dimensão simbólica à qual não podemos ficar alheios. Neste aspecto, dá-se ênfase 
às percepções do consumidor relativamente à cidade, não só antes do produto urbano ter sido 
consumido, mas especialmente à medida que o consumo vai sendo efectivado. 
2.2 Segmentação da demanda 
Definir o perfil dos turistas que já visitam ou que pretendem visitar uma localidade ajuda no 
planejamento da oferta e diversificação dos produtos e serviços. Ajuda também a atender as 
expectativas dos visitantes e conseguir que retornem, ou que fiquem com uma imagem positiva da 
experiência que tiveram. Para isso, é importante entender o comportamento de compra e as 
motivações que fizeram os visitantes irem até outra cidade, região ou país. Segmentar é dividir a 
demanda em grupos diferentes nos quais todos os clientes compartilham características relevantes 
que os distinguem de clientes de outros segmentos (Lovelock; Wright, 2001). A sociedade está 
constituída por um número substancial de pessoas com necessidades básicas já satisfeitas e que 
estão canalizando seu tempo, dinheiro e esforços para satisfazer outras necessidades e desejos, 
como o lazer, a viagem, o turismo (Trigo, 2003). 
Os consumidores podem ser categorizados de acordo com várias dimensões, como as questões 
geográficas, demografia (os aspectos objetivos de umapopulação, tais como idade e gênero), o uso 
que fazem do produto, e psicografia (características psicológicas e de estilo de vida). A escolha do 
segmento vai ajudar na estruturação de produtos e elaboração de roteiros, pois a identidade dada a 
cada roteiro será criada levando emconsideração o público ao qual se destina. 
2.2.1 Segmento geográfico 
Segmentar o público geograficamente significa dividir a demanda em diferentes regiões 
geográficas emissoras, como cidades, estados ou países. Não significa que o foco deve ser voltado 
apenas para uma localidade, mas sim que em cada localidade os indivíduos podem ter preferências 
e demandas distintas e, portanto, oportunidades de negócios diferentes. 
Existem várias abordagens para a segmentação geográfica, como o tamanho da área geográfica, a 
densidade populacional e o clima. Note que o conhecimento da área geográfica escolhida direciona 
para a criação de produtos e serviços adequados para gerar maior atração para os moradores de 
uma localidade. 
Assim, segmentar ajuda a entender quais destinos são grandes emissores de turistas para sua 
localidade, quais outras regiões precisam de maiores investimentos, pois apresentam grande 
potencial de emissão de visitantes e geração de novos negócios, e quais devem ser descartadas, ou 
colocadas em segunda prioridade em seu plano estratégico. 
2.2.2 Segmentação demográfica e socioeconômica 
Para segmentar um perfil de demanda, não se pode apenas identificar qual é o destino emissor, 
pois também é necessário analisar o perfil dos consumidores de acordo com as características 
demográficas. planejamento do turismo deve tentar atenuar os efeitos negativos que a concorrência 
e a sazonalidade exercem sobre um destino, e, portanto, conhecer o perfil dos visitantes ajuda a 
executar melhor este planejamento (Petrocchi, 1998). 
Para definir o perfil do público de uma região, diversos fatores devem ser considerados, como: 
 Idade e Ciclo de Vida; 
 Gênero; 
 Renda; e, 
 Formação e Nível Educacional. 
2.2.3 Segmentação psicográfica 
As análises geográficas, demográficas e socioeconômicas são relacionadas aos moradores como 
parte de um grupo ou área, mas não os considera como indivíduo com preferências próprias e 
distintas do restante da população. Por isso, a segmentação psicográfica tenta entender como se 
comportam e convivem as pessoas na área geográfica escolhida. Nem todas as pessoas moradoras 
de um dado destino, por exemplo, com o mesmo nível de renda familiar, terão o mesmo estilo de 
vida, preferências e interesses. Diferentes religiões indicam diferentes comportamentos, assim 
como as pessoas da zona rural têm estilo de vida distinto do modo urbano. 
Deve-se entender a motivação que incentiva o turista a consumir um produto turístico ou a viajar 
para determinada localidade para satisfazer as demandas dos visitantes. 
Uma classificação utilizada para entender o perfil dos turistas considera a existência de dois tipos 
básicos de turistas: aqueles com perfil aventureiro (“alocêntricos”) e aqueles com perfil 
dependente (“psicocêntricos”), se forem consideradas a forma como escolhem os destinos de suas 
viagens (PLOG, 2001). 
Os dependentes são mais conservadores em relação à escolha do destino, procurando localidades 
mais populares como destinos. Além disso, controlam mais os gastos, e preferem estar na 
companhia da família e de amigos. Já os aventureiros são curiosos e buscam sempre novos lugares 
para conhecer, tomam as decisões com maior facilidade e estão dispostos a gastar um pouco mais. 
Além disso, gostam de atividades variadas e não se incomodam em estar, ou em viajar, sozinhos. 
2.2.4 Segmentação comportamental 
Mais do que identificar o grupo ou segmento que um indivíduo faz parte, entender quais os 
comportamentos que as pessoas têm em relação aos produtos consumidos ajuda a compor a oferta 
de produtos e serviços. Nem todas as pessoas de uma mesma faixa etária, renda ou lugar de 
moradia terão as mesmas reações ou motivações em relação a um produto ou localidade. Assim, 
entender os fatores de comportamento de um grupo de pessoas ou de um indivíduo é fator relevante 
no processo de segmentação do mercado. 
São eles: 
 Ocasiões; 
 Benefícios; e, 
 Status do Usuário. 
2.2.5 Padrões de consume 
Esta segmentação é facilmente notada no mercado turístico, quando se percebe que alguns são 
viajantes compulsivos, e o fazem de forma frequente e para diferentes destinos. Já outras pessoas 
viajam com menos frequência, mas ainda o fazem com regularidades e outro grupo opta por viajar 
apenas em ocasiões especiais. Esta segmentação pode também ser relacionada com as motivações 
de viagem ou com o perfil do turista. Alguns podem ter alto consumo de viagens em função da 
atividade profissional que exercem, sendo então heavy-users com foco em turismo de negócios, 
porém light-users para o turismo de lazer. Outros podem ser medium-users, viajando com 
frequência mediana, em função da baixa disponibilidade financeira, mas sempre com foco em 
turismo de lazer. 
Assim, entender a diferenciação da demanda é fundamental para a composição dos produtos de 
uma localidade, direcionando-os para diferentes segmentos, movidos por diferentes apelos. É 
importante ficar claro para quem estiver definindo ou analisando um segmento para atuação, que 
a segmentação da demanda não pode ser feita só com a análise de um dos fatores de segmentação 
(geográfica, demográfica, psicográfica ou comportamental). 
2.3 Clasificacao da Demanda Turistica 
2.3.1 Quanto ao espaço 
 Nacional ou Doméstico; e, 
 Internacional. 
2.3.2 Quanto ao meio de transporte utilizado 
 Automóvel particular; 
 Automóvel alugado; 
 Carona; 
 Trem; 
 Ônibus rodoviário; 
 Ônibus turístico; 
 Vôo comercial; 
 Vôo fretado; 
 Marítimo; e, 
 Misto. 
2.3.3 Quanto ao motivo da viagem 
 Descanso e lazer; 
 Tratamento médico ou terapêutico; 
 Participação em congressos, cursos e seminários; 
 Participação em feiras e exposições; 
 Cultural; 
 Religioso; 
 Desportivo; 
 Comercial ou de negócios (Businesstourism); 
 Profissional; 
 Ecológico; e, 
 Visitas a parentes e/ou amigos. 
2.3.4 Quanto à forma de organização 
 Por agências e operadoras; e, 
 Sem agências e operadoras. 
2.3.5 Quanto à quantidade depessoas 
 Excursões (grupos); 
 Família; 
 Casal; 
 Individual. 
2.3.6 Quanto à idade 
 Turismo infantil; 
 Turismo para jovens; 
 Turismo para adultos; e, 
 Turismo para terceira idade. 
2.4 Características da demanda turística 
As demandas dos diferentes mercados turísticos são variadas, de acordo com os tipos de ofertas 
turísticas. Todas, no entanto, em menor ou maior grau de intensidade, possuem as seguintes 
características: a elasticidade, a sensibilidade, a sazonalidade, a disponibilidade do tempo dos 
turistas, disponibilidade económica, fatores demográficos e os fatores sociais. 
 A elasticidade – O turismo é um fenómeno dinâmico marcado por contínuos movimentos 
de crescimento e diminuição em sua demanda, em fluxos irregulares, motivados pelos 
diferentes graus de sensibilidade às mudanças provocadas pela oscilação das condições 
financeiras e económicas do mercado. Instabilidade que influi na própria formação das 
estruturas de preços ao empresário e ao consumidor. 
 A sensibilidade – as alterações ou mutações nos campos diversos da atividade humana 
criam situações individuais e grupais tão diversificadas e profundas que tornam instáveis 
as realidades e os relacionamentos turísticos. Repugna ao turismo conviver com riscos ou 
incertezas, situações instáveis e problemas sociais de porte significativo ou de expressiva 
gravidade, pois é sensível a qualquer tipo de flutuação capaz de afetar tanto a oferta como 
a demanda, visto que uma não existe sem a outra. 
 A sazonalidade – As épocas das temporadas ou as estações altas ou mais apreciadas do 
ano, cada qual com suas características próprias, também se constituem em factores 
importantes de influência no volume e na qualidade da demanda turística. As condições 
climáticas favoráveis e as épocas reservadas às férias escolares (quando as famílias, em 
geral, podem viajar completas), tanto quanto os feriados prolongados e os fins-de-semana, 
concentram os grandes fluxos de demanda que, nas demais épocas e circunstâncias do ano, 
costumam diminuir de forma muito sensível. 
 Disponibilidade de tempo dos turistas- Deve-se considerar qual o tempo livre que eles 
têm para realizar a visita: férias, finais de semana, feriados. Deve-se entender a 
disponibilidade dos visitantes para compor os produtos turísticos adequados às 
possibilidades de viagem destes clientes. Assim, pode se tornar inviável montar pacotes de 
cinco dias para visitantes que só possuem disponibilidade de finais de semana para realizar 
seus passeios; 
 Disponibilidade econômica- Muitas vezes deve existir aumento da disponibilidade de 
renda do público para que possam ser realizados gastos com a viagem. Oferecer pacotes de 
viagem para o final do ano, quando existe aumento da disponibilidade financeira por causa 
do décimo terceiro salário pode se tornar uma boa opção para desenvolver um destino; 
 Fatores demográficos- A idade, o gênero, o estado civil e a composição familiar são 
fatores que devem ser considerados para compor o produto turístico de forma a gerar maior 
atração. A oferta de cruzeiros marítimos para solteiros muitas vezes pode não atrair o 
público da melhor idade, ou mesmo casais com filhos. Desta forma, o perfil dos visitantes 
influência no potencial de aceitação dos produtos oferecidos ou na visitação de uma 
localidade; 
 Fatores sociais- O ato de viajar está ligado ao conceito de ascensão em termos de status e 
aceitação nos grupos sociais. Assim, a viagem em si, ou a visitação a algum destino 
específico pode contribuir para a melhoria do relacionamento com grupo de convívio. 
O que se pode concluir é que a demanda turística está vinculada a diversos fatores, alguns relativos 
às preferências e motivações dos visitantes, e outros atrelados a aspetos relacionados ao 
macroambiente e ao mercado do qual o destino turístico faz parte. 
2.5 Determinantes da procura turística 
As motivações que estão na base da procura turística dependem, segundo Brian e Cooper (1994), 
de três grandes conjuntos de factores. 
O primeiro tem a ver com a perspectiva mundial da propensão para viajar e incorpora factores de 
ordem sócio-económica, demográfica e política. Os dois factores sócio-económicos distinguidos 
são a “crescente integração entre o trabalho e o turismo” (patente no aumento de congressos, 
viagens de incentivo, reuniões profissionais e de negócios) e “a alteração nas relações de trabalho” 
compatível com o crescente número de casais bi-activos (cabe ter presentes os rácios 
turismo/trabalho e turismo/lazer). 
Tal como é sugerido por Guitard (1982), Pearce (1982), Mayo e Jarvis (1981) e muitos outros, a 
explicação dos determinantes da procura turística, sem a consideração das motivações e mudanças 
sociais, não poderá compreender cabalmente os movimentos turísticos (in Brian e Cooper, 1994). 
As implicações das alterações sociais pode ser discutida tendo por referência as relações expressas 
nos rácios turismo/trabalho25 e turismo/lazer26 (Ryan, 1991, p. 14). 
O aumento da procura turística deve-se, em grande parte, a uma combinação entre um aumento no 
rendimento e aumentos no tempo destinado ao lazer. Adicionalmente, a introdução de modelos 
mais flexíveis de trabalho permitiu que muitas pessoas planeassem curtos descansos em alguns 
fins-de-semana (Ryan, 1991, p. 15). 
2.5.1 Fatores Econômicos 
 Nível de renda disponível: De acordo com o aumento da renda há uma probabilidade do 
aumento do consumo de produtos turísticos; 
 Nível dos preços: O aumento dos preços em um determinado destino turístico implica a 
diminuição de sua demanda, que tenderá a continuar gastando com o turismo, mas em outro 
destino; 
 Política fiscal e controle dos gastos de turismo: O aumento da pressão fiscal nos centros 
emissores provoca a diminuição da renda disponível para viagens de turismo, produzindo 
a diminuição da demanda por produtos turísticos; 
 Financiamento: A possibilidade de financiar as viagens a longo prazo permite ao viajante 
realizar mais gastos com o turismo e com maior freqüência; e, 
 Taxas de Câmbio: Quando a moeda do centro emissor está fortalecida em relação ao dólar, 
gera uma demanda deste para os centros receptores onde a moeda local está enfraquecida 
em relação á moeda americana. 
2.5.2 Fatores Sociocuturais dos Consumidores 
Motivação: A decisão pelo consumo de um produto turístico é subjetiva do ponto de vista do 
consumidor, estando diretamente relacionada à: 
 Sua atitude ao valorizar, positiva ou negativamente, determinados fatores ou objetos; 
 Suas percepções; 
 Sua personalidade; e, 
 Suas experiências anteriores. 
O risco financeiro na compra de um produto turístico é alto, pois o consumidor adquire um produto 
intangível, que está distante do seu entorno habitual e que exige um certo planejamento prévio 
para o consumo. 
2.5.3 Condicionantes socioculturais 
 Faixa etária 
 Profissão 
 Tipo de ocupação / emprego 
 Nível de escolaridade 
 Status 
Tempo de lazer; 
Costumes de épocas de viagens = sazonalidade; 
Crenças ideológicas, religiosas ou políticas; 
Fatores políticos; 
Fatores demográficos 
 Grau de urbanização das áreas emissoras 
 Nível de desemprego 
 Índice de natalidade 
 Índice de envelhecimento 
Fatores Aleatórios / Conjunturais 
 Crises políticas 
 Guerras 
 Cataclismos: terremotos, tsunamis, vulcões, etc. 
 
 
 
 
 
 
3. Conclusão 
Apos a compilação do presente trabalho observou-se que considerando a importância do turismo 
para o desenvolvimento econômico e os impactos (positivos e negativos) na comunidade, os 
produtos turísticos vêm sendo demandados por consumidores que exigem práticas sustentáveis na 
sua composição. Assim, a produção turística deve ser pensada e criada de forma a incorporar tais 
práticas, prevendo harmonia com o meio ambiente e as culturas locais, garantindo que a região 
turística seja beneficiária do processo de desenvolvimentoe não apenas espectadores deste 
processo. 
Constatou-se que a demanda turística despõe de inúmeros fatores determinante que se encontram 
divididos em classe sendo eles: Económicos, Socioculturais, políticos, demográficos e outros mais. 
Considerando os fatores que influenciam a demanda, mencionados acima, pode-se perceber que o 
deslocamento dos visitantes até o destino está diretamente associado ao conceito de valor 
percebido dos produtos oferecidos. Por isso, o turista escolhe seu destino dependendo da 
disponibilidade financeira, de tempo, ou do status que a viagem pode proporcionar. Esta relação 
de fatores é que cria características peculiares para a demanda turística, fazendo com que ela se 
torne instável e se modifique de forma constante. Por fim notou-se que as características principais 
da demanda turística, que determinam as alterações no volume e na qualidade da demanda sãos a 
elasticidade, sazonalidade e a sensibilidade. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2001. 
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Clasifications for Tourism Statistics: a Technical Manual, Madrid. 
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Paulo: Papirus, 1993.

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